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POR QUE É TÃO DIFÍCIL MUDAR? O USO DO MODELO TRANSTEÓRICO DE MUDANÇA DE COMPORTAMENTO ASSOCIADO À TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL

Autores: Margareth da Silva Oliveira, Karen Priscila Del Rio Szupszynski, Viviane Samoel Rodrigues, Irani Iracema de Lima Argimon
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Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

  • descrever a relação entre a terapia cognitivo-comportamental (TCC) e o Modelo Transteórico de Mudança de Comportamento (MTT);
  • aprofundar seu conhecimento acerca do MTT;
  • resumir as possibilidades de integração do MTT com a TCC;
  • explicar a aplicação do MTT para usuários de substâncias e com obesidade;
  • conhecer um novo material lúdico, de uso clínico, fundamentado no MTT.

Esquema conceitual

Introdução

Por que é tão difícil mudar?

Desde 1960, a efetividade da psicoterapia vem sendo estudada, e tenta-se responder à pergunta apresentada.1 Muitos modelos teóricos vêm sendo testados com o objetivo de oferecer aos pacientes estratégias com maior probabilidade de se mostrarem efetivas. Um dos conceitos importantes quando se discute a efetividade da psicoterapia é a autoeficácia, isto é, a crença de um indivíduo em suas próprias habilidades para lidar com situações difíceis e alcançar metas pessoais. Acredita-se que a autoeficácia seja um fator crucial na motivação para buscar e manter o tratamento psicoterapêutico.

Estudos têm mostrado que a psicoterapia é efetiva no tratamento de uma variedade de condições de saúde mental, como transtornos de ansiedade, depressão, transtornos alimentares e transtornos de personalidade. Uma metanálise avaliou a efetividade da psicoterapia para transtornos mentais comuns e mostrou que ela é superior ao placebo e à ausência de tratamento e que seus efeitos são sustentados a longo prazo.2

Além disso, a motivação do indivíduo para participar ativamente do processo terapêutico também desempenha um papel importante na efetividade da psicoterapia. A motivação pode ser entendida como o desejo e a disposição de um indivíduo para se envolver no tratamento, realizar as tarefas propostas pelo terapeuta e adotar mudanças de comportamento. Pesquisas demonstram que a motivação está associada a melhores resultados terapêuticos e que terapeutas que utilizam estratégias para aumentar a motivação dos clientes tendem a ter resultados mais positivos.3

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