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SUPLEMENTO: DESCRIÇÃO DOS MEDICAMENTOS INDICADOS NO PROTERAPÊUTICA VOLUME 3 — CICLO 6

Autor: Elvino José Guardão Barros
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SUPLEMENTO

SUPLEMENTO: DESCRIÇÃO DOS MEDICAMENTOS INDICADOS NO PROTERAPÊUTICA VOLUME 3 — CICLO 6

Este Suplemento contém as principais informações a respeito dos medicamentos abordados no Volume 3 do Ciclo 6 do PROTERAPÊUTICA.

Para saber mais

 

O conteúdo deste Suplemento foi extraído do livro Medicamentos de A a Z — 2016/2018, de Elvino Barros. Para maiores informações sobre os medicamentos aqui listados (como efeitos adversos, comentários, etc.) e outros, consultar a obra completa:

 

Barros E. Medicamentos de A a Z — 2016-2018. Porto Alegre: Artmed; 2016.

 

SIGLAS UTILIZADAS NAS DESCRIÇÕES DOS MEDICAMENTOS DESTE SUPLEMENTO

ACTPangioplastia coronariana transluminal percutânea

Angioplastia coronariana transluminal percutânea

ampampola

Ampola

AVatrioventricular

Atrioventricular

AVEacidente vascular encefálico

Acidente vascular encefálico

cprcomprimido

Comprimido(s)

cpscápsula

Cápsula(s)

DMdiabete melito

Diabete melito

DPOCdoença pulmonar obstrutiva crônica

Doença pulmonar obstrutiva crônica

drgdrágea

Drágea(s)

frfrasco

Frasco(s)

fr-ampfrasco-ampola

Frasco-ampola(s)

HAShipertensão arterial sistêmica

Hipertensão arterial sistêmica

IAMinfarto agudo do miocárdio

Infarto agudo do miocárdio

ICCinsuficiência cardíaca congestiva

Insuficiência cardíaca congestiva

IHinsuficiência hepática

Insuficiência hepática

IMintramuscular

Intramuscular

IMAOinibidor da monoaminaoxidase

Inibidor da monoaminaoxidase

IRinsuficiência renal

Insuficiência renal

ITUinfecção do trato urinário

Infecção do trato urinário

IVintravenoso

Intravenoso

SFsoro fisiológico

Soro fisiológico

SGsoro glicosado

Soro glicosado

SNCsistema nervoso central

Sistema nervoso central

TEPtromboembolismo pulmonar

Tromboembolismo pulmonar

TTPatempo de tromboplastina parcial ativado

Tempo de tromboplastina parcial ativado

TVPtrombose venosa profunda

Trombose venosa profunda

VOvia oral

Via oral

 

 

 

Acetaminofeno (paracetamol)

Grupo farmacológico. Analgésico e antitérmico, pouca a atividade anti-inflamatória. Bloqueia a condução nociceptiva dos quimiorreceptores sensíveis à bradicinina.

Apresentações. Comprimido de 500mg; comprimidos revestidos de 650 e 750mg; solução oral (gotas) com 100 ou 200mg/mL em frascos de 15, 20mL; solução oral com 32mg/mL em 60mL; sachês pó de 500mg para chás com sabor; comprimido de 500mg (associado com cafeína 65mg); 500mg (associado com 30mg de pseudoefedrina).

Usos. Alívio da dor leve e da febre.

Contraindicações. Hipersensibilidade ao paracetamol ou a qualquer componente da fórmula.

Posologia.

  • Adultos: 500-1.000mg, a cada 4-6 h (máximo de 4 g/dia ou 90mg/kg/dia). Doses superiores a esta são de pouco benefício, considerando a curva de dose-resposta.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar com ou sem a presença de alimentos, com 1 copo (250mL) de água. Recomenda-se que as gotas sejam diluídas em volume adequado de água para administração.
  • Via sonda: preferencialmente, administrar solução oral via sonda. O comprimido pode ser triturado e misturado em volume adequado de água para administração (uso imediato). Administrar separadamente da dieta enteral.

Interações medicamentosas.

  • Bussulfano: poderá ocorrer diminuição no clearance do bussulfano; monitorar efeitos.
  • Cloranfenicol: poderá favorecer efeitos tóxicos do cloranfenicol (hipotensão, vômitos, hipotermia).
  • Colestiramina, exenatida, carbamazepina, isoniazida, fenitoína, zidovudina: o uso concomitante poderá diminuir a biodisponibilidade do paracetamol, diminuindo seus efeitos e aumentado o risco de hepatotoxicidade.
  • Lamotrigina: o paracetamol poderá diminuir os efeitos da lamotrigina.
  • Varfarina: monitorar risco de sangramento.

Lactação. Compatível.

 

Ácido acetilsalicílico

Grupo farmacológico. Antiplaquetário; anti-inflamatório não esteroide; inibidor da COX-1 e COX-2.

Apresentações. Cpr revestidos de 100, 162, 200, 300 e 500mg; cprcomprimido de 85, 100, 165, 300, 325 e 500mg.

Usos. Dor de intensidade leve a moderada, febre, inflamação; prevenção e tratamento das síndromes coronarianas agudas; terapia adjuvante nos procedimentos de revascularização (bypass coronariano, angioplastia, endarterectomia de carótidas); cardiopatia isquêmica e AVEacidente vascular encefálico; artrite reumatoide, osteoartrite, gota e febre reumática; trombose vascular periférica; fibrilação atrial (alternativa para os pacientes que não podem usar anticoagulante oral); portadores de prótese valvular cardíaca; prevenção da pré-eclâmpsia em mulheres de alto risco.

Contraindicações. Discrasias sanguíneas; úlcera péptica ativa; suspeita A de dengue; crianças com asma, rinite e pólipos nasais; gestação no terceiro trimestre (categoria D de risco).

Posologia.

  • Adultos: Analgésico e antipirético: 325-650mg a cada 4-6 horas (máximo 4g/dia). Anti-inflamatório: iniciar com 2,4-3,6 g/dia em doses divididas, dose de manutenção 3,6-5,4 g/dia em doses divididas. Síndromes coronarianas agudas: 160-325mg, mastigados. Angioplastia: 80-325mg/dia, iniciando 2 h antes do procedimento. Angina estável: 75-100mg/1x/dia. Fase aguda do AVEacidente vascular encefálico isquêmico: 160-325mg em até 48 horas após o início dos sintomas. Prevenção do AVC isquêmico: 75-100mg/1x/dia. Estenose de artéria carótida: 75-100mg/1x/dia. Doença arterial periférica: 75-100mg/1x/dia. Prevenção da pré-eclâmpsia: 75-100mg/1x/dia.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrado com alimentos, água ou leite para reduzir o desconforto gastrintestinal, preferencialmente com 250mL de líquido.
  • Via sonda: o cprcomprimido normal pode ser administrado via sonda (uso imediato). As formas farmacêuticas tamponadas e gastrorresistentes (Bufferin®/Prevent®) não podem ser administradas via sonda. No momento da administração: pausar a dieta enteral, irrigar a sonda com 10-30mL de água, administrar o medicamento e, ao término, irrigar novamente a sonda com água. Se o paciente receber mais de um medicamento, administrar um de cada vez, sempre irrigando a sonda com água (5-10mL) entre as administrações.

Interações medicamentosas.

  • IECAS, diuréticos tiazídicos, betabloqueadores e ácido ursodesoxicólico: o ácido acetilsalicílico pode reduzir a eficácia destes medicamentos.
  • Corticosteroides, trombolíticos, inibidores da recaptação de serotonina, antiplaquetários, inibidores dos canais de cálcio: esses medicamentos podem potencializar os efeitos do ácido acetilsalicílico.
  • Probenecida: pode ter seus efeitos antagonizados pelo ácido acetilsalicílico.

Lactação. Usar com precaução.

 

Amicacina

Grupo farmacológico. Aminoglicosídeo; antibacteriano.

Apresentações. Amp com 50, 125 e 250mg/mL (2mL). Disponíveis nos hospitais de referência para o tratamento da tuberculose multirresistente.

Usos. Infecções por microrganismos resistentes a outros aminoglicosídeos. Tratamento de infecções por N. asteroides e micobacterioses (em associação a outras drogas).

Contraindicação. Gestação (categoria de risco D).

Posologia. 15-22,5mg/kg/dia, divididos de 8/8 h, ou em dose única diária, IVintravenoso ou IMintramuscular, máximo de 1,5g/dia. Se forem utilizadas doses fracionadas, aplicar dose de ataque de 7,5-15mg/kg. Para a fibrose cística, usar 30-40mg/kg/dia, divididos de 8/8 h, pois há diminuição da meia-vida; pode-se também utilizar dose única diária.

Modo de administração.

  • Via intravenosa: não pode ser administrada em bolo. Para administração IVintravenoso, é recomendada a infusão em 30-60min, utilizando como diluentes SFsoro fisiológico, SGsoro glicosado ou SGF, observando concentração máxima de 10mg/mL.
  • Via intramuscular: sim.

Interações medicamentosas.

  • Anfotericina B, polimixina B, cisplatina, cefalosporinas, vancomicina, indometacina, cidofovir: há aumento dos efeitos de nefrotoxicidade e ototoxicidade.
  • Furosemida e manitol: há aumento dos efeitos de ototoxicidade.
  • Dimenidrinato e outros antieméticos: podem mascarar os efeitos de ototoxicidade.
  • Succinilcolina e anestésicos: a amicacina pode aumentar as concentrações plasmáticas desses medicamentos.
  • Penicilinas: ocorrem efeitos sinérgicos, mas são física e quimicamente incompatíveis, sendo inativados quando misturados ou administrados concomitantemente.

Lactação. Não recomendado.

 

Amoxicilina

Grupo farmacológico. Penicilina. Antimicrobiano.

Apresentações. Susp oral com 200 ou 400mg/5mL de 100mL, com 250mg/5mL de 60 ou 150mL, com 500mg/5mL de 150mL e com 125mg/5mL de 45, 80 ou 150mL; cprcomprimido de 500, 875 e 1.000mg; cpscápsula de 500mg; cprcomprimido revestidos de 875mg; pó para susp oral com 250mg/5mL (frfrasco de 150mL) e com 50mg/mL (frfrasco de 60 ou 150mL).

