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SUPLEMENTO – DESCRIÇÃO DOS MEDICAMENTOS INDICADOS NO PROTERAPÊUTICA VOLUME 3 CICLO 3

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SUPLEMENTO

DESCRIÇÃO DOS MEDICAMENTOS INDICADOS NO PROTERAPÊUTICA VOLUME 3 CICLO 3

Este Suplemento contém as principais informações a respeito dos medicamentos abordados no Volume 3 do Ciclo 3 do PROTERAPÊUTICA.

Para saber mais

 

O conteúdo deste Suplemento foi extraído do livro Medicamentos de A a Z, de Elvino Barros. Para maiores informações sobre os medicamentos aqui listados (como efeitos adversos, comentários, etc.) e outros, consultar a obra completa:

 

Barros E. Medicamentos de A a Z. Porto Alegre: Artmed; 2012.

 

SIGLAS UTILIZADAS NAS DESCRIÇÕES DOS MEDICAMENTOS DESTE SUPLEMENTO

ACTP

Angioplastia coronariana transluminal percutânea

amp

Ampola

AV

Atrioventricular

AVE

Acidente vascular encefálico

cpr

Comprimido(s)

cps

Cápsula(s)

DM

Diabete melito

DPOC

Doença pulmonar obstrutiva crônica

drg

Drágea(s)

fr

Frasco(s)

fr-amp

Frasco-ampola(s)

HAS

Hipertensão arterial sistêmica

IAM

Infarto agudo do miocárdio

ICC

Insuficiência cardíaca congestiva

IH

Insuficiência hepática

IM

Intramuscular

IMAO

Inibidos da monoaminaoxidase

IR

Insuficiência renal

ITU

Infecção do trato urinário

IV

Intravenoso

SF

Soro fisiológico

SG

Soro glicosado

SNC

Sistema nervoso central

TEP

Tromboembolismo pulmonar

TTPa

Tempo de tromboplastina parcial ativado

TVP

Trombose venosa profunda

VOvia oral

Via oral

 

Ácido acetilsalicílico

Grupo farmacológico. Antiplaquetário; anti-inflamatório não esteroide; inibidor da COX-1 e COX-2.

Apresentações. Cpr revestidos de 100, 162, 200, 300 e 500mg; cpr de 85, 100, 165, 300, 325 e 500mg.

Usos. Dor de intensidade leve a moderada, febre, inflamação; profilaxia de IAM e AVE; artrite reumatoide, osteoartrite, gota e febre reumática, procedimento de revascularização (p.ex., bypass, coronário e angioplastia) e as apresentações de cardiopatia isquêmica; trombose vascular periférica, fibrilação atrial (alternativa para os pacientes que não podem usar anticoagulante oral); próteses valvulares cardíacas.

Contraindicações. Discrasias sanguíneas; úlcera péptica ativa; suspeita de dengue; crianças com asma, rinite e pólipos nasais; gestação no terceiro trimestre (categoria D de risco).

Posologia.

  • Adultos: Analgésico e antipirético: 500mg, a cada 4-6 h (máx. de 4 g/dia). Fase aguda do IAM: 160-325mg, mastigados. Angioplastia: 80-325mg/dia, iniciando 2h antes do procedimento. AVE isquêmico: 30-325mg/dia.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrado com alimentos, água ou leite para reduzir o desconforto gastrintestinal, preferencialmente com 250mL de líquido.
  • Via sonda: o cpr normal pode ser administrado via sonda (uso imediato). As formas farmacêuticas tamponadas e gastrorresistentes (Bufferin®/ Prevent®) não podem ser administradas via sonda. No momento da administração: pausar a dieta enteral, irrigar a sonda com 10-30mL de água, administrar o medicamento e, ao término, irrigar novamente a sonda com água. Se o paciente receber mais de um medicamento, administrar um de cada vez, sempre irrigando a sonda com água (5-10mL) entre as administrações.

Interações medicamentosas.

  • IECAS, diuréticos tiazídicos, betabloqueadores e ácido ursodesoxicólico: o ácido acetilsalicílico pode reduzir a eficácia destes medicamentos.
  • Corticosteroides, trombolíticos, inibidores da recaptação de serotonina, antiplaquetários, inibidores dos canais de cálcio: esses medicamentos podem potencializar os efeitos do ácido acetilsalicílico.
  • Probenecida: pode ter seus efeitos antagonizados pelo ácido acetilsalicílico.

Lactação. Usar com precaução.

 

Ácido valproico/valproato de sódio

Grupo farmacológico. Antiepiléptico; inativação dos canais de Na+ voltagem-dependentes.

Apresentações. Fr com 50mg/mL de 100mL; sol de 200mg/mL com 40mL; cpr de 200, 300 e 500mg; cps de 250mg; sol oral com 100mL de 250mg/5mL.

Usos. Crises parciais (simples e complexas e secundariamente generalizadas) e crises generalizadas (ausência típica e atípica, mioclônicas, tônicas, clônicas, tônicoclônicas); mania aguda; profilaxia da enxaqueca.

Contraindicações. Distúrbios do ciclo da ureia, doenças hepáticas, gestação (categoria de risco D).

Posologia.

  • Adultos: iniciar com 250mg, 1x/dia, VOvia oral. Pode ser aumentada para 250mg, 3x/dia, no curso de 3-6 dias. Dose máxima: 60mg/kg/dia. A retirada deve ser gradual para evitar síndrome de abstinência ou a ocorrência de crises epiléticas. Os cpr de liberação prolongadas podem ser administrados 1x/dia.

Modo de administração.

  • Via oral: os cpr podem ser administrados com alimentos, pois isso reduz os efeitos gastrintestinais, mas deve-se evitar derivados de leite. As cps podem ser abertas e misturadas em alimentos pastosos para uso imediato.
  • Via sonda: preferencialmente, administrar a sol oral via sonda. O divalproato de sódio e o valproato de sódio, cpr e pellets, possuem revestimento entérico, não sendo indicados para administração por essa via. Da mesma forma, as cps gelatinosas de ácido valproico não são recomendadas para administração pelo risco de perda de dose do medicamento. No momento da administração: preferencialmente, pausar a dieta enteral (interação com leite), irrigar a sonda com 10-30mL de água, administrar o medicamento e, ao término, irrigar novamente a sonda com água. Se o paciente receber mais de um medicamento, administrar um de cada vez, sempre irrigando a sonda com água (5-10mL) entre as administrações.
  • Via retal: para administração pela via retal, pode-se rediluir a solução oral em água (1:1) e usar como enema.

Interações medicamentosas.

  • Clorpromazina, salicilatos, topiramato e claritromicina: podem aumentar os níveis do ácido valproico.
  • Carbamazepina, oxcarbazepina e fenitoína: o ácido valproico pode reduzir os níveis desses medicamentos.
  • Carbamazepina, carbapenêmicos, fenitoína, primidona, aciclovir, lopinavir, ritonavir, rifampicina: podem reduzir os níveis do ácido valproico.
  • Nifedipina e nimodipina: o ácido valproico pode aumentar os níveis desses medicamentos, levando à toxicidade (cefaleia, rubor, edema e tontura).

Lactação. Compatível com amamentação.

 

Adrenalina (epinefrina)

Grupo farmacológico. Vasopressor; potente estimulador dos receptores alfa e beta-adrenérgicos; simpaticomimético.

Apresentação. Amp de 1mL (1mg/mL).

Usos. Parada cardíaca: FV/TV sem pulso, AESP, assistolia. Pode ser utilizada em infusão contínua como suporte hemodinâmico. Bradicardia com hipotensão sintomática que não responde a atropina ou marca-passo.

Contraindicações. Arritmias cardíacas, glaucoma de ângulo fechado.

Posologia. 1mg (1:10.000) a cada 3-5 min em bolo IV (ou 22,5mg via TOT) durante as manobras de reanimação. Para uso como infusão contínua, a dose é de 2-10µg/min.

Modo de administração.

  • Via intravenosa: Bolo: IV, a cada 35 min. Para infusão contínua: administrar em acesso central; iniciar com 1µg/min e aumentar até 20µg/min. Ver preparo.
  • Via subcutânea: pode ser administrada por essa via, mas o extravasamento pode causar isquemia tecidual.
  • Via intramuscular: sim.
  • Via inalatória: pode ser realizada diluindo-se a dose em 3-5mL de SF 0,9%.

Interações medicamentosas.

  • Simpaticomiméticos e bromocriptina: podem ter seus níveis séricos aumentados se administrados com adrenalina.
  • IMAOs, inibidores da recaptação de serotonina, antidepressivos tricíclicos, antiácidos: podem aumentar os níveis séricos da adrenalina.
  • Espironolactona: pode reduzir a concentração plasmática da adrenalina.

Lactação. Não recomendado.

 

Amiodarona

Grupo farmacológico. Antiarrítmico classe III; bloqueia os canais de potássio, prolongando demasiadamente a repolarização e, como consequência, o período refratário.

