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SUPLEMENTO: DESCRIÇÃO DOS MEDICAMENTOS INDICADOS NO PROTERAPÊUTICA VOLUME 4 – CICLO 3

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SUPLEMENTO

DESCRIÇÃO DOS MEDICAMENTOS INDICADOS NO PROTERAPÊUTICA VOLUME 4 – CICLO 3

Este Suplemento contém as principais informações a respeito dos medicamentos abordados no Volume 4 do Ciclo 3 do PROTERAPÊUTICA.

Para saber mais

 

O conteúdo deste Suplemento foi extraído do livro Medicamentos de A a Z, de Elvino Barros. Para maiores informações sobre os medicamentos aqui listados (como efeitos adversos, comentários, etc.) e outros, consultar a obra completa:

 

Barros E. Medicamentos de A a Z. Porto Alegre: Artmed; 2012.

 

SIGLAS UTILIZADAS NAS DESCRIÇÕES DOS MEDICAMENTOS DESTE SUPLEMENTO

ACTP

Angioplastia coronariana transluminal percutânea

amp

Ampola

AV

Atrioventricular

AVE

Acidente vascular encefálico

cpr

Comprimido(s)

cps

Cápsula(s)

DM

Diabete melito

DPOC

Doença pulmonar obstrutiva crônica

drg

Drágea(s)

fr

Frasco(s)

fr-amp

Frasco-ampola(s)

HAS

Hipertensão arterial sistêmica

IAM

Infarto agudo do miocárdio

ICC

Insuficiência cardíaca congestiva

IH

Insuficiência hepática

IM

Intramuscular

IMAO

Inibidos da monoaminaoxidase

IR

Insuficiência renal

ITU

Infecção do trato urinário

IVintravenosa

Intravenoso

SF

Soro fisiológico

SG

Soro glicosado

SNC

Sistema nervoso central

TEP

Tromboembolismo pulmonar

TTPa

Tempo de tromboplastina parcial ativado

TVP

Trombose venosa profunda

VO

Via oral

 

Acetaminofeno (paracetamol)

Grupo farmacológico. Analgésico e antitérmico, pouquíssima atividade anti-inflamatória.

Apresentações. Cpr de 500mg; cpr revestidos de 650 e 750mg; solução oral (gotas) com 100 ou 200mg/mL em fr de 15, 20mL; solução oral com 32mg/mL em 60mL; sachês pó de 500mg para chás com sabor; cpr de 500mg (associado com cafeína 65mg); 500mg (associado com 30mg de pseudoefedrina).

Usos. Alívio da dor e da febre.

Contraindicações. Hipersensibilidade ao paracetamol ou a qualquer componente da fórmula.

Posologia.

  • Adultos: 500-1.000mg, a cada 4-6h (máximo de 4g/dia).

Modo de administração.

  • Via oral: administrar com ou sem a presença de alimentos, com 1 copo (250mL) de água. Recomenda-se que as gotas sejam diluídas em volume adequado de água para administração.
  • Via sonda: preferencialmente, administrar solução oral via sonda. O cpr pode ser triturado e misturado em volume adequado de água para administração (uso imediato). Administrar separadamente da dieta enteral.

Interações medicamentosas.

  • Bussulfano: poderá ocorrer diminuição no clearance do bussulfano; monitorar efeitos.
  • Cloranfenicol: poderá favorecer efeitos tóxicos do cloranfenicol (hipotensão, vômitos, hipotermia).
  • Colestiramina, exenatida, carbamazepina, isoniazida, fenitoína, zidovudina: o uso concomitante poderá diminuir a biodisponibilidade do paracetamol, diminuindo seus efeitos e aumentado o risco de hepatotoxicidade.
  • Lamotrigina: o paracetamol poderá diminuir os efeitos da lamotrigina.
  • Varfarina: monitorar risco de sangramento.

Lactação. Compatível.

 

Ácido acetilsalicílico

Grupo farmacológico. Antiplaquetário; anti-inflamatório não esteroide; inibidor da COX-1 e COX-2.

Apresentações. Cpr revestidos de 100, 162, 200, 300 e 500mg; cpr de 85, 100, 165, 300, 325 e 500mg.

Usos. Dor de intensidade leve a moderada, febre, inflamação; profilaxia de IAM e AVE; artrite reumatoide, osteoartrite, gota e febre reumática, procedimento de revascularização (p.ex., bypass, coronário e angioplastia) e as apresentações de cardiopatia isquêmica; trombose vascular periférica, fibrilação atrial (alternativa para os pacientes que não podem usar anticoagulante oral); próteses valvulares cardíacas.

Contraindicações. Discrasias sanguíneas; úlcera péptica ativa; suspeita de dengue; crianças com asma, rinite e pólipos nasais; gestação no terceiro trimestre (categoria D de risco).

Posologia.

  • Adultos: Analgésico e antipirético: 500mg, a cada 4-6 h (máx. de 4g/dia). Fase aguda do IAM: 160-325mg, mastigados. Angioplastia: 80-325mg/dia, iniciando 2h antes do procedimento. AVE isquêmico: 30-325mg/dia.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrado com alimentos, água ou leite para reduzir o desconforto gastrintestinal, preferencialmente com 250mL de líquido.
  • Via sonda: o cpr normal pode ser administrado via sonda (uso imediato). As formas farmacêuticas tamponadas e gastrorresistentes (Bufferin®/Prevent®) não podem ser administradas via sonda. No momento da administração: pausar a dieta enteral, irrigar a sonda com 10-30mL de água, administrar o medicamento e, ao término, irrigar novamente a sonda com água. Se o paciente receber mais de um medicamento, administrar um de cada vez, sempre irrigando a sonda com água (5-10mL) entre as administrações.

Interações medicamentosas.

  • IECAS, diuréticos tiazídicos, betabloqueadores e ácido ursodesoxicólico: o ácido acetilsalicílico pode reduzir a eficácia destes medicamentos.
  • Corticosteroides, trombolíticos, inibidores da recaptação de serotonina, antiplaquetários, inibidores dos canais de cálcio: esses medicamentos podem potencializar os efeitos do ácido acetilsalicílico.
  • Probenecida: pode ter seus efeitos antagonizados pelo ácido acetilsalicílico.

Lactação. Usar com precaução.

 

Anfotericina B (desoxicolato)

Grupo farmacológico. Antifúngico.

Apresentação. Fr-amp de 50mg.

Usos. Candidíase, criptococose, aspergilose invasiva, blastomicose pulmonar grave ou extrapulmonar, histoplasmose pulmonar grave, crônica ou disseminada; coccidioidomicose grave, extrapulmonar ou em pacientes com IR crônica, imunodeprimidos, nos neonatos e nas gestantes; esporotricose cutânea que não respondeu a outro tratamento ou em doença pulmonar, osteoarticular, do SNC e disseminada; para coccidioidomicose resistente a outros agentes, infecções invasivas por Fusarium sp. Mucormicose, aspergilose invasiva, esporotricose extracutânea e criptocose; tratamento empírico de pacientes neutropênicos, com febre persistente apesar do uso de antibióticos.

Contraindicação. Lactação.