Usos. Rinossinusite, otite média aguda, infecção urinária, infecções respiratórias, faringite bacteriana, febre tifoide e profilaxia da endocardite bacteriana.

Contraindicação. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Adultos: 250-500mg, a cada 8 h, ou 500-875mg, a cada 12 h (máx.: 3.0 mg/dia).

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrada com ou sem alimentos. A susp oral pode ser misturada em leite, sucos, pudins e água para uso imediato.
  • Via sonda: os cprcomprimido podem ser dispersos em água para uso imediato. Recomenda-se que, via sonda, a susp oral seja administrada, rediluindo-se em volume adequado de água. No momento da administração: pausar a dieta enteral, irrigar a sonda com 10-30mL de água, administrar o medicamento e, ao término, irrigar novamente a sonda com água. Se o paciente receber mais de um medicamento, administrar um de cada vez, sempre irrigando a sonda com água (5-10mL) entre as administrações.

Interações medicamentosas.

  • Alopurinol: pode desencadear rash cutâneo.
  • Aminoglicosídeos: podem apresentar perda de eficácia se forem administrados concomitantemente à amoxicilina.
  • Probenecida: pode aumentar as concentrações plasmáticas da amoxicilina.
  • Venlafaxina: pode desencadear síndrome serotoninérgica (p. ex., tremores, rigidez muscular, taquicardia).
  • Varfarina: pode resultar em aumento do efeito anticoagulante.

Lactação. Compatível.

 

Amoxicilina + Ácido clavulânico

Grupo farmacológico. Penicilina + inibidor de β-lactamase. Antimicrobiano.

Apresentações. Amoxicilina + ácido clavulânico: susp oral com 125mg + 31,25mg de/5mL (frfrasco de 75 e 100mL), com 200mg + 28,5mg/5mL (frfrasco de 70mL), com 250mg + 62,5mg/5mL (frfrasco de 75 e 100mL), com 400mg + 57mg/5mL (frfrasco de 70 e 100mL), com 600mg + 42,9mg/5mL (frfrasco de 50 e 100mL [uso para peumococos resistentes à penicilina espectro estendido [ES]); cprcomprimido de 500mg + 125mg, cprcomprimido de 875mg + 125mg; ampampola de 500mg + A 100mg ou 1 g + 200mg.

Usos. Infecções respiratórias, otite, amigdalite e celulite. Opção para o tratamento de infecção de tecidos moles com envolvimento de flora mista e infecções intra-abdominais (associadas a aminoglicosídeos).

Contraindicações. História de icterícia colestática ou disfunção hepatocelular com o medicamento.

Posologia.

  • Adultos: Oral: 250-500mg, de 8/8 h, ou 875mg, a cada 12 h. Injetável: em infecções graves, usar 1g, de 8/8 ou de 6/6 h. No caso de suspeita de pneumococos resistentes à penicilina, utilizar a formulação ES na dose de 90mg/kg/dia da amoxicilina, a cada 12 h.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrado com ou sem alimentos, mas a presença de alimentos favorece a absorção do fármaco.
  • Via sonda: a susp oral é a forma farmacêutica recomendada para a administração via sonda. Recomenda-se rediluir o medicamento em volume adequado de água para diminuir a viscosidade da solução. No momento da administração: pausar a dieta enteral, irrigar a sonda com 10-30mL de água, administrar o medicamento e, ao término, irrigar novamente a sonda com água. Se o paciente receber mais de um medicamento, administrar um de cada vez, sempre irrigando a sonda com água (5-10mL) entre as administrações.
  • Via intravenosa: pode-se administrar em bolo direto, sem diluição prévia em soro, lento (3-4min). Para infusão, deve-se diluir o medicamento em SFsoro fisiológico 0,9%, na concentração de 10mg/mL, e administrar em 30min.
  • Via intramuscular: não.

Interações medicamentosas.

  • Varfarina: pode aumentar os efeitos anticoagulantes.
  • Alopurinol: pode desencadear rash cutâneo.
  • Aminoglicosídeos: podem apresentar perda de eficácia se forem administrados concomitantemente com amoxicilina/ácido clavulânico.
  • Metotrexato: pode desencadear quadros de toxicidade do metotrexato.
  • Probenecida: pode aumentar as concentrações plasmáticas da amoxicilina.
  • Venlafaxina: pode desencadear síndrome serotoninérgica.
  • Anticoncepcionais orais: pode ocorrer redução no efeito contraceptivo.

Lactação. Usar com precaução.

 

Ampicilina

Grupo farmacológico. Penicilina; antibacteriano.

Apresentações. Cpr de 500 ou 1.000mg; cpscápsula de 500mg; fr-ampfrasco-ampola com 100, 500 ou 1.000mg; susp oral com 50mg/mL de 60 ou 150mL.

Usos. Infecção respiratória, otite média aguda, rinossinusite, faringite bacteriana, infecção urinária, meningite, febre tifoide. É a droga de escolha na maioria das infecções enterocócicas. Nas infecções respiratórias em geral, prefere-se a amoxicilina, que tem menos efeitos adversos e esquema posológico mais favorável.

Contraindicação. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Adultos: em infecções leves a moderadas, usar 500mg, VOvia oral, de 6/6 h; nas infecções graves, 1-2g, de 4/4 h.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar com o estômago vazio, 1 h antes das refeições ou 2 h após.
  • Via sonda: preferencialmente administrar a susp oral via sonda. Também, pode-se abrir as cpscápsula e dispersar o pó em água para uso imediato. No momento da administração: pausar a dieta enteral o maior tempo possível, irrigar a sonda com 10-30mL de água, administrar o medicamento e, ao término, irrigar novamente a sonda com água. Se o paciente receber mais de um medicamento, administrar um de cada vez, sempre irrigando a sonda com água (5-10mL) entre as administrações.
  • Via intravenosa: Bolo: diluir a dose em 5-10mL de SFsoro fisiológico 0,9% ou SGsoro glicosado 5%, administrar de 3-5min. Infusão intermitente: diluir a dose em 100mL de SFsoro fisiológico 0,9% ou SGsoro glicosado 5% ou na concentração máxima de 30mg/mL e administrar de 15-30min.
  • Via intramuscular: sim, de 2-3mL.

Interações medicamentosas.

  • Alopurinol: pode desencadear reações alérgicas cutâneas.
  • Contraceptivos orais: podem ter seus efeitos reduzidos.
  • Probenecida: pode aumentar os níveis séricos da ampicilina.
  • Aminoglicosídeos: podem ter sua eficácia reduzida se forem administrados concomitantemente com penicilinas.
  • Atenolol: pode ter seus efeitos reduzidos.
  • Omeprazol e lansoprazol: podem reduzir a eficácia da ampicilina.

Lactação. Usar com precaução. A ampicilina é excretada no leite materno e os dados são insuficientes sobre possíveis efeitos adversos.

 

Azatioprina

Grupo farmacológico. Agente citostático; antagoniza o metabolismo das purinas e pode inibir a síntese de DNA, RNA e proteínas; imunossupressor.

Apresentação. Cpr de 50mg.

Usos. Profilaxia da rejeição do transplante renal, artrite reumatoide ativa, nefrite lúpica e em várias glomerulopatias.

Contraindicação. Gestação.

Posologia.

  • Adultos: Transplante: iniciar com 3-5mg/kg, 1x/dia; manutenção: 1-3mg/kg, 1x/dia, em dose única diária. Artrite reumatoide: iniciar com 1mg/kg, 1x/dia, ou a mesma dose, em 2 tomadas, por 6-8 semanas; aumentar 0,5mg/kg a cada 4 semanas até obter resposta clínica ou até 2,5mg/kg/dia. Nefrites: 2mg/kg/dia para dose de ataque.

Modo de administração.

  • Via oral: os cprcomprimido devem ser ingeridos após as refeições.
  • Via sonda: os cprcomprimido podem ser dissolvidos em água fria e administrados imediatamente via sonda. Pode-se preparar uma susp oral a partir dos cprcomprimido para facilitar a administração por essa via. No momento da administração: pausar a dieta enteral, irrigar a sonda com 10-30mL de água, administrar o medicamento e, ao término, irrigar novamente a sonda com água. Se o paciente receber mais de um medicamento, administrar um de cada vez, sempre irrigando a sonda com água (5-10mL) entre as administrações.

Interações medicamentosas.

  • Enalapril, captopril: podem desencadear asma grave ou mielossupressão.
  • Bloqueadores neuromusculares: os efeitos desses medicamentos podem ser reduzidos.
  • Alopurinol, trastuzumabe, sulfametoxazol/trimetoprima: podem aumentar os níveis séricos da azatioprina, favorecendo o aparecimento de náusea, vômito, anemia ou leucopenia.
  • Mercaptopurina, natalizumabe, metotrexato e vacinas (vírus vivo): a azatioprina pode aumentar os níveis séricos desses medicamentos.
  • Ciclosporina, varfarina, femprocumona: podem ter seus efeitos reduzidos pela presença da azatioprina.

Lactação. Não recomendado.

 

Bezafibrato

Grupo farmacológico. Fibrato, antilipêmico.

Apresentação. Cpr de 200 e 400mg, cprcomprimido desintegração lenta com 400mg.

Usos. Hipertrigliceridemia, prevenção primária de doença cardiovascular, IHinsuficiência hepática, gestação e lactação.

Contraindicações. Disfunção hepática ou renal, afecção da vesícula biliar, com ou sem colelitíase, IMAOinibidor da monoaminaoxidases, gestação e lactação.

Posologia.

  • Adultos: 400mg (cprcomprimido de desintegração lenta), VOvia oral, a cada 24 h; ou 200mg, VOvia oral, 2-3x/dia.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrado com ou sem a presença de alimentos, mas com volume de líquido adequado (200mL).
  • Via sonda: os cprcomprimido, de liberação lenta e de uso imediato, não devem ser partidos, triturados ou mastigados. Não é recomendada a administração via sonda. Esquecimento da dose. Não dobrar a dose. Retomar o tratamento no próximo horário.

Interações medicamentosas.