Apresentações. Cpr de 100 e 200mg; sol oral (gt) com 200mg/mL de 30mL; amp com 50mg/mL de 3mL.

Usos. Taquicardia atrial, flutter atrial, fibrilação atrial, reentrada nodal AV e reentrada AV, taquicardia e fibrilação ventricular.

Contraindicações. Bloqueio sinoatrial ou AV, bradicardia grave, choque cardiogênico, hipotensão, disfunção tireoidiana e pulmonar, hipersensibilidade ao iodo, gestação (categoria de risco D), lactação.

Posologia.

  • Adultos: VOvia oral: ataque, 800-1.600mg/dia, por 23 semanas; manutenção, 200-400mg/dia, a cada 24h. IV: ataque, 510mg/kg (15mg/min, por 10 min); manutenção, 1mg/min, por 6h, e 0,5mg/min após.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar durante ou após as refeições.
  • Via sonda: pode-se administrar a susp oral preparada a partir de cpr. No momento da administração: pausar a dieta enteral, irrigar a sonda com 10-30mL de água, administrar o medicamento e, ao término, irrigar novamente a sonda com água. Se o paciente receber mais de um medicamento, administrar um de cada vez, sempre irrigando a sonda com água (5-10mL) entre as administrações.
  • Via intravenosa: não pode ser administrada sem diluição. Sugestão: diluir 1 amp em 25-100mL de soro (SG 5%, SF 0,9%). A estabilidade é variável, mas em SG 5% é mais estável. A infusão deve ser lenta, a partir de 10 min (não exceder 30 mg/min).

Interações medicamentosas.

  • Codeína, tramadol, antiarrítmico: podem ter seus níveis séricos reduzidos com a amiodarona.
  • Fenitoína e rifampicina: reduzem as concentrações plasmáticas da amiodarona.
  • Inibidores da HMG-COA redutase, lidocaína, tamoxifeno, tioridazina, topotecano, ziprasidona, antagonistas da vitamina K: podem ter suas concentrações plasmáticas aumentadas.
  • Azitromicina, cimetidina, ciprofloxacino, dasatinibe: podem aumentar os efeitos da amiodarona.

Lactação. Usar com precaução.

 

Atorvastatina

Grupo farmacológico. Estatina; age inibindo competitivamente a enzima hidroximetilglutaril-coenzima A, antilipêmico.

Apresentações. Citalor® (cpr revestidos de 10, 20, 40 e 80mg), Lípitor® (cpr de 10, 20, 40 e 80mg; cpr revestido de 20mg).

Usos. Dislipidemia, prevenções primária e secundária da cardiopatia isquêmica.

Contraindicações. Doença hepática ativa, elevação persistente das transaminases séricas, gestação (categoria de risco X) e lactação.

Posologia.

  • Adultos: dose inicial de 10mg, VOvia oral, a cada 24 h. Ajustar a dose, em intervalos de 4-8 semanas, até atingir os níveis-alvo para os lipídeos séricos. Dose máxima de 80mg/dia.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrada com alimentos, em qualquer horário do dia.
  • Via sonda: os cpr podem ser dispersos em volume adequado de água fria e administrados via sonda. Os cpr apresentam revestimento, mas este não é entérico. No momento da administração: pausar a dieta enteral, irrigar a sonda com 10-30mL de água, administrar o medicamento e, ao término, irrigar novamente a sonda com água. Se o paciente receber mais de um medicamento, administrar um de cada vez, sempre irrigando a sonda com água (5-10mL) entre as administrações.

Interações medicamentosas.

  • Ácido fusídico, alisquireno, digoxina, midazolam, topotecano: pode ocorrer aumento da concentração plasmática desses medicamentos.
  • Amiodarona, colchicina, fluconazol, ciclosporina, dasatinibe, fibratos, sildenafil, inibidores da protease, voriconazol, diltiazem: podem ocasionar aumento dos níveis séricos da atorvastatina, desencadeando miopatia ou rabdomiólise.
  • Fenitoína, Hypericum, rifampicina, efavirenz: podem causar redução dos efeitos da atorvastatina.
  • Rituximabe: a atorvastatina interage, reduzindo os efeitos do rituximabe.

Lactação. Contraindicado.

 

Atropina

Grupo farmacológico. Agente anticolinérgico, agente antiespasmódico, agente midriático.

Apresentações. Solução oftálmica de 5mL (5-10mg/mL), fr-amp injetável de 1mL (0,25-0,5mg/mL).

Usos. Medicação usada no pré-operatório para inibição da salivação e secreções, tratamento de bradicardia, antídoto para inibidores da acetilcolinesterase (organofosforados), produção de midríase ou ciclopegia.

Contraindicações. Hipersensibilidade a atropina, glaucoma, taquicardia, doença hepática, doença renal, miastenia grave, asma.

Posologia.

  • Adultos: 0,5mg IV, cada 3 a 5 min conforme necessidade, sem exceder dose total de 0,04mg/kg (total 3mg). Para intoxicação por organofosfato: 2 a 4mg ou mais.

Modo de administração.

  • Via endovenosa: Bolo: pode ser administrado direto (sem diluir) em 2minutos (rápido); também pode ser administrado em infusão.
  • Via intramuscular: Sim.
  • Via intratecal: Administrar diluído em 5mL de SF 0,9% ou água destilada.
  • Via subcutânea: Sim.

Interações medicamentosas.

  • Anti-histamínicos, antidepressivos tricíclicos, fenotiazidas: uso concomitante poderá aumentar o efeito da atropina.

Lactação. Usar com precaução.

 

Bicarbonato de sódio

Grupo farmacológico. Eletrólito.

Apresentações. Amp de 10mL a 8,4%. Em pó disponível em gramas.

Usos. Reposição de bicarbonato em quadros de acidose metabólica por perda de bicarbonato (diarreia, fístulas gastrintestinais baixas). Tratamento da hipercalemia aguda. Alcalinização da urina. Uso crônico na IR crônica e na acidose tubular renal. Prevenção de nefropatia por contraste.

Posologia.

  • Adultos: Alcalinização da urina: 0,5-1,5mEq/kg infundidos em 4-8 h, repetidos a cada 6 h. Acidose tubular renal: 1-3mEq/kg/dia. Hipercalemia aguda: 1 amp a 8,4% em 5 minutos, repetir em 10-15 minutos se alterações eletrocardiográficas persistirem.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar 1 a 3 horas após os alimentos.
  • Via sonda: diluir o bicarbonato de sódio em 10mL de água destilada. Administrar separadamente da dieta enteral, não misturar na dieta. Preferencialmente, pausar a dieta 1 hora antes e recomeçá-la após 2 horas da administração do medicamento.
  • Via endovenosa: em bolo, é desnecessária a diluição (irrigar a linha de infusão com soro) ou diluir em igual volume (1:1) de soro compatível, não mais que 10mEq/minuto. Em infusões, administrar em torno de 2 horas (1mEq/kg/hora), diluído em soro compatível na concentração de 0,5mEq/mL.
  • Via intramuscular: Não.
  • Via subcutânea: Não.

Interações medicamentosas.

  • Quinidina, quinina e efedrina: esses medicamentos poderão ter seus níveis séricos aumentados pelo bicarbonato de sódio.
  • Fenitoína, fluconazol, atazanavir, bisacodil, cefuroxima, atazanavir, cetoconazol, ciclosporina, dasatinibe, suplementos de ferro, lítio, penicilamina, ritonavir e tetraciclinas: esses medicamentos poderão ter seus níveis séricos reduzidos pelo bicarbonato de sódio.

Lactação. Compatível.

 

Bromoprida

Grupo farmacológico. Antiemético e procinético.

Apresentações. Solução oral (gts) 4mg/mL com 20mL, solução oral 1mg/mL com 120mL, cápsulas 10 e 20mg, solução injetável 5mg/mL com 2mL.

Usos. Distúrbios digestivos psicossomáticos da senectude e da estafa mental. Discinesias gastroduodenais e biliares. Colopatias espasmódicas. Náuseas, refluxo gastresofágico, vômitos e anorexia.

Contraindicações. Hipersensibilidade à bromoprida ou à metoclopramida, hemorragia gastrintestinal, íleo mecânico (obstrutivo), perfuração intestinal e feocromocitoma.

Posologia.

  • Adultos: VOvia oral, IM ou EV: 10mg/dose, 3 vezes ao dia. Dose máxima de 60mg/dia.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar de 15-20 minutos antes das refeições. As cápsulas devem ser ingeridas inteiras. A posologia dever ser fracionada e administrada em intervalos iguais durante o dia.
  • Via sonda: administrar a solução oral (gotas) via sonda; não há estudos de eficácia, segurança e farmacocinética em relação à diluição dos pós das cápsulas por essa via. Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via endovenosa: diluir o medicamento em volume adequado de SF 0,9% ou SG 5% e administrar, lentamente, em 3 minutos.
  • Via intramuscular: administrar profundamente na região deltoide ou na região glútea.
  • Via subcutânea: dado não disponível.

