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PRESCRIÇÃO E SEGURANÇA DE EXERCÍCIOS PARA PACIENTES ONCOLÓGICOS

William de Lima Selles

Giovanni Marini Moura

Leticia Jeremias Ferreira Pereira

Diego Wisnieski da Silva

Giovanna Marques Frascoli dos Santos

Giovanna dos Santos Lopes

Cibelle Regina Lima do Carmo

Elinaldo da Conceição dos Santos

Adriana Claudia Lunardi

epub-PROFISIO-CAR-C10V2_Artigo2

Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

  • listar as principais barreiras e facilitadores encontrados na prescrição do exercício para o paciente oncológico adulto;
  • identificar os métodos de avaliação disponíveis para avaliação do paciente oncológico adulto;
  • descrever os critérios de segurança para uma boa prescrição de exercício para o paciente oncológico adulto;
  • discutir os efeitos de programas de fortalecimento muscular e de condicionamento cardiovascular no paciente oncológico adulto;
  • reconhecer os efeitos de programas de exercício em oncologia pediátrica.

Esquema conceitual

Introdução

O câncer é o maior problema de saúde pública no mundo, e, no Brasil, a estimativa para o triênio 2023–2025 é de 704 mil novos casos de câncer por ano (excluindo os casos de câncer de pele não melanoma).1 Os custos com tratamento da doença nos Estados Unidos já chegam a US$ 158 bilhões por ano e ultrapassam R$ 3,5 bilhões no Brasil.2,3 Esses recursos são aplicados em equipes de saúde, medicações usadas direta e indiretamente no tratamento, equipamentos e hospitalização.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) tem se preocupado com o atual cenário e tem desenvolvido diretrizes para que os países possam estimular a população a buscar um comportamento mais saudável e menos sedentário. Em 2020, a OMS atualizou as diretrizes sobre atividade física (AF) e comportamento sedentário.4

As principais formas de tratamento para o câncer são ressecções cirúrgicas, radioterapia (RT) e quimioterapia (QT), que consistem em um tratamento sistêmico, cujo medicamento utilizado tem como objetivo interferir na proliferação celular, tendo como alvo seu ácido desoxirribonucleico (DNA) ou ácido ribonucleico (RNA) e seu metabolismo.5

Evidências de alta qualidade demonstram que a AF realizada após o diagnóstico está relacionada a uma taxa de menor risco de mortalidade por todas as causas e mortalidade por câncer em mulheres sobreviventes de câncer de mama e de câncer colorretal.4

Estudos mostram que exercícios físicos proporcionam melhora no sistema cardiorrespiratório, no funcionamento físico geral e, até mesmo, tem ação anticancerígena. Esses efeitos parecem ser obtidos por meio de mecanismos que inibem diretamente a progressão do tumor ou atuam em sinergia com as terapias padrão contra o câncer.6 Apesar disso, cerca de 30% dos pacientes com câncer realizam AF no nível recomendado pelas diretrizes atuais.7

A fisioterapia tem papel fundamental no atendimento aos pacientes oncológicos com o objetivo de mantê-los fisicamente ativos e com bom condicionamento cardiovascular, prevenindo complicações inerentes ao tratamento e ao imobilismo, como, por exemplo, perda de massa, de força muscular e de mobilidade, consequentemente, garantindo melhor qualidade de vida (QV).8,9

Barreiras e facilitadores na prescrição de exercício físico para o paciente oncológico adulto

Apesar dos potenciais efeitos benéficos da prática de exercício físico pelos pacientes com câncer, o declínio no nível de atividade foi relatado nessa população. Esse declínio parece ter impacto na QV e em menor desempenho das atividades de vida diária (AVDs) em mulheres com câncer de mama. Uma possível hipótese para essa diminuição na prática de exercício físico pode ser a relação com barreiras psicossociais dos pacientes.1

Aproximadamente, de 20 a 48% dos pacientes apresentam critérios diagnósticos para ansiedade e/ou depressão, sendo que 51% manifestaram exacerbação de sintomas, de tempo de recuperação e mais readmissões em serviço de saúde.5 Considerando esses dados, Smith-Turchyn e colaboradores realizaram um estudo cujo objetivo foi avaliar o comportamento do exercício, as barreiras, os facilitadores e os motivadores para a participação no exercício e as diferentes necessidades de apoio ao exercício de sobreviventes de câncer que vivem em uma comunidade rural canadense, sendo as principais barreiras relatadas o custo, o tempo, a distância, o transporte e os efeitos colaterais.2

Smith-Turchyn e colaboradores puderam observar que são considerados facilitadores o acesso à academia e aos equipamentos, o suporte social, o transporte e as informações quanto ao exercício físico. Os autores também descreveram as barreiras para a participação no exercício da perspectiva do paciente:2

  • barreiras individuais incluem dor, fadiga e outros efeitos colaterais físicos;
  • barreiras institucionais incluem falta de recursos para exercícios e falta de financiamento para programas e profissionais de exercícios;
  • barreiras educacionais incluem o desconhecimento dos benefícios do exercício físico e da necessidade de se exercitar.

Por volta de 66% dos pacientes que sobreviveram de câncer estão com sobrepeso se comparados a pessoas que não tiveram câncer, e isso é muito preocupante, visto que pacientes com câncer são os que mais precisam cuidar da saúde, tanto durante o tratamento quanto depois, para evitar doença crônica.3

No estudo de Alderman e colaboradores, demonstrou-se que a população com câncer tem maior risco de adquirir uma doença crônica em razão da falta de AF, do tratamento do câncer e dos sintomas que a doença manifesta.3 Cerca de 31% dos pacientes que sobreviveram ao câncer têm duas ou mais doenças crônicas, sem contar o comportamento sedentários e o ganho de peso, que aumentam a taxa de mortalidade entre eles, visto que já se sabe que a AF ajuda na manutenção do peso, na melhora da QV (de curto e longo prazo) e na saúde mental.3

Pacientes fisicamente ativos apresentam melhor força muscular e menos efeitos colaterais do tratamento. Profissionais da saúde que cuidam de pessoas com câncer afirmam que os pacientes confiam neles para entender mais sobre a AF, e esses mesmos profissionais aconselham seus pacientes a não ficarem parados.3

Mesmo que os profissionais saibam da influência deles sobre o paciente, apenas cerca de 50% dos médicos estavam cientes das diretrizes de AF, e essa falta de conhecimento acarreta perda na QV do paciente.3

A Clinical Oncology Society of Australia (Cosa) e a Exercise anda Sport Science Australia (Essa) incentivam os profissionais da área da saúde, que trabalham com pacientes com câncer, a buscarem saber mais sobre a relação da AF com o câncer e entender como devem orientar seus pacientes.3 As instituições também orientam os profissionais da saúde a encaminharem os pacientes a profissionais mais preparados e que entendam melhor da prática de exercício.

