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REABILITAÇÃO NAS LESÕES DO SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO

Autores: Alexandre Marcio Marcolino, Lais Mara Siqueira das Neves
epub-PROFISIO-TRAU-C7V4_Artigo3

Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

  • reconhecer a complexidade e a importância do sistema nervoso periférico;
  • identificar a anatomia e a função do sistema nervoso periférico;
  • Identificar e classificar os diferentes tipos de lesões nervosas periféricas;
  • analisar as abordagens de avaliação e tratamento;
  • reconhecer as opções de tratamento disponíveis, como reabilitação conservadora e intervenção cirúrgica.

Esquema conceitual

Introdução

O sistema nervoso humano é indiscutivelmente complexo, e sua integridade é de extrema importância para a harmonia geral de todo o corpo. O sistema nervoso é uma estrutura única e contínua (Figura 1) que é apenas dividido didaticamente em sistema nervoso central e sistema nervoso periférico.

Compreende-se por sistema nervoso central a região cerebral e toda região da medula nervosa e, por sistema nervo periférico, os nervos formados a partir das raízes nervosas que saem dos forames intervertebrais. Além desses, tem-se outros nervos chamados de nervos cranianos.

FIGURA 1: Imagem da continuidade do sistema nervoso central e periférico. // Fonte: Adaptada de Gasparini.1

A divisão dos dois sistemas proporciona uma visão mais direcionada na busca do conhecimento sobre as lesões e sobre as possíveis abordagens a serem realizadas após a lesão nervosa periférica. As lesões nervosas periféricas veem sendo amplamente estudadas, utilizando diferentes metodologias, tais como estudos pré-clínicos, observacionais, estudos clínicos randomizados e, também, nas revisões sistemáticas com ou sem metanálise. Proporcionando, assim, evidência científica para possível abordagem nos diferentes tipos de acometimento do tecido nervoso.2

O tecido nervoso periférico pode ser acometido por vários mecanismos de trauma, podendo ser por ferimentos corto-contusos, fraturas, acometimento por projétil de arma de fogo, síndromes compressivas e por tração. Todos esses mecanismos lesão agridem o tecido nervoso ocasionando perda da função do órgão inervado pela fibra nervosa acometida.3

Após o tecido nervoso periférico sofrer algum tipo de lesão, independentemente do mecanismo de trauma, podem-se utilizar duas classificações das lesões nervosas periféricas, a primeira foi descrita por Seddon, que classifica as lesões nervosas em três tipos:4

  • neuropraxia — apresenta o acometimento apenas da bainha de mielina, podendo ter retorno da função espontânea em um período de até 6 meses aproximadamente;
  • axoniotmese — apresenta o acometimento da bainha de mielina e do axônio;
  • neurotmese — está relacionada à secção completa do tecido nervoso, e o retorno da função está relacionada à necessidade do procedimento cirúrgico de neurorrafia.

A outra subclassificação foi descrita por Sunderland que utilizada uma divisão de 5 graus de lesão, sendo:5

  • o grau 1 — a mesma descrição da neuropraxia;
  • os graus 2, 3, e 4 — uma divisão levando em consideração as estruturas acometidas, resumidamente é uma subdivisão do tipo descrito como axioniotmese;
  • o grau 5 — como se fosse a neurotmese com a secção completa do tecido nervoso.

Mackinnon e Dellon descrevem o grau VI relacionando a lesões múltiplas de um mesmo tecido nervoso.6,7

Independentemente do tipo de lesão nervosa, a avaliação dos pacientes deve ser pautada nas observações de sensibilidade, força muscular, dor, função, qualidade de vida e na observação das estruturas que não foram acometidas no segmento lesionado.8 Há outras condutas utilizadas na avaliação desses pacientes após lesão nervosa periférica, tais como o eletrodiagnóstico e a conduta mais utilizada atualmente, a eletroneuromiografia (ENMG).

A avaliação inicial auxiliará na detecção dos déficits e das estruturas integras nos pacientes que sofreram lesão nervosa periférica, e o programa de reabilitação deve ser descrito a seguindo os achados da avaliação e baseado na literatura atual.

Anatomia do sistema nervoso periférico

O sistema nervoso periférico é formado pelas fibras nervosas (axônios), pelas células de Schwann (bainha de mielina) e pelos tecidos conjuntivos (endoneuro, perineuro e epineuro), representados na Figura 2. As fibras nervosas que estruturam o sistema nervoso periférico são formadas das raízes nervosas que se originam dos forames intervertebrais, sendo a sua maioria proveniente dos plexos braquial e lombossacral, que são responsáveis pela inervação dos membros superiores e inferiores, respectivamente. A função dos membros superiores e inferiores é dependente da integridade do tecido nervoso e dos tecidos por eles inervados.

FIGURA 2: Imagem representativa das estruturas do nervo periférico. // Fonte: Adaptada de Nicholls e Furness.9

O plexo lombossacral é responsável pela inervação dos membros inferiores, a Figura 3 demonstra a divisão dos nervos que se originam dele.

Em relação ao plexo braquial, Marcolino e colaboradores,8 no capítulo sobre a reabilitação da lesão parcial do plexo braquial no adulto, descrevem a divisão anatômica dos nervos periféricos que se originam do plexo braquial.

FIGURA 3: Esquema representativo do plexo lombossacral // Fonte: Adaptada de Laughlin e Dyck.10

A maioria dos nervos periféricos é formada por fibras aferentes (sensitivas) e fibras eferentes (motoras), sendo classificadas como nervo misto. Em uma visão fisiológica, as fibras eferentes recebem os estímulos das terminações nervosas sensitivas (p. ex.: nociceptores, mecanoceptores).

As fibras sensitivas são despolarizadas a cada estímulo recebido pelas terminações nervosas, os inputs sensoriais são direcionados para o corno posterior da medula por meio das fibras tipo C e pelas fibras tipo A, as fibras tipo C são fibras amielínicas de condução lenta do estímulo nervoso (p. ex.: dor crônica), já a fibra do tipo A é uma fibra de grosso calibre, mielínica, responsável pela condução rápida do estímulo nervoso (p. ex.: estímulos de tato).

Em relação às fibras responsáveis pela ativação muscular, chamadas de fibras motoras, são fibras mielínicas de condução rápida dos estímulos nervosas. Atuam nas chamadas unidades motoras, que correspondem a um grupo de fibras musculares inervadas por uma fibra motora (Figura 4).

FIGURA 4: Esquema da unidade motora. // Fonte: Adaptada de Beltramini.11

A despolarização da fibra nervosa sensitiva acontece quando as terminações nervosas são estimuladas, levando à despolarização de toda a membrana celular das fibras nervosas. Esse processo pode resultar em uma condução lenta nas fibras não mielinizadas, enquanto nas fibras mielinizadas ocorre o que se chama de estímulo saltatório, que acontece nos nódulos de Ranvier. As fibras sensitivas atuam funcionalmente na sensibilidade cutânea (sensações térmicas e de tato, além da sua função proprioceptiva).

As fibras motoras são geralmente mielínicas e têm uma condução rápida (estímulo saltitante), a maioria dos autores descreve a “lei do tudo ou nada” que descreve que, ao depolarizar uma fibra nervosa todas as fibras musculares da unidade motora inervadas por ela vão despolarizar e gerar a contração muscular. As fibras nervosas motoras atuam funcionalmente na contração muscular e na manutenção do tônus muscular.

Epidemiologia e Mecanismo de Lesão

Taylor e colaboradores12 e Bellaire e colaboradores13 descrevem quais as lesões nervosas periféricas são altamente incidentes tendo uma média de 200.000 casos por ano com uma proporcionalidade de 50% entre os sexos, e o trauma é o mecanismo de lesão mais comum. Li e colaboradores14 observaram, em seu estudo de coorte, uma proporção de 36,9 a cada 1 milhão de pessoas por ano são acometidas por lesão nervosa periférica nos Estados Unidos da América. Os autores mapearam essas lesões nervosas em pessoas praticantes de esporte, exercício físico e nas atividades recreacionais, durante o período de 2009 a 2018.

Em relação às síndromes compressivas, Aboonq15 descreve que a síndrome do túnel do carpo (STC) é a mais comum, totalizando cerca de 90% de todas as síndromes compressivas e descreve uma incidência de aproximadamente 5% da população geral. Niver e Ilyas16 relatam que as lesões do nervo radial são, geralmente, associadas às fraturas da diáfise do úmero, e descrevem uma incidência de 9,5% no ato da fratura ou durante o procedimento cirúrgico. Nicholls e Furness9 descrevem que o nervo ulnar é mais acometido na região cubital (síndrome cubital) e apresenta uma incidência por ano na população geral de 24,7 a cada 100,000 pessoas.

Diversos mecanismos podem afetar o tecido nervoso periférico, ocasionando as disfunções devido a não integridade desse tecido. Tiefenboeck e colaboradores17 descrevem que o tecido nervoso periférico pode sofrer agressão de diversas formas, por variados mecanismos de trauma, tais como ferimentos corto-contusos, fraturas, luxações, projétil de arma de fogo, síndromes compressivas, por tração do tecido ou as lesões iatrogênicas. Todos esses mecanismos lesão agridem o tecido nervoso ocasionando alteração ou a parada dos impulsos nervosos e, consequentemente, perda da função do órgão inervado pela fibra nervosa acometida.

Entre as causas de lesão do tecido nervoso periférico, Suh e colaboradores18 descrevem o acometimento desse tecido após infecção do vírus SARs-COV-2 (COVID 19) em cadáveres; os autores relatam que a lesão pode ter ocorrido devido ao processo inflamatório local e referem a presença de citocinas inflamatórias nos tecidos nervosos e musculares avaliados, mas não a relacionam com o vírus. Houve algumas manifestações perante esse artigo, alguns pesquisadores e leitores relataram a necessidade da avaliação do RNA viral nos tecidos analisados, para verificar a presença ou não do vírus na região testada.