Interações medicamentosas.

  • Derivados atropínicos: anulam o efeito da bromoprida sobre a motilidade gastrintestinal.
  • Digoxina: bromoprida pode originar uma diminuição dos níveis séricos da digoxina.
  • Bromperidol: aumenta o risco de reações adversas extrapiramidais.

Lactação. Não se sabe se este fármaco é excretado no leite humano, portanto deve ser evitado seu uso.

 

Cálcio

Grupo farmacológico. Eletrólito.

Contraindicações. Hipercalcemia, hiperparatireoidismo primário, hipercalciúria grave, hipofosfatemia, sarcoidose, nefrocalcinose, nefrolitíase. Na DRC, os compostos de cálcio associados a outros fármacos, como vitamina D, bifosfonados ou outras vitaminas, não devem ser administrados. As formulações recomendadas são o carbonato de cálcio como suplemento ou como quelante do fósforo.

Modo de administração.

  • Via oral: verificar na Tabela 3 no livro Medicamentos de A a Z. Quando usados para correção de hipocalcemia, o medicamento deve ser ingerido preferencialmente fora das refeições. Como quelante de fósforo, deve ser administrado junto às refeições, com o objetivo de ligar-se ao fosfato dos alimentos, evitando sua absorção no intestino.
  • Via sonda: preferencialmente, administrar as forma líquidas via sonda, pois os comprimidos apresentam risco de obstrução.
  • Via endovenosa: gluconato de cálcio: administrar lentamente a uma velocidade entre 0,7 a 1,8mEq/minuto (cada ampola de 10% tem 0,465mEg/mL). Pode ser via periférica direta, de 3-5 minutos ou 50-100mg/minuto e nas infusões, acima de 1 hora. Em parada cardíaca, de 10-20 segundos. Não administrar soluções que não estejam claras ou que contenham precipitados. Avalie a aparência do local a aplicação, pois o extravasamento pode causar celulite, necrose e escara.
  • Via intramuscular/subcutânea: Não.

Interações medicamentosas.

  • Verapamil, captopril, ciprofloxacino, dasatinibe, nilotinibe, itraconazol, propranolol: poderão ter seus efeitos antagonizados ou diminuídos pelo cálcio, prejudicando os efeitos esperados.
  • Digoxina: o cálcio poderá potencializar o efeito.
  • Inibidores da bomba de prótons: ocorre redução no efeito do cálcio, pela redução na absorção.

Lactação. Usar com precaução.

 

Ceftriaxona

Grupo farmacológico. Antimicrobiano, cefalosporina de 3ª geração.

Apresentações. Fr-amp para uso IM (250, 500 ou 1.000mg) ou IV (0,5 ou 1g).

Usos. Meningites, infecções intra-abdominais e ginecológicas (deve ser usada em associação a anaerobicidas), bacteremias, gonorreia e sífilis. Usada preferencialmente em meningite e na profilaxia da doença meningocócica em gestantes. Altamente indutora de resistência, por isso o seu uso em infecções respiratórias e infecções urinárias deve ser evitado.

Contraindicações. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Adultos: 1-2g, IV ou IM, a cada 12-24 h; dose máxima de 4 g/dia.

Modo de administração.

  • Via endovenosa: em bolo: dilui-se a dose na concentração máxima de 40mg/mL e administra-se em 2 a 4 minutos. Infusão: a dose diluída em 50 a 100mL de SG 5% ou SF 0,9% deve ser administrada de 15 a 30 minutos (concentração máxima entre 10 a 40mg/mL).
  • Via intramuscular: sim, administrar profundamente no glúteo. Deve ser diluído na concentração máxima de 250mg/mL, podendo ser utilizada lidocaína 1% como diluente.

Interações medicamentosas.

  • Ringer lactato, gluconato de cálcio e outras soluções contendo cálcio: pode ocorrer formação de precipitados na solução.
  • Ciclosporina: poderá ocorrer aumento da toxicidade da ciclosporina (parestesia, disfunção renal).

Lactação. Usar com precaução. Medicamento considerado seguro pela Academia Americana de Pediatria.

 

Clopidogrel

Grupo farmacológico. Antiplaquetário; age inibindo a ligação do difosfato de adenosina ao seu receptor glicoproteína IIb-IIIa nas plaquetas em sua forma ativa.

Apresentação. Comprimidos simples e comprimidos revestidos 75mg.

Usos. Redução de eventos aterotrombóticos em pacientes com história recente de IAM e AVE isquêmico; doença arterial periférica estabelecida; prevenção de complicações trombóticas em pacientes pós-ACTP com stent.

Contraindicações. Sangramento patológico ativo, como úlcera péptica ou hemorragia intracraniana; distúrbios da coagulação.

Posologia.

  • Adultos: Dose de ataque: 300-600mg, VOvia oral. Dose de manutenção: 75mg, VOvia oral, 1x/dia.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrado com ou sem a presença de alimentos.
  • Via sonda: os comprimidos devem ser triturados e dispersados em água para administração (uso imediato) ou fazer uso da suspensão oral preparada a partir dos comprimidos. Administrar separadamente da dieta enteral.

Interações medicamentosas.

  • Varfarina, salicilatos, abciximabe, alteplase, citalopram: poderão ter seus efeitos aumentados (risco de sangramento e lesão gastrintestinal).
  • Dasatinibe, fitoterápicos (arnica, boldo), rifampicina, anti-inflamatórios não esteroides: os níveis séricos do clopidogrel poderão se elevar, aumentando risco de efeitos adversos.
  • Eritromicina, azitromicina, omeprazol, lansoprazol, anti-inflamatórios não esteroides, anlodipino, cloranfenicol, cimetidina: poderão diminuir os efeitos do clopidogrel.

Lactação. Não recomendado.

 

Diazepam

Grupo farmacológico. Benzodiazepínico; modula a atividade dos receptores GABA-A. Ansiolítico.

Apresentações. Cpr simples de 5 e 10mg; cpr revestidos de 5mg; amp com 5mg/mL em 2mL; amp com 10mg/mL em 1mL; solução oral (gotas) com 3mg/mL em 20mL, gel retal manipulado.

Usos. Transtornos do pânico, ansiedade generalizada, ansiedade aguda situacional, sintomas de abstinência ao álcool, insônia, relaxante musculoesquelético, estado de mal epilético, profilaxia para crises convulsivas febris, sedação para procedimentos, relaxante muscular.

Contraindicações. Glaucoma de ângulo estreito, miastenia gravis, usuário de drogas, hipersensibilidade a outros benzodiazepínicos, insuficiência respiratória, gestação (categoria de risco D), lactação.

Posologia.

  • Adultos: iniciar com 5-10mg/1x/dia, VOvia oral, à noite; aumentar progressivamente quando necessário; a dose usual é de 20mg/dia, em 2-4 tomadas. Anticonvulsivante: 10mg, IV. Dose fácil: 0, 3mg/kg/dose = peso x 0,06 =mL da amp 10mg/2mL.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrado com alimentos ou água.
  • Via sonda: administrar a suspensão oral preparada a partir dos comprimidos via sonda. O cpr pode ser triturado e misturado com volume adequado de água para administração (uso imediato). O tubo deve ser irrigado antes e após a administração do medicamento para evitar adsorção do mesmo ao material. Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via endovenosa: Bolo: direto, lentamente (5mg/minuto). IV/intermitente: diluir a dose na concentração máxima de 5mg/mL de SG 5% ou SF 0,9%.
  • Via intramuscular: sim, mas a absorção é errática e por isso deve ser intramuscular profunda.
  • Via retal: sim.

Interações medicamentosas.

  • Amprenavir, cimetidina, claritromicina, eritromicina, fosamprenavir, isoniazida, itraconazol, propofol, ritonavir: poderá ocorrer sedação excessiva, confusão mental, ataxia.
  • Fluoxetina, omeprazol: o uso concomitante poderá aumentar os níveis séricos do diazepam ou prolongar seus efeitos.
  • Carisoprodol, hidrato de cloral, codeína, dantroleno, fentanil, isoniazida, petidina, morfina, fenobarbital, primidona, remifentanil, tiopental: risco aumentado de causar depressão respiratória.
  • Digoxina: poderá causar náuseas, vômitos e arritmias.
  • Fenitoína: o uso concomitante com diazepam poderá provocar variações nos efeitos da fenitoína; monitorar.

Lactação. Contraindicado.

 

Domperidona

Grupo farmacológico. Anti-hemético; antagonista dos receptores D2 dopaminérgicos e acelerador da motilidade do trato gastrintestinal.

Apresentações. Comprimido de 10mg; suspensão oral 1mg/mL em frascos de 60, 100 e 200mL.

Usos. Tratamento e prevenção de náuseas e vômitos; manejo sintomático dos distúrbios de motilidade gastrintestinal, como a gastropraresia diabética.