Em um estudo recente, Smith-Turchyn e colaboradores realizaram uma pesquisa de survey envolvendo 100 participantes do Canadá, com o objetivo de discutir e tentar entender o motivo de não praticarem exercício físico. Os autores mostraram que 41% dos pacientes reportaram terem discutido sobre a prática de exercício nas suas consultas, sendo 23% com os médicos oncologistas. Entre os que não discutiram sobre exercício na consulta:2

  • 66% reportaram o desejo de praticar exercício durante o tratamento;
  • cerca de 54% entenderam a importância da AF;
  • apenas 37% já eram suficientemente ativos no momento da entrevista.

No estudo de Park e colaboradores, realizou-se uma análise acerca da influência dos médicos sobre seus pacientes, com 162 pessoas que venceram o câncer de mama e colorretal em estádio inicial, e que terminaram o tratamento primário e adjuvante, mas apenas 80,7% (130) dos participantes incluídos no estudo permaneceram até o final.4

Foram estratificados 3 grupos no estudo de Park e colaboradores: o primeiro era o grupo controle (com 59 participantes), o segundo era de recomendação de exercício dos oncologistas (com 53 participantes) e o terceiro era de recomendação de AF dos oncologistas com pacote de motivação do exercício (com 50 participantes). Os participantes foram avaliados no começo do estudo e depois de 4 semanas.10

No pacote de motivação, Park e colaboradores entregaram DVDs de exercícios, pedômetro, diário de exercícios e sessão de educação física de 15 minutos. Na recomendação, os oncologistas apontaram:10

Estudos mostraram que a participação de AF moderada mais de 150 minutos por semana poderia reduzir significativamente a recorrência do câncer de mama e colorretal. Portanto, é altamente recomendável que as sobreviventes de câncer de mama e colorretal participem de pelo menos 150 minutos de atividade física de nível moderado e duas vezes por semana de exercícios de fortalecimento.

O resultado do estudo de Park e colaboradores foi que os pacientes que receberam as recomendações com o pacote de motivação aumentaram a frequência na prática de exercícios e diminuíram as dores e diarreias, mas o grupo que recebeu apenas as recomendações não aumentou o nível de prática de exercício. Os autores só conseguiram ter esse resultado por meio do metabólico da tarefa (múltiplos de equivalentes metabólicos [MET]), que foi feito todas as semanas.10

O American College of Sports Medicine (ACSM) divulgou uma iniciativa de “incentivar os médicos a aconselhar os pacientes sobre exercícios e prescrever exercícios”, tendo como foco10

  • promover a prática de AF;
  • desenvolver um relacionamento de médicos com outros profissionais que trabalham com exercícios físicos;
  • incentivar o público e mostrar aos poderes superiores (políticos e outros) a importância da AF;
  • colocar os exercícios como parte do tratamento das doenças.

ATIVIDADES

1. Sobre as barreiras psicológicas na prescrição do exercício para o paciente oncológico, assinale V (verdadeiro) ou F (falso).

Falta de recursos financeiros.

Medo de ganhar peso.

Comportamento competitivo excessivo.

Motivação intrínseca.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.

A) F — V — V — V

B) F — V — F — F

C) V — F — V — V

D) V — F — F — F

Confira aqui a resposta

Resposta incorreta. A alternativa correta é a "A".


A primeira afirmativa é falsa porque a falta de recursos financeiros está relacionada às barreiras sociais na prescrição do exercício para o paciente oncológico.

Resposta correta.


A primeira afirmativa é falsa porque a falta de recursos financeiros está relacionada às barreiras sociais na prescrição do exercício para o paciente oncológico.

A alternativa correta é a "A".


A primeira afirmativa é falsa porque a falta de recursos financeiros está relacionada às barreiras sociais na prescrição do exercício para o paciente oncológico.

2. Sobre uma das barreiras sociais mais comuns que afetam a adesão de pacientes oncológicos ao exercício, assinale a alternativa correta.

A) Falta de disponibilidade de instalações para exercício.

B) Apoio emocional da família e dos amigos.

C) Comunicação aberta com a equipe de saúde.

D) Facilidade de acesso a informações sobre exercícios.

Confira aqui a resposta

Resposta incorreta. A alternativa correta é a "A".


Quanto maior a dificuldade de acesso a serviços para realizar exercício, maior o comportamento sedentário do paciente oncológico.

Resposta correta.


Quanto maior a dificuldade de acesso a serviços para realizar exercício, maior o comportamento sedentário do paciente oncológico.

A alternativa correta é a "A".


Quanto maior a dificuldade de acesso a serviços para realizar exercício, maior o comportamento sedentário do paciente oncológico.

Métodos de avaliação de prescrição de exercício para paciente oncológico adulto

Já se tem visto na literatura recente a importância do exercício físico para o paciente oncológico, tendo fortes evidências de que sustentam a prescrição combinada de exercícios aeróbios e resistidos, de intensidade moderada, realizados, pelo menos, de 2 a 3 vezes por semana, promovendo melhora da fadiga e da QV dessa população.6,7

Embora o consenso auxilie muito, recomendações e avaliações específicas são necessárias, a fim de fornecer informações adicionais do paciente oncológico e garantir uma prescrição mais assertiva de exercícios, principalmente no que diz respeito à tolerância ao exercício e aos sintomas que acometem esse perfil de paciente, como fadiga, fraqueza muscular, ansiedade e depressão.6

A seguir, serão abordados métodos avaliativos disponíveis na literatura para fornecer possibilidades e auxiliar durante a prescrição de um programa de exercícios para pacientes oncológicos.

