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RISCO RESIDUAL APÓS TRATAMENTO OTIMIZADO COM ESTATINAS

Autores: José Carlos Quinaglia e Silva, Thiago Quinaglia A. C. Silva, Andrei Carvalho Sposito, João Carlos Geber Júnior
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  • Introdução

Conforme Hermans e Fruchart propuseram, o risco cardiovascular residual (RCVRrisco cardiovascular residual) pode ser definido como o risco de eventos vasculares incidentes ou a progressão de dano vascular estabelecido, que persiste em pacientes em tratamento atual com base em evidências, incluindo fatores de risco já estabelecidos, como dislipidemia, hipertensão arterial sistêmica (HAShipertensão arterial sistêmica), hiperglicemia, inflamação, estilo de vida não saudável e riscos relacionados a fatores emergentes.1 De acordo com os autores, trata-se de um conceito não hermético e dinâmico, haja vista as mudanças paradigmáticas que ocorrem no tempo à luz de novos estudos e descobertas.

O controle do RCVRrisco cardiovascular residual é um grande desafio, agravado pela crescente pandemia de obesidade, síndrome metabólica e diabetes melito tipo 2 (DM2diabetes melito tipo 2). A redução da mortalidade cardiovascular vem ocorrendo, conforme as pesquisas têm demonstrado, graças ao controle dos fatores de risco e à introdução de novos fármacos que auxiliam nas metas terapêuticas. Entretanto, persiste um risco residual pós-tratamento otimizado.

Estudos aleatorizados e controlados de prevenção secundária mostram a recorrência de eventos cardiovasculares de, pelo menos, 10% no primeiro ano após o evento índice, estudos esses nos quais os pacientes seguiam tratamento baseado em diretrizes internacionais, e 70 a 100% deles estavam sob dupla antiagregação plaquetária.2–4 A avaliação e o controle do risco residual trata de atingir metas terapêuticas por meio do tratamento clínico, incluindo medidas não farmacológicas e tratamento intervencionista das doenças cardiovasculares (DCVdoença cardiovasculars) para atenuar o risco residual comparado ao da população geral após o tratamento, doses ótimas de estatina.

  • Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

 

  • identificar a importância das prevenções primária e secundária das DCVdoença cardiovasculars;
  • explicar a relevância do uso das estatinas com segurança;
  • orientar os pacientes na prática clínica sobre riscos e benefícios com o tratamento clínico otimizado;
  • identificar e tratar pacientes com metas terapêuticas no alvo, porém, com evidência de risco cardiovascular (RCVrisco cardiovascular) residual.
  • Esquema conceitual
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