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RECOMENDAÇÕES PRÁTICAS SOBRE PRESCRIÇÃO DE CORRENTES ELÉTRICAS PARA CONTROLE DA DOR

Autores: João Luiz Quaglioti Durigan, Josimari M. De Santana, Annanda Oliveira Santos, Júlia Aguillar Ivo Bastos
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Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

  • reconhecer os principais mecanismos de ação envolvidos com a dor no organismo humano;
  • identificar os parâmetros da eletroestimulação (intensidade, frequência, duração de pulso, tempo, local e modo de aplicação, dentre outros);
  • identificar meios para fisioterapeutas aplicarem a prática do uso de correntes elétricas baseada em evidências;
  • reconhecer temas atuais como dose e efeito, dor e movimento, tolerância analgésica, expectativas, preferências e tipo de abordagem do fisioterapeuta;
  • apontar evidências científicas de aplicabilidade da eletroanalgesia para áreas específicas da traumato-ortopedia.

Esquema conceitual

Introdução

A sociedade tem feito uso da energia elétrica para fins terapêuticos há milênios. Os primeiros relatos datam de 2.750 a.C., quando os egípcios usavam peixe elétrico para alívio da dor. Alguns séculos mais tarde, Aristóteles (384 a.C a 322 a.C) também experimentou a técnica e descreveu a sensação resultante como dormência”,1 já que o termo analgesia ainda não existia.

Devido ao pouco entendimento de como a eletricidade agia no corpo humano até então, o evoluir das correntes levou ao surgimento de instrumentos que formavam polos elétricos, a exemplo dos estudos de Alessandro Volta, o que traria para a sociedade a unidade volts (V). Por volta de 1780, Volta desenvolveu a pilha elétrica, a qual operava por corrente galvânica ou contínua.2

Para melhor esclarecimento, as correntes galvânicas são usadas como forma de terapia por eletroestimulação, na qual há um sentido único de corrente: os elétrons migram do polo negativo (-) em direção ao polo positivo (+), a partir de retroalimentação, criando, assim, duas áreas com dois polos bem distintos.

No entanto, apesar do seu potencial terapêutico analgésico, essas correntes proporcionam menor segurança ao paciente, principalmente devido ao aquecimento tecidual e ao risco de choques. Em razão disso, surgiram as correntes não polarizadas, ou seja, que não formam polos bem definidos, sendo mais seguras para uso terapêutico.3

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