- Introdução
A sarcopenia é uma doença insidiosa cuja manifestação é confundida como sintoma de quaisquer doenças que gerem uma condição espoliante no indivíduo. Essa doença acontece concomitantemente com perda de mineralização óssea, desnutrição, caquexia, neoplasias, infecções agudas e crônicas, bem como é camuflada por sintomas de perda progressiva de cognição.
Muitas vezes, a sarcopenia não é abordada de forma direta e pronta pelo médico assistente por ele se satisfazer com o manejo de outras condições mais populares e, na maioria das vezes, com diagnósticos e tratamentos mais bem estabelecidos, já que as diretrizes para o tratamento da sarcopenia diferem o suficiente para obnubilar a escolha diagnóstica e terapêutica.
Quatro grupos de pesquisadores abordaram a sarcopenia, contudo, suas orientações mais antigas são de 2011, o que as torna recente o suficiente para necessitarem de revisão frequente e ajustes que desafiam o clínico na hora de diagnosticar e tratar tal condição.
Ainda assim, as provas diagnósticas clínicas da sarcopenia são sensíveis, e os testes bioquímicos têm especificidade o suficiente para, quando combinados, estabelecerem um bom conjunto de indícios para substanciar um tratamento.
Os tratamentos farmacológicos estão evoluindo e se complementando, oferecendo um arsenal terapêutico cada vez mais completo e, portanto, cada vez mais eficiente. Seu acompanhamento também se tornou eficiente, possibilitando a aquisição de um bom plano terapêutico e de uma consistência de resultados promissora.
- Objetivos
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de
- diagnosticar a sarcopenia em pacientes com perda de função motora;
- diferenciar um paciente dinapênico e um sarcopênico;
- avaliar a interdependência entre dinapenia e sarcopenia;
- realizar a triagem de pacientes em risco para o desenvolvimento de dinapenia e sarcopenia;
- prevenir o desenvolvimento de tais condições no paciente sujeito a uma das patologias;
- propor o tratamento de pacientes com sarcopenia.
- Esquema conceitual