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Reabilitação pulmonar em indivíduos com DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA leve

Lais Santin

Daniele Dala Pola

Fabio Pitta

epub-PROFISIO-CAR-C10V2_Artigo3

Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

  • reconhecer as alterações físico–funcionais em indivíduos com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) leve e moderada;
  • identificar os benefícios da reabilitação pulmonar nos indivíduos com DPOC leve;
  • distinguir as diferentes modalidades de exercício físico nessa população.

Esquema conceitual

Introdução

A DPOC, caracterizada pela obstrução persistente ao fluxo aéreo, representa um importante desafio de saúde pública que é tanto prevenível quanto tratável.1 A terapia medicamentosa tem evoluído consideravelmente e proporcionado resultados efetivos; e, a reabilitação pulmonar associada ao tratamento medicamentoso possibilita resultados ainda mais eficazes.

A reabilitação pulmonar é uma ferramenta essencial utilizada no manejo dos pacientes com DPOC com potencial de reduzir a mortalidade, a frequência de exacerbações, a sensação de dispneia e a fadiga, além de melhorar a capacidade de exercício, a qualidade de vida e reduzir os sintomas de ansiedade e depressão.2 No entanto, apesar de uma enorme quantidade de evidências sólidas mostrar a eficácia da reabilitação pulmonar na DPOC, a maioria dos estudos tem focado nos indivíduos com doença mais grave e sintomática.2

Neste capítulo, serão discutidos os benefícios e as diferentes modalidades utilizadas na reabilitação pulmonar em indivíduos com DPOC leve.

Doença pulmonar obstrutiva crônica

A DPOC é uma condição associada à combinação de fatores genéticos e ambientais que danificam gravemente a estrutura dos pulmões e geram sintomas respiratórios crônicos, como dispneia, tosse e produção de escarro.1 O dano estrutural gerado na doença ocorre devido a anormalidades das vias aéreas (bronquite, bronquiolite) e/ou dos alvéolos (enfisema) que causam obstrução persistente, muitas vezes progressiva, do fluxo aéreo.1

O tabagismo é a principal causa da DPOC. Cerca de 80% dos indivíduos que são diagnosticados com a doença já foram ou ainda são fumantes de forma ativa ou passiva. Uma parcela de não fumantes também é acometida pela doença devido a diversas outras causas, como poluição ambiental, peculiaridades genéticas que afetam o desenvolvimento do pulmão e exposição ocupacional a poeiras e produtos químicos.1

O diagnóstico da DPOC é padronizado pela Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease1 por meio da espirometria, um exame em que o indivíduo deve expirar de forma forte e sustentada dentro de um bucal para mensurar o volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1) e a capacidade vital forçada (CVF).

A relação VEF1/CVF menor do que 0,70 no exame pós-broncodilatador confirma a presença de limitação ao fluxo aéreo.

O Quadro 1 apresenta a classificação dos indivíduos conforme os quatro estágios da doença.

Quadro 1

CLASSIFICAÇÃO DA GRAVIDADE DA DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA

(NA PRESENÇA DE RELAÇÃO VEF1/CVF <0,70)

GOLD I (leve)

VEF1 ≥80% do predito

GOLD II (moderada)

VEF1 ≥50 e <80% do predito

GOLD III (grave)

VEF1 ≥30% do predito e <50% do predito

GOLD IV (muito grave)

VEF1 <30% do predito

VEF1: volume expiratório forçado no primeiro segundo; CVF: capacidade vital forçada. // Fonte: Adaptado de Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease (2023).1

Mesmo em estágios mais leves da doença, muitos indivíduos já apresentam manifestações extrapulmonares ou sistêmicas que, muitas vezes, podem ser confundidas com o envelhecimento, tais como

  • disfunção muscular;
  • inatividade física;
  • alterações nutricionais;
  • descondicionamento físico;
  • sintomas de ansiedade e depressão;
  • pior qualidade de vida e estado de saúde.

A visão de que indivíduos com DPOC leve não apresentam manifestações sistêmicas relevantes já foi descartada. Frequentemente, os pacientes restringem algumas de suas atividades físicas mais extenuantes para evitar sintomas mesmo antes de estarem cientes de sua doença.3

Quando comparados aos seus pares saudáveis, indivíduos com DPOC leve são mais inativos e sedentários, além de apresentarem redução na tolerância ao exercício, maior dispneia e esforço percebido para a mesma taxa de trabalho3. Com o tempo, isso pode levar ao agravo dos sintomas, ao descondicionamento e à intolerância aos exercícios mais acentuados à medida que os pacientes passam a ser ainda mais inativos e sedentários, tornando-se ainda mais sintomáticos e ocasionando o conhecido ciclo vicioso da DPOC.4

De forma geral, os sintomas que mais limitam o exercício na maioria dos indivíduos com DPOC são a dispneia (devido à limitação ventilatória e hiperinsuflação) e a fadiga.4 Esses sintomas são comumente associados à disfunção muscular periférica, que também pode caracterizar a doença e estar presente mesmo nos seus estágios iniciais. As principais alterações relacionadas à disfunção muscular periférica são redução de massa, força e potência muscular, menor quantidade de fibras tipo I, redução na capilarização, aumento do estresse oxidativo e disfunção mitocondrial.5

Quando comparados a idosos saudáveis, indivíduos com DPOC apresentam aumento do esforço muscular inclusive em atividades de baixa intensidade. 6, 7

Em estágios mais avançados da doença, os sintomas limitam consideravelmente as atividades de vida diária, fazendo com que os indivíduos tenham dificuldades para realizar ações simples do cotidiano. No entanto, mesmo naqueles classificados como GOLD I e II, as limitações já podem ser percebidas e comprometer a funcionalidade dos pacientes.8

ATIVIDADES

1. Assinale a alternativa que caracteriza a espirometria de um indivíduo com DPOC e obstrução leve ao fluxo aéreo.

A) VEF1/CVF <0,60 e VEF1 <70% predito.

B) VEF1/CVF <0,80 e VEF1 <80% predito.