Fadiga

Fadiga é uma sensação subjetiva de exaustão, que pode ser física, mental ou ambas, e é um dos sintomas mais comuns em pacientes oncológicos.8,9 Ela pode ser multifatorial, podendo ser causada pelo próprio câncer, pelo tratamento, por comorbidades, fatores psicológicos e trazer impacto negativo significativo na QV do paciente oncológico, podendo prejudicar sua capacidade de realizar AVDs e interferir em seu bem-estar emocional e em sua funcionalidade.8,11

Segundo Felser e colaboradores, a fadiga pode estar associada ao aumento do risco de quedas em pacientes oncológicos, o que pode levar a lesões graves e a um impacto negativo na QV.12

Apesar de ser um sintoma muito comum, a fadiga ainda continua não sendo reportada, impactando, assim, no tratamento adequado e na resolução ou diminuição do quadro de câncer.8

O câncer e suas abordagens para tratamento são, frequentemente, desencadeadores de fadiga induzida direta ou indiretamente pelas toxicidades associadas.13 A prevalência de fadiga nessa população varia quando avaliada durante o tratamento ativo ou após o término dele.13,14

Segundo a Coalizão nacional dos Estados Unidos para sobrevivência ao câncer, os pacientes tendem a relatar maior fadiga durante o processo de tratamento ativo, diminuindo posteriormente. No entanto, há uma proporção significativa de sobreviventes que estão livres da doença e ainda referem fadiga anos após o tratamento.13,14

A avaliação da fadiga é de extrema importância no acompanhamento do paciente oncológico. Apesar de seu impacto debilitante, a fadiga em pacientes oncológicos é subdiagnosticada e, consequentemente, subtratada.15 No entanto, as diretrizes clínicas recomendam realizar triagem sistemática e manejo desde o diagnóstico até o acompanhamento.16

Considerando que a fadiga é um sintoma subjetivo, no Quadro 1, apresentam-se alguns questionários autorreferidos que ajudam a realizar uma avaliação adequada desse diagnóstico e predizer seu impacto durante a execução do exercício físico.17 Quanto à tradução e à disponibilidade de escalas em português, estão disponíveis: Brief Fatigue Inventory (BFI),18 Multidimensional Fatigue Inventory (MFI)19 e European Organization for Research and Treatment of Cancer Quality of Life Questionnaire (EORTC QLQ FA) 13.20

Quadro 1

ESCALAS QUE AVALIAM FADIGA

Escala

Tipo

Como aplicar

Fact-An21

Multidimensional

O objetivo da escala é avaliar, por meio de uma subescala, problemas específicos relacionados à anemia e à fadiga em pacientes oncológicos. Composta por 55 itens, avalia, por afirmações e pontuações, itens como bem-estar físico, social e familiar, relacionamento com o médico, bem-estar emocional e funcionalidade. O paciente deve atribuir uma nota para cada afirmativa, de 0–4, considerando seus últimos 7 dias, e quanto maior a nota, maior o impacto.

MFI22

Multidimensional

Instrumento de autorrelato, composto por 20 itens projetados para realizar a medição de fadiga, abrange dimensões de fadiga geral, física e mental, e redução da motivação e da atividade. O paciente deve indicar, em uma escala de 0–7 pontos, qual afirmação específica se aplica ao seu quadro, sendo que pontuações mais altas indicam maior grau de fadiga.

EORTC core quality of life23

Unidimensional

Foi desenvolvido para medir funções físicas, psicológicas e sociais de pacientes com câncer, sendo composta por nove escalas multi-item: cinco de funcionalidade (física, cognitiva, emocional, psíquica e social), uma escala global de QV e três escalas de sintomas (fadiga, dor e náusea/vômito); as respostas são “sim” e “não”. Todas as escalas são transformadas linearmente para uma escala de 0–100. Para as escalas de funcionalidade e QV, quanto maior a pontuação, melhor o nível funcional. Nas escalas de sintomas, quanto maior a pontuação, maior o nível de sintomatologia.

BFI24

Unidimensional

Baseado no inventário breve de dor, sua formulação simples o torna fácil de ser aplicado e de compreender, favorecendo pacientes com baixo nível de escolaridade. Ele mede a gravidade da fadiga e sua interferência no dia a dia usando escalas de 0–10, podendo dividir a fadiga em “leve” (1–4), “moderada” (5–6) e “grave” (7–10).

FSI short25

Unidimensional

Questionário de autorrelato aborda 13 itens projetados para medir a intensidade, a duração da fadiga e sua interferência na QV e em diferentes tarefas, classificando-as de 0–10, sendo 0 nenhuma fadiga e 10 a pior fadiga.

Prom system fatigue-short26

Multidimensional

Composto por sete itens, que medem tanto a experiência da fadiga quanto a interferência de fadiga nas AVDs da última semana. As opções de resposta estão em uma escala do tipo Likert de 5 pontos, variando de 1 (nunca) a 5 (sempre). O escore é somatório, podendo variar entre 7–35, sendo que pontuações mais altas indicam maior fadiga.

EORTC quality of life fatigue27

Multidimensional

Desenvolvido para ser utilizado com o questionário básico de QV (EORTC QLQ-C30), esse questionário avalia aspectos físicos, cognitivos e emocionais da fadiga relacionada ao câncer.

Norfolk fatigue questionnaire28

Unidimensional

Composto por 35 questões com domínios que avaliam, nos últimos 7 dias, a fadiga subjetiva, atividades reduzidas, AVDs prejudicadas e depressão.

Fact-An: Functional assessment of cancer therapy-anemia; BFI: Brief fatigue inventory; MFI: Multidimensional fatigue inventory; EORTC: European Organization for Research and Treatment of Cancer; FSI: Fatigue symptom inventory; Prom: Patient-reported outcome measures; QV: qualidade de vida; AVDs: atividades de vida diária.

Força muscular

A disfunção muscular relacionada ao câncer pode ser considerada um amplo desafio clínico, sendo observada em pacientes recém-diagnosticados, com baixa carga tumoral, e pacientes em cuidados paliativos ou em estádios mais avançados.29

Fatores como idade, comorbidades, desnutrição, inatividade física, derivados do tumor, tratamentos oncológicos sistêmicos e locais e medicamentos de suporte podem influenciar na função musculoesquelética, impactando diretamente na funcionalidade e na QV desses pacientes.29,30 Por isso, a fisioterapia tem papel fundamental na estratificação por meio de testes e escalas para adequação das melhores estratégias no tratamento ou na prevenção do imobilismo.