Contraindicações. Hemorragia digestiva, obstrução mecânica ou perfuração do aparelho digestivo; pacientes com prolactinoma.

Posologia.

  • Adultos: Náuseas e vômitos: 20mg/dose, VOvia oral, 3-4 vezes ao dia; distúrbios de motilidade gastrintestinal: 10mg, VOvia oral, 3-4 vezes ao dia.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar de 15 a 30 minutos antes das refeições.
  • Via sonda: administrar a suspensão oral via sonda. O comprimido pode ser triturado e disperso em 10mL de água para administração via sonda (uso imediato). No momento da administração: pausar a dieta enteral por 15 minutos antes da administração. Preferencialmente, administrar via sonda nasogástrica.

Interações medicamentosas.

  • Cimetidina, bicarbonato de sódio: poderá ocorrer diminuição nos efeitos da domperidona.
  • Carbonato de lítio: poderá ocorrer aumento nos níveis plasmáticos do lítio; monitorar efeitos adversos.

Lactação. Não recomendado.

 

Fenitoína

Grupo farmacológico. Antiepiléptico e antiarrítmico classe IB; inativação dos canais de Na+ voltagem-dependentes.

Apresentações. Comprimido de 100mg; ampola com 50mg/mL em 5mL; suspensão oral com 25mg em frasco de 120mL.

Usos. Crises tônico-clônicas, crises parciais simples e complexas, prevenção de convulsões após trauma ou neurocirurgia. Arritmias causadas por toxicidade por digitálicos, epidermólise bolhosa.

Contraindicações. Bloqueio AV de 2º ou 3º graus, doença do nó sinusal, gestação (categoria de risco D).

Posologia.

  • Adultos: Epilepsia: iniciar com ataque IV de 10-15mg/kg, pode ser fracionada; dose máxima de 1g; dose de manutenção de 300mg/dia, IV, em três doses. Na manutenção do tratamento anticonvulsivante: 300mg/dia, VOvia oral, distribuídos normalmente em 3 tomadas. Nas arritmias: ataque de 1g, VOvia oral, em 24 h; ou 100mg, de 5/5 min, IV, até 1g; manutenção: 200-600mg/dia, VOvia oral.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrado com ou sem a presença de alimentos. A presença de alimentos minimiza potenciais efeitos gastrintestinais; recomenda-se administrar sempre da mesma forma em relação à presença de alimentos (com ou sem).
  • Via sonda: os comprimidos podem ser macerados e misturados em água (uso imediato). Preferencialmente, administrar a solução oral via sonda, diluindo-se a dose em 20mL de água a fim de diminuir a viscosidade da solução. No momento da administração: a dieta enteral (SNG) deve ser pausada 1-2 horas antes e deve ser reiniciada 1-2 horas após a administração do medicamento, pois os níveis plasmáticos da fenitoína poderão reduzir-se em cerca de 70%-80% quando administrado com dietas enterais contínuas.
  • Via endovenosa: Em bolo: direto, sem diluir a dose (irrigar o trajeto de infusão no final com SF 0,9% para evitar irritação venosa), a velocidade de infusão recomendada em adultos é de 20-50mg/minuto. IV/intermitente: administrar as soluções diluídas em 15 a 30 minutos, diluir a dose em 50-100mL de SF 0,9%.
  • Via intramuscular: não recomendada; evitar pelo risco de dor, dano ao tecido e absorção errática.
  • Via subcutânea: não recomendada; evitar pelo risco de dano ao tecido causado pelo alto pH da solução.

Interações medicamentosas.

  • Paracetamol: o uso concomitante poderá diminuir a efetividade do paracetamol e aumentar o risco de hepatotoxicidade.
  • Acetazolamida: poderá aumentar o risco de osteomalacia.
  • Aciclovir, ácido acetilsalicílico, cisplatina, bleomicina, carboplastina, carmustina, clorpromazina, ciprofloxacino, darunavir: o uso concomitante poderá diminuir as concentrações plasmáticas da fenitoína, diminuindo o efeito anticonvulsivante.
  • Amiodarona amitriptilina, cloranfenicol, cimetidina, claritromicina, clobazam, clomipramina, clopidogrel, azitromicina, capecitabina, carbamazepina: poderá aumentar os níveis plasmáticos da fenitoína, levando a toxicidade (ataxia, hiperreflexia, nistagmo, tremor).
  • Amprenavir, atorvastatina, betametasona, bussulfano, clozapina: o uso concomitante com fenitoína poderá reduzir a eficácia do outro medicamento.

Lactação. Não recomendado.

 

Fenobarbital

Grupo farmacológico. Antiepiléptico; ativação de receptores GABA-A, o que leva a um aumento de fluxo de Cl- para dentro das células, hiperpolarizando-as.

Apresentações. Comprimidos de 50 e 100mg; solução oral com 40mg/mL em frasco de 20mL; ampola com 200mg/mL em 1mL.

Usos. Crises generalizadas tônico-clônicas, crises parciais simples e complexas, crises febris, sedação, prevenção e redução da bilirrubina em colestase crônica.

Contraindicações. Dispneia, obstrução da via aérea, porfiria, gestação (categoria de risco D) e depressão do SNC prévia.

Posologia.

  • Adultos: Epilepsia: dose de ataque de 15-18mg/kg/dose, dose máxima de 1g, dose de manutenção de 100-200mg/dia, VOvia oral, 1-2x/dia. Sedação oral: 30-120mg/dia, divididos em 2-3 vezes. Sedação pré-operatória, IM, EV, 100-200mg, 1 hora antes do procedimento; hiperbilirrubinemia: 90-180mg/dia, divididos em 2 a 3 doses.

Modo de administração.

  • Via oral: a solução oral e os comprimidos podem ser administrados com água, leite ou suco de fruta.
  • Via sonda: para a administração via sonda, pode-se dispersar os comprimidos em 10mL de água e administrar imediatamente. Preferencialmente, administrar a solução oral via sonda, diluindo-se as gotas em volume adequado de água. Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via endovenosa: Bolo: diluir a dose em igual proporção de soro (1:1), administrar em 3-5 minutos. IV/intermitente: diluir a dose em soro na concentração máxima de 30-130mg/mL. Não pode ser administrado rápido, no máximo 60mg/minuto, em adultos (> 60kg).
  • Via intramuscular: sim, não exceder 5mL por sítio em adultos.
  • Via subcutânea: não recomendado (risco de irritação local, dano ao tecido, necrose).

Interações medicamentosas.

  • Ácido valproico, primidona: o uso concomitante poderá aumentar a concentração plasmática do fenobarbital.
  • Petidina, diuréticos: poderão ter seus efeitos mais evidentes na presença de fenobarbital.
  • Colestiramina, ácido fólico, ácido folínico, piridoxina, rifampicina, anfetaminas: esses medicamentos poderão diminuir os níveis séricos do fenobarbital.
  • Paracetamol, nifedipino, cloranfenicol, ciclosporina, darunavir, doxiciclina, etoposido, irinotecano, lamotrigina, metadona, nilotinib, anticoncepcionais orais, oxcarbazepina, teofilina, nortriptilina, ácido valproico, voriconazol: o fenobarbital poderá reduzir os níveis séricos desses medicamentos, reduzindo seus efeitos.

Lactação. Não recomendado.

 

Fentanila

Grupo farmacológico. Analgésico opioide; atividade agonista sobre os receptores mü (mi).

Apresentações. Amp com 50μg/mL em 2, 5 ou 10mL; amp com 78,5mg em 2, 5 ou 10mL; adesivo transdérmico com 12, 25, 50, 75 e 100μg.

Usos. Analgesia para dor aguda e intensa, adjuvante na anestesia geral e regional, uso na dor crônica estabilizada (transdérmico).

Contraindicações. Aumento da pressão intracraniana, severa depressão respiratória, íleo paralítico, IR e IH grave, gestação com uso prolongado ou altas doses a termo (categoria de risco D).

Posologia.

  • Adultos: sedação/analgesia para pequenos procedimentos: 1 a 2μg/kg/dose; a dose pode ser repetida em 30-60 minutos se necessário. Sedação contínua/analgesia: em bolo, 1 a 2μg/kg, seguida de infusão contínua de 0,5-1μg/kg/hora; titular manutenção de 1-3μg/kg/hora. Anestesia: 5-40μg/kg, IV.

Modo de administração.

  • Via endovenosa: pode ser usada em bolo (não é necessário diluir), em 3 a 5 minutos; doses acima de 5mcg/kg devem ser administradas em 5-10 minutos. Ou administrar em infusão contínua, conforme critério médico.
  • Via intramuscular: sim.
  • Via subcutânea: sim, como infusão contínua subcutânea (1mcg/kg/hora), diluída na concentração de 25-30mcg/mL.
  • Via transdérmica: aplicar o adesivo na pele íntegra e limpa (peito, costas, braço), evitar contato com calor. Pressionar o adesivo por 30 segundos. Trocar o adesivo a cada 72 horas.

