- Introdução
A sepse é uma patologia decorrente de uma reação inflamatória sistêmica de origem infecciosa. Caracteriza-se por uma cascata de eventos imunológicos, com liberação excessiva de citocinas, resultando em consequências drásticas para o organismo. Ela compromete a homeostasia e o funcionamento de diversos órgãos, podendo ser fatal em até 65% dos casos. Este é o paradoxo da sepse: uma reação exagerada de proteção que culmina em falência de diversos órgãos e morte. Isso ocorre principalmente em suas formas evolutivas, que são a sepse grave e o choque séptico, respectivamente.1
Sabe-se que a precocidade no diagnóstico, na avaliação da gravidade do paciente e no início do tratamento é fundamental para a melhoria do prognóstico. Lamentavelmente, muitos dos pacientes que apresentam o diagnóstico de sepse nas emergências iniciam o tratamento somente após a admissão em uma unidade de terapia intensiva (UTIunidade de terapia intensiva). O fato de as emergências estarem superlotadas, associado ao baixo quantitativo de profissionais, justifica essa demora, que acarreta a perda de horas preciosas para a recuperação dos pacientes que ali se encontram.2
Quanto mais tempo se gasta para iniciar o tratamento da sepse, mais rápido a doença se instala e se agrava. Nesse contexto, a enfermagem, profissão que acompanha o paciente nas 24 horas, tem uma importância significativa para a identificação precoce dessa patologia, contribuindo nos âmbitos multi e interdisciplinar. Essa ajuda é inestimável, pois o tempo é uma peça-chave para um melhor desfecho do paciente.
- Objetivos
Ao final da leitura deste artigo, o leitor será capaz de
- reconhecer a fisiopatologia da sepse;
- identificar as possíveis causas da sepse, bem como os insumos necessários para seu tratamento;
- descrever as atribuições da equipe de enfermagem no diagnóstico e no tratamento da sepse;
- sistematizar a assistência de enfermagem aos pacientes portadores ou com possibilidade de desenvolver a sepse.
- Esquema conceitual