C) VEF1/CVF <0,60 e VEF1 ≥80% predito.

D) VEF1/CVF <0,70 e VEF1 ≥80% predito.

Confira aqui a resposta

Resposta incorreta. A alternativa correta é a "D".


De acordo com o entendimento da GOLD, um distúrbio espirométrico obstrutivo leve se caracteriza quando a relação entre VEF1 e CVF se encontra abaixo de 0,70 mesmo na presença de VEF1 com valores dentro da normalidade, ou seja, maior do que ou igual a 80% do predito.

Resposta correta.


De acordo com o entendimento da GOLD, um distúrbio espirométrico obstrutivo leve se caracteriza quando a relação entre VEF1 e CVF se encontra abaixo de 0,70 mesmo na presença de VEF1 com valores dentro da normalidade, ou seja, maior do que ou igual a 80% do predito.

A alternativa correta é a "D".


De acordo com o entendimento da GOLD, um distúrbio espirométrico obstrutivo leve se caracteriza quando a relação entre VEF1 e CVF se encontra abaixo de 0,70 mesmo na presença de VEF1 com valores dentro da normalidade, ou seja, maior do que ou igual a 80% do predito.

2. Quanto à disfunção muscular periférica na DPOC, assinale a alternativa correta.

A) A disfunção muscular periférica só se inicia nos estágios mais avançados da doença, como nos indivíduos classificados como GOLD III e IV.

B) As alterações envolvem redução da massa e força, maior quantidade de fibras tipo I, aumento na capilarização, redução do estresse oxidativo e disfunção mitocondrial.

C) As alterações são redução de massa, força e potência muscular, menor quantidade de fibras tipo I, redução na capilarização, aumento do estresse oxidativo e disfunção mitocondrial.

D) As alterações são redução de massa e força, menor quantidade de fibras tipo II, redução na capilarização, redução do estresse oxidativo e disfunção mitocondrial.

Confira aqui a resposta

Resposta incorreta. A alternativa correta é a "C".


A disfunção muscular está presente independentemente da gravidade da doença. Em conjunto com o uso prolongado de corticosteroides e a inflamação sistêmica, pode ocorrer remodelamento muscular, com a predominância das fibras do tipo I e redução da capilarização (ou seja, redução do número de capilares por mm2 de fibras musculares).

Resposta correta.


A disfunção muscular está presente independentemente da gravidade da doença. Em conjunto com o uso prolongado de corticosteroides e a inflamação sistêmica, pode ocorrer remodelamento muscular, com a predominância das fibras do tipo I e redução da capilarização (ou seja, redução do número de capilares por mm2 de fibras musculares).

A alternativa correta é a "C".


A disfunção muscular está presente independentemente da gravidade da doença. Em conjunto com o uso prolongado de corticosteroides e a inflamação sistêmica, pode ocorrer remodelamento muscular, com a predominância das fibras do tipo I e redução da capilarização (ou seja, redução do número de capilares por mm2 de fibras musculares).

Reabilitação pulmonar

A reabilitação pulmonar é classicamente definida como uma intervenção abrangente baseada na avaliação completa do paciente, seguida de terapias específicas para o paciente que incluem, mas não estão limitadas a: programas de exercício físico, educação, automanejo, intervenção visando a mudança de comportamento, destinada a melhorar a condição física e psicológica de pessoas com doenças respiratórias crônicas, além de promover a adesão a longo prazo a comportamentos que melhoram a saúde.9

Uma definição mais recente da reabilitação pulmonar indica 13 componentes essenciais (Quadro 2) e 27 componentes desejáveis analisados pelo prisma de quatro aspectos: avaliação, componentes propriamente ditos do programa, método de oferta e controle de qualidade.10

COMPONENTES ESSENCIAIS DE UM PROGRAMA DE REABILITAÇÃO PULMONAR

Avaliação do paciente

  • Avaliação inicial realizada por profissional da saúde em centro de reabilitação.
  • Teste de exercícios no momento da avaliação.
  • Teste de campo.
  • Avaliação da qualidade de vida.
  • Avaliação da dispneia.
  • Avaliação do estado nutricional.
  • Avaliação do estado ocupacional.

Componentes do programa

  • Treinamento aeróbico de qualidade.
  • Treinamento resistido.

Métodos de oferta

  • Programa de exercício com prescrição individualizada.
  • Programa de exercício com progressão individualizada.
  • Equipe inclui profissional da saúde com experiência em prescrição e progressão de exercício.

Controle de qualidade

  • Profissionais da saúde são treinados para implementação dos componentes do modelo oferecido.

// Fonte: Adaptada de Holland e colaboradores (2021).10

Para que o maior número possível de componentes seja contemplado em um programa de reabilitação pulmonar, é fundamental o trabalho de uma equipe multidisciplinar. Por exemplo: a avaliação do indivíduo deve considerar os objetivos para cada paciente e as suas necessidades específicas de saúde, além de capacidades e limitações físicas, aspectos nutricionais, capacidade de autogestão, alfabetização em saúde e estado de saúde psicológica e social.

Portanto, a reabilitação pulmonar é uma modalidade composta por diversos elementos destinados a promover bem-estar físico e psicológico de indivíduos com doenças respiratórias, tais como 9

  • exercício físico;
  • educação;
  • acompanhamento nutricional e psicológico;
  • automanejo;
  • mudança comportamental.

O objetivo da reabilitação pulmonar, em longo prazo, é promover a adesão de comportamentos que melhoram a saúde.9 A associação desses elementos é de extrema importância, e o exercício físico representa um componente vital para que se atinjam os benefícios da reabilitação pulmonar.

Considerado o componente mais importante da reabilitação pulmonar,6 o treinamento físico é o melhor meio disponível para melhorar a função física na DPOC. Um dos princípios gerais para que esse treino seja eficaz envolve a carga total de exercícios, que deve refletir os requisitos específicos do indivíduo e exceder as cargas encontradas durante a vida diária, para evoluir a capacidade aeróbica e a força muscular e progredir à medida que a melhora ocorra.9

Além disso, em indivíduos com DPOC, como em todas as populações, o exercício também deve respeitar os princípios básicos do treinamento físico, como

  • sobrecarga;
  • progressão;
  • especificidade
  • reversibilidade.