Outra causa da lesão nervosa descrita na literatura está relacionada à necessidade de os pacientes oncológicos serem submetidos à quimioterapia e à radioterapia. Os autores consideram como efeito adverso a lesão nervosa periférica, podendo ter efeito sistêmico pela quimioterapia ou local na radioterapia e descrevem que a principal estrutura acometida é a bainha de mielina, ocasionando os déficits funcionais para os tecidos lesionados.18

Classificação das lesões nervosas periféricas

Menorca e colaboradores6 descrevem que diferentes autores classificam as lesões do tecido nervoso periférico. Seddon, em 1942,4 dividiu as lesões em três tipos; outro autor, Sunderland, em 1951,19 classificou essas lesões em graus de I a V, de acordo com as estruturas acometidas e Maggi e colaboradores, em 2003,20 descreveram o grau VI, referindo a lesões múltiplas de um tecido nervoso periférico (Quadro 1).

QUADRO 1

CLASSIFICAÇÃO DAS LESÕES NERVOSAS PERIFÉRICAS, SEGUNDO SUNDERLAND EM 1951 E MAGGI, LOWE E MACKINNON EM 2003

SEDDON

SUNDERLAN

ESTRUTURA ACOMETIDA

Neuropraxia

Grau I

Disfunção (Acometimento da Bainha de Mielina)

Axoniotmese

Grau II

Axônio

Axoniotmese

Grau III

Axônio + Endoneuro (fibra)

Axoniotmese

Grau IV

Axônio + Endoneuro + Perineuro (fascículo)

Neurotmese

Grau V

Axônio + Endoneuro + Perineuro + Epineuro (nervo)

Grau VI

Associação de lesões no decorrer do tecido nervoso

// Fonte: Adaptada de Sunderland;19 Maggi e colaboradores.20

Para as lesões nervosas relacionadas ao plexo lombossacral e ao plexo braquial, também podem ser classificadas como pré ou pós-ganglionar, e, nas lesões pré-ganglionar, o acometimento pode ser por avulsão, que corresponde ao arrancamento da raiz nervosa na região do corno anterior e/ou posterior da medula espinhal.

ATIVIDADES

1. Qual é a classificação das lesões nervosas periféricas proposta por Seddon em 1943?

A) Grau I, II, III, IV, V.

B) Neuropraxia, axoniotmese, neurotmese.

C) Grau I, II, III, IV, V, VI.

D) Pré-ganglionar, pós-ganglionar, plexo Lombossacral, plexo braquial.

Confira aqui a resposta

Resposta incorreta. A alternativa correta é a "B".


Menorca e colaboradores descrevem que diferentes autores classificam as lesões do tecido nervoso periférico. Seddon, em 1943, dividiu as lesões em três tipos: neuropraxia, axoniotmese e neurotmese; outro autor, Sunderland, em 1951, classificou essas lesões em graus de I a V, de acordo com as estruturas acometidas e Maggi e colaboradores, em 2003, descreveram o grau VI, referindo a lesões múltiplas de um tecido nervoso periférico

Resposta correta.


Menorca e colaboradores descrevem que diferentes autores classificam as lesões do tecido nervoso periférico. Seddon, em 1943, dividiu as lesões em três tipos: neuropraxia, axoniotmese e neurotmese; outro autor, Sunderland, em 1951, classificou essas lesões em graus de I a V, de acordo com as estruturas acometidas e Maggi e colaboradores, em 2003, descreveram o grau VI, referindo a lesões múltiplas de um tecido nervoso periférico

A alternativa correta é a "B".


Menorca e colaboradores descrevem que diferentes autores classificam as lesões do tecido nervoso periférico. Seddon, em 1943, dividiu as lesões em três tipos: neuropraxia, axoniotmese e neurotmese; outro autor, Sunderland, em 1951, classificou essas lesões em graus de I a V, de acordo com as estruturas acometidas e Maggi e colaboradores, em 2003, descreveram o grau VI, referindo a lesões múltiplas de um tecido nervoso periférico

2. Independentemente do tipo de lesão nervosa, a avaliação dos pacientes deve ser pautada em observações de:

I. Sensibilidade.

II. Força muscular.

III. Dor.

IV. Qualidade de vida.

Quais estão corretas?

A) Apenas a I e a II.

B) Apenas a II e a III.

C) Apenas a III e a IV.

D) A I, a II, a III e a IV.

Confira aqui a resposta

Resposta incorreta. A alternativa correta é a "D".


Independentemente do tipo de lesão nervosa, a avaliação dos pacientes deve ser pautada nas observações de sensibilidade, força muscular, dor, função, qualidade de vida e na observação das estruturas que não foram acometidas no segmento lesionado.

Resposta correta.


Independentemente do tipo de lesão nervosa, a avaliação dos pacientes deve ser pautada nas observações de sensibilidade, força muscular, dor, função, qualidade de vida e na observação das estruturas que não foram acometidas no segmento lesionado.

A alternativa correta é a "D".


Independentemente do tipo de lesão nervosa, a avaliação dos pacientes deve ser pautada nas observações de sensibilidade, força muscular, dor, função, qualidade de vida e na observação das estruturas que não foram acometidas no segmento lesionado.

3. O que é considerado o grau VI na classificação das lesões nervosas periféricas?

A) Lesões múltiplas de um mesmo tecido nervoso.

B) Acometimento das fibras motoras.

C) Lesões relacionadas à quimioterapia e radioterapia.

D) Lesões por infecção do vírus SARs-COV-2.

Confira aqui a resposta

Resposta incorreta. A alternativa correta é a "A".


O grau VI na classificação das lesões nervosas periféricas é definido como a associação de lesões no decorrer do tecido nervoso, conforme descrito por Maggi e colaboradores em 2003.

Resposta correta.


O grau VI na classificação das lesões nervosas periféricas é definido como a associação de lesões no decorrer do tecido nervoso, conforme descrito por Maggi e colaboradores em 2003.

A alternativa correta é a "A".


O grau VI na classificação das lesões nervosas periféricas é definido como a associação de lesões no decorrer do tecido nervoso, conforme descrito por Maggi e colaboradores em 2003.

Avaliação do paciente com lesão nervosa periférica

A avaliação dos pacientes pós-lesão nervosa periférica deve ser conduzida com intuito de investigar todos os sinais e sintomas que os pacientes podem apresentar, principalmente as estruturas que foram acometidas pela denervação ou pela alteração nos impulsos nervosos nas lesões parciais. Outra observação importante é sobre as estruturas que não foram acometidas, pois essas estruturas são geralmente um dos focos da reabilitação pré-cirúrgica (Quadro 2), e salientamos a necessidade de realizar a avaliação bilateralmente.

A anamnese deve ser conduzida de forma a observar os dados dos pacientes, perguntar sobre a ocupação desses indivíduos, são informações importantes que podem ser o mecanismo de lesão no acometimento nervoso compressivo. Além disso, perguntar sobre a principal queixa, e a história atual e pregressa relacionada à lesão nervosa periférica.

O fisioterapeuta deve estar atento às alterações anatômicas (atrofia muscular e alteração de sensibilidade), biomecânicas (déficit de ativação muscular), fisiopatológicas (hipo ou hiperalgesia) e psicossociais, e tentar, se for o caso, identificar os fatores que perpetuam ou melhoram as queixas dos pacientes.

A avaliação deve ser detalhada buscando uma observação global, capaz de avaliar as articulações adjacentes, exemplo: avaliar a região cervical nos acometimentos do membro superior e a região lombar nos acometimentos do membro inferior. A abordagem abrangente facilita o desenvolvimento de estratégias (programa de reabilitação) adequada a cada indivíduo com lesão nervosa periférica.

Quadro 2 demonstra resumidamente os passos necessários para avaliar um paciente com lesão nervosa periférica.

QUADRO 2

AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA

INSPEÇÃO

Movimentação ativa do membro acometido e não acometido (ex.: marcha, garra ulnar).

Contorno do segmento observando: atrofia muscular, presença ou não dos arcos da mão.

Observar possível sequela do segmento acometido, seguem alguns exemplos:

  • Contratura articular
  • Pé caído na lesão do nervo fibular comum
  • Deformidades após lesão dos nervos
    • Mediano (ocasiona alteração nos movimentos do polegar devido a disfunção dos músculos da região tenar). Radial (ocorre a mão caída pelo acometimento dos músculos extensores de punho e dedos).
    • Ulnar (ocasiona alteração nos movimentos da mão, tem como sequela a garra ulnar que é disfunção do 4º e 5º dedos da mão, devido ao acometimento dos músculos da região hipotênar e da musculatura intrínseca da mão) (Figura 5A-C).

Luxação inferior da cabeça do úmero após a lesão do nervo axilar pela disfunção do músculo deltoide (Figura 5D).

Gesto Ocupacional.

Atividades de Vida Diária (AVDs).

Marcha.

EXAME FÍSICO

DOR

Escala numérica ou analógica.

Score de 0 – 10.

PALPAÇÃO

Palpação de toda região acometida.

Presença de dor local ou irradiada ou de pontos de dor ou gatilho.

Algometria.

Valores em Kgf.

CICATRIZ

Mobilidade e aderência

FORÇA MUSCULAR

Teste de força manual.

Score de 0 – 5.

Dinamômetros:

  • Jamar® – Preensão palmar.
  • Pinch Gauge® – Pinça (Trípode, polpa a polpa e lateral).
  • Lafayette® (Pico isométrico).

valores em Kgf.

ANÁLISE ELETROMIOGRÁFICA

EMG: músculos da região acometida.

Valores em µV para ativação muscular.

Valores em Hz para Fadiga.

AMPLITUDE DE MOVIMENTO

Goniometria.

Valores em Graus (°).

Análise cinemática dos membros superiores e inferiores.

Distância polpa palma.

Centímetros (cm).

TESTE PARA O SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO

Teste de tensão do tecido nervoso.

Teste positivo se exacerbar os sintomas do paciente.

Avaliar os dermátomos correspondentes com a região acometida (principalmente nas lesões compressivas).

TESTE DE SENSIBILIDADE

Monofilamentos de Semmes-Weinstein (Estesiometria SORRI®).

Valores em gramas

Verde – 0,05g.

Azul – 0,2g.

Violeta – 2,0g.

Vermelho escuro – 4,0g.

Laranja – 10,0g.

Vermelho magenta – 300g.

Discriminador de dois pontos.