  • Ciclosporina: poderá ocorrer redução nos níveis séricos da ciclosporina.
  • Atorvastatina, lovastatina, pravastatina, sinvastatina: risco de efeitos como miosite e rabdomiólise.
  • Varfarina, femprocumona: poderá ocorrer potencialização do efeito anticoagulante (sangramento).
  • IMAOinibidor da monoaminaoxidases: aumento de risco de hepatotoxicidade.
  • Colestiramina: poderá interferir na absorção do benzafibrato.

Lactação. Não recomendado.

 

Cálcio

Grupo farmacológico. Eletrólito.

Apresentação. Ver Tabela 1 da obra original.

Usos. Ver Tabela 1 da obra original.

Contraindicações. Hipercalcemia, hipercalciúria grave, hipofosfatemia, nefrocalcinose, nefrolitíase, suspeita de intoxicação digitálica. Cautela nos casos de hiperparatireoidismo primário e sarcoidose. Na DRC, os compostos de cálcio associados a outros fármacos, como vitamina D, bifosfonados ou outras vitaminas, não devem ser administrados. As formulações recomendadas são o carbonato de cálcio como suplemento ou como quelante intestinal de fósforo.

Posologia. Ver Tabela 1 da obra original.

Modo de administração.

  • Via oral: verificar na Tabela 1. Como quelante de fósforo, deve ser administrado junto às refeições, com o objetivo de ligar-se ao fosfato dos alimentos, evitando sua absorção no intestino.
  • Via sonda: preferencialmente, administrar as forma líquidas via sonda, pois os comprimidos apresentam risco de obstrução.
  • Via endovenosa: Gluconato de cálcio: Cada ampola de 10% tem 0,465 mEg/mL ou 9,3mg/mL de cálcio elemento. Administrar lentamente (pode ser via periférica direta), de 3-5 minutos ou 50-100mg/minuto, e, nas infusões, acima de 1 hora. Em parada cardíaca, de 10-20 segundos. Não administrar soluções que não estejam claras ou que contenham precipitados. Avalie a aparência do local a aplicação, pois o extravasamento pode causar celulite, necrose e escara.
  • Via intramuscular/subcutânea: Não.

Interações medicamentosas.

  • Verapamil, captopril, dasatinibe, nilotinibe, itraconazol, propranolol, quinolonas, preparações de ferro, bifosfonados, indinavir: poderão ter seus efeitos antagonizados ou diminuídos pelo cálcio, prejudicando os efeitos esperados.
  • Digoxina: o cálcio poderá potencializar o efeito.
  • Inibidores da bomba de prótons: ocorre redução no efeito do cálcio, pela redução na absorção.

Lactação. Usar com precaução.

 

Carbamazepina

Grupo farmacológico. Antiepiléptico; inativação dos canais de Na+ voltagem-dependentes.

Apresentações. Comprimidos de 200 e 400mg. Comprimidos revestidos de liberação controlada de 200 e 400mg. Suspensão oral 20mg/mL em 100mL; cpscápsula de 200 e 400mg.

Usos. Crises parciais (simples e complexas e secundariamente generalizadas), crises generalizadas primárias tônico-clônicas, mania aguda, neuralgia do trigêmio e do glossofaríngeo. Carbamazepina não é eficaz em crises de ausências, crises mioclônicas e crise convulsiva febril.

Contraindicações. Supressão de medula óssea, bloqueio átrio-ventricular, porfiria aguda intermitente, doença hepática significativa, gestação (categoria de risco D). A carbamazepina não deve ser utilizada com inibidores da MAO.

Posologia.

  • Adultos: iniciar com 100mg a 200mg, 1 ou 2x/dia; aumentar 200mg/dia em intervalos semanais até os níveis terapêuticos serem atingidos; a dose usual é de 400-1.200mg/dia, dividida em 2-4 doses. Em alguns pacientes, dependendo da tolerabilidade, doses de até 2.400mg/dia podem ser adequadas. Idosos: iniciar com 100mg/1-2x/dia; aumentar 100mg/ dia em intervalos semanais até os níveis terapêuticos serem atingidos.

Modo de administração.

  • Via oral: ingerir o comprimido sem mastigar ou a solução oral, durante ou logo após as refeições, com muito líquido. A presença de alimentos ajuda a diminuir os sintomas gastrintestinais.
  • Via sonda: os comprimidos de liberação imediata dispersam-se facilmente em água (uso imediato). Preferencialmente, administrar a suspensão oral por essa via. Recomenda-se diluir a suspensão oral em volume adequado de água para diminuir a viscosidade e a aderência ao material da sonda; também deve-se promover adequada irrigação do tubo antes e após a administração do medicamento a fim de evitar perdas do fármaco. Administrar separadamente da dieta enteral.

Interações medicamentosas.

  • Darunavir, nilotinibe, voriconazol: deve-se evitar o uso concomitante.
  • Clomipramina, antidepressivos, desmopressina, lítio, fenitoína: poderão ter seus níveis séricos aumentados, podendo desencadear quadro de toxicidade.
  • Alopurinol, fluconazol, cimetidina, dasatinibe, isoniazida, lamotrigina, sertralina: poderão aumentar os níveis séricos da carbamzepina, devendo-se monitorar esses valores.
  • Ácido valproico: pode interferir nos níveis séricos da carbamazepina, reduzindo-os.
  • Paracetamol, caspofungina, clozapina, ciclosporina, darunavir, doxorrubicina, haloperidol, lamotrigina, mebendazol, metadona, nilotinibe, anticoncepcionais orais, fenitoína, risperidona, sertralina, fluoxetina, topiramato, nortriptilina, ziprazidona, ácido valproico: a carbamazepina reduz os níveis séricos desses medicamentos.

Lactação. Não recomendado.

 

Cefalexina

Grupo farmacológico. Antimicrobiano betalactâmico, cefalosporina de 1ª geração.

Apresentações. Comprimidos revestidos e drágeas com 500 ou 1.000mg. Cápsulas de 250 e 500mg. Suspensão oral com 250mg/5mL em frascos de 60 e 100mL.

Usos. Infecções urinárias, infecções de pele e de tecidos moles e infecções das vias aéreas.

Contraindicações. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Adultos – acima de 40kg: 250-500mg, a cada 6 h, dose máxima de 4 g/dia.
  • Cistite não complicada (> 15 anos): 500mg a cada 12 h. Faringite estreptocócica, infecções cutâneas: 500mg a cada 12 h. Profilaxia de endocardite: 2g, 1 h antes do procedimento.

Modo de administração.

  • Via oral: preferencialmente, administrar em jejum (1 h antes ou 2 h após os alimentos), pois há retardo para se atingir a concentração máxima sérica do medicamento. Se houver sintomas gastrintestinais, administrar com alimentos. Em caso de problemas de deglutição, as cápsulas podem ser abertas e seu pó e os comprimidos podem ser dissolvidos em água fria (10mL) para uso imediato.
  • Via sonda: administrar a suspensão oral via sonda; pode-se misturá-la em água para diminuir a viscosidade do medicamento. Os comprimidos podem ser dispersos em água fria para uso imediato (possível risco de obstrução da sonda). Preferencialmente, abrir as cápsulas e dissolver o pó em volume adequado de água. Administrar separadamente da dieta enteral.

Interações medicamentosas.

  • Probenecida: aumentam os níveis séricos da cefalexina.
  • Metformina: poderá desencadear aumento nos níveis plasmáticos da metformina, levando a efeitos adversos (náuseas, vômitos, cefaleia, diarreia).
  • Colestiramina: o uso concomitante poderá reduzir os níveis plasmáticos da cefalexina.

Lactação. Usar com precaução. Medicamento considerado seguro pela Academia Americana de Pediatria.

 

Ceftriaxona

Grupo farmacológico. Antimicrobiano, cefalosporina de 3ª geração.

Apresentações. Frasco-ampola para uso IMintramuscular (250, 500 ou 1.000mg) ou IVintravenoso (0,5 ou 1g).

Usos. Meningites, infecções intra-abdominais e ginecológicas (deve ser usada em associação a anaerobicidas), bacteremias, gonorreia e sífilis. Usada preferencialmente em meningite e na profilaxia da doença meningocócica em gestantes. Altamente indutora de resistência, por isso o seu uso em infecções respiratórias e infecções urinárias deve ser evitado.

Contraindicações. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Adultos:1-2g, IVintravenoso ou IMintramuscular, a cada 12-24 h; dose máxima de 4g/dia.

Modo de administração.

  • Via endovenosa: Bolo: dilui-se a dose na concentração máxima de 40mg/mL e administra-se em 2 a 4min. Infusão: a dose diluída em 50 a 100mL de SGsoro glicosado 5% ou SFsoro fisiológico 0,9% deve ser administrada de 15 a 30min (concentração máxima entre 10 a 40mg/mL).
  • Via intramuscular: Sim, administrar profundamente no glúteo. Deve ser diluído na concentração máxima de 250mg/mL, podendo ser utilizado lidocaína 1% como diluente.

Interações medicamentosas.

  • Ringer lactato, gluconato de cálcio e outras soluções contendo cálcio: pode ocorrer formação de precipitados na solução.
  • Ciclosporina: poderá ocorrer aumento da toxicidade da ciclosporina (parestesia, disfunção renal).

Lactação. Usar com precaução. Medicamento considerado seguro pela Academia Americana de Pediatria.

 

Ciclofosfamida

Grupo farmacológico. Imunossupressor. Agente citostático alquilante que previne a divisão celular por ligação ao DNA e inibição da sua síntese.

Apresentações. Frasco-ampola de 200 ou 1.000mg; drágeas de 50mg.

Usos. Profilaxia da rejeição de transplantes renais, cardíacos, hepáticos e de medula óssea; granulomatose de Wegener, síndrome nefrótica, desordens reumatológicas graves, LES, nefrite lúpica, anemia hemolítica autoimune, púrpura trombocitopênica trombótica, macroglobulinemia hemossiderose pulmonar idiopática; leucemias agudas e crônicas, carcinomas, linfomas, micose fúngica avançada, sarcoma de Ewing, osteossarcoma e sarcoma de tecidos moles, tumores de células germinativas de ovário.