Os princípios de sobrecarga e progressão referem-se à necessidade de incremento gradual de carga, como velocidade, tempo e inclinação, ou resistência no treino aeróbico, como peso, resistência elástica ou repetições no treino de força. A especificidade é essencial para decidir quais resultados são esperados para se traçar exercícios direcionados de acordo com os objetivos.

Todos os ganhos do treinamento são reversíveis a partir do momento que o indivíduo interrompe o estímulo, e essa é uma das causas do porquê a prática de exercício deve ser sempre indicada e incentivada para pacientes com doenças respiratórias, mesmo em estágios leves e moderados.

Assim como em indivíduos saudáveis,11 a composição do treinamento físico em indivíduos com DPOC deve levar em consideração a alguns aspectos descritos no Quadro 3.

Quadro 3

COMPONENTES DA PRESCRIÇÃO DE EXERCÍCIO

Frequência

Refere-se ao número de sessões realizadas em um período (p. ex., duas vezes por semana).

Intensidade

Refere-se à carga prescrita com a qual será realizado o treinamento, tanto do treino aeróbico quanto do treino resistido (p. ex., leve, moderada, vigorosa)

Tempo

Refere-se à duração de realização do exercício (p. ex., 20–30 minutos)

Tipo

Refere-se às modalidades de exercício utilizadas (p. ex., treino resistido, treino aeróbico [contínuo ou intervalado], treino resistido)

// Fonte: Adaptado de Garber e colaboradores (2011).11

Consensos internacionais recomendam que a duração do programa de reabilitação pulmonar seja de, ao menos, 8 semanas, com treinamento físico supervisionado pelo menos duas vezes na semana e que envolva exercício de endurance (ou aeróbico, seja contínuo ou intervalado), força muscular de membros inferiores e superiores e musculatura inspiratória (quando pertinente). 9,12

A associação de treinamento aeróbico e resistido tem efeitos potencializados quando comparados à realização isolada,9,12 e a intensidade dos exercícios deve ser adequada e individualizada para cada paciente.9

A reabilitação é capaz de atuar sobre as variáveis do ciclo vicioso da DPOC, pois aumenta a capacidade de exercício e a força muscular e reduz os sintomas de dispneia e fadiga, além de melhorar a qualidade de vida, entre outros efeitos benéficos (Figura 1). Esses benefícios são encontrados em indivíduos que realizam treinamento físico, independentemente da gravidade da doença.1

FIGURA 1: Efeitos do exercício físico nos diferentes sistemas do corpo. // Fonte: Adaptada de Troosters e colaboradores (2023).13

A reabilitação pulmonar desempenha um papel crucial, sendo indicada para todos os indivíduos com DPOC, independentemente da gravidade da doença ou da sintomatologia do indivíduo.1

O futuro da reabilitação pulmonar parece se direcionar para intervenções personalizadas que adéquem seu formato às necessidades e preferências de cada indivíduo.13 Além disso, novos modelos têm emergido, principalmente os que utilizam programas com componentes domiciliares, comunitários e de telerreabilitação.10

No entanto, o sucesso de um programa de reabilitação, seja em qual modelo for, dependerá da inclusão dos componentes essenciais e do fato dos desfechos esperados — como melhorar a tolerância ao esforço e a qualidade de vida, diminuir dispneia, fadiga, exacerbações, inatividade física e sedentarismo — serem atingidos.10

ATIVIDADES

3. Sobre a prescrição de exercício físico e os componentes que devem ser considerados, assinale V (verdadeiro) ou F (falso).

A frequência do exercício corresponde ao número total de sessões que compõem o programa.

A intensidade se refere à modalidade de exercício utilizado.

O tipo do exercício se refere à carga a ser utilizada (leve, moderada, vigorosa).

Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.

A) V — V — F

B) V — F — V

C) F — F — F

D) F — F — V

Confira aqui a resposta

Resposta incorreta. A alternativa correta é a "C".


Todas as afirmativas são falsas. A frequência refere-se ao número de sessões realizadas em um período como, por exemplo, duas vezes por semana. A intensidade refere-se à carga prescrita para realização do treinamento tanto aeróbico quanto resistido. O tipo de exercício refere-se à modalidade utilizada, como, por exemplo, treino resistido, aeróbico, contínuo ou intervalado.

Resposta correta.


Todas as afirmativas são falsas. A frequência refere-se ao número de sessões realizadas em um período como, por exemplo, duas vezes por semana. A intensidade refere-se à carga prescrita para realização do treinamento tanto aeróbico quanto resistido. O tipo de exercício refere-se à modalidade utilizada, como, por exemplo, treino resistido, aeróbico, contínuo ou intervalado.

A alternativa correta é a "C".


Todas as afirmativas são falsas. A frequência refere-se ao número de sessões realizadas em um período como, por exemplo, duas vezes por semana. A intensidade refere-se à carga prescrita para realização do treinamento tanto aeróbico quanto resistido. O tipo de exercício refere-se à modalidade utilizada, como, por exemplo, treino resistido, aeróbico, contínuo ou intervalado.

4. De acordo com o entendimento moderno sobre reabilitação pulmonar, os componentes essenciais de um programa são analisados pelo prisma de quatro aspectos. Assinale a alternativa que apresenta esses aspectos.

A) Avaliação, treinamento físico, suporte nutricional e acompanhamento psicológico.

B) Mudança de comportamento, reversão do sedentarismo, suporte nutricional e redução da dispneia.

C) Avaliação, componentes do programa propriamente dito, método de oferta e controle de qualidade.

D) Método de administração, cessação de tabagismo, acompanhamento psicológico e implementação de elementos que favoreçam a adoção de mudança no estilo de vida.

Confira aqui a resposta

Resposta incorreta. A alternativa correta é a "C".


