Objetivos
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de
- identificar os fatores de risco de quedas em crianças;
- atuar preventivamente em relação ao risco de quedas, evitando agravos à saúde da criança.
Esquema conceitual
Introdução
Queda é o deslocamento não intencional do corpo para um nível inferior à posição inicial provocado por circunstâncias multifatoriais, resultando ou não em danos.1
A queda compromete a estabilidade e pode acarretar em lesões suscetíveis e ocasionar limitações e incapacidades, sejam elas temporárias ou permanentes.2
Relativamente às quedas em pediatria, a Organização Mundial da Saúde (OMS) refere que elas são a segunda causa de morte ou de lesão acidental em todo o mundo.3 Cerca de nove crianças sofrem uma queda diariamente com consequências graves, e esse evento é a principal causa de ida à urgência e de internamento.4 Maioritariamente as quedas ocorrem em meninos, com maior incidência entre 0 e 4 anos.4 Em 2019, foram hospitalizadas 52.613 crianças vítimas de queda entre zero e 14 anos, e esse evento é a principal causa de internação por motivos acidentais de crianças e adolescentes.5
Agrupam-se os tipos de queda em pediatria em quedas do mesmo nível ou da própria altura, consequente de tropeço, empurrão, pisada em falso, colisão contra outras crianças e impacto contra a parede e quedas de um nível ao outro, por exemplo, de cama, berço, escada e muro.2
Neste capítulo, abordam-se a queda como um acidente na infância, a importância da sua prevenção em ambiente domiciliar e hospitalar, o impacto desse evento como indicador de qualidade, além de se apresentarem os fatores de risco do diagnóstico de enfermagem Risco de quedas em crianças para o planejamento da assistência de enfermagem segura, com destaque ao papel do enfermeiro nesse contexto.