Entrar

REABILITAÇÃO VOCAL PÓS-LARINGECTOMIA TOTAL COM PRÓTESE FONATÓRIA

Autores: Giulianno Molina de Melo, Roberto Massao Takimoto, Onivaldo Cervantes, Márcio Abrahão
epub_All_Artigo2

Introdução

Com o aumento da expectativa de vida, o câncer vem crescendo em importância. Em 2005, de um total de 58 milhões de mortes ocorridas no mundo, o câncer foi responsável por 7,6 milhões, o que representou 13% de todas as mortes.1 Ainda em 2005, nos Estados Unidos, o câncer foi a segunda causa de morte mais frequente, totalizando 559.312 óbitos, perdendo apenas para as doenças cardiológicas (652.091 óbitos), sendo a principal causa de óbito em mulheres entre 40 e 79 anos e em homens entre 60 e 79 anos.2 Nos Estados Unidos, foram estimados 1.437.180 casos novos de câncer e 565.650 óbitos por câncer no ano de 2008.2

Estimou-se que, em 2000, o número de casos novos de câncer em todo o mundo teria sido maior do que 10 milhões.3 Já em 2020, o número de casos novos anuais estimados é da ordem de 15 milhões, sendo que cerca de 60% desses novos casos ocorrerão em países em desenvolvimento.1

No Brasil, as estimativas para o ano de 2008, válidas também para o ano de 2009, apontaram que ocorreriam 466.730 casos novos de câncer, sendo 133.980 casos no estado de São Paulo e 44.060 casos na cidade de São Paulo.4

O câncer da laringe incide principalmente em homens entre 50 e 70 anos, fumantes e etilistas crônicos.5 Em 2005, as estimativas foram de aproximadamente 182.000 casos novos em todo o mundo.6

Nos Estados Unidos, foram estimados, em 2008, 12.250 casos novos, sendo 9.680 casos em homens e 2.570 casos em mulheres. Também se projetou um número de óbitos de 3.670 casos, sendo 2.910 homens e 760 mulheres.5

No Brasil, o câncer da laringe representa cerca de 2% de todos os casos, chegando a 8.000 casos novos por ano, sendo causa de 3.000 óbitos anuais. Representa 3,8% de todas as mortes por câncer em homens e 0,6% em mulheres.7

O tratamento do câncer da laringe sempre representou um desafio. Sua evolução foi diretamente influenciada pelos progressos da laringologia, da radioterapia e da quimioterapia. Assim, a partir de 1873, quando Theodor Bilroth realizou a primeira laringectomia, até os dias de hoje persiste a busca contínua pelos melhores métodos de reabilitação vocal pós-cirurgia.

Objetivos

Após a leitura deste artigo, o leitor deverá ser capaz de:

 

  • reconhecer os tipos de reabilitação vocal pós-laringectomia total, incluindo as modalidades clínicas e cirúrgicas de reabilitação, principalmente a aquisição de voz traqueoesofágica através de prótese fonatória;
  • identificar os diferentes tipos de próteses existentes, as técnicas de colocação, o diagnóstico e o manejo das principais complicações da laringectomia total.

Esquema conceitual

9828.png

×
Este programa de atualização não está mais disponível para ser adquirido.
Já tem uma conta? Faça login