De acordo com a visão moderna de reabilitação proposta em 2021 pela American Thoracic Society, os componentes essenciais de um programa de reabilitação na atualidade devem englobar: 1) métodos de avaliação realizada por um profissional da saúde; 2) modalidades que compõem o programa; 3) método de entrega com prescrição individualizada e equipe experiente em prescrição e progressão do exercício; 4) controle de qualidade com treinamento dos profissionais para implementar os componentes do programa oferecido.

Resposta correta.


De acordo com a visão moderna de reabilitação proposta em 2021 pela American Thoracic Society, os componentes essenciais de um programa de reabilitação na atualidade devem englobar: 1) métodos de avaliação realizada por um profissional da saúde; 2) modalidades que compõem o programa; 3) método de entrega com prescrição individualizada e equipe experiente em prescrição e progressão do exercício; 4) controle de qualidade com treinamento dos profissionais para implementar os componentes do programa oferecido.

A alternativa correta é a "C".


De acordo com a visão moderna de reabilitação proposta em 2021 pela American Thoracic Society, os componentes essenciais de um programa de reabilitação na atualidade devem englobar: 1) métodos de avaliação realizada por um profissional da saúde; 2) modalidades que compõem o programa; 3) método de entrega com prescrição individualizada e equipe experiente em prescrição e progressão do exercício; 4) controle de qualidade com treinamento dos profissionais para implementar os componentes do programa oferecido.

Reabilitação pulmonar para pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica leve

Nesta seção, são descritos os tipos de reabilitação pulmonar aplicáveis à DPOC leve e seus benefícios para os pacientes.

Reabilitação ambulatorial ou convencional

A reabilitação convencional é aquela realizada em ambiente ambulatorial com supervisão de profissionais capacitados, equipamentos específicos e estrutura física adaptada, seja em clínica hospitalar, centro de reabilitação ou outro centro médico.14

Estudos reforçam que os indivíduos com DPOC leve se beneficiam da reabilitação pulmonar e podem, portanto, ser incluídos rotineiramente nesses programas.14

Nos indivíduos com doença leve, a literatura é mais escassa, mas mostra claramente que a reabilitação ambulatorial tem efeitos positivos na capacidade de exercício e na qualidade de vida relacionada à saúde.15 Jácome e colaboradores16 realizaram uma comparação de resultados da reabilitação em indivíduos com doença leve (GOLD I) com aqueles com doença moderada a grave (GOLD II a IV). Os resultados mostraram que, assim como ocorreu em pacientes com doença moderada a grave, aqueles com doença leve também melhoraram a tolerância ao exercício, força muscular, atividade física e qualidade de vida e reduziram exacerbações.

O estudo sugere a implantação da reabilitação pulmonar em todo o espectro de gravidade da DPOC como uma abordagem terapêutica eficaz para combater as anormalidades inerentes à doença,17 embora evidências mais sólidas nessa direção ainda sejam necessárias em indivíduos menos sintomáticos e com obstrução mais incipiente ao fluxo aéreo.18,19

Tradicionalmente, indivíduos com doença leve são menos encaminhados para programas de reabilitação pulmonar, possivelmente devido ao quadro sintomático e funcional menos pronunciado.

As barreiras ao acesso à reabilitação pulmonar ambulatorial mais comuns são

  • distância geográfica e dificuldades de transporte;
  • limitações causadas por sintomas de dispneia, fadiga e dessaturação durante o deslocamento;
  • dificuldade de conciliar as sessões de reabilitação com trabalho e/ou atividades domésticas.

Além disso, as taxas de aceitação e adesão podem ser baixas, o que torna necessária a oferta de opções com outras modalidades, como a domiciliar, a comunitária e a telerreabilitação. De qualquer modo, uma barreira importante a ser sobreposta na reabilitação de indivíduos com DPOC leve é o encaminhamento dessa população para os programas disponíveis, sejam eles em qualquer modalidade.

Reabilitação domiciliar e comunitária

A reabilitação domiciliar envolve sessões executadas no próprio lar dos indivíduos. Pode ser realizada com ou sem supervisão direta, com ou sem o envolvimento de familiares ou acompanhantes.

Há grande variação entre os protocolos e componentes na reabilitação domiciliar. Embora os indivíduos não frequentem um centro ou uma clínica para as sessões, recomenda-se que as avaliações iniciais e periódicas sejam realizadas nesses ambientes, nos quais uma classificação mais abrangente e cuidadosa pode ser efetuada.

A reabilitação domiciliar tem sido proposta como uma alternativa viável para aqueles indivíduos que, por algum motivo, não podem participar dos programas convencionais ou que apresentam alguma dificuldade de deslocamento para centros de reabilitação. Além disso, é considerada eficaz, segura e obtém benefícios similares aos alcançados pelo modelo convencional. ´

Como vantagens, a modalidade domiciliar requer menos espaço, tempo e equipamentos. Muitas vezes, pode ser menos dispendiosa para o sistema de saúde, além de mais conveniente para indivíduos com deficiências motoras significativas e limitações de mobilidade.

Quando comparada com indivíduos que não fazem nenhum tipo de exercício físico, a reabilitação domiciliar é capaz de melhorar a capacidade de exercício, os sintomas e a qualidade de vida relacionada à saúde.20 Em pacientes com doença leve, a regulação da inflamação sistêmica, o aumento da força muscular inspiratória e a diminuição dos níveis de marcadores inflamatórios também são benefícios já evidenciados na literatura.21 Além disso, um estudo também identificou a redução da dispneia em pessoas com DPOC leve como benefício da reabilitação domiciliar.22

Levando-se em conta que indivíduos com doença leve podem apresentar maior independência e menos limitações, necessitando, portanto, de cuidados menos intensos, a reabilitação domiciliar pode ser uma alternativa bastante adequada para esse perfil de pacientes. Além disso, essa modalidade também tem se apresentado como alternativa para o acompanhamento em longo prazo após a reabilitação ambulatorial, a fim de se manter os ganhos conquistados. No entanto, as evidências nesse sentido ainda estão restritas a pessoas com obstrução mais grave ao fluxo aéreo.

