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PUNÇÃO LOMBAR E AVALIAÇÃO DO LÍQUIDO CEFALORRAQUIANO NO DEPARTAMENTO DE EMERGÊNCIA

Guilherme Gozzoli Podolsky-Gondim

Tissiana Marques de Haes

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Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

  • avaliar as funções do líquido cefalorraquiano (LCRlíquido cefalorraquiano) e a sua dinâmica fisiológica;
  • identificar as alterações observadas em diferentes afecções neurológicas;
  • utilizar a punção lombar como ferramenta diagnóstica valiosa na sala de emergência;
  • executar os passos necessários para a realização da punção lombar;
  • revisar as indicações, contraindicações e possíveis complicações da realização da punção lombar;
  • discutir os resultados esperados da análise liquórica em diferentes situações patológicas.

Esquema conceitual

Introdução

Um dos primeiros relatos do uso da técnica de punção lombar deu-se por Walter Essex Wynter em Londres, no ano de 1889. A técnica de canulação lombar foi inicialmente desenvolvida para o tratamento do aumento de pressão intracraniana em quatro pacientes com meningite tuberculosa.1 Em 1891, Henrich Quincke, na Alemanha, introduziu a técnica de punção lombar com agulha, refinando a técnica descrita por Wynter.2

Desde então, há poucos relatos na literatura sobre a epidemiologia da punção lombar. Contudo, nos EUA, as estimativas sugerem uma incidência de 2,7 punções lombares para cada mil visitas à sala de emergência, sendo 75% dessas em adultos e 25% em crianças — nestas, a maioria foi realizada em crianças com menos de 5 anos.3

As indicações mais comuns de punção lombar em crianças foram febre de origem desconhecida, outras condições perinatais, meningites e crises convulsivas. Em adultos, a cefaleia e meningite foram responsáveis por mais da metade das hospitalizações associadas à punção lombar.3

A coleta de LCRlíquido cefalorraquiano — em geral, pela técnica de punção lombar — é um procedimento frequente no departamento de emergência, devendo ser de conhecimento do médico emergencista a técnica de realização, suas indicações, as contraindicações e as potenciais complicações resultantes do procedimento.

Além disso, há uma demanda em potencial para o uso de adjuntos — como ultrassonografia e radioscopia — na punção lombar de pacientes com condições que dificultem o sucesso do procedimento, como obesidade e alterações anatômicas.

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