Valores em mm.

Diapasão.

Em Hertz (ciclos por segundo) 30Hz e 256 Hz.

Pick up de Moberg.

Identificação de objetos (Tato epicrítico).

STI (Shape-texture-identification).

Identificação de texturas e formas (Tato epicrítico).

EDEMA / TROFISMO

Perimetria.

Centímetros (cm).

Volumetria.

Milímetros (ml).

QUESTIONÁRIOS

Funcionalidade - Global para o membro superior.

Disabilities of the Arm, Shoulder and Hand (DASH).

Funcionalidade.

Classificação Internacional de Funcionalidade (CIF).

Qualidade de vida.

The Short Form 12 (SF-12).

Cinesiofobia.

Escala TAMPA.

Catrastrofização.

Pain Catastrophizing Scale.

TESTES

ESPECÍFICOS

Tinel.

Testes para as síndromes compressivas.

// Fonte: Elaborado pelos autores.

As Figuras 5A–E apresentam exemplos de algumas sequelas (deformidades) após lesão nervosa periférica do membro superior.

FIGURA 5: Sequelas (deformidades) após lesão nervosa periférica do membro superior. A) Lesão do nervo mediano. B) Lesão do nervo radial. C) Lesão do nervo ulnar. D) Lesão mista ou garra mista (acometimento associado dos nervos mediano e ulnar, ocasionando como sequela o “desabamento” dos arcos da mão – chamada de mão simiesca). E) Lesão do nervo axilar. // Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

As Figuras 6A–G apresentam alguns testes para avaliar os pacientes com acometimento do tecido nervosa.

FIGURA 6: A) Cicatriz pós-cirúrgica de síndrome do Túnel do Carpo. B) Aferição da preensão palmar com o dinamômetro Jamar® e demonstração do posicionamento dos eletrodos para aquisição de sinal eletromiográfico dos músculos extensores do punho. C) Slumt teste. D) Kit de monofilamentos para avaliação de sensibilidade. E) Teste utilizando o discriminador de dois pontos. // Fonte: Arquivo de imagens dos autores. F) Dispositivo para identificação de texturas e formas (STI, do inglês, Shape-texture-identification). G) Perimetria em 8 da mão. H) Volumetria. // Fonte: A e B) Arquivo de imagens dos autores. C) Adaptada de Gasparini.1 D e E) Arquivo de imagens dos autores. F) Adaptada de Linnertz e colaboradores.21 G) Barbosa e Silva.22 H) Adaptada de Fess e colaboradores.23

Há, na literatura, vários testes específicos para avaliar os pacientes com acometimento do tecido nervoso. Destacam-se alguns, Phalen, Phalen invertido, Durkan, Froment dentre outros. Outra conduta descrita na literatura são os testes funcionais (p. ex.: Y balance teste, teste de cadeia cinética fechada para o membro superior) são ferramentas que possibilitam uma avaliação da função de todo o membro superior dos pacientes, porém, para pacientes pós-lesão nervosa periférica, não há estudos que embasem sua utilização clínica.

Uma das principais condutas médicas utilizadas para observar o acometimento dos nervos periféricos é a ENMG que é um exame para diagnosticar acometimento nervos periféricos, tanto nas lesões compressivas quanto nas lesões mais severas. A ENMG classifica as lesões compressivas em leve, moderada e grave, e, nas lesões severas, a ENMG observa o déficit de impulso no trajeto do nervo acometido. John e colaboradores24 descreveram a falta de consenso e referem a necessidade da avaliação da função motora nas lesões nervosas periféricas da mão.

A dor normalmente é graduada pelas escalas citadas no Quadro 2. Em relação às alterações de sensibilidade, pode-se também observar alguns termos, tais como analgesia, hipoestesia, hiperalgesia e a alodínea. A anestesia configura-se pela ausência de sensibilidade local, a hipoestesia é definida como a diminuição da sensibilidade local, a hiperalgesia é definida pelo aumento da percepção sensitiva local (aumento da dor local) e a alodínea configura-se quando o paciente relata dor importante ou desconforto durante um estímulo não doloroso (em um estímulo indolor o paciente reconhece como um estímulo de dor no local abordado).

Há algumas particularidades referentes às condutas realizadas na avaliação. Erickson e colaboradores25 descreveram que a força de preensão palmar não deve ser utilizada como medida de melhora do paciente com síndrome do Túnel do Carpo em um período menor do que três meses. Flanigan e DiGiovanni26 descrevem as lesões na região de perna e pé e relatam que 97% dos pacientes apresentam teste de tinel positivo.

Entre as condutas para avaliar um paciente após lesão nervosa periférica, a sensibilidade é uma das principais abordagens, levando em consideração a revisão sistemática, descrita por Fonseca e colaboradores,27 os monofilamentos de Semmes-Weinstein são considerados como a medida mais responsiva nesse perfil de paciente.

ATIVIDADES

4. Qual é a importância de realizar uma avaliação bilateral em pacientes com lesão nervosa periférica?

A) Para identificar as estruturas afetadas pela denervação.

B) Para observar possíveis fatores que perpetuam ou melhoram as queixas dos pacientes.

C) Para investigar a história atual e pregressa relacionada à lesão nervosa periférica.

D) Para identificar as estruturas que não foram afetadas, importantes para a reabilitação pré-cirúrgica.

Confira aqui a resposta

Resposta incorreta. A alternativa correta é a "D".


Avaliar estruturas não afetadas é crucial para a reabilitação pré-cirúrgica, pois ajuda a estabelecer metas e estratégias para manter ou melhorar a funcionalidade global do paciente.

Resposta correta.


Avaliar estruturas não afetadas é crucial para a reabilitação pré-cirúrgica, pois ajuda a estabelecer metas e estratégias para manter ou melhorar a funcionalidade global do paciente.

A alternativa correta é a "D".


Avaliar estruturas não afetadas é crucial para a reabilitação pré-cirúrgica, pois ajuda a estabelecer metas e estratégias para manter ou melhorar a funcionalidade global do paciente.

5. Qual é um dos objetivos principais da avaliação fisioterapêutica em pacientes com lesão nervosa periférica?

A) Avaliar a mobilidade articular.

B) Observar possíveis sequências de deformidades após a lesão nervosa.

C) Identificar fatores psicossociais relacionados à lesão.

D) Testar a força muscular com dinamômetros.

Confira aqui a resposta

Resposta incorreta. A alternativa correta é a "B".


A avaliação fisioterapêutica visa observar as alterações anatômicas, biomecânicas e fisiopatológicas, incluindo possíveis sequências de deformidades após a lesão nervosa periférica.

Resposta correta.


A avaliação fisioterapêutica visa observar as alterações anatômicas, biomecânicas e fisiopatológicas, incluindo possíveis sequências de deformidades após a lesão nervosa periférica.

A alternativa correta é a "B".


A avaliação fisioterapêutica visa observar as alterações anatômicas, biomecânicas e fisiopatológicas, incluindo possíveis sequências de deformidades após a lesão nervosa periférica.

6. Qual é a medida mais responsiva para avaliar a sensibilidade em pacientes com lesão nervosa periférica, de acordo com a revisão sistemática descrita por Fonseca e colaboradores (2018)?

A) Escala numérica ou analógica de dor.

B) Teste de Tensão do Tecido Nervoso.

C) Monofilamentos de Semmes-Weinstein.

D) Discriminador de dois pontos.

Confira aqui a resposta

Resposta incorreta. A alternativa correta é a "C".


Entre as condutas para avaliar um paciente após lesão nervosa periférica, a sensibilidade é uma das principais abordagens, levando em consideração a revisão sistemática, descrita por Fonseca e colaboradores, os monofilamentos de Semmes-Weinstein são considerados como a medida mais responsiva nesse perfil de paciente.

Resposta correta.


Entre as condutas para avaliar um paciente após lesão nervosa periférica, a sensibilidade é uma das principais abordagens, levando em consideração a revisão sistemática, descrita por Fonseca e colaboradores, os monofilamentos de Semmes-Weinstein são considerados como a medida mais responsiva nesse perfil de paciente.

A alternativa correta é a "C".


Entre as condutas para avaliar um paciente após lesão nervosa periférica, a sensibilidade é uma das principais abordagens, levando em consideração a revisão sistemática, descrita por Fonseca e colaboradores, os monofilamentos de Semmes-Weinstein são considerados como a medida mais responsiva nesse perfil de paciente.

7. Qual é uma das intervenções cirúrgicas utilizadas para restaurar o tecido nervoso em lesões nervosas periféricas?

A) Fisioterapia.

B) Uso de analgésicos.

C) Neurorrafia.

D) Terapia ocupacional.

Confira aqui a resposta

Resposta incorreta. A alternativa correta é a "C".


A neurorrafia é uma das intervenções cirúrgicas utilizadas para restaurar o tecido nervoso em lesões nervosas periféricas, envolvendo a sutura dos cotos nervosos para promover a regeneração neural.

Resposta correta.


A neurorrafia é uma das intervenções cirúrgicas utilizadas para restaurar o tecido nervoso em lesões nervosas periféricas, envolvendo a sutura dos cotos nervosos para promover a regeneração neural.

A alternativa correta é a "C".


A neurorrafia é uma das intervenções cirúrgicas utilizadas para restaurar o tecido nervoso em lesões nervosas periféricas, envolvendo a sutura dos cotos nervosos para promover a regeneração neural.

8. Os pacientes com lesão nervosa periférica apresentam um quadro clínico com grande disfunção e possível sequela para o membro acometido. De acordo com essa afirmativa, assinale a alternativa correta.

A) A lesão do nervo fibular comum ocasiona a uma sequela da mão caída.

B) A lesão do nervo radial ocasiona uma sequela de pé caído.

C) A lesão do nervo ulnar e do nervo mediano associada ocasiona uma sequela chamada de garra mista.

D) A lesão do nervo ulnar ocasiona uma sequela chamada de garra intrínseca.

Confira aqui a resposta

Resposta incorreta. A alternativa correta é a "C".


