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SÍNDROMES HIPERTENSIVAS NA GESTAÇÃO

Autores: Alex Sandro Rolland de Souza, Leandro de Medeiros Nóbrega
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  • Introdução

As doenças hipertensivas acometem em torno de 5 a 10% das gestações em todo o mundo, abrangem condições como hipertensão crônica, hipertensão gestacional, pré-eclâmpsia (PEpré-eclâmpsia), eclâmpsia e PEpré-eclâmpsia superposta à hipertensão crônica.1

As doenças hipertensivas representam a segunda causa de mortalidade materna obstétrica direta no mundo (14%), são particularmente importantes na América Latina e no Caribe, e contribuem com 22,1% de todas as mortes maternas na região.2

LEMBRAR

No Brasil, a hipertensão é a principal causa de óbitos maternos por complicações obstétricas, 29,3% dos casos em 2013, com importantes complicações perinatais associadas.3

Para cada morte materna no mundo relacionada à PEpré-eclâmpsia, existem, provavelmente, outros 50 a 100 casos de near miss, que resultam em significante risco de morte materna.4 Além disso, a PEpré-eclâmpsia é um fator de risco para doença cardiovascular (DCVdoença cardiovascular) futura, é responsável por 15% dos partos prematuros e por um quinto de todos os bebês com muito baixo peso ao nascer (abaixo de 1.500g), com altos custos à saúde pública.5

Apesar do progresso substancial no entendimento da fisiopatologia das síndromes hipertensivas na gestação na última década, não houve grandes avanços para melhorar a prática clínica. Ainda assim, uma importante parcela dos desfechos negativos maternos e perinatais são decorrentes de um cuidado subótimo, principalmente na identificação de casos graves de PEpré-eclâmpsia. Portanto, é imprescindível a atualização continuada para uma melhor prática baseada em evidências em todas as formas de hipertensão na gravidez.

  • Objetivos

Ao final da leitura deste artigo, o leitor será capaz de

 

  • diagnosticar e classificar corretamente as síndromes hipertensivas e identificar características de gravidade;
  • predizer PEpré-eclâmpsia e suas complicações e/ou preveni-las por meio de mudanças de estilo de vida, de medicação ou de cuidado específico;
  • manejar adequadamente as síndromes hipertensivas: hábitos dietéticos e de estilo de vida, nível de atenção à saúde, terapia anti-hipertensiva, momento ideal de interrupção, via de parto e monitoração.
  • Esquema conceitual
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