As diretrizes atuais recomendam o uso do escore de soma do Medical Research Council (MRC) para pacientes hospitalizados em unidade de terapia intensiva (UTI) ou enfermaria, que classifica a força de 12 grupos musculares nos membros superiores (MMSS) e nos membros inferiores (MMII).31 É considerada uma escala de fácil aplicabilidade, padronizada e validada, podendo ser aplicada à beira-leito.32,33

Os grupos musculares avaliados pelo escore de soma do MRC são flexores de quadril, extensores de joelho, dorsiflexores de tornozelo, abdutores de ombro, flexores de cotovelo e extensores de punho, sendo todos avaliados bilateralmente. A pontuação para cada grupo muscular avaliado varia entre 0 (sem contração) e 5 (força normal), sendo que a soma pode variar de 0 (tetraplegia) a 60 (força muscular preservada).32,33

Outro método de avaliação pode ser a dinamometria com a força de preensão palmar. Os escores de corte para fraqueza muscular adquirida são menores do que 11kgf em homens e do que 7kgf em mulheres.34,35 Em ambos os métodos (MRC ou dinamometria) há as mesmas limitações, por se tratar de uma avaliação voluntária, sendo necessário que o paciente esteja cooperativo e alerta.

Funcionalidade

Em razão das complicações decorrentes da fraqueza muscular e da fadiga, o paciente oncológico pode apresentar declínio da sua funcionalidade de mobilidade de modo geral. A funcionalidade é a habilidade de realizar atividades que permitam que o indivíduo cuide de si próprio e viva de forma independente.36

A avaliação funcional e de mobilidade é importante para garantir que o paciente se mantenha em seu nível funcional ou que se possa utilizar estratégias para que ele retorne ao seu nível basal de funcionalidade e mobilidade.

O Quadro 2 apresenta algumas escalas utilizadas no ambiente hospitalar que podem auxiliar na avaliação funcional do paciente oncológico.

Quadro 2

ESCALAS DE AVALIAÇÃO FUNCIONAL

Escala

Descrição

Demmi37

Composta por 15 atividades, avalia a mobilidade; 11 dessas atividades são classificadas como 0 (incapaz) ou 1 (capaz) e quatro são classificadas como 0 (incapaz), 1 (parcial) ou 2 (capaz). Das atividades, três são executadas no leito, três na cadeira, quatro envolvem equilíbrio estático, duas envolvem caminhada e três, equilíbrio dinâmico. Sua pontuação varia de 0 (baixa mobilidade) a 100 (alta mobilidade).

FSS-ICU38

Avalia cinco tarefas de mobilidade (rolar, transferir-se da posição supina para sentada, da posição sentada para em pé, sedestação à beira-leito e deambulação). A pontuação varia de 0 (totalmente dependente) a 7 (totalmente independente). O escore varia de 0–35 pontos, sendo que pontuações elevadas demonstram um nível maior de independência do paciente.

ICUMS39

Essa escala tem uma pontuação que varia de 0 (menor capacidade de mobilidade) a 10 (maior nível de mobilidade), isto é, caso o paciente seja dependente e não tenha nenhum movimento ativo, é classificado como 0; caso ele consiga executar qualquer atividade na cama (rolar, ponte e movimentos ativos), é classificado como 1, e assim consequentemente até a nota 10, para quando o paciente deambula de forma independente em uma distância de, pelo menos, 5m.

Perme intensive care unit mobility score40

Essa escala é dividida em 15 itens e em 7 categorias, que avaliam estado mental, barreiras para mobilidade, força funcional, mobilidade no leito, transferências, marcha e medidas de resistência. Seu escore pode variar de 0–32 pontos, sendo que cada tarefa receberá uma pontuação de acordo com a sua avaliação.

Demmi: Índice de mobilidade de Morton; FSS-ICU: Functional status score for the intensive care unit; ICUMS: Intensive care unit mobility scale.

ATIVIDADES

3. Por que é importante monitorar os sintomas de fadiga durante o exercício em pacientes oncológicos?

A) Para aumentar a intensidade do exercício continuamente.

B) Para garantir que o paciente não sinta desconforto.

C) Para documentar os sintomas, para fins de pesquisa.

D) Para desencorajar o paciente de exagerar na carga de exercício.

Confira aqui a resposta

Resposta incorreta. A alternativa correta é a "B".


A fadiga do paciente oncológico é um sintoma subjetivo e deve ser levada em consideração para não ser subdiagnosticada e subvalorizada.

Resposta correta.


A fadiga do paciente oncológico é um sintoma subjetivo e deve ser levada em consideração para não ser subdiagnosticada e subvalorizada.

A alternativa correta é a "B".


A fadiga do paciente oncológico é um sintoma subjetivo e deve ser levada em consideração para não ser subdiagnosticada e subvalorizada.

4. Quando é importante avaliar a fadiga em pacientes oncológicos?

A) Apenas no início do tratamento.

B) Somente no final do tratamento.

C) Durante todo o curso do tratamento e no follow-up.

D) Apenas quando se tratar de pacientes pediátricos.

Confira aqui a resposta

Resposta incorreta. A alternativa correta é a "C".


A avaliação de fadiga deve ser realizada durante todo o curso do tratamento e follow-up, para garantir a assertividade do tratamento oncológico.

Resposta correta.


A avaliação de fadiga deve ser realizada durante todo o curso do tratamento e follow-up, para garantir a assertividade do tratamento oncológico.

A alternativa correta é a "C".


A avaliação de fadiga deve ser realizada durante todo o curso do tratamento e follow-up, para garantir a assertividade do tratamento oncológico.

Critérios de segurança na prescrição de exercícios para paciente oncológico adulto

Para garantir uma prescrição de exercício adequada, além de boa avaliação física, é necessário compreender os critérios de segurança para prescrição de exercício e os principais riscos para o paciente oncológico, levando em consideração as condições clínicas atuais, exames laboratoriais e queixas do paciente, conforme detalhado nos Quadros 3 e 4.

Quadro 3

CRITÉRIOS DE SEGURANÇA E CUIDADOS PARA PRESCRIÇÃO DO EXERCÍCIO

Sistema

Contraindicações

Precauções

Pulmonar

Dispneia grave, tosse, ofego e dor torácica aumentada por inspiração profunda.

Em dispneia leve a moderada, evitar testes de esforço máximo.

Musculoesquelético

Dor óssea, de cabeça e pescoço de origem recente, dor muscular incomum, caquexia grave (perda > 35% do peso pré-tratamento), fadiga extrema e baixo estado funcional.

