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RESILIÊNCIA NA INFÂNCIA: PROMOÇÃO E AVALIAÇÃO CLÍNICA

Autor: Karina da Silva Oliveira
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Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

  • descrever o processo de construção e de refinamento histórico do conceito de resiliência;
  • refletir sobre as características resilientes individuais presentes na infância;
  • reconhecer a resiliência de forma contextualizada nos sistemas de expressão dessa competência;
  • identificar o evento ameaçador em função de suas características e de suas manifestações;
  • definir as características dos processos de avaliação, de promoção e de intervenção em resiliência;
  • examinar uma proposta integrativa das informações a partir de um exemplo clínico ilustrativo.

Esquema conceitual

Introdução

A sociedade moderna tem sido um contexto marcado por constantes desafios, que variam de questões de sobrevivência individual a eventos climáticos de grande magnitude. Nesse cenário, processos resilientes têm sido valorizados a fim de indicar as competências e os potenciais de adaptação positiva dos indivíduos. Entretanto, é necessário ponderar que existem compreensões importantes sobre a definição de resiliência que distanciam o termo das expectativas tipicamente identificadas no senso comum.

O conceito de resiliência não implica a noção de invulnerabilidade ou de invencibilidade. Resiliência requer o reconhecimento dos efeitos negativos experimentados em função de um evento ameaçador e, sobretudo, a compreensão dos processos de adaptação positiva quanto ao funcionamento, desenvolvimento e sobrevivência dos indivíduos.

Quando se reflete sobre a compreensão de resiliência para aplicação na prática profissional em psicologia junto a crianças e adolescentes, há o delineamento de cuidados importantes. Não é objetivo das ações profissionais o desenvolvimento de competências invulneráveis, mas sim de ações de ampliação de repertórios de enfrentamento, de solução de problemas, de fortalecimento de recursos sociais e de características que possam favorecer a adaptação do indivíduo e/ou diminuir os impactos negativos da experiência adversa.

Nessa perspectiva, no presente capítulo é feita uma revisão histórica sobre a identificação, as definições e os modelos teóricos de resiliência. Também são compartilhados processos de aplicação desses conceitos à infância e adolescência, com foco na avaliação e na promoção de competências resilientes. É apresentado, ainda, um caso ilustrativo, a fim de integrar as informações compartilhadas à prática profissional.

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