Todo segmento que sofre uma lesão nervosa periférica apresenta disfunções e, em decorrência dessas disfunções, podem-se observar algumas sequelas, que são detalhadas pela literatura. Ao observar um paciente que sofreu lesão dos nervos mediano e ulnar, a sequela que se pode detectar é a chamada garra mista, que ocorre principalmente pela inatividade dos músculos lumbricais.

Resposta correta.


Todo segmento que sofre uma lesão nervosa periférica apresenta disfunções e, em decorrência dessas disfunções, podem-se observar algumas sequelas, que são detalhadas pela literatura. Ao observar um paciente que sofreu lesão dos nervos mediano e ulnar, a sequela que se pode detectar é a chamada garra mista, que ocorre principalmente pela inatividade dos músculos lumbricais.

A alternativa correta é a "C".


Todo segmento que sofre uma lesão nervosa periférica apresenta disfunções e, em decorrência dessas disfunções, podem-se observar algumas sequelas, que são detalhadas pela literatura. Ao observar um paciente que sofreu lesão dos nervos mediano e ulnar, a sequela que se pode detectar é a chamada garra mista, que ocorre principalmente pela inatividade dos músculos lumbricais.

9. Sobre as condutas a serem realizadas na avaliação clínica dos pacientes com lesão nervosa periférica nos membros superiores, analise as afirmativas a seguir.

I. Teste de Sensibilidade.

II. Teste funcional: Y balance teste para membros superiores (fase inicial de tratamento).

III. Perimetria.

IV. Avaliação da cicatriz em pacientes pós cirúrgicos (Aderências, deiscência cicatricial).

Quais estão corretas?

A) Apenas a II e a III.

B) Apenas a I, a II e a IV.

C) Apenas a I e a III.

D) A I, a II, a III e a IV.

Confira aqui a resposta

Resposta incorreta. A alternativa correta é a "B".


A literatura descreve uma vasta gama de condutas para avaliar os pacientes após uma lesão nervosa periférica, porém algumas condutas podem se tornar inadequadas dependendo do quadro de cada paciente. Os testes funcionais podem não ser adequados na fase inicial de reabilitação dos pacientes com lesão nervosa periférica no membro superior, devido à dificuldade de realização do teste.

Resposta correta.


A literatura descreve uma vasta gama de condutas para avaliar os pacientes após uma lesão nervosa periférica, porém algumas condutas podem se tornar inadequadas dependendo do quadro de cada paciente. Os testes funcionais podem não ser adequados na fase inicial de reabilitação dos pacientes com lesão nervosa periférica no membro superior, devido à dificuldade de realização do teste.

A alternativa correta é a "B".


A literatura descreve uma vasta gama de condutas para avaliar os pacientes após uma lesão nervosa periférica, porém algumas condutas podem se tornar inadequadas dependendo do quadro de cada paciente. Os testes funcionais podem não ser adequados na fase inicial de reabilitação dos pacientes com lesão nervosa periférica no membro superior, devido à dificuldade de realização do teste.

Tratamento cirúrgico

As lesões nervosas periféricas ocasionam a ruptura total ou parcial de uma grande porção do tecido nervoso. Nas lesões compressivas graves, os pacientes geralmente são submetidos a um procedimento cirúrgico com o intuito de restaurar o tecido acometido. Há algumas abordagens médicas descritas, na literatura, para as lesões nervosas periféricas.

Para as síndromes compressivas, o intuito é a secção de alguma estrutura que está ocasionando a compressão (p. ex.: secção do retináculo flexor na síndrome do Túnel do Carpo). Já nas rupturas, há algumas abordagens, tais como neurorrafia, enxertos nervosos, uso do tubo endoneural e as neurotizações.

O tratamento cirúrgico nas lesões mais severas é importante, pois o crescimento neural depende da continuidade do tecido nervoso para que ele ocasione a reinervação do órgão-alvo, nesse sentido a literatura descreve que o crescimento neural ocorre entre 1 a 3mm por dia. Esse crescimento pode ser alterado, por exemplo, pela idade do paciente, pelo retardo da intervenção cirúrgica.

Beris e colaboradores28 descrevem os tipos de intervenção cirúrgicas para as lesões nervosas periféricas. Os autores descrevem três tipos de neurorrafia (utilizando a sutura por fio de sutura associado ou não a cola biológica — fibrina):

  • sutura epineural — utilizada para suturar os cotos com abordagem apenas do epineuro, sem abordagem dos fascículos nervosos;
  • sutura fascicular — é descrita pela sutura em cada fascículo, podendo ser definida também como sutura perineural, os autores descrevem que esse tipo de sutura diminui a fibrose depositada na região da lesão;
  • sutura epi e perineural — os autores relatam que em casos raros a sutura é realizada em ambos os tecidos conjuntivos, prineuro e no epineuro, relatam, também, que essa técnica facilita o crescimento neural devido ao melhor direcionamento nos arcabouços que serão formados (Figuras 7A–E).

FIGURA 7: A–E) Tipos de neurorrafia. // Fonte: Adaptada de Beris e colaboradores.28

Em lesões extensas, há duas intervenções realizadas pelos médicos, a primeira e mais conhecida são os enxertos, que é a retirada de um tecido nervoso íntegro de uma determinada região para realizar a enxertia na região da lesão nervosa (Figura 8A). E a outra conduta para as lesões com perda de tecido, é a utilização do tubo neural (Figura 8B), utiliza-se de um tubo que é suturado no coto proximal e distal da lesão nervosa com o intuito de ser o arcabouço e direcionar o crescimento neural.28

FIGURA 8: A) Demonstração de enxerto após lesão nervosa periférica. B) Utilização do tubo neural nas grandes falhas de tecido nervoso periférico. // Fonte: Adaptada de Beris e colaboradores.28

Korus e colaboradores;29 Beris e colaboradores28 relatam outra abordagem conhecida como transferência neural ou atualmente chamada de neurotização, que consiste na transferência de um nervo não acometido para ser ligado (neurorrafia) em um nervo que foi acometido, buscando dar função para o órgão-alvo do tecido lesionado.

O insucesso nas lesões nervosas periféricas que apresentam ruptura (mais severas), pode ser relacionado à gravidade da lesão, ao retardo da intervenção cirúrgica (literatura preconiza que a intervenção aconteça em até 6 meses da lesão), pela atrofia/desuso dos órgãos-alvo (p. ex.: deposição de tecido adiposo intramuscular) e, também, pela deposição de tecido fibroso nos cotos dos nervos periféricos.

Objetivos de tratamento

Em geral, os objetivos de tratamento para os pacientes com lesão nervosa periférica, podem ser:

  • minimizar o quadro álgico;
  • manusear cicatriz (principalmente nos pacientes pós-cirúrgico);
  • realizar a manutenção das estruturas não acometidas;
  • minimizar sequela do segmento acometido;
  • melhorar a função do segmento acometido e a funcionalidade geral do paciente.

Reabilitação dos pacientes após lesão nervosa periférica

O programa de reabilitação para os pacientes pós-lesão nervosa periférica deve ser pautada na avaliação detalhada e criteriosa do paciente, levando em consideração as alterações no segmento acometido pela lesão nervosa periférica, a observação das estruturas íntegras e, nos casos pós-cirúrgicos, identificar as estruturas que foram abordadas no procedimento realizado. Assim, após a avaliação fisioterapêutica, haverá condições de desenvolver um programa de reabilitação a curto, médio e longo prazo adequando as condutas a cada paciente.

Há, na literatura, uma grande variedade de condutas ou recursos utilizados no tratamento do paciente com lesão nervosa periférica, porém a grande maioria são estudos experimentais em modelos de lesão nervosa periférica usando animais, por isso serão apresentados alguns estudos clínicos para embasar as condutas a serem realizadas com esse perfil de paciente.

Lembrando de que a avaliação direciona o tratamento, e que o prognóstico dependente da reinervação local, das condições gerais e da proatividade de cada paciente fazendo parte do programa de reabilitação, não se pode deixar de comentar que a intervenção é de extrema importância para minimizar a chance de sequelas e para a manutenção de todo segmento, tanto na abordagem pré, quanto pós-operatória.

A grande função do fisioterapeuta no tratamento de pacientes com lesão nervosa periférica é propiciar a neuroplasticidade por meio de estímulos que possam interligar os sistemas nervosos periférico e central. Para detalhar melhor as condutas que são realizadas nas lesões nervosas periféricas nos programas de reabilitação, será apresentado um quadro com as possíveis condutas e suas citações, evidenciando algumas dessas.

O Quadro 3 apresenta a descrição dos procedimentos descritos na literatura para a abordagem pré e pós-operatória nos pacientes com lesão nervosa periférica.

QUADRO 3

Descrição de procedimentos

Procedimentos

Referências

Agentes eletrofísicos

Fotobiomodulação (FBM)

Barbosa e colaboradores30

Bula-Oyola e colaboradores31

Modrak e colaboradores32

Ultrassom terapêutico

Bula-Oyola e colaboradores31

Davis e Mendoza33

Correntes elétricas

TENS

Ni e colaboradores34

Chu e colaboradores35

Eletroestimulação

Chiaramonte e colaboradores36

Modrak e colaboradores32

Ni e colaboradores34

Ransom e colaboradores37

Termoterapia

Davis e Mendoza33

Cinesioterapia

Alongamentos

Thomas e colaboradores38

Exercícios de fortalecimento muscular

Chiaramonte e colaboradores36

Davis e Mendoza33

Fortalecimento preensão palmar

Erickson e colaboradores25

Mobilização neural

Trillos e colaboradores39

Ricci e colaboradores40

Terapia manual

Bula-Oyola e colaboradores31

Facilitação neuromuscular proprioceptiva (Figura 9)

Fader e colaboradores41

Marcolino e colaboradores8

Terapia por contensão induzida

Rostami e colaboradores

Treino sensório-motor (Figura 10)

Ahmad e colaboradores42

Marcolino e colaboradores8

Treino de marcha

Ahmad e colaboradores42

Treino do gesto ocupacional e/ou funcional

Kretschmer e colaboradores43

Procedimentos diversos

Técnicas de reeducação sensorial

Li e colaboradores44

Mendes e colaboradores45

Miller e colaboradores46

Xia e colaboradores47

Novak e von der Heyde48

Biofeedback eletromiográfico

Sturma e colaboradores49

Órteses (Figuras 11A e C)

Curran e colaboradores50

Davis e Mendoza33

Ricci e colaboradores40

Evertsson e colaboradores51

Terapia do espelho

Paula e colaboradores52

Hsu e colaboradores53

Terapia multimodal – Luva com Minimicrofones (Figuras 12A e B)

Mendes e colaboradores54,55

Acupuntura

Iravani e colaboradores56

Em relação aos agentes eletrofísicos que são utilizados no tratamento dos pacientes que sofreram lesão nervosa periférica, pode-se destacar a fotobiomodulação que, atualmente, é o recurso mais utilizado nas pesquisas pré-clínicas e clínicas. Nesse contexto, o artigo de revisão sistemática realizado por Sasso e colaboradores,57 que avaliou o uso da PBM nas lesões nervosas periféricas em animais, descreve uma grande variação nos parâmetros utilizados para a regeneração do nervo periférico. Os autores demonstram a menor dose de 0,7J e a maior de 1.141J. Assim, pode-se observar que uma janela terapêutica grande torna difícil a translação desses dados para a atuação clínica.