Investigar dor ou cãibra, evitar exercícios de alto impacto e de contato. Em miopatias induzidas por esteroides, limitar a intensidade do exercício.

Sistêmico

Infecções agudas, febre > 38°C e mal-estar geral.

Evitar exercícios até que o paciente esteja assintomático por 48h e exercícios de alta intensidade.

Gastrintestinal

Náusea grave, vômito ou diarreia nas últimas 24–36h, desidratação ou ingesta inadequada de alimentos e fluidos.

Avaliar o quadro após a estabilização.

Cardiovascular

145mmHg de PAS e 95mmHg de PAD, pulso irregular e inchaço nos tornozelos.

Risco de doença cardíaca associada e cuidado com excesso medicamentoso.

Hematológico

Plaquetas < 50.000; células brancas < 3.000; Hb < 9g/dL.

Evitar risco de hemorragia, de infecção bacteriana e evitar exercícios de alta intensidade.

Neurológico

Declínio significante no estado cognitivo, vertigem/pessoa frívola, desorientação, visão borrada e ataxia (sem histórico prévio).

Alterações cognitivas e falta de equilíbrio/neuropatias sensórias periféricas.

PAS: pressão arterial sistólica; PAD: PA diastólica; Hb: hemoglobina. // Fonte: Adaptado de Battaglini e colaboradores (2004);41 Soares (2011);42 McNeely e colaboradores (2006).43

Quadro 4

PRINCIPAIS SINTOMAS E CUIDADOS ADOTADOS COM O PACIENTE ONCOLÓGICO

Sintomas

Cuidados

Riscos cardiorrespiratórios44

Pacientes oncológicos tendem a desenvolver alterações cardiorrespiratórias, como pneumonias, fibrose pulmonar, alterações de FC (taqui ou bradicardia) e queda de SatO2, dependendo do tipo e da localização do tumor, assim como nos cânceres hematológicos. É imprescindível ao profissional estar atento aos exames de imagem (RX de tórax, TC e ECO cardíaca), a fim de identificar alterações estruturais que possam acarretar tais mudanças, e aos exames laboratoriais, identificando alterações em Hb e Ht que podem indicar distúrbios na recepção e difusão de O2. Além dos exames, uma boa avaliação física mostra alterações externas, como tumorações ou modificações na coloração da pele, indicando hipoxia ou hipoxemia.

Anemias e/ou sangramentos ativos e alterações nas células brancas45

Alterações hemáticas precisam ser sempre muito bem avaliadas e acompanhadas pelo profissional, pois as hemácias é que transportam O2 para os tecidos e levam CO2 para o pulmão (para posterior eliminação), permitindo a sobrevivência do indivíduo. Se houver alterações exatamente no sistema que transporta O2, haverá fadiga, queda de O2 e redução nas defesas do organismo, resultando em infecções. Além das alterações patológicas, há as induzidas, como no caso das induções para o TCTH, em que ocorre redução drástica das células hematológicas do receptor para a enxertia das células do doador, para que não haja rejeição do enxerto ou doença do enxerto contra o hospedeiro.

Pneumonites induzidas pela QT46

Pneumonites são inflamações do tecido pulmonar que, quando não tratadas, podem evoluir para fibrose pulmonar. Essas infecções alteram a difusão dos gases, causam dispneia, tosse e fadiga, comprometendo a capacidade de difusão dos gases e o aporte de energia para células e tecidos, além do aumento das secreções pulmonares.

Desnutrição47

O fisioterapeuta deve estar atento ao estado nutricional do paciente, pois a desnutrição gera redução da energia levada às células e, consequentemente, fadiga e cansaço, criando um ciclo de inatividade, muito comum ao paciente oncológico, atrapalhando também no tratamento quimioterápico, além de reduzir a força muscular, interferindo diretamente na força de tosse e indiretamente nos volumes e capacidades pulmonares.

Perda de peso substancial48

Assim como a desnutrição, a perda de peso tem um fator importante quando se pensa na prescrição de exercícios para pacientes com patologias oncológicas. A redução da massa muscular é uma das grandes perdas em pacientes com redução brusca do peso, podendo gerar fraqueza, fadiga e acamamento.

FC: frequência cardíaca; SatO2: saturação de oxigênio; RX: raio X; TC: tomografia computadorizada; ECO: ecografia; Hb: hemoglobina; Ht: hematócrito; O2: oxigênio; CO2: gás carbônico; TCTH: transplante de células-tronco hematopoiéticas; QT: quimioterapia.

Principais efeitos de programas de fortalecimento muscular para paciente oncológico adulto

Para compreender os benefícios do fortalecimento muscular em pacientes oncológicos, é fundamental entender como funciona o exercício de força. Esse tipo de exercício envolve a realização de movimentos ativos resistidos, nos quais o paciente precisa superar uma resistência, seja ela imposta pelo terapeuta, seja por uma carga.48

Em geral, exercícios de fortalecimento consistem em levantar cargas mais pesadas, com um menor número de repetições em comparação com exercícios aeróbios. Um exemplo típico seria realizar três séries de exercícios, com 8 a 12 repetições cada.49 Diante disso, a literatura recente mostra que o fortalecimento muscular impacta positivamente em alguns aspectos, como QV, redução de fadiga e ganho de massa muscular quando prescrito para pacientes oncológicos.50

O fortalecimento muscular pode melhorar a dor neuropática induzida pela QT, aliviando sintomas como formigamento e queimação nos membros; ainda, desempenha papel fundamental ao evitar redução da perda de força, no alívio da fadiga e da ansiedade e da depressão, preservando, assim, a funcionalidade e a independência dos indivíduos.51

Hilfiker e colaboradores, em uma revisão sistemática com metanálise, observaram que exercícios resistidos associados ou não a um treino aeróbio têm um efeito moderado quando comparados ao tratamento usual.52 Os autores observaram que existe uma gama de possibilidades de medidas não farmacológicas que podem auxiliar na redução de fadiga, da ansiedade e da depressão, o que facilita ao indivíduo a escolha da técnica que mais se adéqua à sua rotina.52

Outra revisão sistemática analisou custo/efetividade em pacientes sobreviventes de câncer e observou que intervenções de alta intensidade parecem ser custo-efetivas, reforçando, assim, a importância de o paciente se manter ativo mesmo após o tratamento.53

Nakano e colaboradores observaram, em uma revisão sistemática com metanálise, o efeito dos exercícios aeróbios e resistidos nos sintomas físicos de pacientes com câncer e concluíram que essas intervenções podem melhorar sintomas como fadiga, dor e insônia, e, ainda, reduzir a sensação de dispneia, porém, em sintomas como náuseas ou vômitos, perda de apetite, constipação e diarreia, não se observaram benefícios.54

Ainda não há parametrização sobre a dose adequada, porém, em razão de ser uma estratégia de baixo custo e de fácil implementação, um programa de resistência deve ser considerado como adição do tratamento oncológico, para promover redução dos sintomas relacionados à QT, por exemplo.