Posologia. A dose varia de acordo com a doença em tratamento. Para a maioria dos casos, usa-se 0,5-1mg/kg/dia ou 1-1,5mg/kg, em dias alternados. Em infecções graves por fungos pouco sensíveis (como na aspergilose e na mucormicose) ou em infecções do SNC, pode-se usar 1,5mg/kg/dia. A administração em infusão contínua pode reduzir os efeitos adversos e permite doses de até 2mg/kg/dia. Adultos: Aspergillus: 0,6-0,7mg/kg/dia, por 3-6 meses. Blastomicose: dose total de 2g para doença meníngea ou pulmonar grave ou outras formas de doença em pacientes imunodeprimidos. Cândida: candidemia: 0,61mg/kg/dia, até 14 dias após a última hemocultura positiva e resolução dos sinais e sintomas; crônica ou disseminada: 0,60,7mg/kg/ dia, por 3-6 meses, com resolução clínica e por imagem da lesão; esofágica: 0,3-0,7mg/kg/dia, por 14-21 dias; somente cistite: irrigação vesical (com 50µg/mL em água destilada) instilada em cateter de três vias, de 6/6 h, com permanência de 30-90 min ou contínua por 5-10 dias, ou até culturais negativos (por exigir uso de sistema aberto de sondagem vesical, aumenta o risco de infecções urinárias, devendo ser evitada); endocardite: 0,6-1mg/kg/dia, com ou sem flucitosina na primeira semana, por, pelo menos, 2 meses; endoftalmite: 0,71mg/kg/dia, com ou sem flucitosina, por, pelo menos, 4 semanas (podem ser administrados 10µg/0,1mL de água destilada intravítrea em associação); meningite: 0,71mg/kg/dia, com ou sem flucitosina, por, pelo menos, 4 semanas; osteomielite: 0,5-1mg/kg/dia, por 6-10 semanas. Coccidioidomicose: dose total de 1-1,5g, na maioria dos casos, e 2,5-3g ou mais em imunodeprimidos e em pacientes com meningite ou com doença recidivante. Em doença meníngea, usar a dose IVintravenosa associada à intratecal. Em pacientes com aids, usar dose de manutenção (até reconstituição imunológica), com 50-80mg/semana, nos casos de meningite. Criptococose: meningoencefalite: dose de 0,5-0,7mg/kg/dia, associada à flucitosina 150mg/kg/dia, por 6 semanas. Em pacientes com aids, usar 0,7-1mg/kg/dia, por 6-10 semanas, com ou sem flucitosina, 100mg/kg/dia (dose de 0,7kg/dia de anfotericina), por 14 dias e, após, trocar para fluconazol, ou de forma contínua por 6-10 semanas. Após, manutenção (se não houver azólico disponível) de 1-1,5mg/kg, a cada 3 dias, por, pelo menos, 1 ano (se recuperação imunológica com CD4 > 150 cél/mm3); forma pulmonar não grave: 0,5-0,7mg/kg/dia (com flucitosina), por 2 semanas; na aids, 0,51mg/kg/dia. Cromomicose ou feohifomicose: 0,7-1mg/kg/dia, em combinação com azólico. Esporotricose: 0,5mg/kg/dia, com dose total de 2g. Histoplasmose: 0,5-1mg/kg/dia, com dose total de, pelo menos, 15mg/kg e manutenção com itraconazol indefinidamente (imunossuprimidos). Meningoencefalite: tratamento supressivo com fluconazol. Como alternativa, manutenção com 50-80mg de anfotericina B, 12x/semana, se não utilizar azólico. Mucormicose: 1-1,5mg/kg/dia. Leishmaniose, na tegumentar americana: 1mg/kg, em dias alternados (dose máxima diária de 50mg), dose letal de 1,2-1,8g; no calazar (leishmaniose visceral): 1mg/kg/dia (até 50mg/dia), com dose total de 15-25mg/kg. Profilaxia após transplante de medula óssea: pode ser utilizada logo após, na dose de 0,10-25mg/kg/dia para reduzir risco de micose invasiva. Intratecal: 0,05-0,1mg, diluídos em 5mL ou mais de líquido cerebrospinal, até 0,5mg, para aplicações 3x/semana, ou até 0,3mg, para aplicações diárias (é tóxica e reservada para situações especiais, quando não pode ser utilizada a via sistêmica).

Modo de administração.

  • Via intravenosa: não há necessidade de dose teste. A infusão IVintravenosa pode ser realizada diluindo-se a dose do medicamento em 250-500mL de SG 5% e administrando-se de 2-6 h. A infusão em acesso periférico deve obedecer a concentração máxima de 0,1mg/mL e, em acesso central, de 0,5mg/mL.
  • Via intramuscular: não.

Interações medicamentosas.

  • Aminoglicosídeos, flucitosina, ciclosporina: a presença de anfotericina pode aumentar a concentração plasmática desses medicamentos.
  • Corticoides: podem desencadear aumento na concentração plasmática da anfotericina.
  • Fluconazol: o antifúngico pode reduzir os níveis séricos da anfotericina.

Lactação. Contraindicado.

 

Anfotericina B (complexo lipídico)

Grupo farmacológico. Antifúngico.

Apresentação. Fr-amp de 20mL com 100mg e de 10mL com 50mg.

Usos. Pacientes com indicação de uso de anfotericina B que apresentam toxicidade à preparação convencional e em infecções por Aspergillus.

Contraindicação. Lactação.

Posologia. 2,5-5mg/kg/dia, em infusão única.

Modo de administração.

  • Via intravenosa: diluir a dose na concentração de 1mg/mL (100mg em 100mL) de SG 5%. Para pacientes com restrição hídrica, diluir a dose na concentração de 2mg/mL (100mg em 50mL) de SG 5%. Administrar na velocidade de 2,5mg/kg/h. Se o tempo de infusão for superior a 2 h, agitar a bolsa a cada 2 h.
  • Via intramuscular: não.

Interações medicamentosas.

  • Aminoglicosídeos, flucitosina, ciclosporina: a presença de anfotericina pode aumentar a concentração plasmática desses medicamentos.
  • Corticoides: podem desencadear aumento na concentração plasmática da anfotericina.
  • Fluconazol: o antifúngico pode reduzir os níveis séricos da anfotericina.

Lactação. Contraindicado.

 

Anfotericina B (lipossomal)

Grupo farmacológico. Antifúngico.

Apresentação. Fr-amp com 50mg de 10mL.

Usos. Pacientes com indicação para o uso de anfotericina B e não toleram ou tenham toxicidade à preparação convencional. Indicada na terapêutica empírica de infecção fúngica presumida, em suspeita de infecção fúngica na neutropenia febril, tratamento de criptococose e meningite criptocócica em pacientes com HIV, tratamento de infecções por espécies de Aspergillus, Candida, e na leishmaniose visceral.

Contraindicação. Lactação.

Posologia. 1-6mg/kg/dia. Na terapia empírica, utilizar 3mg/kg. Criptococcus (exceto meningite), Aspergillus e Candida: utilizar 3-5mg/kg/dia. Meningite criptocócica: utilizar 6mg/kg/dia. Leishmaniose visceral: imunocompetentes, utilizar 3mg/kg, do 1º ao 5º dia, e, após, no 14º e no 21º dia (considerar a repetição do tratamento para aqueles que não respondem completamente); imunodeprimido, utilizar 4mg/kg, do 1º ao 5º dia, e, após, no 10º, 17º, 24º, 31º e 38º dia (considerar manutenção do tratamento com outro medicamento até reconstituição imunológica).

Modo de administração.

  • Via intravenosa: diluir a dose na concentração de 2mg/mL de SG 5% e infundir de 12 h (2,5mg/kg/hora). Sempre utilizar filtro de 5 micra para aspirar o medicamento (acompanha o produto) e diluir em soro. Para a infusão, pode-se usar filtro não inferior a 1 micra.
  • Via intramuscular: não.

Interações medicamentosas.

  • Aminoglicosídeos, flucitosina, ciclosporina: a presença de anfotericina pode aumentar a concentração plasmática desses medicamentos.
  • Corticoides: podem desencadear aumento na concentração plasmática da anfotericina.
  • Fluconazol: o antifúngico pode reduzir os níveis séricos da anfotericina.

Lactação. Não recomendado.

 

Atorvastatina

Grupo farmacológico. Estatina; age inibindo competitivamente a enzima hidroximetilglutaril-coenzima A, antilipêmico.

Apresentações. Citalor® (cpr revestidos de 10, 20, 40 e 80mg), Lípitor® (cpr de 10, 20, 40 e 80mg; cpr revestido de 20mg).

Usos. Dislipidemia, prevenções primária e secundária da cardiopatia isquêmica.

Contraindicações. Doença hepática ativa, elevação persistente das transaminases séricas, gestação (categoria de risco X) e lactação.

Posologia.

  • Adultos: dose inicial de 10mg, VO, a cada 24 h. Ajustar a dose, em intervalos de 4-8 semanas, até atingir os níveis-alvo para os lipídeos séricos. Dose máxima de 80mg/dia.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrada com alimentos, em qualquer horário do dia.
  • Via sonda: os cpr podem ser dispersos em volume adequado de água fria e administrados via sonda. Os cpr apresentam revestimento, mas este não é entérico. No momento da administração: pausar a dieta enteral, irrigar a sonda com 10-30mL de água, administrar o medicamento e, ao término, irrigar novamente a sonda com água. Se o paciente receber mais de um medicamento, administrar um de cada vez, sempre irrigando a sonda com água (5-10mL) entre as administrações.

Interações medicamentosas.

  • Ácido fusídico, alisquireno, digoxina, midazolam, topotecano: pode ocorrer aumento da concentração plasmática desses medicamentos.
  • Amiodarona, colchicina, fluconazol, ciclosporina, dasatinibe, fibratos, sildenafil, inibidores da protease, voriconazol, diltiazem: podem ocasionar aumento dos níveis séricos da atorvastatina, desencadeando miopatia ou rabdomiólise.
  • Fenitoína, Hypericum, rifampicina, efavirenz: podem causar redução dos efeitos da atorvastatina.
  • Rituximabe: a atorvastatina interage, reduzindo os efeitos do rituximabe.

Lactação. Contraindicado.

 

Azitromicina

Grupo farmacológico. Macrolídeo; antibacteriano.

Apresentações. Cps ou cpr com 250, 500 ou 1.000mg; susp oral com 40mg/mL; fr-amp com 500mg; cpr revestidos de 500 ou 1.000mg.

Usos. Infecções bacterianas de vias aéreas, de tecidos moles, de pele e em casos de sinusite aguda. Tratamento e profilaxia das micobacterioses atípicas em pacientes com aids. Uretrites e cervicites, pela boa atividade contra os patógenos envolvidos e pela longa meia-vida. Tratamento de shigelose, febre tifoide e coqueluche. Erradicação do estado de portador do meningococo. Alternativa para o tratamento de gonorreia, leishmaniose cutânea e donovanose.