Já no estudo de Muniz e colaboradores,58 os autores descrevem, em sua revisão sistemática, uma análise de estudos clínicos e pré-clínicos. Nos estudos clínicos, os autores relatam que a FBM propiciou melhora do quadro álgico, força de preensão palmar e da função dos pacientes avaliados, porém os autores demonstram uma grande variação dos parâmetros utilizados de 3 a 270J.

A cinesioterapia é recomendada para a maioria dos pacientes pós-lesão nervosa periférica. Nas fases iniciais, o foco está na abordagem das estruturas não afetadas do segmento, buscando potencializá-las e minimizar as possíveis sequelas que podem afetar esse perfil de paciente. Além disso, e seguindo o que foi observado na avaliação de cada paciente, busca-se desenvolver um programa de reabilitação individualizada a cada paciente; portanto, os exercícios serão voltados aos déficits de cada indivíduo.

Nas Figuras 9A–B e 10A–C, apresentam-se alguns exemplos de exercícios globais voltados aos pacientes com lesão nervosa periférica.

FIGURA 9: A e B) Exemplos de exercícios de facilitação neuromuscular proprioceptiva. // Fonte: Marcolino e colaboradores.8

FIGURA 10: A–C) Exemplos de exercícios para treino sensório-motor para o membro superior. // Fonte: Marcolino e colaboradores.8

Em relação aos procedimentos diversos descritos no Quadro 3, destaca-se a utilização das órteses nos diferentes acometimentos nervosos. Esse recurso é um coadjuvante importante nos programas de reabilitação. Fess e colaboradores23 descrevem várias funções para a utilização das órteses, tais como repouso do seguimento, melhora funcional, minimização de sequela, correção de sequelas, mobilização articular, entre outras (Figuras 11A–C).

FIGURA 11: A) Órtese para lesão do nervo ulnar. B e C) Órtese para lesão do nervo Radial. // Fonte: Fernandes e Serrão.59

Mendes e colaboradores54,55 referem sobre o uso de Terapia multimodal, como a luva com minimicrofones, conforme a Figuras 12A­–B:

FIGURA 12: A e B) Luva com minimicrofones para realizar a intervenção multimodal de reeducação sensorial. // Fonte: Adaptada de Mendes e colaboradores.54,55

Chen e colaboradores60 descrevem que há uma relação entre a função da mão e os dados referentes à sensibilidade avaliada por meio dos monofilamentos. Entre todas as abordagens que se pode realizar com os pacientes após uma lesão periférica, sabe-se que o sucesso é dado a uma atuação multiprofissional, abrangendo várias áreas de conhecimento para o bem do paciente com lesão nervosa periférica.

ATIVIDADES

10. Há, na literatura, alguns procedimentos cirúrgicos descritos para a intervenção de pacientes após lesão nervosa periférica. De acordo com essa afirmativa, analise as afirmativas a seguir.

I. Entre os diversos procedimentos cirúrgicos, a neurorrafia é a mais utilizada nas lesões nervosas periféricas.

II. Em lesões extensas que apresentem perda tecidual, o procedimento mais utilizado é o enxerto neural.

III. A neurotização é a utilização de um tecido nervoso íntegro na região da sinapse para ativar o órgão-alvo do tecido nervoso acometido.

IV. Nas lesões extensas que apresentem grande perda tecidual, o tubo neural pode ser utilizado.

Quais estão corretas?

A) Apenas a III e a IV.

B) Apenas a I, a II e a IV.

C) Apenas a I, a II, a III.

D) A I, a II, a III e a IV.

Confira aqui a resposta

Resposta incorreta. A alternativa correta é a "B".


A neurotização é uma das técnicas cirúrgicas que podem ser realizadas em um paciente que sofreu alguma lesão nervosa periférica. O conceito da neurotização é a utilização de um ramo moto de um nervo que está íntegro para reativar o coto distal do nervo acometido. Assim, a cirurgia é realizada por meio da sutura do tecido nervoso íntegro no coto distal do nervo acometido.

Resposta correta.


A neurotização é uma das técnicas cirúrgicas que podem ser realizadas em um paciente que sofreu alguma lesão nervosa periférica. O conceito da neurotização é a utilização de um ramo moto de um nervo que está íntegro para reativar o coto distal do nervo acometido. Assim, a cirurgia é realizada por meio da sutura do tecido nervoso íntegro no coto distal do nervo acometido.

A alternativa correta é a "B".


A neurotização é uma das técnicas cirúrgicas que podem ser realizadas em um paciente que sofreu alguma lesão nervosa periférica. O conceito da neurotização é a utilização de um ramo moto de um nervo que está íntegro para reativar o coto distal do nervo acometido. Assim, a cirurgia é realizada por meio da sutura do tecido nervoso íntegro no coto distal do nervo acometido.

11. Qual é um dos principais objetivos da reabilitação dos pacientes após lesão nervosa periférica?

A) Fortalecer apenas as estruturas acometidas pela lesão.

B) Desenvolver um programa de reabilitação genérico para todos os pacientes.

C) Minimizar as sequelas nas estruturas não afetadas do segmento.

D) Ignorar a avaliação detalhada do paciente na elaboração do programa de reabilitação.

Confira aqui a resposta

Resposta incorreta. A alternativa correta é a "C".


A reabilitação visa minimizar as sequelas nas estruturas não afetadas do segmento, potencializando-as e reduzindo o impacto da lesão sobre essas estruturas.

Resposta correta.


A reabilitação visa minimizar as sequelas nas estruturas não afetadas do segmento, potencializando-as e reduzindo o impacto da lesão sobre essas estruturas.

A alternativa correta é a "C".


A reabilitação visa minimizar as sequelas nas estruturas não afetadas do segmento, potencializando-as e reduzindo o impacto da lesão sobre essas estruturas.

12. Qual é o recurso mais utilizado nas pesquisas pré-clínicas e clínicas para o tratamento de lesões nervosas periféricas?

A) Fotobiomodulação.

B) Acupuntura.

C) Termoterapia.

D) Correntes elétricas.

Confira aqui a resposta

Resposta incorreta. A alternativa correta é a "A".


A fotobiomodulação é o recurso mais utilizado nas pesquisas pré-clínicas e clínicas para o tratamento de lesões nervosas periféricas, com estudos relatando melhora do quadro álgico e da função dos pacientes.

Resposta correta.


A fotobiomodulação é o recurso mais utilizado nas pesquisas pré-clínicas e clínicas para o tratamento de lesões nervosas periféricas, com estudos relatando melhora do quadro álgico e da função dos pacientes.

A alternativa correta é a "A".


A fotobiomodulação é o recurso mais utilizado nas pesquisas pré-clínicas e clínicas para o tratamento de lesões nervosas periféricas, com estudos relatando melhora do quadro álgico e da função dos pacientes.

13. Como são desenvolvidos os programas de reabilitação para pacientes após lesão nervosa periférica?

A) São genéricos e aplicados da mesma forma para todos os pacientes.

B) São baseados em uma avaliação detalhada de cada paciente.

C) São focados apenas na abordagem das estruturas acometidas pela lesão.

D) Não consideram as alterações nos segmentos não afetados pela lesão.

Confira aqui a resposta

Resposta incorreta. A alternativa correta é a "B".


Os programas de reabilitação são desenvolvidos com base em uma avaliação detalhada de cada paciente, levando em consideração suas necessidades específicas e os déficits identificados durante a avaliação.

Resposta correta.


Os programas de reabilitação são desenvolvidos com base em uma avaliação detalhada de cada paciente, levando em consideração suas necessidades específicas e os déficits identificados durante a avaliação.

A alternativa correta é a "B".


Os programas de reabilitação são desenvolvidos com base em uma avaliação detalhada de cada paciente, levando em consideração suas necessidades específicas e os déficits identificados durante a avaliação.

14. Qual é a importância da cinesioterapia na reabilitação de pacientes após lesão nervosa periférica?

A) Fortalecer apenas as estruturas acometidas pela lesão.

B) Potencializar as estruturas não afetadas do segmento.

C) Ignorar os possíveis efeitos adversos da lesão.

D) Não considerar os déficits individuais de cada paciente.

Confira aqui a resposta

Resposta incorreta. A alternativa correta é a "B".


A cinesioterapia visa potencializar as estruturas não afetadas do segmento, buscando minimizar as sequelas e melhorar a funcionalidade global do paciente.

Resposta correta.


A cinesioterapia visa potencializar as estruturas não afetadas do segmento, buscando minimizar as sequelas e melhorar a funcionalidade global do paciente.

A alternativa correta é a "B".


A cinesioterapia visa potencializar as estruturas não afetadas do segmento, buscando minimizar as sequelas e melhorar a funcionalidade global do paciente.

15. Os objetivos de tratamento de reabilitação são importantes em uma abordagem a curto prazo, tais como manter a função das estruturas não acometidas, minimizar o quadro álgico e evitar sequela. De acordo com os objetivos apresentados, assinale a alternativa correta. >> resposta no fial do capítulo

A) Utilização de órtese para posicionamento do membro acometido.

B) Treino de força muscular (exercício pliométrico).