Contraindicações. Gestação (categoria de risco D), lactação, depressão medular.

Posologia.

  • Adultos: o esquema de administração varia de acordo com diferentes protocolos. Oral: 50-100mg/m2 como terapia contínua ou 400-1.000mg/m2 em doses divididas durante 4-5 dias como terapia intermitente. IVintravenoso dose única: 400-1.800mg/m2 (30-50mg/kg) por curso de tratamento (1-5 dias) que pode ser repetido em intervalos de 2-4 semanas. IVintravenoso doses diárias contínuas: 60-120mg/m2 (1-2,5mg/kg) por dia.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrado com ou sem alimentos. A administração com alimentos diminui os efeitos gastrintestinais.
  • Via sonda: considerar cuidados na manipulação de antineoplásicos. Os comprimidos podem ser dispersos em água para uso imediato ou pode-se preparar a suspensão oral a partir do injetável. Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via endovenosa: Bolo/push: a dose pode ser administrada sem diluição extra em soro. IVintravenoso/intermitente: diluir a dose em 100-500mL de SFsoro fisiológico 0,9% ou SGsoro glicosado 5% e administrar em 1 hora.
  • Via intramuscular: sim.
  • Via intraperitoneal/intrapleural: sim.

Interações medicamentosas.

  • Alopurinol: poderá ocorrer aumento da mielotoxicidade.
  • Clorpromazina, imipramina: ocorre aumento da concentração plasmática da cilcofosfamida, podendo levar a níveis tóxicos.
  • Succinilcolina: poderá ocorrer prolongamento do efeito de bloqueio.

Lactação. Contraindicado.

 

Ciprofloxacino

Grupo farmacológico. Quinolona, antimicrobiano.

Apresentações. Ciprofloxacino (solução injetável [bolsa] com 2mg/mL de 100 ou 200mL); cloridrato de ciprofloxacino (comprimidos revestidos de 250 e 500mg), comprimidos de 250, 500, 750 ou 1.000mg.

Usos. Infecções complicadas do trato urinário que envolvem bactérias gram-negativas resistentes, como Pseudomonas aeruginosa; prostatite bacteriana crônica refratária a outros antibióticos orais; osteomielite crônica causada por múltiplas bactérias, incluindo gram-negativas resistentes, e infecções da pele e de tecidos moles em diabéticos (associadas a drogas com boa atividade contra estreptococos); diarreias bacterianas, incluindo diarreia do viajante; febre tifoide; otite externa invasiva em pacientes com diabetes e exacerbações infecciosas em pacientes com fibrose cística. É eficaz na erradicação do meningococo da orofaringe.

Contraindicações. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Adultos: 400-500mg, IVintravenoso, de 12/12 h, chegando a 400mg, IVintravenoso, de 8/8 h, em casos muito graves; 250-750mg, VOvia oral, de 12/12 h. Para erradicação do meningococo da orofaringe, dose única de 500mg, VOvia oral.

Modo de administração.

  • Via oral: recomenda-se que a administração seja realizada 2 h após as refeições. Em caso de sintomas gastrintestinais, considerar a administração com alimentos.
  • Via sonda: pode-se preparar a suspensão oral a partir dos comprimidos para facilitar a administração via sonda. Sonda nasogástrica: No momento da administração, pausar a dieta enteral 1 h antes do antibiótico e reiniciá-la 2 h após a administração do mesmo. Irrigar o tubo para evitar aderência do medicamento à sonda.
  • Via oftálmica: instilar a gota no saco conjuntival e pressionar por 1 a 2min para reduzir risco de absorção sistêmica excessiva. Evitar contato com pele ou mucosas.
  • Via endovenosa: administração deve ser lenta (a partir de 1 h) e não exceder a concentração máxima de 2mg/mL na diluição (alguns produtos já vem prontos para uso parenteral em recipientes estéreis de sistema fechado).
  • Via intramuscular: não.

Interações medicamentosas.

  • Hypericum: pode causar reação de fotossensibilidade.
  • Metotrexato, ropivacaína, teofilina, tizanidina: o uso concomitante com quinolonas poderá aumentar os níveis séricos dos medicamentos citados e desencadear efeitos de toxicidade.
  • Probenecida, anti-inflamatórios não esteroides: elevam os níveis do ciprofloxacino.
  • Micofenolato, fenitoína: há redução nas concentrações plasmáticas desses medicamentos.
  • Antiácidos, didanosina, sais de cálcio, ferro, zinco, magnésio: acabam reduzindo os níveis séricos do ciprofloxacino. Administrar o antibiótico 2h antes ou 6 h após esses medicamentos.
  • Cafeína: evitar o uso excessivo, pois poderá desencadear efeitos cardíacos e estimular o SNCsistema nervoso central.

Lactação. Não recomendado.

 

Clindamicina

Grupo farmacológico. Lincosamina, antimicrobiano.

Apresentações. Ampola de 300 (2mL), 600 (4mL) ou 900 (6mL)mg; cápsula ou comprimido com 300mg. Solução tópica.

Usos. Infecções por germes anaeróbios, principalmente, pélvicas ou respiratórias. Alternativa à penicilina em pacientes alérgicos. Infecções por Streptococcus sp. e Staphylococcus sp. sensíveis. Utilizado em associação à pirimetamina para o tratamento da toxoplasmose em pacientes com aids alérgicos a sulfonamidas; em associação ao quinino para pacientes infectados por Babesia microti e por Plasmodium falciparum resistente à cloroquina; em associação à primaquina para pneumocistose.

Contraindicações. Colite ulcerativa, colite pseudomembranosa, enterite.

Posologia.

  • Adultos: 150-450mg, VOvia oral, de 6/6 h; 600-900mg, IVintravenoso ou IMintramuscular, de 8/8 h, 10-40mg/kg/dia, IMintramuscular, IVintravenoso ou VOvia oral, divididos de 6/6 ou de 8/8 h. Pode-se também calcular a dose por superfície corporal, usando-se 350mg/m2/dia, em infecções moderadamente graves, e 450mg/m2/dia, em infecções graves. Babesiose: clindamicina, 600mg, VOvia oral, de 8/8 h, e quinino, 650mg, VOvia oral, de 8/8 h, durante 7 dias. Malária: clindamicina, 450mg, VOvia oral, de 6/6 h, e quinino, 650mg, VOvia oral, de 8/8 h, por 3 dias, ou clindamicina, 20mg/kg/dia, divididos de 12/12 h, VOvia oral ou IVintravenoso, por 5 dias. Toxoplasmose ocular: clinda- micina, 150-300mg, VOvia oral, de 6/6 h, durante 3 semanas. Toxoplasmose em paciente imunossuprimido: na fase aguda, usar clindamicina, 450-600mg, VOvia oral ou IVintravenoso, de 6/6 h, e pirimetamina, 50-75mg, VOvia oral, de 24/24 h, por 6 semanas. Pneumocistose: 900mg, IVintravenoso, de 8/8 h, combinada com prima- quina, 30mg, VOvia oral, por dia.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrado com ou sem a presença de alimentos. Para diminuir a irritação gastroesofágica, administrar com água.
  • Via sonda: as cápsulas podem ser abertas e o seu pó dissolvido em 10mL de água fria para a administração (uso imediato). Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via endovenosa: Bolo: não administrar. IVintravenoso/intermitente: diluir a dose em 50-100mL ou na concnetração máxima de 18mg/mL para restrição hídrica. A infusão deve ser realizada em 30-60min, a uma velocidade não superior a 30mg/min.
  • Via intramuscular: sim.
  • Via tópica: aplicar a solução tópica na região afetada.

Interações medicamentosas.

  • Eritromicina: o uso concomitante com clindamicina reduz o nível sérico da eritromicina, diminuindo o efeito.
  • Atracúrio, vecurônio, pancurônio: o uso concomitante com clindamicina poderá aumentar os efeitos do atracúrio; considerar redução de dose do mesmo e monitorar depressão respiratória.
  • Ciclosporina: o uso concomitante poderá diminuir a biodisponibilidade da ciclosporina; monitorar efeitos da ciclosporina, pois ajustes de doses podem ser necessários.

Lactação. Compatível.

 

Desmopressina

Grupo farmacológico. Hormônio antidiurético.

Apresentações. Ampola com 4 µg/mL em 1mL; ampola com 15 µg/mL em 1 ou 2mL; spray ou solução nasal com 0,1mg/mL em frasco de 2,5 e 5mL; comprimidos de 0,1 e 0,2mg.

Usos. IVintravenoso: teste da capacidade de concentração urinária; hemofilia A ou doença de Von Willebrand, diminuição ou normalização do tempo de sangramento antes de uma terapêutica invasiva. Intranasal ou VOvia oral: diabetes insípido central, enurese noturna primária.

Contraindicações. IRinsuficiência renal moderada a grave (< 50mL/min), hiponatremia. Quando usado IVintravenoso como hemostático, é contraindicado nos casos de angina instável, IC descompensada ou doença de Von Willebrand tipo II.

Posologia.

  • Adultos: Hemostasia: 0,3 µg/Kg, IVintravenoso, 30 minutos antes do procedimento ou 300μg, spray nasal, 2 horas antes do procedimento. Teste de concentração renal: 40 µg. Enurese: 20 µg, VOvia oral, ou 10-40µg, nasal. Diabetes insípido: 2-40µg/dia, em 1-3 doses, nasal; 10-20µg/3x/dia, VOvia oral, ou 1-4µg/1-2x/dia, IVintravenoso.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar os comprimidos 1 hora após as refeições, preferencialmente sempre no mesmo horário.
  • Via sonda: o comprimido não pode ser macerado e diluído em água para administração via sonda.
  • Via endovenosa: EV/intermitente: diluir a dose em 10-50mL de SFsoro fisiológico 0,9% (0,5µg/mL), administrar em 15 a 30 minutos. Em caso de teste de diabetes, administrar direto em push, IMintramuscular ou SC.
  • Via intramuscular: sim (para diabetes).
  • Via subcutânea: sim.
  • Via intranasal: sim, solução ou spray nasal.

Interações medicamentosas.