Interações medicamentosas.

  • Nifedipino, nilodipino, desmopressina, selegina, moclobemida, fluoxetina, paroxetina: poderão ter seus níveis plasmáticos aumentados, podendo levar à toxicidade.
  • Clorpromazina, dasatinibe, nelfinavir, ritonavir, succinilcolina: os níveis plasmáticos da fentanila poderão aumentar na presença desses medicamentos.
  • Rifampicina: poderá diminuir os efeitos da fentanila.

Lactação. Não recomendada.

 

Insulina Aspart

Grupo farmacológico. Hormônio pancreático.

Apresentações. Suspensão injetável com 100 U/mL em 10mL; refil para caneta aplicadora com 3mL.

Usos. DM tipos 1 e 2.

Contraindicações. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Adultos: DM 1: 3 aplicações por dia, imediatamente antes das refeições. Geralmente a dose total é utilizada 50-60% insulina lenta e 40-50% insulina rápida. DM 2: dose inicial: 0,1 U/kg em aplicação imediatamente antes das refeições.

Modo de administração.

  • Via endovenosa: pode ser administrada por via endovenosa para controle de hiperglicemia, diluindo-se a dose em 0,05-1 UI/mL em SF 0,9%, SG 5% ou SG 10%. Saturar o equipo com insulina por 30 minutos, antes da infusão, para evitar adsorção.
  • Via intramuscular: não.
  • Via subcutânea: sim, em sítios alternados. Também pode ser administrada em infusão subcutânea por bomba de infusão (não misturar com outras insulinas).

Interações medicamentosas.

  • Atenolol, clonidina, carvedilol, esmolol, fluoxetina, gatifloxacino, lítio, norfloxacino: poderá resultar em hipoglicemia, hiperglicemia ou hipertensão.
  • Glucomann, ginkgo biloba, hypericum, ginseng, levotiroxina, moclobemida, octreotida, selegilina: hipoglicemia.

Lactação. Compatível.

 

Insulina Detemir

Grupo farmacológico. Hormônio pancreático.

Apresentações. Frascos com 100 U/mL em 10mL; refil para caneta aplicadora 3mL.

Usos. DM tipos 1 e 2.

Contraindicações. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Adultos: DM 1: 1 ou 2 aplicações diárias. 50 a 75% da dose total diária deve ser insulina lenta. DM 2: dose inicial de 0,2 U/kg em 1 ou 2 aplicações diárias.

Modo de administração.

  • Via endovenosa: não.
  • Via intramuscular: não.
  • Via subcutânea: sim, em sítios alternados.

Interações medicamentosas.

  • Clonidina, carbonato de lítio, pentamidina, somatropina: o uso concomitante poderá resultar em hipoglicemia ou hiperglicemia.
  • Fluoxetina, octreotida, edeteato de cálcio: poderá ocorrer hipoglicemia.
  • Levotiroxina: poderá diminuir o efeito da insulina.

Lactação. Compatível.

 

Insulina Glargina

Grupo farmacológico. Hormônio pancreático.

Apresentações. Frascos com 100 U/mL em 10mL; refil para caneta aplicadora 3mL.

Usos. DM tipos 1 e 2.

Contraindicações. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Adultos: DM 1: dose única diária. 50 a 75% da dose total diária deve ser insulina lenta. DM 2: dose inicial de 0,2 U/kg em aplicação única diária.

Modo de administração.

  • Via endovenosa: não.
  • Via intramuscular: não.
  • Via subcutânea: sim, em sítios alternados.

Interações medicamentosas.

n Clonidina, carbonato de lítio, pentamidina, somatropina: o uso concomitante poderá resultar em hipoglicemia ou hiperglicemia.

n Fluoxetina, octreotida, edeteato de cálcio: poderá ocorrer hipoglicemia.

n Levotiroxina: poderá diminuir o efeito da insulina.

Lactação. Compatível.

 

Insulina Glulisina

Grupo farmacológico. Hormônio pancreático.

Apresentações. Frascos com 100U/mL em 10mL; refil para caneta aplicadora com 3mL.

Usos. DM tipos 1 e 2.

Contraindicações. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Adultos: DM 1: 3 aplicações por dia, imediatamente antes das refeições. Geralmente a dose total é utilizada 50-60% insulina lenta e 40-50% insulina rápida. DM 2: dose inicial de 0,1U/kg aplicada imediatamente antes das refeições.
  • Via endovenosa: pode ser administrada por via endovenosa, sob monitoração cuidadosa do paciente (monitorar glicose e potássio sérico). Diluir a dose na concentração de 0,05-1UI/mL em SF 0,9%.
  • Via intramuscular: não.
  • Via subcutânea: sim, em sítios alternados. Pode ser administrada em infusão subcutânea em bomba de infusão (não misturar com outras insulinas).

Interações medicamentosas.

  • Atenolol, clonidina, carvedilol, esmolol, fluoxetina, gatifloxacino, lítio, norfloxacino, ciprofloxacino, levotiroxina, pentamidina: poderão ocorrer hipoglicemia, hiperglicemia ou hipertensão.
  • Glucomann, ginkgo-biloba, hypericum, ginseng, levotiroxina, moclobemida, octreotida, selegilina, procarbazina: hipoglicemia.

Lactação. Compatível.

 

Insulina Lispro

Grupo farmacológico. Hormônio pancreático.

Apresentação. Frascos com 100 U/mL em 10mL; refil para caneta aplicadora com 1,5 ou 3mL.

Usos. DM tipos 1 e 2.

Contraindicações. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Adultos: DM 1: 3 aplicações por dia, imediatamente antes das refeições. Geralmente a dose total é utilizada 50-60% insulina lenta e 40-50% insulina rápida. DM 2: dose inicial de 0,1 U/kg em aplicação imediatamente antes das refeições.

Modo de administração.

  • Via endovenosa: não.
  • Via intramuscular: não.
  • Via subcutânea: sim, em sítios alternados. Pode ser administrada em infusão subcutânea em bomba de infusão (não misturar com outras insulinas).

 

Interações medicamentosas.

  • Atenolol, clonidina, carvedilol, esmolol, fluoxetina, gatifloxacino, lítio, norfloxacino, ciprofloxacino, levotiroxina, pentamidina: poderão ocorrer hipoglicemia, hiperglicemia ou hipertensão.
  • Glucomann, ginkgo-biloba, hypericum, ginseng, levotiroxina, moclobemida, octreotida, selegilina, procarbazina: hipoglicemia.

Lactação. Compatível.

 

Insulina NPH

Grupo farmacológico. Hormônio pancreático.

Apresentação. Fr com 100 U/mL em 10mL e refil de caneta aplicadora com 1,5 ou 3mL.

Usos. DM tipos 1 e 2.

Contraindicações. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Adultos: DM 1: 2–3 aplicações por dia, antes do café da manhã, antes do almoço e às 22 horas. DM 2: dose inicial de 0,2U/kg aplicada às 22 horas. A dose pode ser aumentada conforme glicemias de jejum e pré-prandiais.

Modo de administração.

  • Via endovenosa: não.
  • Via intramuscular: não.
  • Via subcutânea: sim, em sítios alternados.

Interações medicamentosas.

  • Atenolol, clonidina, carvedilol, esmolol, fluoxetina, gatifloxacino, lítio, norfloxacino, ciprofloxacino, levotiroxina, pentamidina: o uso concomitante poderá resultar em hipoglicemia, hiperglicemia ou hipertensão.
  • Ginkgo-biloba, hypericum, ginseng, levotiroxina, moclobemida, octreotida, selegilina, procarbazina: hipoglicemia.

Lactação. Compatível.

 

Insulina Regular

Grupo farmacológico. Hormônio pancreático.

Apresentação. Frasco com 100U/mL em 10mL e refil para caneta aplicadora com 3mL.

Usos. DM tipo 1, DM tipo 2, UTI, cetoacidose e síndrome hiperosmolar hiperglicêmica, hipercalemia.

Contraindicações. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Adultos: DM 1: 3 aplicações por dia, 40 minutos antes das refeições. Geralmente a dose total é utilizada 50-60% insulina lenta e 40-50% insulina rápida. DM 2: dose inicial de 0,1U/kg em aplicação 40 minutos antes das refeições. Em UTI, cetoacidose, síndrome hiperosmolar: uso endovenoso, em bomba de infusão, com dose inicial de 0,1U/kg/hora e com ajuste conforme glicemia capilar. Pode ser utilizado bolo de insulina regular de 0,15U/kg.

Modo de administração.

  • Via endovenosa: pode ser administrada por via endovenosa, em infusão contínua, diluindo-se a dose em 0,05-1UI/mL em SF 0,9%, SG 5% ou SG 10%. Saturar o equipo com insulina por 30 minutos antes da infusão para evitar adsorção.
  • Via intramuscular: sim.
  • Via subcutânea: sim (preferencial), em sítios alternados. Pode ser administrada em infusão subcutânea em bomba de infusão (não misturar com outras insulinas).