O fortalecimento muscular tem impacto significativo e positivo no tratamento de pacientes com câncer. Esses exercícios aliviam sintomas, aprimoram a QV, preservam a funcionalidade e contribuem para o bem-estar geral dos pacientes. Portanto, é essencial que os profissionais de saúde considerem a inclusão de exercícios de fortalecimento como parte dos planos de tratamento para pacientes com câncer, visando ao seu conforto e à eficaz recuperação.

Buscaram-se, na literatura atual, ensaios clínicos que investigaram o uso de um protocolo de fortalecimento muscular em pacientes oncológicos, e os dados estão sumarizados no Quadro 5.


GI1: grupo intervenção 1; GI2: grupo intervenção 2; n: número de sujeitos; RM: repetição máxima; pct: paciente; FC: frequência cardíaca; D1: dia 1; D3: dia 3; máx: máximo; resist: resistido; exerc: exercício; MMII: membros inferiores; MMSS: membros superiores; VO2 máx: volume de oxigênio máximo; + diferença significativa; - não houve diferença significativa.

ATIVIDADES

5. Assinale a alternativa correta sobre o principal benefício do fortalecimento muscular em pacientes oncológicos.

A) Redução das células cancerígenas, embora possa aumentar a fadiga.

B) Redução da fadiga relacionada ao câncer.

C) Diminuição da taxa de recorrência do câncer, com melhora da QV, ainda que aumente a fadiga.

D) Diminuição da mobilidade e aumento da flexibilidade.

Confira aqui a resposta

Resposta incorreta. A alternativa correta é a "B".


Diversos estudos apontam que um programa de fortalecimento muscular aplicado após avaliação pode reduzir a fadiga e, consequentemente, melhorar a QV dos pacientes oncológicos.

Resposta correta.


Diversos estudos apontam que um programa de fortalecimento muscular aplicado após avaliação pode reduzir a fadiga e, consequentemente, melhorar a QV dos pacientes oncológicos.

A alternativa correta é a "B".


Diversos estudos apontam que um programa de fortalecimento muscular aplicado após avaliação pode reduzir a fadiga e, consequentemente, melhorar a QV dos pacientes oncológicos.

6. Sobre o fortalecimento muscular para pacientes oncológicos, assinale a alternativa correta.

A) Pode melhorar a dor neuropática induzida por QT, embora possa causar sintomas como formigamento e queimação nos membros.

B) Evita a perda de força, alivia a fadiga, a ansiedade e a depressão, preservando a funcionalidade e a independência das pessoas.

C) Considerando a parametrização estabelecida da dose adequada de fortalecimento muscular para pacientes oncológicos, um programa de resistência deve ser considerado como adição ao tratamento, para possibilitar diminuição dos sintomas relacionados, por exemplo, à QT.

D) A inclusão de exercícios de fortalecimento muscular como parte do plano de tratamento oncológico visa à independência dos indivíduos, ainda que não seja confirmadamente eficaz para a recuperação deles.

Confira aqui a resposta

Resposta incorreta. A alternativa correta é a "B".


O fortalecimento muscular pode melhorar a dor neuropática induzida por QT, aliviando sintomas como formigamento e queimação nos membros. Ainda não há parametrização sobre a dose adequada de fortalecimento muscular para pacientes oncológicos, mas, considerando que é uma estratégia de baixo custo e fácil implementação, um programa de resistência deve ser aplicado como adição ao tratamento, para possibilitar decrescimento dos sintomas relacionados à QT, por exemplo. Incluir exercícios de fortalecimento muscular nos planos de tratamento para pacientes com câncer visa ao conforto e à eficaz recuperação deles.

Resposta correta.


O fortalecimento muscular pode melhorar a dor neuropática induzida por QT, aliviando sintomas como formigamento e queimação nos membros. Ainda não há parametrização sobre a dose adequada de fortalecimento muscular para pacientes oncológicos, mas, considerando que é uma estratégia de baixo custo e fácil implementação, um programa de resistência deve ser aplicado como adição ao tratamento, para possibilitar decrescimento dos sintomas relacionados à QT, por exemplo. Incluir exercícios de fortalecimento muscular nos planos de tratamento para pacientes com câncer visa ao conforto e à eficaz recuperação deles.

A alternativa correta é a "B".


O fortalecimento muscular pode melhorar a dor neuropática induzida por QT, aliviando sintomas como formigamento e queimação nos membros. Ainda não há parametrização sobre a dose adequada de fortalecimento muscular para pacientes oncológicos, mas, considerando que é uma estratégia de baixo custo e fácil implementação, um programa de resistência deve ser aplicado como adição ao tratamento, para possibilitar decrescimento dos sintomas relacionados à QT, por exemplo. Incluir exercícios de fortalecimento muscular nos planos de tratamento para pacientes com câncer visa ao conforto e à eficaz recuperação deles.

Efeitos do condicionamento cardiovascular no paciente oncológico adulto

Outra estratégia para tratamento e abordagem do paciente oncológico é um trabalho de condicionamento cardiovascular.64

Segundo Mello e colaboradores, condicionamento cardiovascular é uma modalidade de AF em que o indivíduo alcança melhora no funcionamento do sistema musculoesquelético e metabólico por meio do aprimoramento da força muscular, da resistência cardiovascular e da flexibilidade.64

Estudos demonstram que, com o condicionamento físico em pacientes oncológicos, é possível promover melhora da capacidade funcional (CF), da força muscular, da resistência muscular, redução dos sintomas provenientes da QT e, ainda, adaptações positivas no sistema cardiovascular e em elementos psicológicos.56,65,66 Pensando nisso, o condicionamento físico é um importante agente no que diz respeito à preservação e, até mesmo, ao aprimoramento desses aspectos do paciente oncológico.