Barreiras à eficácia da reabilitação domiciliar incluem maior dificuldade de controle da intensidade adequada de treinamento físico e menor contato com o paciente, o que dificulta a avaliação constante da melhora e/ou deterioração do quadro.

Portanto, para que a reabilitação domiciliar seja eficaz, ela deve ser bem-estruturada e planejada seguindo os princípios e os componentes do treinamento físico, permitindo o contato regular, se não presencial, pelo menos por telefone, entre profissionais e pacientes.

A maior dificuldade de acesso rápido a recursos emergenciais de saúde pode ser um limitante em pacientes mais complexos, o que naturalmente favorece o uso dessa modalidade em indivíduos com doença mais leve.

Outra vertente de reabilitação pulmonar não ambulatorial é a reabilitação comunitária, que pode fornecer aos participantes um ambiente para interação social e apoio, características importantes para os indivíduos com DPOC.23 É realizada em um ambiente comunitário de saúde não especializado (por exemplo, parques, clubes, quadras esportivas etc.) ou em um centro comunitário,23 com supervisão parcial ou total dos profissionais da saúde.

Quando comparada a um grupo controle, a reabilitação comunitária melhorou a capacidade funcional de exercício, diminuiu a sensação de dispneia e melhorou a qualidade de vida nos indivíduos com DPOC com obstrução moderada e grave. Já nos pacientes com obstrução leve ao fluxo aéreo, houve melhoras significativas na qualidade de vida relacionada à saúde, à falta de ar, ao desempenho do exercício, à força muscular, à composição corporal e à capacidade funcional.23

Em um estudo que incluiu indivíduos com DPOC com obstrução ao fluxo aéreo de leve a moderada, constatou-se que o treinamento físico comunitário proporcionou resultados bastante positivos na melhora da aptidão física (capacidade de exercício e força muscular periférica), mas não tanto na falta de ar, qualidade de vida relacionada à saúde e atividade física diária.24

Alguns pontos positivos da reabilitação pulmonar comunitária são a facilidade de acesso, o apoio entre pares, os benefícios percebidos, a conveniência para os pacientes e a participação social.25 Além disso, foi evidenciado que a flexibilidade e o apoio do profissional da reabilitação comunitária contribuíram para a sensação de segurança e conforto dos participantes.26 Já algumas barreiras percebidas pelos indivíduos incluem eventuais dificuldades de transporte, compromissos familiares e limitações físicas e climáticas. 26

Na reabilitação comunitária, exercícios sem acesso rápido a uma resposta de emergência imediata podem ser desaconselháveis para alguns pacientes com comorbidades complexas.27

Telerreabilitação

Com o avanço da tecnologia e o crescente acesso a ela por parte de um número cada vez maior de indivíduos, foram desenvolvidos modelos alternativos de programas de exercício que se utilizam dessas inovações.28 A telerreabilitação abrange modelos de programas de exercícios entregues remotamente usando tecnologia de informação e comunicação para facilitar as interações entre pacientes e profissionais de saúde.28

A exploração da telerreabilitação para a realização de reabilitação pulmonar está em andamento desde o início dos anos 2000, mas houve um grande aumento no interesse devido ao isolamento social imposto pela pandemia de COVID-19, especialmente para indivíduos com doenças respiratórias crônicas, como a DPOC.28

A telerreabilitação cria uma oportunidade para melhorar o acesso à reabilitação pulmonar, particularmente quando o atendimento em um programa ambulatorial não é possível devido às diversas barreiras, como dificuldades com transporte e disponibilidade de serviços.29

Além disso, resultados positivos também têm sido mostrados. Uma revisão sistemática com metanálise (tanto com estudos aleatorizados quanto não aleatorizados) comparou a telerreabilitação com programas ambulatoriais.30 Foi evidenciado um efeito de não inferioridade do método em comparação com as intervenções ambulatoriais na população com DPOC em desfechos como dispneia, capacidade de exercício, qualidade de vida, ansiedade e depressão.

A telerreabilitação pode ser síncrona, assíncrona ou mista. Na modalidade síncrona, a comunicação entre pacientes e profissionais da saúde é bidirecional e sincronizada e as interações ocorrem em tempo real por meio de sistemas de videoconferência.31 Na modalidade assíncrona, a comunicação entre pacientes e profissionais é desacoplada temporalmente. Ou seja, os pacientes podem realizar atividades de reabilitação sem que o terapeuta esteja online.32

A prescrição, o planejamento e o monitoramento das atividades de reabilitação na modalidade assíncrona são geralmente feitos por meio do uso de alguma plataforma digital. Portanto, esse modelo requer uma infraestrutura digital mais complexa do que as intervenções síncronas para garantir um bom nível de personalização do tratamento, o que torna esse modelo mais próximo das intervenções ambulatoriais.32

Por fim, a modalidade mista reúne as características dos modelos síncrono e assíncrono, permitindo que a comunicação e o acompanhamento sejam sincronizados por plataformas digitais conforme a necessidade do paciente e as possibilidades dos profissionais.

Algumas barreiras à realização da telerreabilitação são30

  • custos;
  • necessidade de adaptação ao uso da tecnologia (tanto pelos pacientes quanto pelos profissionais);
  • eventuais problemas técnicos que podem complicar/atrasar o processo.

A telerreabilitação talvez seja mais facilmente aplicável a pacientes com maior nível socioeducacional e financeiro. No entanto, como já citado anteriormente, a modalidade não mostrou resultados inferiores aos verificados em programas ambulatoriais quanto à capacidade de exercício, qualidade de vida e sintomas nos indivíduos com DPOC, e os eventos adversos também não foram diferentes.30 Além disso, também já se sabe que a telerreabilitação em longo prazo e o treinamento não supervisionado no domicílio são bem-sucedidos na redução de reinternações hospitalares.33

Uma lacuna importante nas evidências atuais para a telerreabilitação é sua utilidade em todo o espectro de gravidade da DPOC, com a maioria dos estudos, atualmente, incluindo apenas indivíduos graves. Para pacientes com a doença leve, sabe-se que o método produz melhoras na capacidade funcional, dispneia e qualidade de vida em comparação com nenhuma reabilitação.31 

Mais pesquisas ainda são necessárias para que se possa compreender em detalhes os benefícios da telerreabilitação em todos os estágios de gravidade da DPOC, incluindo a doença leve.