Interações medicamentosas.

  • Atenolol, clonidina, carvedilol, esmolol, fluoxetina, gatifloxacino, lítio, norfloxacino, ciprofloxacino, levotiroxina, pentamidina: poderão ocorrer hipoglicemia, hiperglicemia ou hipertensão.
  • Glucomann, ginkgo-biloba, hypericum, ginseng, levotiroxina, moclobemida, octreotida, selegilina, procarbazina: hipoglicemia.

Lactação. Compatível.

 

Lamotrigina

Grupo farmacológico. Antiepiléptico; inativação dos canais de Na+ voltagem-dependentes.

Apresentações. Comprimidos de 25, 50,100 e 200mg; comprimidos dispersíveis de 5, 25, 50, 100 e 200mg.

Usos. Crises epiléticas parciais e generalizadas, incluindo crises tônico-clônicas; tratamento das crises convulsivas da síndrome de Lennox-Gastaut. Manutenção no tratamento do transtorno bipolar em adultos. Existem evidências crescentes que lamotrigina pode ser efetiva contra epilepsia mioclônica juvenil e crises de ausência.

Contraindicações. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Adultos: Epilepsia: no tratamento adjuvante contendo o ácido valproico, iniciar com 25mg/dia, VOvia oral, por 4 semanas, aumentando então 25mg (50mg/dia) nas próximas 2 semanas. A partir daí, a dose pode ser aumentada em mais 50mg/dia semanalmente. Dose de manutenção: 100-400mg/dia 1-2x/dia. Tratamento adjuvante não contendo o ácido valproico: iniciar com 50mg/dia, VOvia oral, por 2 semanas, aumentando então para 100mg/dia nas próximas 2 semanas. A partir daí, a dose pode ser aumentada em mais 100mg/dia semanalmente. A dose usual é de 300-500mg/dia, administrados 1-2x/dia. Transtorno bipolar: no tratamento adjuvante contendo o ácido valproico, iniciar com 25mg/dia, VOvia oral, por 2 semanas, aumentando 25mg (50mg/dia) nas próximas 2 semanas. A partir daí, a dose pode ser aumentada em mais 50mg/dia semanalmente. Dose de manutenção: 200mg/dia. Tratamento adjuvante não contendo o ácido valproico: iniciar com 50mg/dia, VOvia oral, por 2 semanas, aumentando para 100mg/dia nas próximas 2 semanas. A partir daí, a dose pode ser aumentada em mais 100mg/dia semanalmente. A dose usual é de 400mg/dia, administrados 1-2x/dia.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrado com alimentos ou sem a presença de alimentos.
  • Via sonda: administrar a suspensão oral a partir dos comprimidos, via sonda. O comprimido pode ser triturado e misturado em volume adequado de água fria para a administração (uso imediato). Administrar separadamente da dieta enteral.

Interações medicamentosas.

  • Desmopressina, carbamazepina, olanzapina: a lamotrigina poderá elevar os níveis séricos desses medicamentos, aumentando seus efeitos.
  • Valproato de sódio: os efeitos da lamotrigina poderão aumentar.
  • Anticoncepcionais orais, fenitoína, primidona, rifampicina, ritonavir: poderá ocorrer diminuição dos efeitos da lamotrigina.

Lactação. Não recomendado.

 

Lorazepam

Grupo farmacológico. Benzodiazepínico; modula a atividade dos receptores GABA-A.

Apresentações. Comprimido de 1 e 2mg.

Usos. Tratamento agudo do transtorno de ansiedade generalizada, ansiedade aguda situacional, terapia adjuvante em estados maníacos, sedação pré-cirurgia e adjuvante na terapia emética.

Contraindicações. Glaucoma de ângulo estreito, insuficiência respiratória severa miastenia gravis, usuário de drogas, gestação (categoria de risco D).

Posologia.

  • Adultos: Ansiedade: iniciar com 2-3 mg/dia, VOvia oral, divididos em 2 tomadas. Dose usual de 2-6mg/dia, administrados em 2-3 tomadas. Insônia ou ansiedade aguda situacional: 2-4mg, VOvia oral, ao deitar. Pré-operatório: 2-4mg, VOvia oral, na noite anterior à cirurgia ou 1-2 horas antes da cirurgia. A retirada deve ser feita de maneira gradual.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar com ou sem a presença de alimentos, sucos, água.
  • Via sonda: para a administração via sonda, preferencialmente utilizar a suspensão oral a partir dos comprimidos, os quais podem ser triturados e misturados em volume adequado de água para a administração (uso imediato). Administrar separadamente da dieta enteral.

Interações medicamentosas.

  • Hidrato de cloral, codeína, dantroleno, petidina, morfina, fenobarbital, primidona, remifentanil, tiopental: o uso concomitante poderá resultar em efeitos de depressão respiratória.
  • Clozapina, zolpidem: poderá desencadear efeitos de depressão no SNC.
  • Prebenecida, ácido valproico: poderá elevar os níveis plasmáticos do lorazepam, levando a efeitos de toxicidade.

Lactação. Contraindicado.

 

Meropenem

Grupo farmacológico. Antibiótico; carbapenêmicos.

Apresentações. Fr-amp de 0,25, 0,5, 1 ou 2g. Bolsa com 500mg ou 1g em 100mL (sistema fechado).

Usos. Infecções intra-abdominais, meningites, infecções complicadas cutâneas e de partes moles. Também tem indicação no tratamento de infecções causadas por microrganismos resistentes (pneumonia, exacerbação de fibrose cística, infecção do trato urinário, neutropenia febril e sepse).

Contraindicações. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Adultos: Infecções cutâneas: 500mg a cada 8h. Infecções intra-abdominais: 1g a cada 8h. Meningite: 2g a cada 8h. Neutropenia febril: 1g a cada 8h (dose máxima: 1g/dose).

Modos de administração.

  • Via endovenosa: Em bolo: diluir a dose em SF 0,9% ou SG 5% na concentração máxima de 50mg/mL e administrar em 3-5 minutos. IV/intermitente: Administrar em 15-30 minutos, diluindo-se a dose na concentração máxima de 20mg/mL, em SF 0,9% ou SG 5%. Atenção: dados de PK/PD sugerem que a infusão deve ser feita em 4 horas em infecções graves e/ou no tratamento de infecções por organismos com resistência intermediária (em associação com aminoglicosídeo).
  • Via intramuscular: sim.
  • Via subcutânea: não.

Interações medicamentosas.

  • Probenecida: poderá ocorrer aumento nas concentrações plasmáticas do meropenem.
  • Ácido valproico: poderá ocorrer diminuição nos níveis séricos do ácido valproico, com redução de seus efeitos.
  • Vacina tifoide: poderá ocorrer diminuição da resposta do imunobiológico.

Lactação. Usar com precaução.

 

Metoclopramida

Grupo farmacológico. Anti-hemético; antagonista dos receptores D2 da dopamina e aceleradora da motilidade do trato gastrintestinal.

Apresentações. Comprimido de 10mg; ampola com 5mg/mL em 2mL; solução oral adulto (gotas) com 1mg/mL em 100mL; solução oral pediátrica (gotas) com 4mg/mL com 10mL; supositório adulto de 10mg; supositório pediátrico de 5mg.

Usos. Tratamento e prevenção de náuseas e vômitos; estimulante do esvaziamento gástrico; facilitador da colocação de sondas enterais pós-pilóricas.

Contraindicações. Obstrução gastrintestinal, perfuração ou hemorragia; feocromocitoma; história de convulsões.

Posologia.

  • Adultos: Vômitos: 10mg/dose. Prevenção de vômitos induzidos por quimioterapia: 1-2mg/kg, IV, 30 minutos antes do tratamento e posteriormente em intervalos de 4-6 horas. Prevenção de náuseas e vômitos pós-peratórios: 10-20mg, IV, antes do término da cirurgia, seguido de intervalos de 4-6 horas. Acelerador do esvaziamento gástrico (gastroparesia diabética): 10mg, VOvia oral, 30 minutos antes das refeições e na hora de dormir. Colocação de sonda pós-pilórica: 10mg, IV.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar os comprimidos e a solução oral 30 minutos antes das refeições e ao deitar.
  • Via sonda: para a administração via sonda, preferencialmente utilizar a solução oral. Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via endovenosa: Em bolo: doses de 10mg podem ser administradas lentamente, em 2-3 minutos, sem necessidade de diluição em soro. IV/intermitente: a administração deve ser lenta, de 15-30 minutos, na velocidade de 5mg/min. A dose deve ser diluída na concentração máxima de 5mg/mL (ou 50mL), em SF 0,9% ou SG 5%.
  • Via intramuscular: sim.
  • Via retal: administrar o supositório via retal.

