- Introdução
A fibrilação atrial (FAfibrilação atrial) é a arritmia sustentada mais frequente na prática clínica e pode ter múltiplas etiologias. A sua prevalência aumenta com a idade, uma vez que as doenças crônicas mais associadas a ela são a hipertensão arterial sistêmica (HAShipertensão arterial sistêmica) e a doença arterial coronariana (DACdoença arterial coronariana), sobretudo se complicada por infarto agudo do miocárdio (IAMinfarto agudo do miocárdio) ou por insuficiência cardíaca (ICinsuficiência cardíaca). Krahn e colaboradores,1 em um estudo prospectivo, constataram aumento de 42% na incidência de FAfibrilação atrial só pela ocorrência de HAShipertensão arterial sistêmica.
A partir dos 50 anos de idade, o risco de surgimento de FAfibrilação atrial duplica a cada década, o que corresponde a 5% da população maior que 65 anos e 13% da população maior que 80 anos, acometendo pessoas de 65 a 85 anos em 70% dos casos.2 Tal fato é justificado pelo aumento de fatores predisponentes ao desencadeamento da arritmia adquiridos com o avançar dos anos, como, por exemplo, alterações teciduais e anatômicas cardíacas, doenças sistêmicas e uso de fármacos indutores da arritmia.1
- Objetivos
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de
- fazer uma breve revisão a respeito de FAfibrilação atrial e do risco de tromboembolismo (TEtromboembolismo) associado a essa arritmia;
- reconhecer os novos tratamentos preventivos para acidente vascular encefálico (AVEacidente vascular encefálico) na FAfibrilação atrial, com ênfase nos novos fármacos anticoagulantes orais (ACOanticoagulantes orais) e no fechamento do apêndice atrial esquerdo (AAEapêndice atrial esquerdo).
- Esquema conceitual