O Quadro 4 mostra os principais benefícios e recursos utilizados em cada uma das modalidades de reabilitação apresentadas nesta seção.

Quadro 4

PRINCIPAIS BENEFÍCIOS E RECURSOS UTILIZADOS NAS DIFERENTES MODALIDADES DE REABILITAÇÃO PULMONAR EM INDIVÍDUOS COM DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA LEVE

Modalidades de reabilitação pulmonar

Principais benefícios descritos

Recursos geralmente utilizados

Ambulatorial

Melhora na dispneia, na capacidade e no desempenho de exercício, na força muscular periférica e respiratória, na composição corporal e na qualidade de vida.

Esteiras, bicicletas ergométricas e equipamentos variados para treinamento de força e treinamento muscular respiratório, fontes de oxigênio.

Domiciliar

Melhora de sintomas, capacidade de exercício, qualidade de vida, força muscular inspiratória e redução de marcadores inflamatórios.

Ciclo ergômetro de membros inferiores e/ou superiores, cadeiras, corredores, degraus, cones, calçadas, halteres, faixas elásticas, peso corporal, isometria, pesos livres adaptados (p. ex., garrafas com areia ou feijão) etc.

Comunitária

Melhora da qualidade de vida relacionada à saúde, à dispneia, ao desempenho no exercício, à força muscular, à composição corporal e à funcionalidade.

Telerreabilitação

Melhora da capacidade funcional, dispneia e qualidade de vida.

Celulares (smartphones), computadores, ciclo ergômetros, cadeiras, degraus, cones, calçadas, halteres, faixas elásticas, peso corporal, isometria, pesos livres adaptados (p. ex., garrafas com areia ou feijão) etc.

// Fonte: Elaborado pelos autores.

ATIVIDADES

5. Em relação à telerreabilitação, analise as afirmativas.

I A telerreabilitação é efetiva para melhorar a capacidade funcional, dispneia e qualidade de vida nos indivíduos com obstrução leve.

II Na modalidade assíncrona, os pacientes podem realizar atividades de reabilitação no momento que lhes for mais conveniente sem que necessariamente o terapeuta tenha que estar on-line.

III A telerreabilitação tem como desvantagem a maior chance de eventos adversos quando comparada à reabilitação baseada em centro.

Quais estão corretas?

A) Apenas a I e a II.

B) Apenas a I e a III.

C) Apenas a II e a III.

D) A I, a II e a III.

Confira aqui a resposta

Resposta incorreta. A alternativa correta é a "A".


A afirmativa III está incorreta, pois a telerreabilitação, até o momento, não mostrou eventos adversos mais acentuados quando comparada aos programas ambulatoriais de reabilitação.

Resposta correta.


A afirmativa III está incorreta, pois a telerreabilitação, até o momento, não mostrou eventos adversos mais acentuados quando comparada aos programas ambulatoriais de reabilitação.

A alternativa correta é a "A".


A afirmativa III está incorreta, pois a telerreabilitação, até o momento, não mostrou eventos adversos mais acentuados quando comparada aos programas ambulatoriais de reabilitação.

6. Quanto ao ciclo vicioso da DPOC, assinale a alternativa que apresenta os componentes geralmente envolvidos.

A) Depressão, redução da capacidade de exercício e aumento da dispneia.

B) Inatividade, redução da capacidade de exercício e aumento da dispneia.

C) Inatividade, redução da capacidade de exercício e depressão.

D) Depressão, inatividade e aumento da dispneia.

Confira aqui a resposta

Resposta incorreta. A alternativa correta é a "B".


O ciclo vicioso da DPOC é tradicionalmente conhecido e apresenta algumas das principais alterações extrapulmonares referentes à redução da capacidade de exercício. Com isso, os pacientes permanecem mais tempo inativos, com reflexo nas atividades de vida diária, aumentando a sensação de dispneia e tornando os indivíduos cada vez mais inativos e ainda mais sintomáticos.

Resposta correta.


O ciclo vicioso da DPOC é tradicionalmente conhecido e apresenta algumas das principais alterações extrapulmonares referentes à redução da capacidade de exercício. Com isso, os pacientes permanecem mais tempo inativos, com reflexo nas atividades de vida diária, aumentando a sensação de dispneia e tornando os indivíduos cada vez mais inativos e ainda mais sintomáticos.

A alternativa correta é a "B".


O ciclo vicioso da DPOC é tradicionalmente conhecido e apresenta algumas das principais alterações extrapulmonares referentes à redução da capacidade de exercício. Com isso, os pacientes permanecem mais tempo inativos, com reflexo nas atividades de vida diária, aumentando a sensação de dispneia e tornando os indivíduos cada vez mais inativos e ainda mais sintomáticos.

Paciente do sexo masculino, 65 anos de idade, índice de massa corporal (IMC) de 23kg/m2, fisicamente inativo e com alto nível de sedentarismo é encaminhado ao serviço de reabilitação com diagnóstico de DPOC leve. Relata cansaço ao caminhar longas distâncias e dispneia associada a grandes esforços, como andar depressa e subir escadas e ladeiras.

Na avaliação inicial, foi encontrada redução leve de capacidade de exercício, força e endurance muscular periférica. Não apresenta dessaturação durante o esforço e nem em repouso. Força muscular respiratória normal. Escala do Medical Research Council (MRC) = 3. Também foram identificados, por meio de questionários, sintomas de ansiedade e depressão e redução da qualidade de vida relacionada com a saúde. Além da DPOC, tem hipertensão arterial sistêmica (HAS) leve controlada com medicação.