Contraindicação. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Adultos: 500mg, VO, 1x/dia, ou 10mg/kg/dia, por 35 dias, para o tratamento de infecções cutâneas, sinusites, otites, shigelose e salmonelose; 7-10 dias para o tratamento de pneumonias. Aprovada em dose única de 30mg/kg para tratamento de otite média aguda. Faringite estreptocócica: 12mg/kg/dia, por 5 dias, ou 20mg/kg/dia, por 3 dias. Cancroide: dose única de 20mg/kg (máx. 1g). Uretrite/cervicite por clamídia: dose única de 10mg/kg. Tracoma: dose única de 20mg/kg (máx. 1g). Infecções por Campylobacter: 10mg/kg (máx. 500mg), 1x/dia, por 5 dias.
  • Para prevenção e tratamento de micobacterioses atípicas em pacientes com HIV: 5mg/kg/dia ou 20mg/kg, 1x/semana. Babesiose: 12mg/kg/dia, por 7-10 dias, em combinação com atovaquona. Tratamento e profilaxia da coqueluche: 10-12mg/kg/dia (máx. 500mg), por 5-7 dias. Profilaxia daendocardite: 15mg/kg, 1 h antes do procedimento. Erradicação do estado de portador do meningococo: adolescentes e adultos, 500mg, em dose única.

Modo de administração.

  • Via oral: formulações de liberação imediata (cpr, cps e suspensão oral) podem ser administradas com alimentos.
  • Via sonda: administrar a suspensão oral via sonda. No momento da administração: pausar a dieta enteral, irrigar a sonda com 10-30mL de água, administrar o medicamento e, ao término, irrigar novamente a sonda com água. Se o paciente receber mais de um medicamento, administrar um de cada vez, sempre irrigando a sonda com água (5-10mL) entre as administrações.
  • Via intravenosa: diluir a dose em 250-500mL de SF 0,9% ou SG 5%. Administrar em infusões de 1 h (250mL) a 3 h (500mL).
  • Via intramuscular: não.

Interações medicamentosas.

  • Antiácidos: reduzem os níveis séricos da azitromicina em até 24%.
  • Tacrolimus, fenitoína, ergotamina, astemizol, bromocriptina, carbamazepina, ciclosporina, digoxina, triazolam: podem ter seus efeitos aumentados na presença da azitromicina.
  • Pimozida, sotalol: há risco aumentado de cardiotoxicidade.
  • Nelfinavir: há aumento dos níveis séricos da azitromicina, podendo desencadear efeitos adversos (diarreia, ototoxicidade, hepatotoxicidade).
  • Varfarina: pode ocorrer aumento dos riscos de sangramento.

Lactação. Usar com precaução.

 

Bisoprolol

Grupo farmacológico. Betabloqueador; beta-1 seletivo.

Apresentações. Cpr revestido de 1,25; 2,5; 5 e 10mg.

Usos. HAS e ICC.

Contraindicações. Bradicardia severa, bradiarritmias, bloqueio de 2º ou 3º graus sem marca-passo, asma brônquica, ICC sintomática.

Posologia.

  • Adultos: HAS: 2,5-10mg, VO, a cada 24h. Dose máxima de 10mg/dia. ICC: 1,25-10mg, VO, a cada 24h.

Modo de administração:

  • Via oral: os cpr podem ser ingeridos com ou sem alimentos.
  • Via sonda: dado não disponível.

Interações medicamentosas:

  • Ginseng, alho: poderá ocorrer piora da hipertensão.
  • Amiodarona, anlodipino, diltiazem, fentanil: o uso concomitante poderá resultar em hipotensão ou bradicardia.
  • Amifostina, antipsicóticos, insulina, lidocaína, rituximabe: pode ocorrer aumento do efeito do bisoprolol.
  • Diclofenaco, dipirona, ibuprofeno: poderá interferir no efeito anti-hipertensivo.
  • Formoterol: poderá ocorrer diminuição dos efeitos desse medicamento pela interferência do bisoprolol.
  • Glibenclamida, insulina: poderá resultar em hipoglicemia ou hiperglicemia ou hipertensão.

Lactação: Usar com precaução.

 

Captopril

Grupo farmacológico. Inibidor da enzima conversora da angiotensina, anti-hipertensivo.

Apresentações. Cpr de 12,5, 25 e 50mg. Captopril + hidroclorotiazida (cpr de 50 + 25mg).

Usos. HAS, urgências hipertensivas, DM com proteinúria, ICC, pós-IAM.

Contraindicações. Estenose bilateral da artéria renal e angioedema, gestação no 2º e 3º trimestres (categoria de risco D).

Posologia.

  • Adultos: em HAS, dose de 25-100mg, VO, 2x/dia, 1h antes das refeições. Em urgências hipertensivas, 12,5-25mg, VO, repetidos a cada hora, conforme resposta. Em ICC e IAM, inicia-se com doses mais baixas (6,25-12,5mg), VO, 2-3x/dia. Dose máxima de 150mg/dia. Em nefropatia diabética, 25mg, VO, 3x/dia. Na uremia, recomenda-se a administração após a hemodiálise.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar em jejum, 1 hora antes ou 2 horas após alimentação. Evitar o uso de antiácidos em horário próximo do medicamento.
  • Via sonda: os cpr dispersam-se facilmente em água. Também pode-se preparar a suspensão oral a partir dos cpr para facilitar a administração via sonda. No momento da administração: pausar a dieta enteral 30 minutos antes e após a administração do captopril, pois há alteração na biodisponibilidade do medicamento.

Interações medicamentosas.

  • Suplementos de potássio: poderão desencadear hipercalemia.
  • Alopurinol, amifostina, azatioprina, ciclosporina, lítio, rituximabe e anti--hipertensivos: poderão ter seus níveis séricos aumentados com o uso concomitante com captopril.
  • Trimetoprima, sal de potássio, diuréticos, sirolimus, diazóxido, darunavir: os níveis séricos do captopril poderão aumentar, desencadeando quadro de toxicidade.
  • Indometacina, AINEs: o uso concomitante poderá resultar em redução do efeito anti-hipertensivo.
  • Fitoterápicos: se possível, evitar o uso.
  • Antiácidos: diminuem o efeito do captopril, administrar separadamente.

Lactação. Compatível.

 

Carvedilol

Grupo farmacológico: Bloqueador dos receptores alfa e beta-adrenérgicos, anti-hipertensivo.

Apresentações: Cpr simples e cpr de absorção retardada de 3,125; 6,25; 12,5 e 25mg.

Usos: HAS e ICC.

Contraindicações: Bradicardia severa, bradiarritmias, bloqueio de 2º ou 3º graus sem marca-passo, asma brônquica, ICC sintomática, choque cardiogênico. Não é recomendado quando houver doença hepática ativa, gestação no 2º e 3º trimestres (categoria de risco D).

Posologia:

  • Adultos: HAS: 12,5-50mg, VO, a cada 12 h. ICC: 3,125-25mg, VO, a cada 12 h. Se bem tolerada, a dose deve ser dobrada a cada 2 semanas e assim progressivamente até uma dose máxima de 25mg/2x/dia. O objetivo da terapêutica betabloqueadora na ICC é a obtenção da dose máxima tolerada (25mg/2x/dia), que, comprovadamente, reduz mortalidade e melhora a fração de ejeção em comparação com doses menores (6,25mg e 12,5mg/2x/dia). Dose máxima: < 85kg-50mg/dia; > 85kg-100mg/dia.

Modo de administração:

  • Via oral: pode ser administrado com alimentos, pois minimiza os efeitos de hipotensão ortostática.
  • Via sonda: os cpr dispersam-se facilmente em água (uso imediato). Também pode-se preparar a suspensão oral a partir dos cpr para facilitar a administração via sonda. Administrar separadamente da dieta enteral.

Interações medicamentosas:

  • Amifostina, clorpromazina, digoxina, ciclosporina, insulina, lidocaína, rituximabe, topotecano: o carvedilol pode desencadear aumento nos níveis séricos desses medicamentos.
  • Amiodarona, clorpromazina, cimetidina, darunavir, diazóxido, dipiridamol, fluoxetina: os níveis séricos do carvedilol podem aumentar na presença desses medicamentos.
  • Teofilina: há redução na concentração plasmática da teofilina.
  • Metilfenidato, AINEs, rifampicina: interferem na concentração sérica do cervedilol, reduzindo-a.

Lactação. Não recomendado.

 

Clopidogrel

Grupo farmacológico. Antiplaquetário; age inibindo a ligação do difosfato de adenosina ao seu receptor glicoproteína IIb-IIIa nas plaquetas em sua forma ativa.

Apresentação. Comprimidos simples e comprimidos revestidos 75mg.

Usos. Redução de eventos aterotrombóticos em pacientes com história recente de IAM e AVE isquêmico; doença arterial periférica estabelecida; prevenção de complicações trombóticas em pacientes pós-ACTP com stent.

Contraindicações. Sangramento patológico ativo, como úlcera péptica ou hemorragia intracraniana; distúrbios da coagulação.

Posologia.

  • Adultos: Dose de ataque: 300-600mg, VO. Dose de manutenção: 75mg, VO, 1x/dia.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrado com ou sem a presença de alimentos.
  • Via sonda: os comprimidos devem ser triturados e dispersados em água para administração (uso imediato) ou fazer uso da suspensão oral preparada a partir dos comprimidos. Administrar separadamente da dieta enteral.

Interações medicamentosas.

