- Introdução
Nas últimas décadas houve uma redução significativa da mortalidade em crianças cardiopatas; no entanto, a morbidade e a qualidade de vida (QVqualidade de vida) desses indivíduos não têm tido esse mesmo efeito positivo.1
A cardiopatia congênita (CCcardiopatia congênita) é uma das doenças cardíacas que mais acometem crianças, e sua presença pode afetar o desenvolvimento motor, cognitivo e neurológico.2,3 Além disso, as hospitalizações recorrentes, a necessidade de cirurgias e o uso de medicações podem alterar a função cardiopulmonar, o desenvolvimento funcional e, consequentemente, influenciar na QVqualidade de vida dessas crianças.4
A recuperação funcional tem sido descrita como um estado de restabelecimento de funções psíquicas, físicas e sociais no funcionamento cotidiano, e as técnicas de reabilitação podem ser efetivas do ponto de vista da recuperação funcional tanto em crianças quanto em adultos,5 sendo a fisioterapia parte integrante desse processo.
Sendo assim, torna-se necessário conhecer de que forma a fisioterapia poderia contribuir para a recuperação funcional das crianças cardiopatas.
- Objetivos
Ao final da leitura deste artigo, o leitor será capaz de
- reconhecer a importância das limitações que as cardiopatias congênitas e seu tratamento podem trazer às crianças;
- identificar as consequências da hospitalização e as medidas preventivas de sequelas;
- distinguir a importância das avaliações motoras, cardiopulmonares, funcionais e de QVqualidade de vida em crianças cardiopatas e sua reabilitação.
- Esquema conceitual