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PSICOESTIMULANTES

Autores: Daniel Segenreich , Tiago Fernando Figueiredo Santos, Bruno Rabinovici Gherman
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  • Introdução

A classe dos psicoestimulantes abrange um amplo número de substâncias com efeitos simpaticomiméticos, cujos efeitos podem incluir desde melhora no estado de alerta, foco atentivo e sustentação de atenção, até efeitos potencialmente negativos, como hiperforia, hiporexia e sintomas ansiosos.

Para sistematizar e facilitar o estudo do tema, pode-se separar as substâncias psicoestimulantes em três grupos:

 

  • primeiro grupo — medicações pertencentes ao grupo dos psicoestimulantes, regulamentadas para o uso na prática clínica;
  • segundo grupo — substâncias com propriedades psicoestimulantes liberadas para o consumo da população sem a necessidade de indicação médica;
  • terceiro grupo — substâncias psicoestimulantes não aprovadas para consumo (substâncias de uso ilícito).

Atualmente, no Brasil, podem ser destacadas três medicações do primeiro grupo frequentemente usadas na prática clínica: metilfenidato (MFDOmetilfenidato), lisdexanfetamina (LDXlisdexanfetamina) e modafinila (MDFmodafinila). Entre as principais substâncias com ação psicoestimulante que podem ser consumidas sem controle médico (segundo grupo), podem ser citadas a cafeína e a taurina. Por último, dentre as substâncias ilícitas estimulantes, devem-se citar a cocaína, a metilenodioximetanfetamina (MDMAmetilenodioximetanfetamina) e as metanfetaminas (MAmetanfetaminas) como sendo as de uso mais comum e expressivo no meio médico.

A utilização de substâncias estimulantes tem sido alvo frequente de debates e controvérsias. A literatura médica define de forma bastante precisa as indicações e contraindicações do uso de estimulantes. Neste artigo, serão discutidas as principais informações necessárias para embasar o uso correto dos estimulantes na prática clínica.

  • Objetivos

Ao final da leitura deste artigo, o leitor será capaz de:

 

  • reconhecer as principais substâncias da classe dos psicoestimulantes que são utilizadas na prática clínica em psiquiatria;
  • identificar, em cada substância, seu mecanismo de ação, dados de sua farmacocinética, indicações clínicas e eventos adversos;
  • discutir o uso de substâncias estimulantes liberadas para o consumo, com foco na cafeína;
  • descrever características associadas ao uso abusivo e inadequado de substâncias estimulantes;
  • indicar as principais substâncias estimulantes ilícitas consumidas no meio médico;
  • apontar, para cada substância, seu mecanismo de ação, dados de sua farmacocinética e particularidades em seu uso abusivo e dependência;
  • discorrer sobre alguns tópicos básicos do tratamento para abuso/dependência de estimulantes.
  • Esquema conceitual
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