  • Varfarina, salicilatos, abciximabe, alteplase, citalopram: poderão ter seus efeitos aumentados (risco de sangramento e lesão gastrintestinal).
  • Dasatinibe, fitoterápicos (arnica, boldo), rifampicina, anti-inflamatórios não esteroides: os níveis séricos do clopidogrel poderão se elevar, aumentando risco de efeitos adversos.
  • Eritromicina, azitromicina, omeprazol, lansoprazol, anti-inflamatórios não esteroides, anlodipino, cloranfenicol, cimetidina: poderão diminuir os efeitos do clopidogrel.

Lactação. Não recomendado.

 

Codeína

Grupo farmacológico. Analgésico opioide; atividade agonista sobre os receptores mü.

Apresentações. Ampolas de 2mL (15mg/mL); cápsulas com 30 e 60mg; cápsulas de 7,5mg quando associado ao paracetamol; xarope com 120mL; solução oral com 10mL (3mg/mL).

Usos. Dor leve a moderada principalmente no pós-operatório e em pacientes com neoplasias; em doses baixas para tosse não produtiva.

Contraindicações. Gestação e uso prolongado ou em altas doses a termo (categoria de risco D).

Posologia.

  • Adultos: Analgesia 30-60mg, VO, a cada 4-6 horas; 30mg, IM ou SC, a cada 4-6 horas. Tosse: 10-20mg, VO, até cada 4-6 horas.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrado com alimentos ou água para diminuir sintomas gastrintestinais. As formas líquidas podem ser diluídas em água para facilitar a administração.
  • Via sonda: utilizar a solução oral ou o xarope para ser administrado via sonda. Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via endovenosa: não.
  • Via intramuscular: sim.
  • Via subcutânea: sim.

Interações medicamentosas.

  • Fluoxetina, sertralina, paroxetina, desmopressina, alprazolam, bromazepam, hidrato de cloral, clordiazepóxido, clobazam, clonazepam, dantrolene, diazepam, flunitrazepam, lorazepam, petidina, midazolam, morfina, nitrazepam: aumento dos riscos de depressão respiratória.

Lactação. Usar com precaução.

 

Diltiazem

Grupo farmacológico. Bloqueador dos canais de cálcio; não diidropiridínico. Hipotensor arterial.

Apresentações. Comprimidos de 30 e 60mg; fr-amp de 25 e 50mg; cápsula com microemulsão de liberação retardada com 90, 120, 180, 240 e 300mg; comprimidos revestidos de desintegração lenta de 30, 60, 90, 120, 240 e 300mg.

Usos. HAS, angina pectoris, angina vasoespástica, arritmias (reentrada sinoatrial, taquicardia sinusal inapropriada, reentrada nodal AV, reentrada AV; diminui a resposta ventricular em pacientes com fibrilação e flutter atrial).

Contraindicações. Disfunção do nó sinusal, bloqueio AV de 2º ou 3º graus, choque cardiogênico, hipotensão arterial, ICC descompensada, flutter e fibrilação atrial em pacientes com síndrome de Wolff-Parkinson-White.

Posologia.

  • Adultos: Comprimido de liberação prolongada: iniciar com 120-180mg, 1x/dia (dose máxima de 480mg/dia). Comprimido de liberação imediata: iniciar com 30-60mg, 3-4x/dia (dose usual 180-360mg/dia). Arritmias: ataque de 0,25mg/kg, IVintravenosa; manutenção de 10mg/h, IVintravenosa, contínuo, ou 180-360mg, VO, ao dia.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar com ou sem a presença de alimentos, com um copo de água.
  • Via sonda: administrar a suspensão oral preparada a partir dos comprimidos; pode-se triturar e dissolver o pó dos comprimidos de liberação imediata em água e administrar via sonda (uso imediato). Não se recomenda a trituração de comprimidos de liberação prolongada pelo risco de perda de efeito. Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via endovenosa: Bolo: pode ser administrado direto, em 2 minutos. IVintravenosa/contínuo: a dose do medicamento pode ser diluída em SF 0,9% ou SG 5%, na concentração máxima de 1mg/mL, 5 a 10mg/hora.
  • Via intramuscular: não.

Interações medicamentosas.

  • Amifostina, amiodarona, aprepitanto, buspirona, anti-hipertensivos, nifedipino, carbamazepina, digoxina, corticoides, ciclosporina, sinvastatina, atorvastatina, carbonato de lítio, sais de magnésio, nitroprussiato, pancurônio, fenitoína, rituximabe, salmeterol, tacrolimus: o uso concomitante com diltiazem poderá aumentar os efeitos desses medicamentos.
  • Fluconazol, aprepitanto, cinmetidina, ciclosporina, dasatinibe, diazóxido, eritromicina, moclobemida, selegilina, darunavir, indinavir: os efeitos do diltiazem poderão aumentar na presença desses medicamentos.
  • Clopidogrel: poderá ter seus efeitos diminuídos na presença do diltiazem.
  • Cálcio, barbitúricos, carbamazepina, deferasirox, metilfenidato, rifampicina: os efeitos do diltiazem poderão diminuir na presença desses medicamentos.

Lactação. Não recomendado.

 

Duloxetina

Grupo farmacológico. Antidepressivo; inibidor seletivo da recaptação de serotonina e noradrenalina.

Apresentações. Cápsulas com microgrânulos de liberação retardada com 30 e 60mg; cápsula com microgrânulos com 20 e 40mg.

Usos. Depressão, neuropatia diabética, transtorno de ansiedade generalizada, fibromialgia e dor muscular crônica.

Contraindicações. Uso de IMAO nas duas últimas semanas (deve ser obedecido um intervalo de 14 dias ou mais entre os dois fármacos), glaucoma de ângulo fechado, insuficiência hepática, renal ou cardíaca graves.

Posologia.

  • Adultos: iniciar o tratamento com 30mg, VO, uma vez ao dia, com objetivo de atingir a dose de 60mg/dia. O aumento da dose deve ser feito gradualmente, em um período de 3 semanas. Estudos avaliaram doses até 120mg/dia, mas não encontraram aumentos na eficácia com doses acima de 60mg/dia. A retirada deve ser gradual para evitar síndrome de retirada.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar com ou sem a presença de alimentos, com água. Não mastigar e não abrir a cápsula para misturar seus microgrânulos em líquidos ou alimentos.
  • Via sonda: não recomendado pelo risco de obstrução da sonda.

Interações medicamentosas.

  • Abciximabe, ácido salicílico, celecoxibe, clopidogrel, dalteparina, diclofenaco, dicumarol, dipiridamol, dipirona, enoxaparina, heparina, ibuprofeno, indometacina, nadroparina, tenoxicam: risco aumentado de sangramento.
  • Amitriptilina, clorpromazina, clomipramina, imipramina, nortriptilina: poderá ocorrer aumento nos níveis plasmáticos desses medicamentos, podendo levar a efeitos tóxicos.
  • Citalopram, desvenlafaxina, escitalopram, fluoxetina, linezolida, carbonato de lítio: risco aumentado de desencadear síndrome serotoninérgica.

Lactação. Não recomendado.

 

Enalapril

Grupo farmacológico. Anti-hipertensivo. Inibidor da enzima conversora da angiotensina I.

Apresentações. Cpr de 2,5, 5, 10 e 20mg; cps de 5, 10 e 20mg. Maleato de enalapril + hidroclorotiazida (cpr 10 + 25mg; 20 + 12,5mg).

Usos. HAS, ICC, disfunção de ventrículo esquerdo pós-IAM.

Contraindicações. Estenose bilateral da artéria renal e angioedema, gestação no 2º e 3º trimestres (categoria de risco D).

Posologia.

  • Adultos: em HAS, a dose diária usual varia de 2,5-40mg/dia, VO, 1 ou 2x/dia. Em hipertensão renovascular, iniciar com 2,5-5mg. Em ICC, a dose inicial é 2,5-5mg, 1 ou 2x/dia (utilizar a menor dose inicialmente em pacientes com IR, hiponatremia ou ICC grave). Dose máxima: 40mg/dia.

Modo de administração.

  • Via oral: o medicamento pode ser administrado com ou sem a presença de alimentos.
  • Via sonda: preferencialmente, administrar a suspensão oral a partir dos cpr via sonda. Os cpr podem ser triturados e dispersos em volume adequado de água para a administração, sem perda de efeito (uso imediato). Administrar separadamente da dieta enteral.

Interações medicamentosas.

  • Azatioprina, ciclosporina, gluconato férrico, carbonato de lítio, rituximabe: o uso concomitante com enalapril poderá elevar os níveis séricos desses medicamentos, aumentando seus efeitos.
  • Diazóxido, furosemida, moclobemida, sais de potássio, espironolactona, sirolimus, hidroclorotiazida, clortalidona, trimetoprima: os efeitos do enalapril poderão se potencializar na presença desses medicamentos.
  • Hidróxido de alumínio, hidróxido de magnésio, metilfenidato, AINEs, salicilatos: os efeitos do enalapril poderão diminuir na presença desses medicamentos; monitorar efeitos.

Lactação. Não recomendado.

 

Enoxaparina

Grupo farmacológico. Heparina de baixo peso molecular; liga-se à antitrombina III e exerce sua atividade anticoagulante principalmente pela inibição do fator Xa.