Cramp e Byron-Daniel,67 em uma revisão sistemática com metanálise, investigaram o efeito do exercício aeróbio na fadiga relacionada ao câncer durante ou após o tratamento e observaram que exercício aeróbio pode ser considerado benéfico para pacientes com fadiga relacionada ao câncer, sugerindo-se que essa modalidade de AF possa reduzir a fadiga, neutralizando os efeitos negativos que o tumor e o tratamento (QT ou RT) têm sobre a capacidade de desempenho físico.67,68

Há, ainda, efeitos do exercício aeróbio relacionados à redução da fadiga em virtude da melhora da CF, da redução do esforço e da melhora da percepção de fadiga.67 Além disso, o exercício tem efeitos nas dimensões emocionais e mentais, melhorando o humor e reduzindo a ansiedade e o medo dos pacientes.67,68

O Quadro 6 apresenta o resumo dos dados de ensaios clínicos que analisaram o uso de protocolos de condicionamento cardiovascular em pacientes oncológicos.

GI1: grupo intervenção 1; GI2: grupo intervenção 2; VOP: velocidade de onda de pulso; FC: frequência cardíaca; ACR: aptidão cardiorrespiratória + diferença significativa; - não houve diferença significativa.

Modelo de programa de exercícios na oncologia pediátrica

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer é a segunda causa de morte infantil e de jovens adultos (de 0 a 29 anos) no Brasil, sendo por leucemias a maior mortalidade (14,94 mortes/milhão), tumores de sistema nervoso central ([SNC] 10,26 mortes/milhão) e linfoma não Hodgkin (2,7 mortes/milhão).74

Como consequência do câncer, do processo de tratamento, assim como em pacientes adultos, as crianças tendem a evoluir com quadro de aptidão física reduzida e, consequentemente, com maior risco de desenvolver doenças cardiovasculares, osteoporose, obesidade e sintomas de ansiedade e depressão. Sendo assim, programas de exercício físico demonstram aumentar a aptidão física, a força muscular e a massa óssea nessa população.14,75–79

Estudos que investiguem a eficácia de programas de exercício físico em pacientes oncológicos pediátricos ainda são escassos. Há pouca quantidade de evidências disponíveis na literatura atual, com amostras pequenas, que observaram a melhora da aptidão cardiorrespiratória, da força muscular, da flexibilidade e da composição corporal.

Braam e colaboradores, em um ensaio clínico controlado aleatorizado, investigaram o efeito de um programa de exercício físico combinado com intervenção psicossocial em aptidão cardiorrespiratória, força muscular, QV e função psicossocial. Os pacientes foram divididos em grupo intervenção (duas sessões de exercício físico de 45 minutos, com fisioterapeuta, e uma sessão de treinamento psicossocial de 6 minutos, uma vez a cada duas semanas — n = 30) e grupo controle, esse orientado a manter seus cuidados habituais. Os resultados mostraram que a realização desse tipo de intervenção é viável, trazendo efeitos positivos em aptidão cardiorrespiratória, força muscular, QV e função psicossocial.75

Pode-se observar que o exercício físico aparenta ser benéfico para a população pediátrica, porém ainda são necessários mais estudos, com um número amostral maior e discussão quanto à intensidade e à dose, para garantir uma prescrição adequada e assertiva.

No Quadro 7, observam-se alguns modelos de programas de exercício em oncologia pediátrica disponíveis na literatura.

FC: frequência cardíaca; ACR: aptidão cardiorrespiratória; MMII: membros inferiores; MMSS: membros superiores; TU: tumor; SNC: sistema nervoso central; + diferença significativa; - não houve diferença significativa.

ATIVIDADES

7. Por que os exercícios aeróbios são frequentemente recomendados para pacientes oncológicos?

A) Para acelerar os efeitos da QT.

B) Para aumentar a energia disponível para RT.

C) Para melhorar a saúde mental, embora reduzam a saúde física.

D) Para melhorar a aptidão cardiovascular, reduzir a fadiga e aumentar a QV.

Confira aqui a resposta

Resposta incorreta. A alternativa correta é a "D".


Os efeitos de um programa de exercício aeróbio já são bem descritos na literatura, sendo esse capaz de promover melhora do condicionamento, consequentemente, melhorando a QV do paciente oncológico.

Resposta correta.


Os efeitos de um programa de exercício aeróbio já são bem descritos na literatura, sendo esse capaz de promover melhora do condicionamento, consequentemente, melhorando a QV do paciente oncológico.

A alternativa correta é a "D".


Os efeitos de um programa de exercício aeróbio já são bem descritos na literatura, sendo esse capaz de promover melhora do condicionamento, consequentemente, melhorando a QV do paciente oncológico.

8. Por que os exercícios são frequentemente adaptados para pacientes oncológicos pediátricos?

A) Para aumentar a QV, ainda que causem desconforto e dor.

B) Para controlar a participação em AFs.

C) Para garantir que os exercícios sejam tão intensos quanto possível.

D) Para atender às necessidades específicas da criança, considerando diagnóstico, idade e estádio da doença.

Confira aqui a resposta

Resposta incorreta. A alternativa correta é a "D".


É importante levar em consideração a necessidade da adaptação dos exercícios, incluindo recursos como jogos e brincadeiras, para atender às necessidades da criança com câncer.

Resposta correta.


É importante levar em consideração a necessidade da adaptação dos exercícios, incluindo recursos como jogos e brincadeiras, para atender às necessidades da criança com câncer.

A alternativa correta é a "D".


É importante levar em consideração a necessidade da adaptação dos exercícios, incluindo recursos como jogos e brincadeiras, para atender às necessidades da criança com câncer.

J. S., 45 anos de idade, sexo feminino, com diagnóstico de carcinoma de pulmão estádio III, realizou RT e, atualmente, está no terceiro ciclo de QT. A paciente busca o serviço de fisioterapia com queixa de fadiga moderada, perda de força, diminuição da resistência e com níveis moderados de ansiedade.

Com base em sua condição e seu histórico, o fisioterapeuta responsável pelo caso decidiu prescrever um programa de exercícios composto por caminhada de baixa intensidade, por 20 a 30 minutos, três vezes por semana, treinamento de resistência leve para MMSS (elevação lateral e flexão de ombro), duas vezes por semana, e exercícios de flexibilidade com alongamentos suaves, para melhorar a mobilidade e reduzir a rigidez, realizados diariamente.

