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RECURSOS SENSORIAIS COMO ESTRATÉGIA PARA O TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO DE CRIANÇAS COM PARALISIA CEREBRAL

Autor: Érica Costa Barbosa
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  • Introdução

A paralisia cerebral (PCparalisia cerebral), causa mais comum de incapacidade na infância, afeta 2 a 3,5 a cada 1 mil nascidos vivos1 e consiste em uma condição permanente, de caráter não progressivo, que impacta na postura e no movimento do indivíduo. Suas características variam conforme as habilidades funcionais, o envolvimento topográfico das extremidades e os distúrbios motores (espasticidade, discinesia e ataxia) apresentados pela criança.1,2

Além das deficiências motoras, a criança com PCparalisia cerebral apresenta alterações das funções sensoriais, como registro pobre das informações em razão do comprometimento das percepções visual, tátil, proprioceptiva e vestibular, que levam a déficits nos ajustes posturais. Consequentemente, há limitação nas habilidades motoras grossas, como marcha, alcance e função oral, bem como restrição na participação em tarefas escolares e de autocuidado, recreação e atividades de lazer.2

A fisioterapia pode proporcionar às crianças com PCparalisia cerebral mais organização de suas sensações por meio de estímulos sensoriais específicos, propiciando a interação com o meio ambiente e seu próprio corpo. Dessa forma, pode contribuir para a melhora das habilidades funcionais, do desenvolvimento do controle postural, do esquema corporal e do sequenciamento de movimentos.3

A intervenção fisioterapêutica voltada a crianças com PCparalisia cerebral inclui diversos recursos de caráter sensorial, com o objetivo de conduzir maior quantidade de informações táteis, proprioceptivas, visuais, auditivas e vestibulares ao sistema nervoso central (SNCsistema nervoso central). O tratamento deve ser iniciado o mais precocemente possível, a fim de minimizar a instalação de padrões anormais, como compensações, contraturas ou deformidades, contribuindo para o melhor desempenho funcional.4

  • Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

 

  • descrever as características sensório-motoras das crianças com PCparalisia cerebral;
  • compreender a neurofisiologia do processamento sensorial e as repercussões dos distúrbios relacionados;
  • identificar a interferência do ambiente no desenvolvimento da criança com PCparalisia cerebral;
  • relacionar as alterações sensoriais da criança com PCparalisia cerebral com os comprometimentos motores;
  • reconhecer a influência das disfunções sensoriais nas habilidades funcionais;
  • perceber a importância do lúdico no contexto da reabilitação de crianças com PCparalisia cerebral;
  • identificar as modalidades terapêuticas e os principais recursos utilizados para intervir nos sistemas sensoriais.

 

  • Esquema conceitual
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