Apresentações. Seringas preenchidas de 20, 40, 60, 80, 100mg com 0,2, 0,4, 0,6, 0,8 e 1mL, respectivamente.

Usos. Tratamento da TVP; profilaxia da TVP e recidivas associadas à cirurgia ortopédica, à cirurgia geral, recidivas em pacientes acamados; prevenção da coagulação do circuito extracorpóreo durante hemodiálise; tratamento da angina instável e do IAM sem supradesnível de ST.

Contraindicações. Trombocitopenia, hemorragia ativa de grande porte e condições de alto risco de hemorragia incontrolável, incluindo AVE hemorrágico recente.

Posologia.

  • Adultos: Profilaxia de TVP e TEP: 20-40mg, SC, 1x/dia. Tratamento da TVP, angina instável e IAM sem supradesnível de ST: 1mg/kg, SC, a cada 12 h. Na TVP, por 10 dias, e na angina instável e IAM sem supradesnível de ST, por 2-8 dias.

Modo de administração.

  • Via endovenosa: Em bolo – para IAM sem supradesnível de ST: direto ou diluído em SF 0,9% ou SG 5%. Irrigar acesso venoso com SF 0,9% ou SG 5%, antes e após a administração de enoxaparina.
  • Via intramuscular: não.
  • Via subcutânea: sim, no abdome (cintura), alternando os lados direito e esquerdo. O paciente deve estar deitado em posição supina para a administração; introduzir a agulha verticalmente. Na dificuldade de administração na região do abdome, o medicamento pode ser administrado na coxa ou no braço, em local que apresente prega cutânea.

Interações medicamentosas.

  • AINEs, dasatinibe, salicilatos, alteplase, abciximabe, femprocumona, varfarina, droperidol, duloxetina, paroxetina, fluoxetina, sertralina, dipiridamol: o uso concomitante de enoxaparina com esses medicamentos poderá potencializar seu efeito; monitorar risco de sangramento.

Lactação. Usar com precaução.

 

Fluconazol

Grupo farmacológico. Antifúngico.

Apresentações. Cápsulas de 50, 100, 150, ou 200mg. Solução para infusão com 2mg/mL em 100mL.

Usos. Candidemia, candidíase orofaríngea, esofágica, peritoneal, geniturinária, óssea e disseminada; meningite criptocócica, dermatofitoses superficiais e em certos casos de coccidioidomicose. Profilaxia de infecções fúngicas sistêmicas em pacientes pós-transplante de medula óssea. Droga de escolha para o tratamento de manutenção da meningite criptocócica e no tratamento das infecções urinárias por cepas sensíveis de Candida sp.

Contraindicações. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Adultos: as doses são as mesmas para VO e IVintravenosa e, geralmente, situam-se entre 200-400mg/dia, ou 3-6mg/kg/dia (dependem da condição em que estão indicadas). Em casos muito graves, pode-se usar até 12mg/kg/dia, especialmente se houver envolvimento do sistema nervoso central. Candidíase: Candidemia: em não neutropênicos, 400-800mg/dia, por mais 14 dias após última cultura positivo e melhora dos sinais e sintomas; em neutropênicos, 6-12mg/kg, por mais 14 dias após última cultura positivo e melhora dos sinais e sintomas. Candidíase oral: dose de ataque de 200mg e manutenção com 100mg/dia, por 10-14 dias (considerar manutenção em imunossuprimidos e em doença de repetição). Candidíase esofágica: dose de ataque de 200mg e, após, 100mg/dia, por 2-3 semanas. Candidíase crônica sistêmica: 6-12mg/kg/dia, por 3-6 meses. Endoftalmite e endocardite em válvula artificial: 6-12mg/kg/dia, por 6 semanas após intervenção cirúrgica. Na profilaxia do transplante de medula óssea: 400mg/dia (começar aproximadamente 3 dias antes da neutropenia e continuar até após 1 semana da resolução da neutropenia). Candidíase urinária: 200mg/dia, por 1-2 semanas. Candidíase vaginal: dose única de 150mg oral é efetiva (não é tão efetiva quando recorrente, como mais de 4 episódios/ano). Criptococose: Meningite por Cryptococcus neoformans: ataque com 400mg/dia em associação a 25mg/kg, a cada 6 h, de flucitosina, por 6 semanas, ou (sem flucitosina) 400-800mg/dia, por 10-12 semanas; manutenção com 200mg/dia, indefinidamente ou até reconstituição imunológica. Em casos refratários, considerar doses de até 1.200mg/dia. Após tratamento de ataque de 2 semanas de anfotericina B em casos não graves: transição com 400mg/dia até resultado negativo de cultura (após manutenção, como anteriormente citado). Criptococose pulmonar (não grave): 200-400mg/dia, por 6-12 meses. Considerar dose de manutenção na aids sem reconstituição imunológica. Coccidioidomicose: 400mg/dia (considerar até 1.000mg/dia em casos de meningite), por 3-6 meses em casos não complicados e por 1 ano em infecção pulmonar crônica.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser admininistrado com ou sem a presença de alimentos.
  • Via sonda: pode-se abrir a cápsula e misturar o pó em água para administração via sonda (uso imediato) ou preparar a suspensão oral. Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via endovenosa: IVintravenosa/intermitente ou contínua: diluir a dose na concentração máxima de 2mg/mL. Administrar em 1-2 horas (velocidade máxima de 200mg/h). Algumas especialidades já vêm prontas em bolsas para administração.
  • Via intramuscular: não.

Interações medicamentosas.

  • Anticoncepcionais: aumento nos riscos de efeitos adversos.
  • Alfentanil, celecoxibe, colchicina, metadona, midazolam, quetiapina, tacrolimus, zidovudina: o fluconazol poderá prolongar os efeitos do medicamento, com aumento dos níveis séricos.
  • Clopidogrel, prednisona, rifampicina: o uso concomitante com fluconazol poderá reduzir os efeitos.
  • Amiodarona, amitriptilina, astemizol, hidrato de cloral, cloroquina, clorpromazina, cisaprida, claritromicina, droperidol, eritromicina, fluoxetina, foscarnet, haloperidol, imipramina, levofloxacino, nortriptilina, octreotida, pentamidina, risperidona, sotalol, espiramicina, sulfametoxazol/trimetoprima, tioridazina, ziprazidona: poderá desencadear efeito de cardiotoxicidade (arritmia cardíaca, torsade de pointes ou prolongamento QT).
  • Anlodipino, nifedipino: poderá ocorrer aumento nos efeitos tóxicos do anlodipino (sonolência, hipotensão, cefaleia, rubor, edema periférico).
  • Ergotamina, diidroergotamina: o uso concomitante poderá resultar em aumento nos efeitos de ergotismo (náusea, vômito e isquemia).
  • Femprocumona, varfarina: aumento nos riscos de sangramento.
  • Gliburida: efeitos de hipoglicemia.
  • Carbamazepina, fenitoína: poderá ocorrer aumento nos efeitos tóxicos desses medicamentos (ataxia, nistagmo, cefaleia, vômitos, apneia, convulsões).
  • Sirolimus: poderá resultar em efeitos de toxicidade (diarreia, hipocalemia, leucopenia, trombocitopenia, anemia).
  • Atorvastatina, lovastatina, sinvastatina: poderá desencadear miopatia ou rabdomiólise.
  • Carbamazepina, rifampicina: o fluconazol tem seu nível sérico reduzido por esses medicamentos.
  • Teofilina: pode ter seu nível sérico aumentado pelo fluconazol.
  • Ciclosporina: poderá desencadear toxicidade renal.
  • Nitrofurantoína: poderá resultar em aumento nos riscos de toxicidade hepática e/ou pulmonar.

Lactação. Não recomendado.

 

Hidrocortisona

Grupo farmacológico. Corticoide sistêmico.

Apresentações. Fr-amp com 100 e 500mg + diluente; fr-amp com 50mg/mL + 2mL diluente; fr-amp com 100mg/mL + 3mL diluente; fr-amp com 125mg/mL + 4mL diluente.

Usos. Insuficiência adrenocortical primária ou secundária, hiperplasia adrenal congênita, tratamento adjuvante na colite ulcerativa, antes de cirurgias ou em caso de trauma ou doença grave em pacientes com insuficiência adrenocortical duvidosa ou comprovada, asma grave.

Contraindicações. Infecção fúngica sistêmica.

Posologia.

  • Adultos: em urgências (anafilaxia, asma aguda grave, interrupção acidental do corticoide), a dose habitual é de 100-500mg, IVintravenosa, a cada 6 ou 8 horas até que o paciente esteja estabilizado, geralmente entre 48 e 72 horas. Na reposição por estresse ou cirurgia de médio porte após corticoterapia crônica recente ou em corticoterapia atual, 50mg, IVintravenosa, 12 horas antes ou 100mg, IVintravenosa, no momento da indução; nas cirurgias de grande porte, 50mg, IVintravenosa, 12 horas antes e 100mg, IVintravenosa, no momento da indução. Após, 50mg, IVintravenosa, a cada 8 ou 12 horas, durante 2-3 dias, em ambos os portes de cirurgia. Para colite ulcerativa, administração retal de 10-100mg, 1-2 vezes/dia por 2-3 semanas.