  • Carbonato de lítio: poderá ocorrer aumento nos níveis plasmáticos do lítio.
  • Analgésicos opioides, carbamazepina, clorpromazina, sertralina, fluoxetina, amitriptilina, nortriptilina: risco de aumento dos efeitos da desmopressina; monitorar efeitos tóxicos.

Lactação. Usar com precaução.

 

Dexametasona

Grupo farmacológico. Corticoide sistêmico.

Apresentações. Comprimidos de 0,5; 0,75 e 4mg; elixir com 0,1mg/mL em 100 e 120mL; creme com 0,1% em bisnaga de 10g; ampola com 2mg em 1mL; ampola com 10mg em 2,5mL. Associado com timina, piridoxina e/ou cianocobalamina: 1 ampola de 2mL + 1 ampola de 1mL.

Usos. Doenças inflamatórias crônicas, alérgicas, hematológicas, dermatológicas, autoimunes, neoplasia, edema cerebral, choque séptico, antiemético na quimioterapia, teste diagnóstico (overnight) para síndrome de Cushing, reposição na insuficiência adrenal (requer associação com mineralocorticoide).

Contraindicações. Infecções fúngicas sistêmicas, malária cerebral.

Posologia.

  • Adultos: para administração oral, utiliza-se, usualmente, 0,5 a 10mg/dia, divididos em 2-4 administrações. Para uso IVintravenoso (fosfato), a dose varia de 0,5 a 24mg/dia. A dose da forma acetato é de 8-16mg a cada 1-3 semanas. Para o choque séptico, é recomendada a administração IVintravenoso lenta de fos- fato de dexametasona, 2 a 6mg; pode ser repetida a dose após 2-6 h, se necessário. No edema cerebral associado com tumor cerebral, fosfato de dexametasona, IVintravenoso, 10mg, seguidos de 4mg, IVintravenoso, a cada 6 h. Antiemético, 10-20mg, IVintravenoso ou VOvia oral, 30min antes da quimioterapia e 4-8mg a cada 12 h por 2 dias. Reposição fisiológica: 0,03-0,15mg/kg/dia ou 0,6-0,75mg/m2/ dia para adultos e crianças.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrado com ou sem a presença de alimentos ou leite. A presença de alimentos minimiza os efeitos gastrintestinais.
  • Via sonda: administrar o elixir via sonda. O comprimido pode ser triturado e misturado em volume adequado de água para administração (uso imediato). Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via endovenosa: Bolo: direto sem diluir em soro (dose menor que 10mg) e administrar lentamente (5-10min). IVintravenoso/intermitente: diluir a dose em 50-100mL de SGsoro glicosado 5% ou SFsoro fisiológico 0,9% e administrar em 15-30min.
  • Via intramuscular: sim.
  • Via subcutânea: não recomendado.
  • Via tópica: aplicar fina camada na região afetada.

Interações medicamentosas.

  • Anfotericina B, ciclosporina, natalizumab, talidomida, diuréticos, varfarina, ibuprofeno, tenoxicam: poderá ocorrer aumento nos níveis séricos desses medicamentos, aumentando seus efeitos.
  • Fluconazol, voriconazol, nifedipino, dasatinibe, eritromicina, ciprofloxacino, trastuzumab, ácido salicílico: poderá ocorrer aumento nos níveis séricos da dexametasona, aumentando seus efeitos.
  • Calcitriol, glibenclamida, insulina, caspofungina, isoniazida, nilotinibe, ácido salicílico, vacinas: o uso concomitante com dexametasona poderá diminuir os efeitos desses medicamentos.
  • Hidróxido de alumínio, hidróxido de magnésio, deferasirox, primidona, rifampicina: o uso concomitante com esses medicamentos poderá diminuir os efeitos da dexametasona.

Lactação. Usar com precaução.

 

Dimenidrinato

Grupo farmacológico. Antiemético; anti-histamínico H1.

Apresentações. Comprimidos de 100mg; ampola 30mg/10mL (para uso IVintravenoso) e 50mg/mL em 1mL (para uso IMintramuscular); solução oral com 2,5mg/mL em frasco de 100, 120 e 150mL; cápsula de 25 e 50mg. Associação dimenidrinato + piridoxina: comprimidos revestidos com 50mg + 10mg; solução oral com 25mg/mL + 5mg/mL em frascos de 20mL; ampola de 1mL com 50mg/mL +50mg/mL.

Usos. Tratamento de náuseas e vômitos da gestação; antiemético profilático na cinetose; prevenção e terapia de náuseas e vômitos secundários a distúrbios labirínticos, do SNCsistema nervoso central; no pré/pós-operatório e radioterapia.

Contraindicações. Hipersensibilidade à droga ou a qualquer componente da formulação.

Posologia.

  • Adultos: VOvia oral/IMintramuscular/EV: 50-100mg/dose a cada 4-6 h, não ultrapassando 400mg/dia.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar com ou sem a presença de alimentos.
  • Via sonda: administrar a solução oral via sonda. Os comprimidos podem ser triturados e dissolvidos em água para a administração (uso imediato). Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via endovenosa: Bolo: pode ser administrado direto ou diluído em 10mL de SFsoro fisiológico 0,9%, em 2-5min.
  • Via intramuscular: sim, sem diluir.

Interações medicamentosas.

  • Procarbazina, anfetaminas: risco aumentado de depressão do SNCsistema nervoso central.

Lactação. Usar com precaução.

 

Dipirona (Metamizol)

Grupo farmacológico. Analgésico, antipirético, antiespasmódico; pouca atividade anti-inflamatória. Derivado da pirazolona (metamizol). Mecanismo de ação pouco conhecido, parece haver ação periférica e central.

Apresentações. Solução oral (gotas) com 500mg/mL em 10 e 20mL; ampola com 500mg/mL em 2 ou 5mL; ampola com 100mg/mL em 5mL; comprimido de 500mg; solução oral com 50mg/mL em 100mL; supositório infantil com 300mg; supositório adulto com 1.000mg.

Usos. Tratamento da dor aguda e crônica (de intensidade leve a moderada) e da febre.

Contraindicações. Deficiência de G6PD, porfiria, discrasias sanguíneas.

Posologia.

  • Adultos: VOvia oral: 500-1.000mg, a cada 6 horas. Doses menores que 1g tem efeito antipirético; doses entre 1,5-2g tem efeito analgésico associado. Deve ser administrada em intervalos regulares e não se necessário; porém, deve-se evitar o uso crônico.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar com ou sem a presença de alimentos.
  • Via sonda: administrar a solução oral via sonda; pode-se diluir a dose em volume adequado de água (uso imediato). Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via endovenosa: Bolo: recomenda-se diluir a dose em volume adequado de diluente conforme a restrição hídrica do paciente (10-20mL de SFsoro fisiológico 0,9% ou SGsoro glicosado 5% para adultos) para diminuir irritação venosa; administrar na velocidade de 1mL/minuto.
  • Via intramuscular: sim.
  • Via subcutânea: sim.

Interações medicamentosas.

  • Anlodipino, diltiazem: poderá causar aumento no risco de hemorragia gastrintestinal e/ou antagonismo do efeito hipotensivo.
  • Esmolol, propanolol, atenolol, captopril, carvedilol, clortalidona, enalapril, furosemida, hidroclorotiazida: poderá ocorrer diminuição no efeito anti-hipertensivo.
  • Citalopram, fluoxetina, clopidogrel, venlafaxina, duloxetina, escitalopram, enoxaparina: risco aumentado de desencadear sangramentos.
  • Tacrolimus: poderá resultar em insuficiência renal aguda. Evitar uso em pacientes com insuficiência renal.
  • Clorpropamida, glibenclamida, tolbutamida: risco aumentado de hipoglicemia.

Lactação. Usar com precaução. Deve ser evitada nos primeiros 3 meses.

 

Enalapril

Grupo farmacológico. Anti-hipertensivo. Inibidor da enzima conversora da angiotensina I.

Apresentações. Comprimidos de 2,5, 5, 10 e 20mg; cápsulas de 5, 10 e 20mg. Maleato de enalapril + hidroclorotiazida (comprimido 10 + 25mg; 20 + 12,5mg).

Usos. HAShipertensão arterial sistêmica, ICCinsuficiência cardíaca congestiva, disfunção de ventrículo esquerdo pós-IAMinfarto agudo do miocárdio.

Contraindicações. Estenose bilateral da artéria renal e angioedema, gestação no 2º e 3º trimestres (categoria de risco D).

Posologia.

  • Adultos: em HAShipertensão arterial sistêmica, a dose diária usual varia de 2,5-40mg/dia, VOvia oral, 1 ou 2x/dia. Em hipertensão renovascular, iniciar com 2,5-5mg. Em ICCinsuficiência cardíaca congestiva, a dose inicial é 2,5-5mg, 1 ou 2x/dia (utilizar a menor dose inicialmente em pacientes com IRinsuficiência renal, hiponatremia ou ICCinsuficiência cardíaca congestiva grave). Dose máxima: 40mg/dia.

Modo de administração.

  • Via oral: o medicamento pode ser administrado com ou sem a presença de alimentos.
  • Via sonda: preferencialmente, administrar a suspensão oral a partir dos comprimidos via sonda. Os comprimidos podem ser triturados e dispersos em volume adequado de água para a administração, sem perda de efeito (uso imediato). Administrar separadamente da dieta enteral.

Interações medicamentosas.

  • Azatioprina, ciclosporina, gluconato férrico, carbonato de lítio, rituximabe: o uso concomitante com enalapril poderá elevar os níveis séricos desses medicamentos, aumentando seus efeitos.
  • Diazóxido, furosemida, moclobemida, sais de potássio, espironolactona, sirolimus, hidroclorotiazida, clortalidona, trimetoprima: os efeitos do enalapril poderão se potencializar na presença desses medicamentos.
  • Hidróxido de alumínio, hidróxido de magnésio, metilfenidato, AINEs, salicilatos: os efeitos do enalapril poderão diminuir na presença desses medicamentos; monitorar efeitos.

Lactação. Não recomendado.

 

Fenofibrato

Grupo farmacológico. Fibrato. Antilipêmico.

Apresentações. Cápsula de liberação lenta de 250mg, cápsulas de 200mg.

