- Introdução
A síndrome das pernas inquietas (SPIsíndrome das pernas inquietas), também chamada de doença de Willis-Ekbom, foi descrita pela primeira vez no século XVII quando o médico britânico Thomas Willis mencionou os sintomas. No entanto, foi somente em 1945 que o neurologista suíço Karl-Axel-Ekbom definiu a síndrome como um distúrbio sensitivo-motor caracterizado por uma urgência em movimentar os membros inferiores devido a uma sensação desconfortável nas pernas.1
A prevalência estimada de SPIsíndrome das pernas inquietas na população adulta é de 15% no ocidente (sendo menor na Ásia). Essa síndrome pode se iniciar em todas as faixas etárias, porém sua incidência é maior em idosos. Nos casos familiares, inicia-se na terceira e na quarta década.2
A SPIsíndrome das pernas inquietas ocorre duas vezes mais em mulheres, mas isso provavelmente decorre do fato de a doença também ser induzida pela gravidez.3
Apesar da alta incidência, a SPIsíndrome das pernas inquietas é uma doença frequentemente subdiagnosticada. Um estudo revelou que dois terços dos indivíduos com sintomas semanais de SPIsíndrome das pernas inquietas disseram ter falado com um médico sobre seus sintomas e apenas 8% receberam o diagnóstico dessa síndrome.4
- Objetivos
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de
- reconhecer os sintomas de SPIsíndrome das pernas inquietas;
- realizar o diagnóstico diferencial da SPIsíndrome das pernas inquietas em relação a outras doenças;
- identificar o tratamento adequado para a SPIsíndrome das pernas inquietas.
- Esquema conceitual