Modo de administração.

  • Via endovenosa: em bolo: pode-se diluir a dose em soro na concentração máxima de 50mg/mL ou administrar direto (sem diluir em soro), em 3-5 minutos. IVintravenosa/intermitente: diluir a dose em 100-250mL de SG 5% ou SF 0,9% e administrar em 30-60 minutos (concentração entre 2-5mg/mL). Restrição hídrica: diluir em 50mL de SF 0,9% ou SG 5% ou considerar concentração máxima para esses pacientes de 60mg/mL.
  • Via intramuscular: sim, reconstituir o pó liofilizado de 100mg com 2mL de diluente.
  • Via retal: administrar na forma de enema, reter a solução por 1 hora (preferencialmente à noite).

Interações medicamentosas.

  • Interleucina: redução da efetividade da interleucina.
  • Anfotericina B, clortalidona, furosemida, hidroclorotiazida: aumento no risco de hipocalemia.
  • Ácido salicílico: aumento nos efeitos de úlceras ou irritação gastrintestinal.
  • Atracúrio, pancurônio, rocurônio: o uso concomitante poderá resultar em diminuição nos efeitos dos bloqueadores neuromusculares, prolongando fraqueza muscular e miopatia.
  • Quetiapina, neostigmina, piridostigmina, tretinoína: poderá resultar em diminuição nas concentrações séricas desses medicamentos.
  • Carbamazepina, colestiramina, fenobarbital, fenitoína, primidona, rifampicina: poderá resultar em diminuição nos efeitos da hidrocortisona.
  • Ciprofloxacino, levofloxacino, norfloxacino: poderá ocorrer aumento nos riscos de ruptura de tendão.
  • Anticoncepcionais orais, itraconazol: poderá ocorrer prolongamento dos efeitos da hidrocortisona.
  • Vacinas: poderá resultar em resposta imunobiológica inadequada da vacina.
  • Femprocumona, varfarina: poderá resultar em aumento nos riscos de sangramento.
  • Indometacina: aumenta o risco de perfuração gastrintestinal.

Lactação. Usar com precaução.

 

Itraconazol

Grupo farmacológico. Antifúngico.

Apresentação. Cápsula com 100mg.

Usos. Micoses superficiais, incluindo dermatofitoses, onicomicoses, candidíase oral, vaginal e mucocutânea e tinea versicolor. É útil no tratamento da esporotricose, paracoccidioidomicose, cromomicose, coccidioidomicose, histoplasmose, blastomicose e na criptococose sem envolvimento do SNC. Boa atividade na aspergilose. Eficaz contra a forma cutânea de leishmaniose. Não é recomendada para o tratamento de micoses que envolvam o SNC, pois sua penetração nesse local é pequena.

Contraindicações. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula e gestação.

Posologia.

  • Adultos: a dose varia entre 100-400mg/dia. Doses de até 200mg podem ser administradas uma única vez ao dia; doses > 200mg devem ser administradas 2x/dia. Na aspergilose, é considerada droga de segunda linha, e a dose varia entre 100-200mg, a cada 12 h, por 1 ano (em situações especiais, pode-se considerar doses superiores, principalmente no início do tratamento). Candidíase oral refratária ao fluconazol, 100mg, a cada 12 h, por 1-2 semanas; na esofágica, 100-200mg/dia, por, pelo menos, 3 semanas. Na coccidioidomicose, 400mg/dia, por 9-12 meses (nos casos graves, ataque com 200mg, a cada 8 h, por 3 dias). Na cromoblastomicose, 100mg/dia, por 18 meses ou até melhora clínica. Na esporotricose linfocutânea, 100-200mg/dia, por 3-6 meses; na óssea ou pulmonar, 200mg, a cada 12 h, por 1-2 anos (em casos graves, começar com anfotericina B); na esporotricose associada à aids, manutenção com 200mg até reconstituição imunológica. Na criptococose sem envolvimento do SNC, 200-400mg/dia, por 6-12 meses (considerar manutenção até reconstituição imunológica nos indivíduos HIV-positivos). Na histoplasmose, sua dose varia de acordo com o local de envolvimento. Nos casos graves, o início do tratamento é com anfotericina B (ver em Anfotericinas) até melhora clínica (geralmente em 2 semanas) e, após, manutenção do tratamento com itraconazol (ver, a seguir, o tempo de tratamento). Nos casos leves a moderados, o tratamento começa com itraconazol, na dose de 200-400mg/dia. Na aguda pulmonar, com sintomas que persistem por tempo > 4 semanas, o tratamento deve ser por 6-12 semanas; na forma pulmonar crônica, por 1-2 anos; na mediastinite, por 6-12 meses; na disseminada, 6-18 meses; na associada à aids, ataque com 200mg, a cada 8 h, por 3 dias, após 200mg, a cada 12 h, por 12 meses, seguidos de manutenção com 200mg/dia enquanto durar a imunossupressão, ou, se recuperação imunológica, por, pelo menos, 18 meses e CD4 > 150 cél/mm3, e, em zonas endêmicas em indivíduos com CD4 < 150 cél/mm3, profilaxia com 200mg/dia reduz pela metade sua incidência em 1 ano. Na onicomicose, 200mg/dia, por 12 semanas. Na paracoccidioidomicose, de 200-400mg/dia, por 6 meses.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar o medicamento com alimentos, assim como bebidas ácidas (refrigerantes à base de cola e sucos cítricos). Aumento da absorção com estômago cheio. A solução oral (não disponível no Brasil) é melhor absorvida em jejum.
  • Via sonda: pode-se preparar a suspensão oral a partir das cápsulas para administrar via sonda. Administrar separadamente da dieta enteral.

Interações medicamentosas.

  • Anfotericina B: o itraconazol poderá diminuir os efeitos da anfotericina.
  • Hidróxido de alumínio, hidróxido de magnésio, deferasirox, didanosina, efavirenz, nevirapina, etravirna, omeprazol, cimetidina, carbamazepina, ranitidina, fenitoína, fenobarbital, lansoprazol, rifampicina, sucralfato e erva-de-são-joão: os efeitos do itraconazol poderão ser dimimuídos na presença desses medicamentos. Evitar uso em horários próximos.
  • Nelfinavir, lopinavir, atazanavir, fosamprenavir, saquinavir, ritonavir, eritromicina: os níveis e efeitos do itraconazol poderão aumentar na presença desses medicamentos.
  • Alfentanil, alprazolam, aprepitanto, buspirona, bussulfano, nilodipino, carbamazepina, cisaprida, digoxina, dexametasona, metilprednisolona, midazolam, ciclosporina, docetaxel, erlotinib, fentanil, sinvastatina, atorvastatina, fenitoína, pimozida, ritonavir, rifampicina, salmeterol, sirolimus, tacrolimus, topotecano, vimblastina, vincristina, ziprazidona, zolpidem: o itraconazol poderá aumentar os efeitos desses medicamentos, podendo desencadear reações tóxicas.

Lactação. Não recomendado.

 

Metoprolol (succinato de metoprolol)

Grupo farmacológico: Anti-hipertensivo. Betabloqueador; beta-1-seletivo.

Apresentação. Tartarato de metoprolol: cpr revestidos de 100mg; cpr simples de 100 e 200mg; amp e seringas preenchidas com 1mg/mL em 5mL. Succinato de metoprolol: cpr revestidos de liberação controlada de 25, 50, 100 e 200mg.

Usos. Cardiopatia isquêmica (angina estável, instável e pós-IAM), ICC, HAS, arritmias (reentrada nodal AV, reentrada AV, taquicardia sinusal inapropriada, síndrome do QT longo adrenérgico-dependente, taquicardia ventricular induzida pelo exercício, diminuição de resposta ventricular em fibrilação e flutter atrial, síncope vasovagal).

Contraindicações. Doença do nó sinusal, bloqueio AV de 2º ou 3º graus, choque cardiogênico, hipotensão, acidose metabólica, distúrbio arterial periférico severo, feocromocitoma não tratado, ICC descompensada, asma brônquica, doença broncopulmonar obstrutiva crônica, flutter e fibrilação atrial em pacientes com síndrome de Wolff-Parkinson-White, gestação no 2º e 3º trimestres (categoria de risco D).

Posologia.

  • Adultos: arritmia: ataque: 5mg, IVintravenosa; pode repetir 2x (máximo 15mg); manutenção: 100-200mg/dia, VO. Angina, hipertensão: iniciar com 50mg/2x/dia e ir ajustando a dose em intervalos semanais; dose de manutenção de 100-450mg/dia em 2-3 doses, VO. Para o succinato de metoprolol (de liberação prolongada), pode-se iniciar 25-100mg/dia em uma única dose, com dose de manutenção de até 400mg/dia. Na ICC, inicia-se com doses menores (12,5-25mg/dia), com aumentos graduais a cada 2 semanas, até 200mg/dia. No uso endovenoso (em especial no IAM): 1,5 a 5mg em 2 minutos, podendo-se repetir até 3 ampolas. Se houver necessidade de manter uso endovenoso, a dose de manutenção deve ser administrada a cada 6-12 horas (até 15mg a cada 3 horas podem ser necessários). Quando houver troca do tartarato de metoprolol para o succinato (liberação prolongada), a mesma dose diária total deve ser utilizada.