Usos. Hipertrigliceridemia, prevenção primária de doença cardiovascular.

Contraindicações. IRinsuficiência renal e IHinsuficiência hepática graves, afecção da vesícula biliar.

Posologia.

  • Adultos: 200-250mg, VOvia oral, a cada 24 h.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrado com ou sem a presença de alimentos.

Interações medicamentosas.

  • Ezetimibe, sinvastatina, pravastatina, lovastatina, colchicina: o uso concomitante poderá aumentar risco de miopatia ou rabdomiólise.
  • Colestiramina: poderá reduzir os efeitos do fenofibrato.
  • Ciclosporina: poderá desencadear piora da função renal.
  • Varfarina: poderá resultar em aumento do INR e possíveis riscos de sangramento.

Lactação. Não recomendado.

 

Flunarizina

Grupo farmacológico. Antivertiginoso; bloqueador seletivo dos canais de cálcio; possui discreta propriedade anti-histaminérgica.

Apresentações. Cápsula ou comprimido de 10mg; solução oral com 5mg/mL em frasco de 30mL (gotas).

Usos. Distúrbios labirínticos sintomáticos (síndrome de Ménière, vertigem, náuseas, nistagmo). Profilaxia da enxaqueca.

Contraindicações. Depressão, doença de Parkinson e distúrbios extrapiramidais.

Posologia.

  • Adultos: Vertigem: 10-30mg/dia. Profilaxia da enxaqueca: 5-10mg/dia. Em idosos usar a metade da dose.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrado com ou sem a presença de alimentos, de preferência ao deitar.
  • Via sonda: administrar a solução oral via sonda. O pó do comprimido apresenta risco de causar obstrução do tubo. Administrar separadamente da dieta enteral.

Interações medicamentosas.

  • Amiodarona, atenolol, carvedilol, esmolol, metoprolol, propanolol, sotalol: o uso concomitante poderá resultar em bradicardia e hipotensão.
  • Saquinavir: poderá desencadear sedação e efeitos extrapiramidais.
  • Carbamazepina: poderá aumentar os níveis séricos, podendo levar a efeitos de toxicidade (ataxia, nistagmo, diplopia, cafaleia, vômitos, apneia, convulsões).
  • Dipirona, ibuprofeno, indometacina, ácido mefenâmico, meloxicam, naproxeno, nimesulida, tenoxicam: aumento nos riscos de sangramento gstrintestinal.
  • Droperidol: poderá desencadear efeitos de cardiotoxicidade (arritmias, torsade de pointes, prolongamento do intervalo QT).
  • Epirrubicina: poderá aumentar os riscos de falência cardíaca.

Lactação. Não recomendado.

 

Fluoxetina

Grupo farmacológico. Antidepressivo; inibidor seletivo da recaptação da serotonina; bloqueio da bomba de recaptação da serotonina (5-HT1A, 5-HT2C e 5-HT3C) no terminal nervoso pré-sináptico, aumentando a disponibilidade desse neurotransmissor na fenda sináptica.

Apresentações. Cápsulas, comprimidos simples ou revestidos de 10 e 20mg (28 cprcomprimido); solução oral (gotas) com 20mg/mL em frasco de 20mL; cápsulas com microgrânulos gastrorresistentes de 90mg (Prozac Durapac®, Verotina S®).

Usos. Depressão e transtorno obsessivo-compulsivo. Transtorno de pânico, bulimia nervosa, transtorno disfórico pré-menstrual, transtorno de estresse pós-traumático, transtorno dismórfico corporal em adultos.

Contraindicações. Uso de IMAOinibidor da monoaminaoxidase nas duas últimas semanas (deve ser obedecido um intervalo de 5 semanas entre os fármacos se a fluoxetina está sendo usada e irá ser iniciado o IMAOinibidor da monoaminaoxidase).

Posologia.

  • Adultos: iniciar com dose de 20mg/dia, VOvia oral, pela manhã, e ir aumentando conforme a resposta ao tratamento. Nos idosos, pode ser necessário iniciar o tratamento com 10mg/dia. Na depressão, as doses necessárias são geralmente de 20-40mg/dia; na distimia, de 40mg/dia; no transtorno obsessivo-compulsivo, de 40-80mg/dia; na bulimia, 60mg/dia; no transtorno do pânico, 20mg/dia (iniciar com 5mg/dia para prevenir aumento da ansiedade e inquietude comuns no início do tratamento). As formulações com revestimento para absorção entérica lenta podem ser administradas 1x/semana (cápsulas de 90mg).

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrado durante ou logo após as refeições para evitar efeitos gastrintestinais, ou pela manhã em dose única diária. O pó das cápsulas e os comprimidos podem ser dispersos em água ou sucos para facilitar a administração oral.
  • Via sonda: preferencialmente, administrar a solução oral via sonda. Administrar separadamente da dieta enteral.

Interações medicamentosas.

  • Abciximabe, celecoxib, clopidogrel, diclofenaco, dipiridamol, dipirona, varfarina, enoxaparina, heparina, indometacina, ácido mefenâmico, meloxicam, tenoxicam, naproxeno: o uso concomitante poderá aumentar os riscos de sangramento.
  • Metoprolol, propanolol: hipotensão, bradicardia, dificuldade respiratória.
  • Alprazolam, clozapina, diazepam, fenitoína: poderá aumentar os efeitos desses medicamentos, levando à toxicidade (sonolência, descoordenação motora, hipotensão, ataxia).
  • Carbamazepina: poderá aumentar os efeitos da carbamazepina, levando à toxicidade (sonolência, cefaleia, nistagmo, diplopia, vômitos, apneia, ataxia).
  • Aripiprazol: o uso concomitante poderá aumentar os efeitos do aripiprazol.
  • Amiodarona, amitriptilina, hidrato de cloral, clorpromazina, cloroquina, desipramina, eritromicina, fluconazol, haloperidol, octreotida, pimozida, quetiapina, tioridazina, sulfametoxazol/trimetoprima, ziprazidona: poderá resultar em efeitos de cardiotoxicidade (arritmias cardíacas, prolongamento do intervalo QT, torsades de pointes).
  • Gliburida, insulinas: hipoglicemia.
  • Claritromicina, zolpidem: o uso concomitante poderá resultar em delírio, alucinações.
  • Ciproeptadina: poderá reduzir a eficácia da fluoxetina.
  • Desipramina, nortriptilina, paroxetina: o uso concomitante poderá causar sensação de boca seca, retenção urinária, sedação.
  • Desvenlafaxina, venlafaxina, linezolida, carbonato de lítio, petidina, moclobemida, selegina, sibutramina: poderá desencadear síndrome serotoninérgica (hipertemia, hipertensão, mioclonus, confusão mental).
  • Valeriana, kava-kava, hypericum: pode ocorrer aumento da depressão do SNCsistema nervoso central.

Lactação. Não recomendado.

 

Furosemida

Grupo farmacológico. Diurético de alça; inibe o cotransportador Na+-K+-2Cl na membrana luminal da porção espessa da alça de Henle.

Apresentações. Comprimidos de 40mg; ampola com 10 ou 20mg/mL em 2mL.

Usos. Usado em pacientes com edema associado à ICCinsuficiência cardíaca congestiva. Edema e ascite relacionados a hepatopatias. Edema/hipervolemia associada à síndrome nefrótica e IRC. O benefício na prevenção ou no tratamento da IRinsuficiência renal é duvidoso.

Contraindicações. Depleção grave de sódio e volume, anúria não responsiva a diurético.

Posologia.

  • Adultos: 40-320mg/dia, VOvia oral, 1-3x/dia. Dose injetável (IMintramuscular ou EV): 20-40mg/dose.

Modo de administração.

  • Via oral: o medicamento pode ser administrado com alimentos ou leite para reduzir sintomas gastrintestinais.
  • Via sonda: os comprimidos podem ser triturados e dispersos em água ou pode-se preparar a suspensão oral a partir do comprimido para administração via sonda. Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via endovenosa: Bolo: direto sem diluir, em 1 a 2min. IVintravenoso/intermitente: diluir o medicamento em SFsoro fisiológico 0,9% ou SGsoro glicosado 5% na concentração máxima de 10mg/mL. Administrar numa velocidade de 4mg/min (doses > 120mg) ou 0,5mg/kg/min (doses < 120mg) ou infusão contínua.
  • Via intramuscular: sim.

Interações medicamentosas.

  • Captopril, lisinopril, alopurinol, amifostina, amicacina, gentamicina, lítio, pancurônio, rituximab, salicilatos: a furosemida poderá aumentar os níveis plasmáticos desses medicamentos, podendo desencadear efeitos adversos.
  • Dexametasona, metilprednisolona, diazóxido, moclobemida, selegelina: os efeitos da furosemida poderão ficar potencializados na presença desses medicamentos.
  • Alisquireno, metilfenidato, fenitoína, salicilatos: poderão interferir nos efeitos da furosemida, reduzindo-os.

Interações com alimentos.

  • A presença de alimentos pode diminuir a absorção do medicamento (dados controversos).

Lactação. Usar com precaução.

 

Ibuprofeno

Grupo farmacológico. Anti-inflamatório não esteroide; inibidor da COX-1 e COX-2.

Apresentações. Comprimidos simples e revestidos de 200, 300, 400 e 600mg; suspensão oral com 50mg/mL em 20, 30, 40 ou 50mL; suspensão oral com 100mg/mL em 20, 30, 40, 50 e 60mL; suspensão oral com 200mg/mL em 15mL; suspensão oral de 20mg/mL em 60, 100 e 200mL; cápsula com 200 e 400mg; drágea simples de 600mg; ampola 2mL (5mg/mL) – importado.

Usos. Doenças inflamatórias e reumatológicas, incluindo artrite reumatoide juvenil; dor de intensidade leve a moderada; dor de intensidade moderada a grave em pacientes com uso concomitante de opioides; dismenorreia; febre; cefaleia.

Contraindicações. Gestação no 3º trimestre (categoria de risco D), insuficiência renal grave, úlcera péptica ativa; analgesia perioperatória em cirurgia de revascularização miocárdica.

Posologia.