Interações medicamentosas.

  • Ciclosporina, venlafaxina, sertralina: os níveis plasmáticos e os efeitos desses medicamentos poderão aumentar na presença de metoclopramida.
  • Antiparkisonianos, posaconazol: poderão apresentar eficácia reduzida pela presença da metoclopramida.
  • Peginterferon: poderá diminuir os efeitos esperados da metoclopramida.
  • Amitriptilina, aripiprazol, clorpromazina, desvenlafaxina, clomipramina, fluoxetina, maprotilina, olanzapina, quetiapina: aumento nos efeitos extrapiramidais.
  • Didanosina: poderá ocorrer aumento nos níveis plasmáticos da didanosina.
  • Linezolida: o uso concomitante poderá desencadear síndrome serotoninérgica.

Lactação. Usar com precaução.

 

Metoprolol (succinato de metoprolol)

Grupo farmacológico: Anti-hipertensivo. Betabloqueador; beta-1-seletivo.

Apresentação. Tartarato de metoprolol: cpr revestidos de 100mg; cpr simples de 100 e 200mg; amp e seringas preenchidas com 1mg/mL em 5mL. Succinato de metoprolol: cpr revestidos de liberação controlada de 25, 50, 100 e 200mg.

Usos. Cardiopatia isquêmica (angina estável, instável e pós-IAM), ICC, HAS, arritmias (reentrada nodal AV, reentrada AV, taquicardia sinusal inapropriada, síndrome do QT longo adrenérgico-dependente, taquicardia ventricular induzida pelo exercício, diminuição de resposta ventricular em fibrilação e flutter atrial, síncope vasovagal).

Contraindicações. Doença do nó sinusal, bloqueio AV de 2º ou 3º graus, choque cardiogênico, hipotensão, acidose metabólica, distúrbio arterial periférico severo, feocromocitoma não tratado, ICC descompensada, asma brônquica, doença broncopulmonar obstrutiva crônica, flutter e fibrilação atrial em pacientes com síndrome de Wolff-Parkinson-White, gestação no 2º e 3º trimestres (categoria de risco D).

Posologia.

  • Adultos: arritmia: ataque: 5mg, IV; pode repetir 2x (máximo 15mg); manutenção: 100-200mg/dia, VOvia oral. Angina, hipertensão: iniciar com 50mg/2x/dia e ir ajustando a dose em intervalos semanais; dose de manutenção de 100-450mg/dia em 2-3 doses, VOvia oral. Para o succinato de metoprolol (de liberação prolongada), pode-se iniciar 25-100mg/dia em uma única dose, com dose de manutenção de até 400mg/dia. Na ICC, inicia-se com doses menores (12,5-25mg/dia), com aumentos graduais a cada 2 semanas, até 200mg/dia. No uso endovenoso (em especial no IAM): 1,5 a 5mg em 2 minutos, podendo-se repetir até 3 ampolas. Se houver necessidade de manter uso endovenoso, a dose de manutenção deve ser administrada a cada 6-12 horas (até 15mg a cada 3 horas podem ser necessários). Quando houver troca do tartarato de metoprolol para o succinato (liberação prolongada), a mesma dose diária total deve ser utilizada.

Modo de administração.

  • Via oral: cpr de liberação imediata (tartarato): administrar com alimentos ou logo após os mesmos. Comprimidos de liberação prolongada (succinato): podem ser administrados com ou sem a presença de alimentos; não podem ser triturados ou esmagados, mas podem ser partidos ao meio.
  • Via sonda: para a administração via sonda, preferencialmente administrar a suspensão oral preparada a partir do comprimido de liberação imediata (tartarato). Esses cpr podem ser triturados e o seu pó dissolvido em volume adequado de água para a administração (uso imediato). Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via endovenosa: em bolo: doses de 5mg são administradas em 2 minutos (rapidamente). IV/intermitente: diluir a dose em 100mL de SF 0,9%, SG 5% ou Ringer e administrar em 30-60 minutos.
  • Via intramuscular: não.
  • Via subcutânea: não.

Interações medicamentosas.

  • Anlodipino, cimetidina, ciprofloxacino, darunavir, diltiazem, doxazosina, nifedipino, nimodipino: o uso concomitante poderá resultar em hipotensão e/ou bradicardia.
  • Adrenalina: poderá resultar em hipertensão e/ou bradicardia.
  • Dipirona, ibuprofeno, indometacina, ácido mefenâmico, meloxicam, naproxeno, fenobarbital: poderá diminuir os efeitos do metoprolol.
  • Atazanavir: poderá resultar em prolongamento do intervalo PR.
  • Celecoxibe, cinacalcet, citalopram, difenidramina, escitalopram, fluoxetina, hidralazina, paroxetina: poderá resultar em aumento nas concentrações plasmáticas do metoprolol (bradicardia, hipotensão, disfunção respiratória, falência cardíaca aguda, fadiga).
  • Glibenclamida, insulina, metformina: hipertensão, hipotensão e hipoglicemia.
  • Clorpromazina, digoxina: poderá resultar em aumento nos efeitos desses medicamentos; monitorar efeitos tóxicos.
  • Dobutamina: poderá resultar em diminuição nos efeitos desses medicamentos.

Lactação. Usar com precaução.

 

Midazolam

Grupo farmacológico. Hipnótico; benzodiazepínico; modula a atividade dos receptores GABA-A.

Apresentações. Ampola com 5mg/mL em 3mL; ampola com 1mg/mL em 5mL; ampola com 5mg/mL em 10mL; cpr simples de 15mg; cpr revestidos de 7,5 e 15mg; solução oral com 2mg/mL em 10, 20, 30 e 120mL.

Usos. Insônia, sedação pré-procedimentos cirúrgicos e diagnósticos, indução e manutenção da anestesia, sedação prolongada em CTI, status epileticus.

Contraindicações. Glaucoma de ângulo estreito, miastenia gravis, insuficiência respiratória grave, gestação (categoria de risco D).

Posologia.

  • Adultos: indução do sono: 15mg, via oral (VOvia oral), ao deitar; em casos de insônia terminal, dose no meio da noite. Sedação pré-procedimentos: 15mg, VOvia oral, 30-60 minutos antes do procedimento; 0,07-0,08mg/kg 30-60 minutos antes, IM; 0,02-0,04mg/kg repetidos a cada 5 minutos conforme necessidade IV. Status epileticus: 0,2mg/kg em bolo, IV, até 5mg; ou 0,05-0,3mg/kg/h, IV; ou 5-10mg, IM. Sedação durante ventilação mecânica: dose de ataque de 0,01-0,05mg/kg, acompanhados de infusão de 0,02mg-0,1mg/kg/h.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar com o estômago vazio.
  • Via sonda: para a administração via sonda, fazer uso da solução oral, mas o comprimido pode ser triturado e dissolvido em volume adequado de água (uso imediato). Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via endovenosa: em bolo: diluir a dose na concentração de 1-5mg/mL em SF 0,9% ou SG 5%, administrar em 2-5 minutos; IV/intermitente: administrar lentamente (preferir bomba de infusão), diluir a dose na concentração máxima de 5mg/mL em SF 0,9% ou SG 5%.
  • Via intramuscular: sim, na concentração de 1mg/mL.
  • Via subcutânea: não.
  • Via intranasal: sim, utilizar seringa de 1mL e administrar em cada narina por 15 segundos.
  • Via intra-arterial: não.

Interações medicamentosas.

  • Amprenavir, aprepitanto, atazanavir, atorvastatina, cimetidina, claritromicina, darunavir, verapamil, efavirenz, eritromicina, fluconazol, fosamprenavir, itraconazol, nelfinavir, nilotinib, omeprazol, posaconazol, verapamil, voriconazol: o uso concomitante poderá resultar em aumento nos efeitos do midazolam (sedação excessiva, confusão mental, ataxia).
  • Carbamazepina, deferasirox, fenitoína, rifampicina, teofilina: os efeitos do midazolam poderão diminuir.
  • Carisoprodol, hidrato de cloral, codeína, dantroleno, fentanila, petidina, morfina, fenobarbital, primidona, tiopental: poderá ocorrer depressão respiratória.
  • Sevoflurano: poderá ocorrer potencialização dos efeitos anestésicos.
  • Talidomida: poderá ocorrer aumento na metabolização e no clearance do midazolam.

Lactação. Não recomendado.

 

Omeprazol

Grupo farmacológico. Antiulceroso. Inibidor da bomba de prótons (H+/ K+ATPase na superfície secretora da célula parietal).

Apresentações. Comprimidos revestidos de 10, 20 e 40mg; cápsulas de 10, 20 e 40mg; frasco-ampola com 40mg (diluente de 10mL).

Usos. Tratamento de úlcera gástrica/duodenal; DRGE; síndrome de Zollinger-Ellison ou outros estados hipersecretores; profilaxia de úlcera de estresse; parte do regime de drogas para erradicação do H. pylori; hemorragia digestiva alta. Contraindicações. Hipersensibilidade à droga.