Modo de administração.

  • Via oral: cpr de liberação imediata (tartarato): administrar com alimentos ou logo após os mesmos. Comprimidos de liberação prolongada (succinato): podem ser administrados com ou sem a presença de alimentos; não podem ser triturados ou esmagados, mas podem ser partidos ao meio.
  • Via sonda: para a administração via sonda, preferencialmente administrar a suspensão oral preparada a partir do comprimido de liberação imediata (tartarato). Esses cpr podem ser triturados e o seu pó dissolvido em volume adequado de água para a administração (uso imediato). Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via endovenosa: em bolo: doses de 5mg são administradas em 2 minutos (rapidamente). IVintravenosa/intermitente: diluir a dose em 100mL de SF 0,9%, SG 5% ou Ringer e administrar em 30-60 minutos.
  • Via intramuscular: não.
  • Via subcutânea: não.

Interações medicamentosas.

  • Anlodipino, cimetidina, ciprofloxacino, darunavir, diltiazem, doxazosina, nifedipino, nimodipino: o uso concomitante poderá resultar em hipotensão e/ou bradicardia.
  • Adrenalina: poderá resultar em hipertensão e/ou bradicardia.
  • Dipirona, ibuprofeno, indometacina, ácido mefenâmico, meloxicam, naproxeno, fenobarbital: poderá diminuir os efeitos do metoprolol.
  • Atazanavir: poderá resultar em prolongamento do intervalo PR.
  • Celecoxibe, cinacalcet, citalopram, difenidramina, escitalopram, fluoxetina, hidralazina, paroxetina: poderá resultar em aumento nas concentrações plasmáticas do metoprolol (bradicardia, hipotensão, disfunção respiratória, falência cardíaca aguda, fadiga).
  • Glibenclamida, insulina, metformina: hipertensão, hipotensão e hipoglicemia.
  • Clorpromazina, digoxina: poderá resultar em aumento nos efeitos desses medicamentos; monitorar efeitos tóxicos.
  • Dobutamina: poderá resultar em diminuição nos efeitos desses medicamentos.

Lactação. Usar com precaução.

 

Morfina

Grupo farmacológico. Analgésico opioide; atividade agonista sobre os receptores mü.

Apresentações. Comprimidos de 10 e 30mg; cápsulas de liberação prolongada de 30, 60 e 100mg; solução oral (gotas) com 10mg/mL em 60mL; ampola com 10mg/mL em 1mL (para uso parenteral); ampola com 0,2mg/mL em 1mL sem conservante; ampola com 1mg/mL em 2mL.

Usos. Dor de intensidade severa, aguda ou crônica, alívio da dor no IAM e da dispneia no edema agudo de pulmão; medicação pré-anestésica; tratamento da dor pós-operatória via IVintravenosa, SC, raquidiana ou peridural.

Contraindicações. Pressão intracraniana elevada, depressão respiratória grave (na ausência de equipamentos para ressuscitação e suporte ventilatório), crise asmática, hipercarbia, obstrução aérea alta, doença renal e hepática severa, íleo paralítico diagnosticado ou suspeito, gestação com uso prolongado ou em altas doses a termo (categoria de risco D).

Posologia.

  • Adultos: Dor aguda: 10-30mg, VO, a cada 4 horas ou a cada 12 horas (para as formulações de liberação controlada); 2,5mg-20mg/dose, IVintravenosa, SC e IM a cada 2-6 horas ou 10mg/dose a cada 4 horas (pacientes em uso prévio de opioides podem necessitar de doses maiores). Epidural: 1-4mg a cada 12-24 h via cateter peridural. Espinhal: 0,1 a 0,5mg.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar com ou sem a presença de alimentos. As cápsulas (não as de liberação controlada) podem ser abertas e seu conteúdo misturado em papas de frutas e pudins (uso imediato).
  • Via sonda: para a administração via sonda, administrar a solução oral. As cápsulas (não as de liberação prolongada) podem ser abertas e seu conteúdo dissolvido em 10mL de água para administração (uso imediato). Recomendado que seja administrado via sonda nasogástrica e gastrostomias. Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via endovenosa: Bolo: diluir a dose em SF 0,9% ou SG 5%, na concentração máxima de 0,5-5mg/mL, e administrar em 5 minutos ou mais; IVintravenosa/ intermitente: diluir a dose em SF 0,9% ou SG 5%, na concentração máxima de 5mg/mL, e administrar em 15-30 minutos; IVintravenosa/contínuo: diluir a dose em SF 0,9%, SG 5% ou SG 10%, na concentração máxima de 1mg/mL.
  • Via intramuscular: sim.
  • Via subcutânea: sim.
  • Via intratecal/epidural: utilizar somente morfina sem conservantes (preservativo); pode ser administrada sem diluir ou diluída em 5mL de SF 0,9%.

Interações medicamentosas.

  • Alprazolam, bromazepam, carisoprodol, hidrato de cloral, clordiazepóxido, clobazam, clonazepam, codeína, dantroleno, diazepam, fentanil, flunitrazepam, linezolida, lorazepam, petidina, midazolam, fenobarbital: o uso concomitante poderá resultar em depressão respiratória.
  • Moclobemida, selegilina, rasagilina: excessiva depressão do SNC e respiratória, hipotensão.
  • Clorpromazina, ciclosporina, linezolida: aumento na depressão do SNC.
  • Cimetidina: o uso concomitante poderá potencializar os efeitos da morfina.
  • Gabapentina, metformina: o uso com morfina poderá elevar os níveis séricos desses medicamentos.
  • Esmolol: poderá resultar em bradicardia e hipotensão.
  • Rifampicina: poderá diminuir os efeitos esperados da morfina, com perda de eficácia.

Lactação. Usar com precaução.

 

Naloxona

Grupo farmacológico. Antagonista dos receptores opioides.

Apresentação. Amp com 0,4mg/mL em 1mL; amp com 0,02mg/mL em 2mL.

Usos. Reversão dos efeitos dos opioides (depressão SNC, depressão respiratória, prurido, náuseas e vômitos intensos); coma de etiologia não conhecida.

Contraindicações. Hipersensibilidade a naloxona.

Posologia.

  • Adultos: 0,4-2mg a cada 2-3 minutos até reversão dos sintomas. Infusão contínua: dose inicial 0,25mcg/kg/h, dose média 0,25-2,4mg/kg/h.

Modo de administração.

  • Via endovenosa: Bolo: administrar rapidamente, sem diluir. Infusão venosa contínua em casos de depressão respiratória prolongada por altas doses de opioides ou uso de opioides de longa ação: velocidade de infusão 2-5µg/kg/h, diluir a dose em SF 0,9% ou SG 5%, na concentração máxima de 4mcg/mL (1 amp em 100mL de soro).
  • Via intramuscular: sim.
  • Via subcutânea: sim.
  • Via intratraqueal: sim, diluído em 2-3mL de SF 0,9%.

Interações medicamentosas.

  • Clonidina: poderá ocorrer hipertensão.

Lactação. Não recomendado.

 

Nitroglicerina

Grupo farmacológico. Nitrato; vasodilatador venoso e coronariano, age reduzindo a pré-carga e o consumo miocárdico de oxigênio.

Usos. ICC (IVintravenosa), tratamento da fase aguda da angina (IVintravenosa), IAM (IVintravenosa), profilaxia da dor anginosa (transdérmica).

Contraindicações. Estenose aórtica, cardiomiopatia hipertrófica, anemia severa, pressão intracraniana aumentada.

Posologia.

  • Adultos: 5mcg/min. Aumentar 5mcg/min a cada 5-10min; se não houver resposta até 20mcg/min, aumentar 10mcg/min até obter o efeito desejado em intervalos de 3-5 minutos (dose máxima 200 mcg/min).

Modo de administração.

  • Via endovenosa: IVintravenosa/intermitente: Adultos: diluir 1 amp em 250-500mL de SF 0,9% ou SG 5%.
  • Via intramuscular: não.
  • Via subcutânea: não.
  • Via tópica: a pele deve estar limpa e íntegra e com poucos pelos para a aplicação do adesivo transdérmico (tórax ou braços). Pressionar o adesivo por um tempo, alternando os sítios de aplicação. É resistente à água e não deve ser aplicado na pele irritada. Recomenda-se um período de 8-12 horas sem o uso do adesivo, a cada 24 horas, preferencialmente à noite, para evitar tolerância do produto.

Interações medicamentosas.

  • Amifostina, anti-hipertensivos, rituximabe: o uso concomitante poderá resultar em aumento nas concentrações plasmáticas desses medicamentos, podendo desencadear efeitos tóxicos.
  • Sildenafil: poderá resultar em hipotensão aguda, infarto do miocárdio.
  • Diazóxido: o uso concomitante poderá aumentar os efeitos da nitroglicerina.
  • Alteplase, heparina: o uso concomitante com nitroglicerina poderá diminuir os efeitos desses medicamentos.
  • Metilfenidato: poderá ocorrer diminuição nos efeitos da nitroglicerina.

Lactação. Usar com precaução.

 

Paracetamol (ver acetaminofeno)

 

Pravastatina

Grupo farmacológico. Estatina; age inibindo competitivamente a enzima hidroximetilglutaril-coenzima A.