C) Mobilização neural.

D) Ventosaterapia.

Confira aqui a resposta

Resposta incorreta. A alternativa correta é a "A".


A questão enfatiza alguns objetivos de tratamento para a reabilitação de pacientes que sofreram lesão do tecido nervoso periférico. Entre as várias condutas para os objetivos apontados, destaca-se a importância do fisioterapeuta minimizar as possíveis sequelas que podem acometer esses pacientes e as órteses podem ser uma ferramenta útil na tentativa de posicionar e minimizar as sequelas desses pacientes.

Resposta correta.


A questão enfatiza alguns objetivos de tratamento para a reabilitação de pacientes que sofreram lesão do tecido nervoso periférico. Entre as várias condutas para os objetivos apontados, destaca-se a importância do fisioterapeuta minimizar as possíveis sequelas que podem acometer esses pacientes e as órteses podem ser uma ferramenta útil na tentativa de posicionar e minimizar as sequelas desses pacientes.

A alternativa correta é a "A".


A questão enfatiza alguns objetivos de tratamento para a reabilitação de pacientes que sofreram lesão do tecido nervoso periférico. Entre as várias condutas para os objetivos apontados, destaca-se a importância do fisioterapeuta minimizar as possíveis sequelas que podem acometer esses pacientes e as órteses podem ser uma ferramenta útil na tentativa de posicionar e minimizar as sequelas desses pacientes.

16. Entre as condutas a serem realizadas a médio prazo nos programas de reabilitação para os pacientes que sofreram lesão do tecido nervoso periférico, analise as afirmativas a seguir.

I. Exercício ativo livre e manutenção da ADM para todo o segmento acometido.

II. Em pacientes que evoluem com aderência cicatricial, uma conduta adequada é o manejo da cicatriz (massagem cicatricial).

III. Uso de órtese dinâmica para os pacientes que evoluem com rigidez articular.

IV. Em pacientes que estão a fase de reinervação (hipoestesia), uma conduta adequada é a dessensibilização na região acometida.

Quais estão corretas?

A) Apenas a II e a III.

B) Apenas a III e a IV.

C) Apenas a I, a II e a III.

D) A I, a II, a III e a IV.

Confira aqui a resposta

Resposta incorreta. A alternativa correta é a "C".


Nos pacientes que apresentam a reinervação do segmento acometido, pode-se observar, na maioria, um quadro de diminuição da sensibilidade local. Esses pacientes apresentam alteração da representação no córtex somatossensorial. Entre as várias condutas, a mais adequada, para esse perfil de paciente, é a reeducação da sensibilidade. O fisioterapeuta deve propiciar diferentes estímulos na região acometida, mas o estímulo realizado não pode fadigar os receptores sensitivos.

Resposta correta.


Nos pacientes que apresentam a reinervação do segmento acometido, pode-se observar, na maioria, um quadro de diminuição da sensibilidade local. Esses pacientes apresentam alteração da representação no córtex somatossensorial. Entre as várias condutas, a mais adequada, para esse perfil de paciente, é a reeducação da sensibilidade. O fisioterapeuta deve propiciar diferentes estímulos na região acometida, mas o estímulo realizado não pode fadigar os receptores sensitivos.

A alternativa correta é a "C".


Nos pacientes que apresentam a reinervação do segmento acometido, pode-se observar, na maioria, um quadro de diminuição da sensibilidade local. Esses pacientes apresentam alteração da representação no córtex somatossensorial. Entre as várias condutas, a mais adequada, para esse perfil de paciente, é a reeducação da sensibilidade. O fisioterapeuta deve propiciar diferentes estímulos na região acometida, mas o estímulo realizado não pode fadigar os receptores sensitivos.

17. Uma das metas do fisioterapeuta é propiciar um programa de tratamento eficaz para o paciente com lesão nervosa periférica. Um ponto importante para esses pacientes é a observação da sensibilidade local, alguns artigos descrevem que a sensibilidade cutânea está relacionada diretamente com a melhora funcional dos pacientes. Assim, para melhora da sensibilidade, podem-se realizar várias condutas. Portanto, de acordo com o exposto, assinale a alternativa correta.

I. Bandagem Elástica pode ser utilizada com propósito de estimular os receptores sensitivos da pele, com intuito de uma reeducação sensorial.

II. A reeducação sensorial com o uso de diferentes texturas é uma conduta adequada para ser realizada desde o início da reinervação da região acometida.

III. A reeducação sensorial com o uso da terapia do espelho é uma conduta adequada para ser realizada com esse paciente.

IV. As condutas para o retorno da sensibilidade dos pacientes atualmente são descritas para realizar de forma multissensorial, tal como, o uso da luva com minimicrofones.

Quais estão corretas?

A) Apenas a I e a II.

B) Apenas a II, a III e a IV

C) Apenas a III e a IV.

D) A I, a II, a III e a IV.

Confira aqui a resposta

Resposta incorreta. A alternativa correta é a "B".


A reeducação sensorial (ou reeducação da sensibilidade) é descrita, na literatura, como uma forma de regular a sensibilidade da região acometida e entre as várias condutas já evidenciadas na literatura as que utilizaram a estratégia de uma abordagem multimodal (ou multissensorial) foram as mais eficazes, no restabelecimento da sensibilidade da região acometida.

Resposta correta.


A reeducação sensorial (ou reeducação da sensibilidade) é descrita, na literatura, como uma forma de regular a sensibilidade da região acometida e entre as várias condutas já evidenciadas na literatura as que utilizaram a estratégia de uma abordagem multimodal (ou multissensorial) foram as mais eficazes, no restabelecimento da sensibilidade da região acometida.

A alternativa correta é a "B".


A reeducação sensorial (ou reeducação da sensibilidade) é descrita, na literatura, como uma forma de regular a sensibilidade da região acometida e entre as várias condutas já evidenciadas na literatura as que utilizaram a estratégia de uma abordagem multimodal (ou multissensorial) foram as mais eficazes, no restabelecimento da sensibilidade da região acometida.

Caso Clínico

A seguir, apresenta-se o caso clínico de um paciente com sintomas relacionados à lesão do nervo ulnar pós trauma direto no cotovelo esquerdo (Quadro 4).

Identificação: paciente do sexo masculino, com 49 anos.

Estado civil: casado.

Ocupação: mecânico.

QUADRO 4

AVALIAÇÃO DO PACIENTE

Avaliação

Data: 02/05/2023

Hipótese de diagnóstico

Trauma no cotovelo esquerdo com acometimento do nervo ulnar

Exames complementares: 26/04/2023

Radiografia: sem alterações

Queixa principal

Não consegue movimentar corretamente 4 e 5 dedos mão esquerda.

História da moléstia atual:

Paciente estava trabalhando trocando óleo do motor de um carro, teve que fazer força para retirar a bomba de óleo e, ao retirar, bateu com o cotovelo esquerdo. No trauma, o paciente sentiu um “choque” em todo membro superior.

Continuou trabalhando por alguns dias, porém começou a sentir dor e travamento ao abrir e fechar a mão.

Procurou assistência médica que imobilizou com tala gessada por 15 dias.

Após retirada da tala, foi encaminhado para a fisioterapia.

Medicamentos

Anti-inflamatório não hormonal (AINH)

Exame físico:

Inspeção:

Mobilidade

Paciente apresenta movimentação ativa preservada de ombro e cotovelo.

Apresenta déficit de preensão palmar e pinça.

Garra ulnar

Apresenta garra ulnar: hiperextensão da 4ª e 5ª metacarpofalangeana com fixação das interfalangeanas.

Palpação:

Pontos de tensão no ventre dos músculos extensores e flexores de punho e dedos.

Dor

Palpação do cotovelo – Escala Visual Numérica = 6

Movimento flexo/extensão – Escala Visual Numérica = 5

Amplitude de Movimento (º)

Punho

Movimentos

Direito

Esquerdo

Flexão

60

30

Extensão

70

28

Supinação

30

20

Pronação

40

20

Cotovelo

Flexão

140

110

Extensão

0

0

Ombro

Preservada bilateralmente

Força muscular:

Membro superior direito

Preensão Palmar – 58 (KgF)

Grau 5 em todos os segmentos

Membro superior esquerdo

Preensão palmar – 16 (KgF)

Flexão, extensão e DR Grau 5

DU Grau 3

F/E cotovelo grau 4 (apresenta dor)

Questionário DASH

Score 60 pontos

Testes específicos

Direito

Esquerdo

Froment

Negativo

Positivo

Tinel

Negativo

Positivo

Teste monofilamentos

Sentiu a cor azul no trajeto do nervo ulnar

Perimetria cotovelo

Não apresenta diferença entre os membros

// Fonte: Elaborado pelos autores.

Resumo da avaliação: paciente apresenta acometimento do nervo ulnar, pós-trauma direto na região do cotovelo:

  • Garra ulnar (Figura 17);
  • dor ao movimento;
  • déficit preensão palmar;
  • déficit de ADM e FM em punho e cotovelo;
  • diminuição da função da mão (MSE).

FIGURA 17: Exemplo de garra ulnar. // Fonte: Adaptada de Fernandes e Serrão.59

ATIVIDADES

18. Com base no caso clínico que apresenta um paciente com acometimento do nervo mediano após trauma direto na região do cotovelo, descreva os outros procedimentos que podem ser realizados na avaliação deste paciente.

Confira aqui a resposta

A avaliação é a peça fundamental para o fisioterapeuta, pois é por meio de suas observações que será traçado o programa de reabilitação. No caso clínico apresentado, há algumas observações que poderiam ser inseridas, por exemplo: a observação de doenças sistêmicas (p. ex.: diabetes tipo II); se o paciente faz uso de órtese para a musculatura intrínseca da mão, avaliação dos dermátomos, avaliação cervical, deve-se realizar para descartar algum comprometimento neural proximal (p. ex.: síndrome do desfiladeiro torácico). Alguns autores descrevem o teste de preensão palmar livre de dor (funcionalidade), a utilização da eletromiografia de superfície para observar a ativação ou a fadiga dessa musculature e do eletrodiagnóstico. Para esse paciente, podem-se utilizar outros questionários, tais como: Funcionalidade (CIF), Qualidade de Vida, Cinesiofobia (Escala Tampa) e o de catastrofização da dor (Pain-Related Catastrophizing Thoughts Scale). Outras observações para esse perfil de paciente: deve-se atentar e, se possivel, encaminhar os pacientes que necessitam de ajuda psicológica.