Posologia.

  • Adultos: Úlcera duodenal, DRGE sem esofagite: 20mg, 1x/dia, por 4-8 semanas. Úlcera gástrica: 40mg, 1x/dia, por 4-8 semanas. Esofagite erosiva: 20mg, 1x/dia, por 4-8 semanas; tratamento de manutenção: 20mg, 1x/dia, por um total de 12 meses, incluindo as 4-8 semanas. Erradicação do H. pylori: esquemas com 20-40mg/dia em associações. Estados hipersecretores: dose inicial de 60mg/dia – se doses diárias maiores do que 80mg, administrar em doses divididas. Prevenção de úlcera de estresse: 40mg/dia por até 14 dias. Hemorragia digestiva alta: 80mg, IV em bolo, após, 8mg/hora até a realização da endoscopia.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar em jejum, de 30 a 60 minutos antes do café da manhã. Os comprimidos e as cápsulas devem ser administrados inteiros; em caso de dificuldade de deglutição, pode-se dispersar os comprimidos em meio copo de água ou suco de fruta (laranja, maçã, tomate) e ingerir em até 30 minutos. As cápsulas podem ser abertas e seus grânulos misturados em papa de maçã. Não esmagar ou triturar os grânulos (pellets).
  • Via sonda: administrar o comprimido (Losec Mups®, Nexium®) via sonda nasogástrica, diluindo-se o comprimido (não triturar ou esmagar os microgrânulos) em volume adequado de água ou suco de fruta (laranja, maçã, tomate); usar em 30 minutos. Farmácias de manipulação preparam a suspensão oral de omeprazol. Preferencialmente, pausar a dieta enteral 30 minutos antes da administração.
  • Via endovenosa: Bolo: administrar direto, sem diluição, em 2,5 minutos (4mL/minuto). IV/intermitente: diluir a dose em 100mL de SF 0,9% ou SG 5% e administrar em 30 minutos.
  • Via intramuscular: não.
  • Via subcutânea: não.

Interações medicamentosas.

  • Carvedilol, clozapina, ciclosporina, metotrexato, fenitoína, saquinavir, tacrolimus, voriconazol: o omeprazol poderá elevar os efeitos desses medicamentos; monitorar efeitos.
  • Fluconazol, cetoconazol: os efeitos do omeprazol poderão ser potencializados por esses medicamentos.
  • Atazanavir, clopidogrel, clozapina, dasatinibe, delavirdina, erlotinibe, indinavir, suplementos de ferro, itraconazol, cetoconazol, micofenolato, nelfinavir, posaconazol: o omeprazol poderá diminuir os efeitos desses medicamentos.

Lactação. Não recomendado.

 

Oxcarbazepina

Grupo farmacológico. Antiepiléptico; inativação dos canais de Na+ voltagem-dependentes.

Apresentações. Comprimidos simples e revestidos de 300 e 600mg; comprimido revestido de 150mg; suspensão oral a 6% com 100mL.

Usos. Crises parciais com ou sem generalização (monoterapia ou terapia adjuvante).

Contraindicações. Bloqueio AV, doença hepática grave.

Posologia.

  • Adultos: iniciar com 300mg/2x/dia, VOvia oral; aumentar, em intervalos semanais, 600mg/dia. A dose usual é de 1.200mg/dia, dividida em 2 doses. Dose máxima de 2.400mg/dia.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar com ou sem a presença de alimentos. A dose da suspensão oral pode ser misturada em água para facilitar a administração do líquido.
  • Via sonda: administrar via sonda a suspensão oral, que deve ter a dose diluída em 20mL de água destilada para tornar o líquido mais fluido e facilitar a administração. Administrar separadamente da dieta enteral.

Interações medicamentosas.

  • Carbamazepina, fenobarbital, ácido valproico, verapamil: a administração concomitante poderá diminuir as concentrações do metabólito ativo da oxcarbazepina.
  • Fenitoína: poderá ocorrer aumento nos níveis séricos da fenitoína, levando a efeitos tóxicos (ataxia, tremores, náuseas).
  • Clopidogrel, ciclosporina, felodipino, lamotrigina, sinvastatina: poderá ocorrer redução de concentração plasmática e de eficácia desses medicamentos.
  • Selegilina: poderá ocorrer aumento nos efeitos da selegilina.
  • Anticoncepcionais orais: poderá ocorrer perda de eficácia do hormônio. interações com alimentos.
  • A presença não afeta a absorção do medicamento.

Lactação. Não recomendado.

 

Pantoprazol

Grupo farmacológico. Antiulceroso; inibidor da bomba de prótons (H+/ K+ATPase na superfície secretora da célula parietal).

Apresentações. Comprimidos de 20 e 40mg; comprimidos revestidos de 20 e 40mg; frasco-ampola de 40mg/mL em 10mL.

Usos. Tratamento de úlcera gástrica, úlcera duodenal, DRGE, síndrome de Zollinger-Ellison ou outros estados hipersecretores.

Contraindicações. Hipersensibilidade ao fármaco e a outros representantes da mesma classe de medicamentos.

Posologia.

  • Adultos: Úlcera gástrica, úlcera duodenal, DRGE com ou sem esofagite erosiva: 40mg/dia, pela manhã, por 4-8 semanas. Estados hipersecretores: dose inicial de 80mg/dia, dividida em 2 tomadas.

Modo de administração.

  • Via oral: preferencialmente, administrar em jejum, 30 minutos antes do café da manhã. Não pode ser mastigado ou triturado, mas pode ser misturado em 5mL de suco de maçã (uso imediato).
  • Via sonda: para a administração via sonda, pode-se diluir o comprimido não revestido, sem triturar, em 10mL de suco de maçã (uso imediato) ou há possibilidade de uso de solução extemporânea. Administrar, preferencialmente, via sonda nasogástrica, separadamente da dieta enteral (pausa de 30 minutos, se possível).
  • Via endovenosa: Bolo: direto, em 2 minutos. IV/intermitente: diluir o medicamento em 100 mL de SF 0,9% ou SG 5% e administrar em 15-30 minutos (7mL/minuto); considerar concentração máxima entre 0,4-0,8mg/mL para diluição.
  • Via intramuscular: não.
  • Via subcutânea: não.

Interações medicamentosas.

  • Ampicilina, itraconazol, cetoconazol: o uso concomitante com pantoprazol poderá diminuir a eficácia desses medicamentos.
  • Atazanavir, dasatinibe, erlonitibe, micofenolato mofetil, nelfinavir, posaconazol: poderá ocorrer diminuição nos níveis plasmáticos desses medicamentos, diminuindo o efeito esperado.
  • Metotrexato, saquinavir: poderá ocorrer aumento nos níveis séricos desses medicamentos; monitorar efeitos adversos.
  • Suplementos à base de ferro: poderá ocorrer diminuição na biodisponibilidade do ferro.
  • Varfarina: poderão ocorrer variações nos efeitos anticoagulantes; monitorar risco de sangramento.

Lactação. Não recomendado.

 

Valproato de sódio (ver ácido valproico)

 

Vasopressina

Grupo farmacológico. Hormônio antidiurético; vasopressor.

Apresentação. Amp com 20 UI/mL em 1mL.

Usos. Tratamento e diagnóstico de diabetes insípido, adjunto no tratamento de hemorragia do TGI e de varizes esofágicas, parada cardíaca, choque refratário.

Posologia.

  • Adultos: Para hemorragia do TGI: infusão contínua de 0,2-0,4 U/min, até parar o sangramento, e manutenção de 12h. Na parada cardíaca (TV ou FV sem pulso): é indicada 40 U (2 amp), em substituição à adrenalina. Choque refratário: 0,01-0,04 U/min.

Modo de administração.

  • Via endovenosa: Bolo: diluir em 10mL de SF 0,9% e administrar lentamente. IV/contínuo: diluir 20 UI em 250mL de SF 0,9% ou SG 5% (concentração entre 0,1-1 UI/mL). Para administração contínua, preferir acesso central e iniciar com 0,2 UI/minuto e aumentar até 1 UI/minuto.
  • Via intramuscular: sim.
  • Via subcutânea: sim.
  • Via endotraqueal: diluir em 5-10mL de SF 0,9%.

Interações medicamentosas.

  • Amiodarona, amitriptilina, astemizol, hidrato de cloral, cloroquina, clorpromazina, claritromicina, clomipramina, droperidol, enflurano, eritromicina, fluconazol, fluoxetina, foscarnet, haloperidol, halotano, imipramina, nortriptilina, octreotida, pentmaidina, pimozida, quetiapina, risperidona, espiramicina, sulfametoxazol/trimetoprima, venlafaxina, ziprasidona: o uso concomitante poderá desencadear efeitos de cardiotoxicidade (prolongamento do intervalo QT, arritmias, torsade de pointes).

Lactação. Usar com precaução.

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