ATIVIDADES

7. Após identificar as alterações apresentadas na avaliação inicial, quais os objetivos terapêuticos para o programa de treinamento físico individualizado desse paciente? A partir disso, cite uma conduta específica para cada objetivo, pensando em um programa de treinamento físico domiciliar.

Confira aqui a resposta

Os objetivos e respectivas condutas para o paciente seriam — melhorar a capacidade de exercício por meio do treinamento aeróbico com caminhadas livres e utilização de degraus e ladeiras; melhorar a força muscular periférica por meio do fortalecimento muscular de grandes grupos musculares e utilização de cadeira + agachamento (membros inferiores) e faixas elásticas (membros superiores); melhorar os sintomas de dispneia e fadiga por meio do condicionamento físico com os exercícios aeróbicos e de força muscular e do uso de freno labial (para redução da dispneia). Além disso, podem ser fornecidas orientações (educação) para reduzir o nível de inatividade física e de sedentarismo por meio do uso de um monitor de atividade física (contador de passos), com o objetivo de aumentar o número de passos/dia e diminuir o tempo sentado, respectivamente.

Resposta correta.


Os objetivos e respectivas condutas para o paciente seriam — melhorar a capacidade de exercício por meio do treinamento aeróbico com caminhadas livres e utilização de degraus e ladeiras; melhorar a força muscular periférica por meio do fortalecimento muscular de grandes grupos musculares e utilização de cadeira + agachamento (membros inferiores) e faixas elásticas (membros superiores); melhorar os sintomas de dispneia e fadiga por meio do condicionamento físico com os exercícios aeróbicos e de força muscular e do uso de freno labial (para redução da dispneia). Além disso, podem ser fornecidas orientações (educação) para reduzir o nível de inatividade física e de sedentarismo por meio do uso de um monitor de atividade física (contador de passos), com o objetivo de aumentar o número de passos/dia e diminuir o tempo sentado, respectivamente.

Os objetivos e respectivas condutas para o paciente seriam — melhorar a capacidade de exercício por meio do treinamento aeróbico com caminhadas livres e utilização de degraus e ladeiras; melhorar a força muscular periférica por meio do fortalecimento muscular de grandes grupos musculares e utilização de cadeira + agachamento (membros inferiores) e faixas elásticas (membros superiores); melhorar os sintomas de dispneia e fadiga por meio do condicionamento físico com os exercícios aeróbicos e de força muscular e do uso de freno labial (para redução da dispneia). Além disso, podem ser fornecidas orientações (educação) para reduzir o nível de inatividade física e de sedentarismo por meio do uso de um monitor de atividade física (contador de passos), com o objetivo de aumentar o número de passos/dia e diminuir o tempo sentado, respectivamente.

8. Crie para o paciente um programa de treinamento físico ambulatorial que contemple treinamento aeróbico e fortalecimento muscular, levando em consideração os componentes da prescrição de exercício: frequência, intensidade, tipo e duração do exercício.

Confira aqui a resposta

O programa de treinamento deve acontecer pelo menos duas vezes na semana, com duração de, pelo menos, 8 semanas e tendo os seguintes componentes — componente aeróbico (pode ser realizado em esteira durante 20 minutos por sessão, iniciando com 70% da velocidade média do teste da caminhada de 6 minutos e progredindo de 3 a 5% a cada semana; fortalecimento muscular (pode ser realizado em um aparelho multiestação, com treino de quadríceps femoral, bíceps braquial, tríceps braquial e peitoral maior; a carga inicial será 60% da carga máxima realizada no teste de uma repetição máxima (1RM), com 3 séries de 8 a 10 repetições de cada grupo muscular, com progressão de carga de 3 a 5% a cada semana.

Resposta correta.


O programa de treinamento deve acontecer pelo menos duas vezes na semana, com duração de, pelo menos, 8 semanas e tendo os seguintes componentes — componente aeróbico (pode ser realizado em esteira durante 20 minutos por sessão, iniciando com 70% da velocidade média do teste da caminhada de 6 minutos e progredindo de 3 a 5% a cada semana; fortalecimento muscular (pode ser realizado em um aparelho multiestação, com treino de quadríceps femoral, bíceps braquial, tríceps braquial e peitoral maior; a carga inicial será 60% da carga máxima realizada no teste de uma repetição máxima (1RM), com 3 séries de 8 a 10 repetições de cada grupo muscular, com progressão de carga de 3 a 5% a cada semana.

O programa de treinamento deve acontecer pelo menos duas vezes na semana, com duração de, pelo menos, 8 semanas e tendo os seguintes componentes — componente aeróbico (pode ser realizado em esteira durante 20 minutos por sessão, iniciando com 70% da velocidade média do teste da caminhada de 6 minutos e progredindo de 3 a 5% a cada semana; fortalecimento muscular (pode ser realizado em um aparelho multiestação, com treino de quadríceps femoral, bíceps braquial, tríceps braquial e peitoral maior; a carga inicial será 60% da carga máxima realizada no teste de uma repetição máxima (1RM), com 3 séries de 8 a 10 repetições de cada grupo muscular, com progressão de carga de 3 a 5% a cada semana.

Conclusão

Os indivíduos com DPOC leve apresentam diversas manifestações que impactam negativamente no seu cotidiano. A melhora na capacidade de exercício, qualidade de vida e redução dos sintomas são alguns dos benefícios que podem ser atingidos pela reabilitação pulmonar nesses pacientes, seja na modalidade ambulatorial, domiciliar, comunitária ou telerreabilitação.

Devido ao fato de pacientes mais graves e complexos muitas vezes necessitarem de acesso a programas ambulatoriais mais estruturados, a indicação de programas domiciliares, comunitários e telerreabilitação parecem ser opções interessantes para indivíduos com doença mais leve.

No entanto, existem barreiras que devem ser vencidas para que essas pessoas cheguem precocemente à reabilitação pulmonar. A literatura científica ainda pode avançar consideravelmente na tarefa de evidenciar os reais benefícios da reabilitação pulmonar em pacientes com DPOC leve, considerando suas peculiaridades.

