Introdução
A presença familiar na sala de emergência (SE) ou durante a realização de procedimentos pediátricos é a presença de membro da família em um local que ofereça contato visual ou físico com o paciente. O tema vem sendo discutido há muitos anos, e seu benefício já está bem-estabelecido em vários estudos sobre o assunto.1,2
Sobretudo em pediatria, o cuidado centrado no paciente e na família é peça-chave para o sucesso do tratamento e da relação médico–paciente–familiar. Porém, a principal dificuldade encontrada atualmente é a falta de um protocolo estabelecido para SEs, a fim de permitir a presença de familiares em situações de emergência.1–3 Muitos profissionais de saúde podem se sentir desconfortáveis e não autorizam a presença dos pais em momentos decisivos do cuidado do filho, pois acreditam que isso pode causar distrações ou prejudicar o atendimento.1–7
Como será apresentado ao longo deste capítulo, a literatura revela que a presença dos pais em situações de emergência pode ser útil para a equipe médica e multidisciplinar, pois reduz a ansiedade dos próprios familiares e melhora a relação da equipe com o paciente e toda a família.7,8
Neste capítulo, serão apresentadas etapas para o desenvolvimento de um modelo de protocolo a ser empregado em SEs para que a presença dos pais nesses momentos seja algo simples e natural.8
Objetivos
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de
- descrever os principais pontos favoráveis e desfavoráveis à presença familiar durante procedimentos de emergência em pediatria;
- discutir opiniões predominantes de familiares e profissionais a respeito da presença familiar durante procedimentos de emergência em pediatria;
- reconhecer as etapas de um protocolo a ser usado em hospitais e SEs pediátrica para possibilitar a presença de familiares durante procedimentos invasivos e em SEs.
Esquema conceitual