Resposta correta.


A avaliação é a peça fundamental para o fisioterapeuta, pois é por meio de suas observações que será traçado o programa de reabilitação. No caso clínico apresentado, há algumas observações que poderiam ser inseridas, por exemplo: a observação de doenças sistêmicas (p. ex.: diabetes tipo II); se o paciente faz uso de órtese para a musculatura intrínseca da mão, avaliação dos dermátomos, avaliação cervical, deve-se realizar para descartar algum comprometimento neural proximal (p. ex.: síndrome do desfiladeiro torácico). Alguns autores descrevem o teste de preensão palmar livre de dor (funcionalidade), a utilização da eletromiografia de superfície para observar a ativação ou a fadiga dessa musculature e do eletrodiagnóstico. Para esse paciente, podem-se utilizar outros questionários, tais como: Funcionalidade (CIF), Qualidade de Vida, Cinesiofobia (Escala Tampa) e o de catastrofização da dor (Pain-Related Catastrophizing Thoughts Scale). Outras observações para esse perfil de paciente: deve-se atentar e, se possivel, encaminhar os pacientes que necessitam de ajuda psicológica.

A avaliação é a peça fundamental para o fisioterapeuta, pois é por meio de suas observações que será traçado o programa de reabilitação. No caso clínico apresentado, há algumas observações que poderiam ser inseridas, por exemplo: a observação de doenças sistêmicas (p. ex.: diabetes tipo II); se o paciente faz uso de órtese para a musculatura intrínseca da mão, avaliação dos dermátomos, avaliação cervical, deve-se realizar para descartar algum comprometimento neural proximal (p. ex.: síndrome do desfiladeiro torácico). Alguns autores descrevem o teste de preensão palmar livre de dor (funcionalidade), a utilização da eletromiografia de superfície para observar a ativação ou a fadiga dessa musculature e do eletrodiagnóstico. Para esse paciente, podem-se utilizar outros questionários, tais como: Funcionalidade (CIF), Qualidade de Vida, Cinesiofobia (Escala Tampa) e o de catastrofização da dor (Pain-Related Catastrophizing Thoughts Scale). Outras observações para esse perfil de paciente: deve-se atentar e, se possivel, encaminhar os pacientes que necessitam de ajuda psicológica.

19. Baseando-se na avaliação do paciente e vislumbrando os objetivos de tratamento, esquematize um programa de reabilitação, contemplando as intervenções a serem realizadas a curto, médio e longo prazo.

Confira aqui a resposta

A resposta da questão 19 consta no Quadro 5 a seguir:

QUADRO 5

Avaliação do paciente

Fase de Tratamento

Objetivos

Condutas

CURTO PRAZO

Educação do paciente

Manejo da dor

Manter ADM

Manutenção da ativação muscular

Manter força muscular/resistência muscular das estruturas não acometidas

Miminizar sequela

Agentes eletrofísicos

Fotobiomodulação

Ultrassom terapêutico

Correntes elétricas

Termoterapia

Cinesioterapia

Alongamentos

Terapia manual

Exercícios de fortalecimento muscular

Facilitação neuromuscular proprioceptiva

Outros procedimentos

Órteses de posicionamento

Treino das estruturas não acometidas

Acupuntura

MÉDIO PRAZO

Manter Educação do Paciente

Manter ADM

Melhorar a resistência muscular

Ganhar Força Muscular (em todo membro acometido e não acometido)

Melhora do quadro sensório motor (propriocepção)

Evitar sequelas

Reeducar a sensibilidade da região acometida

Agentes eletrofísicos

Fotobiomodulação

Ultrassom terapêutico

Cinesioterapia e outros procedimentos

Alongamentos

Terapia manual

Fortalecimento muscular

Exercícios para região cervical e lombar

Manejo nos pontos de tensão muscular

Facilitação neuromuscular proprioceptiva

Treino sensório-motor de baixa complexidade

Terapia por contensão induzida

Uso de órtese de posicionamento ou dinâmica

Técnicas para reeducação sensorial

Bioffeback eletromiográfico

LONGO PRAZO

Manter educação do paciente

Manter as condutas do objetivo a médio prazo,

Intensificar e incrementar carga em todos os exercícios e dificultar o treino sensório-motor

Fortalecimento muscular

Treino do gesto ocupacional e de lazer

Cinesioterapia

Manter exercícios de fortalecimento

Treino do gesto ocupacional e de lazer

Alta do paciente

Reavaliar o paciente para alta

// Fonte: Elaborado pelos autores.

Resposta correta.


A resposta da questão 19 consta no Quadro 5 a seguir:

QUADRO 5

Avaliação do paciente

Fase de Tratamento

Objetivos

Condutas

CURTO PRAZO

Educação do paciente

Manejo da dor

Manter ADM

Manutenção da ativação muscular

Manter força muscular/resistência muscular das estruturas não acometidas

Miminizar sequela

Agentes eletrofísicos

Fotobiomodulação

Ultrassom terapêutico

Correntes elétricas

Termoterapia

Cinesioterapia

Alongamentos

Terapia manual

Exercícios de fortalecimento muscular

Facilitação neuromuscular proprioceptiva

Outros procedimentos

Órteses de posicionamento

Treino das estruturas não acometidas

Acupuntura

MÉDIO PRAZO

Manter Educação do Paciente

Manter ADM

Melhorar a resistência muscular

Ganhar Força Muscular (em todo membro acometido e não acometido)

Melhora do quadro sensório motor (propriocepção)

Evitar sequelas

Reeducar a sensibilidade da região acometida

Agentes eletrofísicos

Fotobiomodulação

Ultrassom terapêutico

Cinesioterapia e outros procedimentos

Alongamentos

Terapia manual

Fortalecimento muscular

Exercícios para região cervical e lombar

Manejo nos pontos de tensão muscular

Facilitação neuromuscular proprioceptiva

Treino sensório-motor de baixa complexidade

Terapia por contensão induzida

Uso de órtese de posicionamento ou dinâmica

Técnicas para reeducação sensorial

Bioffeback eletromiográfico

LONGO PRAZO

Manter educação do paciente

Manter as condutas do objetivo a médio prazo,

Intensificar e incrementar carga em todos os exercícios e dificultar o treino sensório-motor

Fortalecimento muscular

Treino do gesto ocupacional e de lazer

Cinesioterapia

Manter exercícios de fortalecimento

Treino do gesto ocupacional e de lazer

Alta do paciente

Reavaliar o paciente para alta

// Fonte: Elaborado pelos autores.

A resposta da questão 19 consta no Quadro 5 a seguir:

QUADRO 5

Avaliação do paciente

Fase de Tratamento

Objetivos

Condutas

CURTO PRAZO

Educação do paciente

Manejo da dor

Manter ADM

Manutenção da ativação muscular

Manter força muscular/resistência muscular das estruturas não acometidas

Miminizar sequela

Agentes eletrofísicos

Fotobiomodulação

Ultrassom terapêutico

Correntes elétricas

Termoterapia

Cinesioterapia

Alongamentos

Terapia manual

Exercícios de fortalecimento muscular

Facilitação neuromuscular proprioceptiva

Outros procedimentos

Órteses de posicionamento

Treino das estruturas não acometidas

Acupuntura

MÉDIO PRAZO

Manter Educação do Paciente

Manter ADM

Melhorar a resistência muscular

Ganhar Força Muscular (em todo membro acometido e não acometido)

Melhora do quadro sensório motor (propriocepção)

Evitar sequelas

Reeducar a sensibilidade da região acometida

Agentes eletrofísicos

Fotobiomodulação

Ultrassom terapêutico

Cinesioterapia e outros procedimentos

Alongamentos

Terapia manual

Fortalecimento muscular

Exercícios para região cervical e lombar

Manejo nos pontos de tensão muscular

Facilitação neuromuscular proprioceptiva

Treino sensório-motor de baixa complexidade

Terapia por contensão induzida

Uso de órtese de posicionamento ou dinâmica

Técnicas para reeducação sensorial

Bioffeback eletromiográfico

LONGO PRAZO

Manter educação do paciente

Manter as condutas do objetivo a médio prazo,

Intensificar e incrementar carga em todos os exercícios e dificultar o treino sensório-motor

Fortalecimento muscular

Treino do gesto ocupacional e de lazer

Cinesioterapia

Manter exercícios de fortalecimento

Treino do gesto ocupacional e de lazer

Alta do paciente

Reavaliar o paciente para alta

// Fonte: Elaborado pelos autores.

Conclusão

A lesão nervosa periférica ocasiona disfunções imediatas aos pacientes, independentemente do segmento acometido. Já nas lesões nervosas relacionadas às síndromes compressivas, há uma proporcionalidade de quanto maior o tempo de manifestação do sintoma, maior é o acometimento do tecido nervoso.

A maioria dos pacientes com lesão nervosa periférica necessita de intervenções multidisciplinar. Em relação à abordagem fisioterapêutica, faz-se necessária uma avaliação detalhada e criteriosa para que se possam traçar os objetivos e, consequentemente, elaborar um programa de reabilitação adequado a cada paciente, propiciando uma abordagem que busque preservar as estruturas não acometidas, a melhora funcional do paciente em busca de minimizar as possíveis sequelas no segmento acometido, além de objetivar o retorno às atividades de vida diária, ocupacionais, desportivas e recreacionais.

Atividades: Respostas

Atividade 1 // Resposta: B

Comentário: Menorca e colaboradores descrevem que diferentes autores classificam as lesões do tecido nervoso periférico. Seddon, em 1943, dividiu as lesões em três tipos: neuropraxia, axoniotmese e neurotmese; outro autor, Sunderland, em 1951, classificou essas lesões em graus de I a V, de acordo com as estruturas acometidas e Maggi e colaboradores, em 2003, descreveram o grau VI, referindo a lesões múltiplas de um tecido nervoso periférico

Atividade 2 // Resposta: D

Comentário: Independentemente do tipo de lesão nervosa, a avaliação dos pacientes deve ser pautada nas observações de sensibilidade, força muscular, dor, função, qualidade de vida e na observação das estruturas que não foram acometidas no segmento lesionado.