Atividades: Respostas

Atividade 1 // Resposta: D

Comentário: De acordo com o entendimento da GOLD, um distúrbio espirométrico obstrutivo leve se caracteriza quando a relação entre VEF1 e CVF se encontra abaixo de 0,70 mesmo na presença de VEF1 com valores dentro da normalidade, ou seja, maior do que ou igual a 80% do predito.

Atividade 2 // Resposta: C

Comentário: A disfunção muscular está presente independentemente da gravidade da doença. Em conjunto com o uso prolongado de corticosteroides e a inflamação sistêmica, pode ocorrer remodelamento muscular, com a predominância das fibras do tipo I e redução da capilarização (ou seja, redução do número de capilares por mm2 de fibras musculares).

Atividade 3 // Resposta: C

Comentário: Todas as afirmativas são falsas. A frequência refere-se ao número de sessões realizadas em um período como, por exemplo, duas vezes por semana. A intensidade refere-se à carga prescrita para realização do treinamento tanto aeróbico quanto resistido. O tipo de exercício refere-se à modalidade utilizada, como, por exemplo, treino resistido, aeróbico, contínuo ou intervalado.

Atividade 4 // Resposta: C

Comentário: De acordo com a visão moderna de reabilitação proposta em 2021 pela American Thoracic Society, os componentes essenciais de um programa de reabilitação na atualidade devem englobar: 1) métodos de avaliação realizada por um profissional da saúde; 2) modalidades que compõem o programa; 3) método de entrega com prescrição individualizada e equipe experiente em prescrição e progressão do exercício; 4) controle de qualidade com treinamento dos profissionais para implementar os componentes do programa oferecido.

Atividade 5 // Resposta: A

Comentário: A afirmativa III está incorreta, pois a telerreabilitação, até o momento, não mostrou eventos adversos mais acentuados quando comparada aos programas ambulatoriais de reabilitação.

Atividade 6 // Resposta: B

Comentário: O ciclo vicioso da DPOC é tradicionalmente conhecido e apresenta algumas das principais alterações extrapulmonares referentes à redução da capacidade de exercício. Com isso, os pacientes permanecem mais tempo inativos, com reflexo nas atividades de vida diária, aumentando a sensação de dispneia e tornando os indivíduos cada vez mais inativos e ainda mais sintomáticos.

Atividade 7

RESPOSTA: Os objetivos e respectivas condutas para o paciente seriam — melhorar a capacidade de exercício por meio do treinamento aeróbico com caminhadas livres e utilização de degraus e ladeiras; melhorar a força muscular periférica por meio do fortalecimento muscular de grandes grupos musculares e utilização de cadeira + agachamento (membros inferiores) e faixas elásticas (membros superiores); melhorar os sintomas de dispneia e fadiga por meio do condicionamento físico com os exercícios aeróbicos e de força muscular e do uso de freno labial (para redução da dispneia). Além disso, podem ser fornecidas orientações (educação) para reduzir o nível de inatividade física e de sedentarismo por meio do uso de um monitor de atividade física (contador de passos), com o objetivo de aumentar o número de passos/dia e diminuir o tempo sentado, respectivamente.

Atividade 8

RESPOSTA: O programa de treinamento deve acontecer pelo menos duas vezes na semana, com duração de, pelo menos, 8 semanas e tendo os seguintes componentes — componente aeróbico (pode ser realizado em esteira durante 20 minutos por sessão, iniciando com 70% da velocidade média do teste da caminhada de 6 minutos e progredindo de 3 a 5% a cada semana; fortalecimento muscular (pode ser realizado em um aparelho multiestação, com treino de quadríceps femoral, bíceps braquial, tríceps braquial e peitoral maior; a carga inicial será 60% da carga máxima realizada no teste de uma repetição máxima (1RM), com 3 séries de 8 a 10 repetições de cada grupo muscular, com progressão de carga de 3 a 5% a cada semana.

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Autores

LAIS SANTIN // Graduada em Fisioterapia pela UEL. Especialista em Fisioterapia Pulmonar pelo Hospital Universitário da UEL. Mestra e Doutoranda em Ciências da Reabilitação pela UEL/Unopar. Pesquisadora do Laboratório de Pesquisa em Fisioterapia Pulmonar (LFIP) da UEL.

DANIELE DALA POLA // Graduada em Fisioterapia pela Universidade Estadual de Londrina (UEL). Mestra e Doutoranda em Ciências da Reabilitação pela UEL e pela Universidade do Norte do Paraná (Unopar). Pesquisadora do Laboratório de Pesquisa em Fisioterapia Pulmonar (LFIP) da UEL.

FABIO PITTA // Graduado em Fisioterapia pela Universidade Estadual de Londrina (UEL). Mestre em Fisiopatologia em Clínica Médica pela Universidade Estadual Paulista (Unesp). Doutor em Rehabilitation Sciences and Physiotherapy pela Katholieke Universiteit Leuven (Bélgica). Professor associado do Departamento de Fisioterapia da UEL. Orientador de Mestrado/Doutorado Acadêmico em Ciências da Reabilitação pela UEL e pela Unopar. Orientador de Mestrado/Doutorado Acadêmico em Ciências da Saúde da UEL. Coordenador do Laboratório de Pesquisa em LFIP da UEL. Bolsista Produtividade do CNPq.

Como citar a versão impressa deste documento 

Santin L, Dala Pola D, Pitta F. Reabilitação pulmonar em indivíduos com doença pulmonar obstrutiva crônica leve. In: Associação Brasileira de Fisioterapia Cardiorrespiratória e Fisioterapia em Terapia Intensiva; Martins JA, Nascimento LL, Mendes LPS, organizadores. PROFISIO Programa de Atualização em Fisioterapia Cardiovascular e Respiratória: Ciclo 10. Porto Alegre: Artmed Panamericana; 2024. p. 135–56. (Sistema de Educação Continuada a Distância, v. 2). https://doi.org/10.5935/978-85-514-1223-7.C0004