  • Adultos. Doenças inflamatórias e reumatológicas: 400-800mg, 3-4x/dia (máximo de 3,2g/dia). Analgesia, antipirético, dismenorreia: 200-400mg, 4-6x/dia (máximo 1,2g/dia).

Modo de administração.

  • Via oral: administrar com alimentos ou leite para reduzir efeitos gastrintestinais.
  • Via sonda: recomenda-se que a solução oral seja administrada via sonda. Também, para administrar a suspensão oral, a dose deve ser diluída em volume adequado de água para diminuir a osmolaridade final e facilitar a administração. Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via endovenosa: Bolo: não administrar. EV/intermitente: administrar lentamente a partir de 15 minutos em bomba de infusão; preferencialmente não diluir o medicamento, se necessária diluição para justar volume, usar SFsoro fisiológico 0,9% ou SGsoro glicosado 5% na concentração máxima de 4mg/mL.
  • Via intramuscular: não.

Interações medicamentosas.

  • Glibenclamida: hipoglicemia.
  • Amilorida, clorotiazida, furosemida, hidroclorotiazida, espironolactona: o uso concomitante poderá resultar em diminuição dos efeitos diuréticos e hipercalemia.
  • Citalopram, clopidogrel, desvenlafaxina, enoxaparina, escitalopram, fluoxetina, paroxetina, sertralina, venlafaxina, varfarina: poderá resultar em aumento nos riscos de sangramento.
  • Desipramina: poderá resultar em efeitos de toxicidade (sonolência, hipotensão).
  • Atenolol, captopril, carvedilol, clortalidona, esmolol, losartam, metoprolol, sotalol: poderá ocorrer redução nos efeitos anti-hipertensivos.
  • Anlodipino, diltiazem, nifedipino: poderá desencadear hemorragia gastrintestinal e diminuição nos efeitos anti-hipertensivos.
  • Tacrolimus: efeitos adversos renais.
  • Ácido salicílico: poderá ocorrer redução no efeito antiplaquetário, reduzindo os efeitos de cardioproteção.
  • Levofloxacino, norfloxacino: aumento do risco de convulsões.
  • Carbonato de lítio: pode resultar em feitos de toxicidade (fraqueza, tremores, confusão mental, sede excessiva).
  • Fenitoína: pode desencadear efeitos como ataxia, tremores, nistagmo.
  • Pemetrexede: aumento nos efeitos de toxicidade (renal, gastrintestinal e mielossupressão).
  • Metotrexato: poderá resultar em feitos de toxicidade (leucopenia, trombocitopenia, anemia, nefrotoxicidade, mucosite).

Lactação. Não recomendado.

 

Meclizina

Grupo farmacológico. Anti-histamínico H1.

Apresentações. Comprimidos de 12,5; 25mg e 50mg.

Usos. Tratamento de náuseas e vômitos, cinetose e vertigem. Reduz estímulos labirínticos.

Contraindicações. Usar com cautela em pacientes com glaucoma de ângulo estreito, hiperplasia prostática e obstrução pilórica ou duodenal.

Posologia.

  • Adultos: antiemético e anticinetótico: 12,5-25mg, VOvia oral, 1 h antes da viagem; pode-se repetir a dose após 12 h, se necessário. Vertigem: 25-100mg, VOvia oral, em doses divididas.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar com ou sem a presença de alimentos. A presença de alimentos diminui possíveis efeitos gastrintestinais.

Interações medicamentosas.

  • Apomorfina: o uso concomitante com meclizina poderá diminuir o efeito da apomorfina.
  • Medicamentos depressores do SNCsistema nervoso central, anticolinérgicos: poderão ter seus efeitos de depressão do SNCsistema nervoso central potencializados, bem como os efeitos anticolinérgicos.
  • Procarbazina: usar com precaução, pois poderão potencializar os efeitos depressores do SNCsistema nervoso central.

Lactação. Não recomendado.

 

Metoclopramida

Grupo farmacológico. Anti-hemético; antagonista dos receptores D2 da dopamina e aceledora da motilidade do trato gastrintestinal.

Apresentações. Comprimido de 10mg; ampola com 5mg/mL em 2mL; solução oral adulto (gotas) com 1mg/mL em 100mL; solução oral pediátrica (gotas) com 4mg/mL com 10mL; supositório adulto de 10mg; supositório pediátrico de 5mg.

Usos. Tratamento e prevenção de náuseas e vômitos; estimulante do esvaziamento gástrico; facilitador da colocação de sondas enterais pós-pilóricas.

Contraindicações. Obstrução gastrintestinal, perfuração ou hemorragia; feocromocitoma; história de convulsões.

Posologia.

  • Adultos: Vômitos: 10mg/dose. Prevenção de vômitos induzidos por quimioterapia: 1-2mg/kg, IVintravenoso, 30min antes do tratamento e posteriormente em intervalos de 4-6 h. Prevenção de náuseas e vômitos pós-operatórios: 10-20mg, IVintravenoso, antes do término da cirurgia, seguido de intervalos de 4-6h. Acelerador do esvaziamento gástrico (gastroparesia diabética): 10mg, VOvia oral, 30min antes das refeições e na hora de dormir. Colocação de sonda pós-pilórica: 10mg, IVintravenoso.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar os comprimidos e a solução oral 30min antes das refeições e ao deitar.
  • Via sonda: para a administração via sonda, preferencialmente utilizar a solução oral. Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via endovenosa: Bolo: doses de 10mg podem ser administradas lentamente, em 2-3min, sem necessidade de diluição em soro. IVintravenoso/intermitente: a administração deve ser lenta, de 15-30min, na velocidade de 5mg/min. A dose deve ser diluída na concentração máxima de 5mg/mL (ou 50mL), em SFsoro fisiológico 0,9% ou SGsoro glicosado 5%.
  • Via intramuscular: sim.
  • Via retal: administrar o supositório via retal.

Interações medicamentosas.

  • Ciclosporina, venlafaxina, sertralina: os níveis plasmáticos e os efeitos desses medicamentos poderão aumentar na presença de metoclopramida.
  • Antiparkisonianos, posaconazol: poderão apresentar eficácia reduzida pela presença da metoclopramida.
  • Peginterferon: poderá diminuir os efeitos esperados da metoclopramida.
  • Amitriptilina, aripiprazol, clorpromazina, desvenlafaxina, clomipramina,
  • fluoxetina, maprotilina, olanzapina, quetiapina: aumento nos efeitos
  • extrapiramidais.
  • Didanosina: poderá ocorrer aumento nos níveis plasmáticos da didanosina.
  • Linezolida: o uso concomitante poderá desencadear síndrome serotoninérgica.

Lactação. Usar com precaução.

 

Metronidazol

Grupo farmacológico. Antimicrobiano. Nitroimidazólico.

Apresentações. Comprimidos revestidos de 250mg ou 400mg; comprimido revestido de 500mg; gel vaginal 100mg/g em 50 g + aplicador; sus- pensão oral com 40mg/mL em 80 ou 100mL; solução injetável (bolsa plástica) com 500mg em 100mL; solução injetável com 5mg/mL em 250mL.

Usos. Infecções por germes anaeróbios, amebíase, giardíase, tricomoníase e infecções por H. pylori e Gardnerella vaginalis.

Contraindicações. Gestação no 1º trimestre.

Posologia.

  • Adultos: Amebíase: 500 a 750mg, a cada 8 h. Infecções por anaeróbios (oral, IVintravenoso): 30mg/kg/dia, a cada 6 h (dose máxima 4 g/dia). Colite pseudomembranosa (oral): 250 a 500mg a cada 6-8 h por 10-14 dias. Helicobacter pylori: 250 a 500mg, 3x/dia. Gardnerella: 500 a cada 12 h por 7 dias. Trichomonas: 500mg a cada 12 h por 7 dias ou 2 g em dose única. Profilaxia cirúrgica (coloretal): IVintravenoso, 15mg/kg 1 h antes do procedimento, seguido por 7,5mg/kg, 6-12 h após a dose inicial. Uso tópico: aplicar uma fina camada a cada 12 h. Uso vaginal: 1 aplicador (5 g) intravaginal, 1-2x/dia, por 5 dias.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar com o estômago vazio. Se efeitos gastrintestinais ocorrerem, administrar com alimentos.
  • Via sonda: para a administração via sonda, fazer uso da suspensão oral. Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via endovenosa: Bolo: não administrar. IVintravenoso/intermitente: administrar em 30-60min, a solução em bolsa já vem pronta para uso, não sendo necessária diluição extra em soro.
  • Via intramuscular: não.
  • Via subcutânea: não.
  • Via intravaginal: para uso intravaginal somente (gel).

Interações medicamentosas.

  • Bussulfano, carbamazepina, ciclosporina, di-hiidroergotamina, fluorouracil, carbonato de lítio, fenitoína, tacrolimus: poderá ocorrer aumento dos níveis plasmáticos desses medicamentos, podendo levar a efeitos de toxicidade.
  • Colestiramina, fenobarbital: os efeitos do metronidazol poderão ser diminuídos.
  • Femprocumona, dicumarol, varfarina: risco de sangramento aumentado.
  • Micofenolato mofetil: os efeitos do micofenolato poderão diminuir na presença do metronidazol.

Lactação. Não recomendado.

 

Nimesulida

Grupo farmacológico. Anti-inflamatório não esteroide; inibidor seletivo da COX-2.

Apresentações. Comprimido de 100mg; comprimido dispersível de 100mg; supositórios de 50 ou 100mg; granulado-envelope de 2 g; suspensão oral com 10mg/mL em 60mL; suspensão oral (gotas) com 50mg/mL (1 gota = 2,5mg de nimesulida) em 15mL; cápsula de ação prolongada de 200mg; gel com 20mg/g em 40 g.

Usos. Condições que requerem atividade anti-inflamatória, analgésica ou antipirética, inclusive as relacionadas com o aparelho osteoarticular e respiratório superior. Cefaleia, mialgias, dismenorreia, dor pós-operatória.