Atividade 3 // Resposta: A

Comentário: O grau VI na classificação das lesões nervosas periféricas é definido como a associação de lesões no decorrer do tecido nervoso, conforme descrito por Maggi e colaboradores em 2003.

Atividade 4 // Resposta: D

Comentário: Avaliar estruturas não afetadas é crucial para a reabilitação pré-cirúrgica, pois ajuda a estabelecer metas e estratégias para manter ou melhorar a funcionalidade global do paciente.

Atividade 5 // Resposta: B

Comentário: A avaliação fisioterapêutica visa observar as alterações anatômicas, biomecânicas e fisiopatológicas, incluindo possíveis sequências de deformidades após a lesão nervosa periférica.

Atividade 6 // Resposta: C

Comentário: Entre as condutas para avaliar um paciente após lesão nervosa periférica, a sensibilidade é uma das principais abordagens, levando em consideração a revisão sistemática, descrita por Fonseca e colaboradores, os monofilamentos de Semmes-Weinstein são considerados como a medida mais responsiva nesse perfil de paciente.

Atividade 7 // Resposta: C

Comentário: A neurorrafia é uma das intervenções cirúrgicas utilizadas para restaurar o tecido nervoso em lesões nervosas periféricas, envolvendo a sutura dos cotos nervosos para promover a regeneração neural.

Atividade 8 // Resposta: C

Comentário: Todo segmento que sofre uma lesão nervosa periférica apresenta disfunções e, em decorrência dessas disfunções, podem-se observar algumas sequelas, que são detalhadas pela literatura. Ao observar um paciente que sofreu lesão dos nervos mediano e ulnar, a sequela que se pode detectar é a chamada garra mista, que ocorre principalmente pela inatividade dos músculos lumbricais.

Atividade 9 // Resposta: B

Comentário: A literatura descreve uma vasta gama de condutas para avaliar os pacientes após uma lesão nervosa periférica, porém algumas condutas podem se tornar inadequadas dependendo do quadro de cada paciente. Os testes funcionais podem não ser adequados na fase inicial de reabilitação dos pacientes com lesão nervosa periférica no membro superior, devido à dificuldade de realização do teste.

Atividade 10 // Resposta: B

Comentário: A neurotização é uma das técnicas cirúrgicas que podem ser realizadas em um paciente que sofreu alguma lesão nervosa periférica. O conceito da neurotização é a utilização de um ramo moto de um nervo que está íntegro para reativar o coto distal do nervo acometido. Assim, a cirurgia é realizada por meio da sutura do tecido nervoso íntegro no coto distal do nervo acometido.

Atividade 11 // Resposta: C

Comentário: A reabilitação visa minimizar as sequelas nas estruturas não afetadas do segmento, potencializando-as e reduzindo o impacto da lesão sobre essas estruturas.

Atividade 12 // Resposta: A

Comentário: A fotobiomodulação é o recurso mais utilizado nas pesquisas pré-clínicas e clínicas para o tratamento de lesões nervosas periféricas, com estudos relatando melhora do quadro álgico e da função dos pacientes.

Atividade 13 // Resposta: B

Comentário: Os programas de reabilitação são desenvolvidos com base em uma avaliação detalhada de cada paciente, levando em consideração suas necessidades específicas e os déficits identificados durante a avaliação.

Atividade 14 // Resposta: B

Comentário: A cinesioterapia visa potencializar as estruturas não afetadas do segmento, buscando minimizar as sequelas e melhorar a funcionalidade global do paciente.

Atividade 15 // Resposta: A

Comentário: A questão enfatiza alguns objetivos de tratamento para a reabilitação de pacientes que sofreram lesão do tecido nervoso periférico. Entre as várias condutas para os objetivos apontados, destaca-se a importância do fisioterapeuta minimizar as possíveis sequelas que podem acometer esses pacientes e as órteses podem ser uma ferramenta útil na tentativa de posicionar e minimizar as sequelas desses pacientes.

Atividade 16 // Resposta: C

Comentário: Nos pacientes que apresentam a reinervação do segmento acometido, pode-se observar, na maioria, um quadro de diminuição da sensibilidade local. Esses pacientes apresentam alteração da representação no córtex somatossensorial. Entre as várias condutas, a mais adequada, para esse perfil de paciente, é a reeducação da sensibilidade. O fisioterapeuta deve propiciar diferentes estímulos na região acometida, mas o estímulo realizado não pode fadigar os receptores sensitivos.

Atividade 17 // Resposta: B

Comentário: A reeducação sensorial (ou reeducação da sensibilidade) é descrita, na literatura, como uma forma de regular a sensibilidade da região acometida e entre as várias condutas já evidenciadas na literatura as que utilizaram a estratégia de uma abordagem multimodal (ou multissensorial) foram as mais eficazes, no restabelecimento da sensibilidade da região acometida.

Atividade 18

RESPOSTA: A avaliação é a peça fundamental para o fisioterapeuta, pois é por meio de suas observações que será traçado o programa de reabilitação. No caso clínico apresentado, há algumas observações que poderiam ser inseridas, por exemplo: a observação de doenças sistêmicas (p. ex.: diabetes tipo II); se o paciente faz uso de órtese para a musculatura intrínseca da mão, avaliação dos dermátomos, avaliação cervical, deve-se realizar para descartar algum comprometimento neural proximal (p. ex.: síndrome do desfiladeiro torácico). Alguns autores descrevem o teste de preensão palmar livre de dor (funcionalidade), a utilização da eletromiografia de superfície para observar a ativação ou a fadiga dessa musculature e do eletrodiagnóstico. Para esse paciente, podem-se utilizar outros questionários, tais como: Funcionalidade (CIF), Qualidade de Vida, Cinesiofobia (Escala Tampa) e o de catastrofização da dor (Pain-Related Catastrophizing Thoughts Scale). Outras observações para esse perfil de paciente: deve-se atentar e, se possivel, encaminhar os pacientes que necessitam de ajuda psicológica.

Atividade 19

RESPOSTA: A resposta da questão 19 consta no Quadro 5 a seguir:

QUADRO 5

Avaliação do paciente

Fase de Tratamento

Objetivos

Condutas

CURTO PRAZO

Educação do paciente

Manejo da dor

Manter ADM

Manutenção da ativação muscular

Manter força muscular/resistência muscular das estruturas não acometidas

Miminizar sequela

Agentes eletrofísicos

Fotobiomodulação

Ultrassom terapêutico

Correntes elétricas

Termoterapia

Cinesioterapia

Alongamentos

Terapia manual

Exercícios de fortalecimento muscular

Facilitação neuromuscular proprioceptiva

Outros procedimentos

Órteses de posicionamento

Treino das estruturas não acometidas

Acupuntura

MÉDIO PRAZO

Manter Educação do Paciente

Manter ADM

Melhorar a resistência muscular

Ganhar Força Muscular (em todo membro acometido e não acometido)

Melhora do quadro sensório motor (propriocepção)

Evitar sequelas

Reeducar a sensibilidade da região acometida

Agentes eletrofísicos

Fotobiomodulação

Ultrassom terapêutico

Cinesioterapia e outros procedimentos

Alongamentos

Terapia manual

Fortalecimento muscular

Exercícios para região cervical e lombar

Manejo nos pontos de tensão muscular

Facilitação neuromuscular proprioceptiva

Treino sensório-motor de baixa complexidade

Terapia por contensão induzida

Uso de órtese de posicionamento ou dinâmica

Técnicas para reeducação sensorial

Bioffeback eletromiográfico

LONGO PRAZO

Manter educação do paciente

Manter as condutas do objetivo a médio prazo,

Intensificar e incrementar carga em todos os exercícios e dificultar o treino sensório-motor

Fortalecimento muscular

Treino do gesto ocupacional e de lazer

Cinesioterapia

Manter exercícios de fortalecimento

Treino do gesto ocupacional e de lazer

Alta do paciente

Reavaliar o paciente para alta

// Fonte: Elaborado pelos autores.

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Referência recomendada

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Titulações dos autores

ALEXANDRE MARCIO MARCOLINO // Graduado em Fisioterapia pelo Instituto Municipal de Ensino Superior (IMES/Catanduva). Pós-graduado em Terapia da Mão e do Membro Superior pelo Instituto de Ortopedia e Traumatologia/Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) e em Aprimoramento Profissional em Ortopedia e Traumatologia no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto (FMRP/USP). Mestre em Ciências da Saúde Aplicadas ao Aparelho Locomotor — Reabilitação — pela FMRP/USP. Doutor em Reabilitação e Desempenho Funcional pela FMRP/USP. Pós-doutor pelo Departamento de Fisioterapia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Docente do Programa de Pós-graduação em Ciências da Reabilitação da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Sócio efetivo da Associação Brasileira de Fisioterapia Traumato-Ortopédica (ABRAFITO).

LAIS MARA SIQUEIRA DAS NEVES // Graduada em Fisioterapia pelo Instituto Municipal de Ensino Superior (IMES/Catanduva). Mestre em Ciências da Saúde aplicadas ao Aparelho Locomotor — Reabilitação — pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP/USP). Doutora pelo Programa de Pós-graduação em Reabilitação e Desempenho Funcional pela FMRP/USP. Pós-doutora pela FMRP/USP. Sócia efetiva da Associação Brasileira de Fisioterapia Traumato-Ortopédica (ABRAFITO). Proprietária Clínica D’Movi Fisioterapia e Pilates.

Como citar a versão impressa deste documento

Marcolino AM, Neves LMS. Reabilitação nas lesões do sistema nervoso periférico. In: Associação Brasileira de Fisioterapia Traumato-Ortopédica; Silva MF, Barbosa RI, organizadores. PROFISIO Programa de Atualização em Fisioterapia Traumato-Ortopédica: Ciclo 7. Porto Alegre: Artmed Panamericana; 2024. p. 125–60. (Sistema de Educação Continuada a Distância, v. 4).

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