Objetivos
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de
- revisar conceitos anatômicos do sistema nervoso central (SNC);
- descrever as síndromes cerebrais mais frequentemente associadas com as neoplasias intracranianas primárias e saber como identificá-las;
- identificar os principais aspectos clínico-patológicos das neoplasias intracranianas primárias mais comuns em cães e gatos;
- definir a importância dos exames de tomografia computadorizada (TC) e/ou ressonância magnética (RM) no planejamento terapêutico;
- reconhecer a contribuição de ferramentas como a imuno-histoquímica na caracterização desses tumores;
- listar as opções de tratamento propostas para cada tipo histológico, juntamente com a taxa de sucesso relacionada.
Esquema conceitual
Introdução
As neoplasias intracranianas em cães e gatos possuem grande importância na prática clínica por serem causa comum de disfunção neurológica, especialmente em pacientes de meia-idade a geriátricos. Podem ser classificadas de várias formas, e a intensidade das manifestações clínicas depende de vários fatores, como localização tumoral, extensão da lesão e taxa de crescimento tumoral.
Achados de exames físico e neurológico associados aos exames avançados de imagem podem fornecer um diagnóstico presuntivo, que só poderá ser confirmado mediante análise histopatológica, e, por vezes, avaliação imuno-histoquímica. O tratamento das neoplasias intracranianas frequentemente envolve a associação de diferentes abordagens, e o prognóstico é extremamente variável e deve ser avaliado individualmente.
Este capítulo visa contribuir com atualizações acerca desse importante tema, com o intuito de facilitar o reconhecimento e a tomada de decisão diante dos pacientes acometidos por neoplasias intracranianas.