Contraindicações. Úlcera péptica ativa na presença de hemorragias digestivas, insuficiência hepática, insuficiência renal com DCE < 30mL/min, hipersensibilidade à nimesulida ou aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Adultos: Comprimidos: 50-100mg, 2x/dia. Comprimidos dispersíveis: 100mg, 2x/dia. Granulado: 50 a 100mg, 2x/dia. Supositórios: 1 supositório (100mg), 2x/dia. Gotas: administrar 1 gota (2,5mg) por kg de peso, 2x/ dia. Máximo: 200mg 2x/dia.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar o medicamento após as refeições. O comprimido dispersível pode ser dissolvido em meio copo de água (100mL) ou tomado inteiro com auxílio de líquido. O granulado deve ser disperso em meio copo de água ou suco de fruta e administrado imediatamente. A solução oral (gotas) pode ser administrada diretamente na boca ou misturada em água.
  • Via sonda: para a administração via sonda, fazer uso da suspensão oral. Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via tópica: aplicar o gel no local afetado, massageando levemente até que o medicamento desapareça. Não lavar o local nas primeiras horas de aplicação.
  • Via retal: fazer uso dos supositórios.

Interações medicamentosas.

  • Amilorida, espironolactona: o uso concomitante poderá reduzir eficácia diurética e desencadear hipercalemia ou possível nefrotoxicidade.
  • Fenitoína: poderá ocorrer aumento nas concentrações plasmáticas da fenitoína.
  • Anlodipino, diltiazem, nimopidina, verapamil: poderá aumentar risco de hemorragia gastrintestinal e/ou antagonismo do efeito hipotensivo.
  • Atenolol, captopril, carvedilol, clortalidona, enalapril, esmolol, furosemida, hidroclorotiazida, metoprolol, propranolol, sotalol, losartan: poderá ocorrer diminuição do efeito anti-hipertensivo.
  • Citalopram, desvenlafaxina, enoxaparina, escitalopram, fluoxetina, nadroparina, paroxetina, sertralina, venlafaxina, varfarina: o uso concomitante poderá aumentar o risco de hemorragia.
  • Ciclosporina: poderá aumentar o risco de toxicidade da ciclosporina.
  • Glibenclamida: poderá resultar em hipoglicemia.
  • Levofloxacino: risco aumentado de convulsões.
  • Lítio: poderá aumentar os níveis plasmáticos do lítio, com possível toxicidade.
  • Metotrexato: risco de toxicidade do metotrexato.

Lactação. Não recomendado.

 

Ondansetrona

Grupo farmacológico. Antiemético; agente antisserotonérgico que age ligando-se aos receptores 5-HT3, presentes na zona do gatilho.

Apresentações. Comprimidos simples e revestidos de 4 e 8mg; comprimido sublingual de 4 e 8mg; ampola com 2mg/mL em 2 ou 4mL; ampola com 4mg/mL em 2mL; ampola com 8mg/mL em 4mL.

Usos. Prevenção de náuseas e vômitos induzidos por quimioterapia antineoplásica, radioterapia corporal total ou abdominal; prevenção e tratamento de náuseas e vômitos no pós-operatório.

Contraindicações. Hipersensibilidade à droga, a outros fármacos da mesma classe ou a qualquer componente da formulação.

Posologia.

  • Adultos:
    • Prevenção de náuseas e vômitos induzidos por quimioterapia: IVintravenoso, 0,15mg/kg, 3x/dia, iniciando 30min antes da quimioterapia ou 0,45mg/kg, 1x/dia, ou 8-10mg, 1-2x/dia, ou 24-32mg, 1x/dia; VOvia oral para agentes com alto poder emetogênico: 24mg, 30min antes do início da quimioterapia; para os de médio poder emetogênico: 8mg a cada 12 h, começando 30min antes da terapia e continuando até 2 dias após completado o tratamento.
    • Náuseas e vômitos pós-operatórios: IVintravenoso, 4mg 30min antes do término da anestesia, ou como tratamento se surgir vômito após a cirurgia; VOvia oral: 16mg 1 h antes da indução anestésica.
    • Irradiação corporal total: 8mg, 1-2 h antes de cada fração diária de radioterapia.
    • Radioterapia fracionada abdominal: 8mg, 1-2 h antes de cada fração diária de radioterapia, após, 8mg, 8 h após o tratamento.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar com ou sem a presença de alimentos. Para pacientes com problemas de deglutição, pode-se diluir a ampola em 26mL de suco de laranja ou refrigerantes à base de cola (estável por 1 h em temperatura ambiente). Deve-se administrar 30min antes da quimioterapia, 1-2 h antes da radioterapia e 1 h antes da indução anestésica.
  • Via sublingual: o comprimido sublingual deve ser colocado embaixo da língua até a completa dissolução pela saliva. Não mastigar e não engolir inteiro.
  • Via sonda: administrar via sonda a suspensão oral preparada a partir dos comprimidos. O comprimido pode ser triturado e o seu pó disperso em volume de água adequado para a administração (uso imediato). Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via endovenosa: Bolo: administrar direto, sem diluir, em 2-5min; IVintravenoso/intermitente: diluir a dose em 50mL de SFsoro fisiológico 0,9% ou SGsoro glicosado 5% e administrar em 15min.
  • Via intramuscular: sim, não diluído.
  • Via subcutânea: não.

Interações medicamentosas.

  • Amiodarona, droperidol, enflurano, halotano, pimozida, sotalol, tioridazina: risco de efeitos de cardiotoxicidade.
  • Ciclosfosfamida: poderá ocorrer diminuição no efeito da ciclosfosfamida.

Lactação. Usar com precaução.

 

Piperacilina + Tazobactam

Grupo farmacológico. Antibacteriano; penicilina associada com inibidor de betalactamase.

Apresentações. Pó liofilizado com 2g de piperacilina + 250mg de tazobactam (2,25g); pó liofilizado com 4 g de piperacilina + 500mg de tazobactam (4,5g).

Usos. Infecções graves por bactérias sensíveis gram-negativas, como sepse, pneumonias, pielonefrite, infecções de pele, ossos, articulações e infecções ginecológicas.

Contraindicação. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Adultos: 2,25-4,5g, a cada 6 ou 8 h por 7 a 14 dias.

Modo de administração.

  • Via endovenosa: Bolo: diluir a dose em 20-50mL, administrar em 3-5 min. IVintravenoso/intermitente: diluir em 50-250mL de SFsoro fisiológico 0,9% ou SGsoro glicosado 5% e administrar em 20-30 min. Considerar concentração máxima de 200mg/mL (sob o componente piperacilina) para diluição em soro.
  • Via intramuscular: não.
  • Via subcutânea: não.

Interações medicamentosas.

  • Amicacina, gentamicina, neomicina, estreptomicina, tobramicina: o uso concomitante poderá resultar em perda de eficácia do aminoglicosídeo; dar intervalo de 1-2 h entre a administração da penicilina e a do amino-glicosídeo.
  • Probenecida: poderá resultar em aumento nos efeitos da piperacilina/tazobactam.
  • Vecurônio: poderá resultar em prolongamento no efeito de bloqueio muscular.

Lactação. Usar com precaução.

 

Sulfametoxazol + Trimetoprima

Grupo farmacológico. Antibacteriano; sulfonamida.

Apresentações. Comprimidos com sulfametoxazol + trimetoprima: 400mg + 80mg ou 800mg + 160mg; suspensão oral com sulfametoxazol + trimetoprima: 200mg + 40mg ou 400mg + 80mg em 5mL em frascos de 50, 60, 90 ou 100mL.

Usos. Infecções respiratórias, gastrintestinais e urinárias, sinusite, otite média, prostatite, orquite e epididimite. Infecções por N. asteroides, uretrite ou cervicite por Neisseria gonorrhoeae, linfogranuloma venéreo e cancroide. Tratamento e profilaxia das infecções por P. jirovecii. Profilaxia da “diarreia do viajante”, de infecções urinárias e de exacerbações de infecções agudas em pacientes com bronquite crônica. Brucelose, infecções do trato biliar, osteomielite aguda e crônica, infecções por P. brasiliensis.

Contraindicações. Porfiria, anemia megaloblástica devido à deficiência de ácido fólico, IRinsuficiência renal grave, disfunção hepática, gestação a termo (categoria de risco D).

Posologia.

  • Adultos: 800mg de sulfametoxazol + 160mg de trimetoprima, de 12/12 h, por 10-14 dias, para a maioria das infecções.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar com ou sem a presença de alimentos, com um copo de água.
  • Via sonda: recomenda-se que a suspensão oral seja administrada via sonda. Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via endovenosa: Bolo: não administrar. EV/intermitente: diluir cada ampola (5mL) em 125mL de SGsoro glicosado 5% ou SFsoro fisiológico 0,9% e administrar em 60-90 min. Em acesso central, o medicamento pode ser menos diluído (75mL). Em pacientes com restrição hídrica, pode-se diluir uma ampola em 50mL de soro e administrar em 30-60 min (concentração máxima 1,6mg/mL).
  • Via intramuscular: não.

Interações medicamentosas.

  • Ácido aminobenzoico: poderá antagonizar o efeito do sulfametoxazol.
  • Dapsona, digoxina, lamivudina, metotrexato, femprocumona, fenitoína, repaglinida, varfarina: o uso concomitante poderá aumentar o nível sérico desses medicamentos, aumentando seus efeitos adversos.
  • Enalapril: poderá resultar em hipercalemia.
  • Amiodarona, amitriptilina, hidrato de cloral, cloroquina, clorpromazina, claritromicina, desipramina, droperidol, eritromicina, fluconazol, fluoxetina, foscarnet, haloperidol, imipramina, isoflurano, nortriptilina, octreotida, pentamidina, pimozida, quetiapina, risperidona, sotalol, espiramicina, tioridazina, vasopressina: poderá resultar em efeitos de cardiotoxicidade (prolongamento do intervalo QT, torsade de pointes, arritmias).
  • Didanosina: poderá ocorrer diminuição nos efeitos do sulfametoxazol.
  • Glimepirida, glibenclamida, metformina: poderá resultar em hipoglicemia excessiva.
  • Ciclosporina: poderá resultar em nefrotoxicidade e/ou diminuir o efeito da ciclosporina.
  • Pirimetamina: poderá desencadear anemia megaloblástica ou pancitopenia.

Lactação. Contraindicado.

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