ATIVIDADES

9. Qual é o principal objetivo da prescrição de exercícios para J. S., sendo uma paciente oncológica com carcinoma de pulmão em tratamento?

A) Aumentar a taxa de resistência cardiovascular apesar do crescimento do tumor.

B) Combater a fadiga e melhorar a resistência cardiovascular.

C) Reduzir a aplicação de QT.

D) Estimular o esforço adicional da paciente.

Confira aqui a resposta

Resposta incorreta. A alternativa correta é a "B".


De acordo com a necessidade da paciente do caso clínico e suas queixas, o plano de prescrição de exercícios foi traçado para diminuir a fadiga e melhorar a resistência cardiovascular.

Resposta correta.


De acordo com a necessidade da paciente do caso clínico e suas queixas, o plano de prescrição de exercícios foi traçado para diminuir a fadiga e melhorar a resistência cardiovascular.

A alternativa correta é a "B".


De acordo com a necessidade da paciente do caso clínico e suas queixas, o plano de prescrição de exercícios foi traçado para diminuir a fadiga e melhorar a resistência cardiovascular.

Conclusão

Este capítulo mostrou a relevância de se compreender o quanto o exercício físico pode impactar no tratamento e na QV do paciente oncológico. Estudos têm demonstrado que a incorporação de exercícios adequados e supervisionados pode ajudar a combater a fadiga, melhorar a aptidão física, reduzir a ansiedade e a depressão, bem como contribuir na manutenção da funcionalidade. No entanto, é importante que o programa de exercícios seja individualizado, levando em consideração o estádio da doença, a idade do paciente, suas necessidades e limitações.

A supervisão de profissionais especializados é fundamental para garantir a segurança e a eficácia da AF. O exercício físico pode ser uma ferramenta valiosa no manejo dos sintomas e na promoção do bem-estar em pacientes oncológicos, complementando os tratamentos convencionais e proporcionando melhorias tanto físicas quanto emocionais durante a jornada de tratamento do câncer.

Atividades: Respostas

Atividade 1 // Resposta: A

Comentário: A primeira afirmativa é falsa porque a falta de recursos financeiros está relacionada às barreiras sociais na prescrição do exercício para o paciente oncológico.

Atividade 2 // Resposta: A

Comentário: Quanto maior a dificuldade de acesso a serviços para realizar exercício, maior o comportamento sedentário do paciente oncológico.

Atividade 3 // Resposta: B

Comentário: A fadiga do paciente oncológico é um sintoma subjetivo e deve ser levada em consideração para não ser subdiagnosticada e subvalorizada.

Atividade 4 // Resposta: C

Comentário: A avaliação de fadiga deve ser realizada durante todo o curso do tratamento e follow-up, para garantir a assertividade do tratamento oncológico.

Atividade 5 // Resposta: B

Comentário: Diversos estudos apontam que um programa de fortalecimento muscular aplicado após avaliação pode reduzir a fadiga e, consequentemente, melhorar a QV dos pacientes oncológicos.

Atividade 6 // Resposta: B

Comentário: O fortalecimento muscular pode melhorar a dor neuropática induzida por QT, aliviando sintomas como formigamento e queimação nos membros. Ainda não há parametrização sobre a dose adequada de fortalecimento muscular para pacientes oncológicos, mas, considerando que é uma estratégia de baixo custo e fácil implementação, um programa de resistência deve ser aplicado como adição ao tratamento, para possibilitar decrescimento dos sintomas relacionados à QT, por exemplo. Incluir exercícios de fortalecimento muscular nos planos de tratamento para pacientes com câncer visa ao conforto e à eficaz recuperação deles.

Atividade 7 // Resposta: D

Comentário: Os efeitos de um programa de exercício aeróbio já são bem descritos na literatura, sendo esse capaz de promover melhora do condicionamento, consequentemente, melhorando a QV do paciente oncológico.

Atividade 8 // Resposta: D

Comentário: É importante levar em consideração a necessidade da adaptação dos exercícios, incluindo recursos como jogos e brincadeiras, para atender às necessidades da criança com câncer.

Atividade 9 // Resposta: B

Comentário: De acordo com a necessidade da paciente do caso clínico e suas queixas, o plano de prescrição de exercícios foi traçado para diminuir a fadiga e melhorar a resistência cardiovascular.

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Autores

WILLIAM DE LIMA SELLES // Programa de Mestrado e Doutorado em Fisioterapia da Unicid.

GIOVANNI MARINI MOURA // Professor no Programa de Mestrado e Doutorado em Fisioterapia da Unicid.

LETICIA JEREMIAS FERREIRA PEREIRA // Programa de Mestrado e Doutorado em Fisioterapia da Unicid.

DIEGO WISNIESKI DA SILVA // Professor no Programa de Mestrado e Doutorado em Fisioterapia da Unicid.

GIOVANNA MARQUES FRASCOLI DOS SANTOS // Professora no Programa de Mestrado e Doutorado em Fisioterapia da Unicid.

GIOVANNA DOS SANTOS LOPES // Professora no Programa de Mestrado e Doutorado em Fisioterapia da Unicid.

CIBELLE REGINA LIMA DO CARMO // Professora no Programa de Mestrado e Doutorado em Fisioterapia da Unicid.

ELINALDO DA CONCEIÇÃO DOS SANTOS // Membro do Departamento de Ciências Biológicas e da Saúde da Universidade Federal do Amapá (Unifap).

ADRIANA CLAUDIA LUNARDI // Professora no Programa de Mestrado e Doutorado em Fisioterapia da Universidade da Cidade de São Paulo (Unicid). Membro do Departamento de Fisioterapia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).

Como citar a versão impressa deste documento

Selles WL, Moura GM, Pereira LJF, Silva DW, Santos GMF, Lopes GS et al. Prescrição e segurança de exercícios para pacientes oncológicos. In: Associação Brasileira de Fisioterapia Cardiorrespiratória e Fisioterapia em Terapia Intensiva; Martins JA, Nascimento LL, Mendes LPS, organizadores. PROFISIO Programa de Atualização em Fisioterapia Cardiovascular e Respiratória: Ciclo 10. Porto Alegre: Artmed Panamericana; 2024. p. 105–34. (Sistema de Educação Continuada a Distância, v. 2). https://doi.org/10.5935/978-85-514-1223-7.C0003