Apresentações. Comprimidos 10, 20 e 40mg.

Usos. Dislipidemia, prevenção primária e secundária da cardiopatia isquêmica.

Contraindicações. Doença hepática ativa, elevação persistente das transaminases séricas, gestação (categoria de risco X) e lactação.

Posologia.

  • Adultos: 40mg, 1x ao dia, podendo ser aumentada até 80mg/dia conforme indicação.

Modo de administração.

  • Via oral: comprimidos rapidamente absorvidos. Podem ser administrados com ou sem alimentos, em qualquer horário do dia.

Interações medicamentosas.

  • Antagonistas da vitamina K, agentes antifúngicos, ciclosporina, fenofibrato, rifampicina, fenitoína, inibidores da protease, daptomicina: uso concomitante pode diminuir os níveis de pravastatina; fazer intervalo de administração entre os medicamentos e a pravastatina.
  • Colestiramina: o uso concomitante reduz a eficácia da pravastatina; administrar a mesma 1 hora antes ou 4 horas após a resina.

Lactação. Contraindicada.

 

Sinvastatina

Grupo farmacológico. Hipocolesterolemiante; estatina; age inibindo competitivamente a enzima hidroximetilglutaril-coenzima A.

Apresentações. Comprimidos simples ou revestidos de 5, 10, 20, 40 e 80mg.

Usos. Dislipidemia, prevenção primária e secundária da cardiopatia isquêmica.

Contraindicações. Doença hepática ativa, elevação persistente das transaminases séricas, gestação (categoria de risco X) e lactação. É contraindicado o uso concomitante com antirretrovirais inibidores de proteases, cetoconazol, eritromicina e genfibrozila.

Posologia.

  • Adultos: Dose inicial de 20-40mg. Ajustar a dose, em intervalos de 4-8 semanas, até atingir os níveis-alvo para os lipídeos séricos. Dose máxima de 80mg diários. No uso concomitante com os seguintes fármacos, ajustar a dose: Danazol ou ciclosporina: iniciar com 5mg/dia; manutenção: 10mg/dia de sinvastatina. Amiodarona ou verapamil: não exceder 20mg/dia de sinvastatina.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar com ou sem a presença de alimentos, à noite.
  • Via sonda: o comprimido pode ser disperso em água (uso imediato). Administrar separadamente da dieta enteral.

Interações medicamentosas.

  • Amiodarona, amprenavir, atazanavir, azitromicina, benzafibrato, ciprofloxacino, claritromicina, colchicina, ciclosporina, eritromicina, fluconazol, fosamprenavir, ácido fusídico, itraconazol, nelfinavir, saquinavir, varfarina: o uso concomitante poderá resultar em aumento no risco de miopatia ou rabdomiólise.
  • Carbamazepina, deferasirox, efavirenz, oxcarbazepina, fenitoína, rifampicina: poderá resultar na diminuição nos efeitos da sinvastatina.
  • Dasatinibe, imatinibe diltiazem, posaconazol, risperidona, voriconazol: poderá resultar em aumento nos níveis séricos da sinvastatina, elevando seu efeito; monitorar risco de miopatia.
  • Levotiroxina: poderá ocorrer diminuição na eficácia da levotiroxina.

Lactação. Contraindicado

 

Sulfametoxazol + Trimetoprima

Grupo farmacológico. Antibacteriano; sulfonamida.

Apresentações. Comprimidos com sulfametoxazol + trimetoprima: 400mg + 80mg ou 800mg + 160mg; suspensão oral com sulfametoxazol + trimetoprima: 200mg + 40mg ou 400mg + 80mg em 5mL em frascos de 50, 60, 90 ou 100mL.

Usos. Infecções respiratórias, gastrintestinais e urinárias, sinusite, otite média, prostatite, orquite e epididimite. Infecções por N. asteroides, uretrite ou cervicite por Neisseria gonorrhoeae, linfogranuloma venéreo e cancroide. Tratamento e profilaxia das infecções por P. jirovecii. Profilaxia da “diarreia do viajante”, de infecções urinárias e de exacerbações de infecções agudas em pacientes com bronquite crônica. Brucelose, infecções do trato biliar, osteomielite aguda e crônica, infecções por P. brasiliensis.

Contraindicações. Porfiria, anemia megaloblástica devido à deficiência de ácido fólico, IR grave, disfunção hepática, gestação a termo (categoria de risco D).

Posologia.

  • Adultos: 800mg de sulfametoxazol + 160mg de trimetoprima, de 12/12 h, por 10-14 dias, para a maioria das infecções.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar com ou sem a presença de alimentos, com um copo de água.
  • Via sonda: recomenda-se que a suspensão oral seja administrada via sonda. Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via endovenosa: Bolo: não administrar. EV/intermitente: diluir cada ampola (5mL) em 125mL de SG 5% ou SF 0,9% e administrar em 60-90 minutos. Em acesso central, o medicamento pode ser menos diluído (75mL). Em pacientes com restrição hídrica, pode-se diluir uma ampola em 50mL de soro e administrar em 30-60 minutos (concentração máxima 1,6mg/mL).
  • Via intramuscular: não.

Interações medicamentosas.

  • Ácido aminobenzoico: poderá antagonizar o efeito do sulfametoxazol.
  • Dapsona, digoxina, lamivudina, metotrexato, femprocumona, fenitoína, repaglinida, varfarina: o uso concomitante poderá aumentar o nível sérico desses medicamentos, aumentando seus efeitos adversos.
  • Enalapril: poderá resultar em hipercalemia.
  • Amiodarona, amitriptilina, hidrato de cloral, cloroquina, clorpromazina, claritromicina, desipramina, droperidol, eritromicina, fluconazol, fluoxetina, foscarnet, haloperidol, imipramina, isoflurano, nortriptilina, octreotida, pentamidina, pimozida, quetiapina, risperidona, sotalol, espiramicina, tioridazina, vasopressina: poderá resultar em efeitos de cardiotoxicidade (prolongamento do intervalo QT, torsade de pointes, arritmias).
  • Didanosina: poderá ocorrer diminuição nos efeitos do sulfametoxazol.
  • Glimepirida, glibenclamida, metformina: poderá resultar em hipoglicemia excessiva.
  • Ciclosporina: poderá resultar em nefrotoxicidade e/ou diminuir o efeito da ciclosporina.
  • Pirimetamina: poderá desencadear anemia megaloblástica ou pancitopenia.

Lactação. Contraindicado.

 

Ticagrelor

Grupo farmacológico. Inibidor da indução de agregação plaquetária, antiplaquetário.

Apresentação. Comprimidos revestidos de 90mg.

Usos. Síndrome coronariana aguda na profilaxia de trombose, intervenção percutânea coronariana na profilaxia de trombose.

Contraindicações. História ou risco de hemorragia intracraniana, sangramentos patológicos, insuficiência hepática severa.

Posologia.

Adultos:

  • Síndrome coronariana aguda, profilaxia de trombose: 180mg de ticagrelor em associação com 325mg de ácido acetilsalicílico, dose de manutenção de 90mg de ticagrelor, 2 vezes ao dia, em associação com 75 a 100mg de ácido acetilsalicílico.
  • Intervenção percutânea coronariana, profilaxia de trombose: 180mg de ticagrelor em associação com 325mg de ácido acetilsalicílico, dose de manutenção de 90mg de ticagrelor, 2 vezes ao dia, em associação com 75 a 100mg de ácido acetilsalicílico.
  • Pacientes que receberam dose de clopidogrel: iniciar na dose de manutenção de 90mg de ticagrelor, 2 vezes ao dia, em associação com 75 a 100mg de ácido acetilsalicílico.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar com um copo de água, sem considerar alimentos.

Interações medicamentosas.

  • Atazanavir, cetoconazol, claritromicina, indinavir, itraconazol, nelfinavir, ritonavir, saquinavir, voriconazol: uso concomitante pode causar aumento das concentrações plasmáticas de ticagrelor.
  • Carbamazepina, fenobarbital, fenitoína, rifampicina: uso concomitante pode diminuir as concentrações plasmáticas de ticagrelor.
  • Digoxina, lovastatina, sinvastatina: pode ocorrer aumento dos níveis plasmáticos desses medicamentos.

Lactação. Risco não determinado.

 

Tirofibano

Grupo farmacológico. Antiplaquetário; inibidor da glicoproteína IIb-IIIa, quemedeia a ligação do fibrinogênio ao fator de Von Willebrand.

Apresentações. Fr-amp de 0,25mg/mL com 50mL; bolsa de 0,05mg/mL com 250mL.

Usos. É usado na prevenção das complicações isquêmicas de pacientes críticos submetidos à ACTP, com alto risco de ter o vaso revascularizado ocluído após o procedimento.

Contraindicações. Hemorragia significativa do TGI ou TGU nas últimas 6 semanas, história de AVE nos últimos 2 anos ou sequela neurológica significativa, distúrbios da coagulação, uso de anticoagulantes orais nos últimos 7 dias (exceto se o INR < 1,2), trombocitopenia, trauma ou cirurgia maiores nas últimas 6 semanas, tumor cerebral, malformação arteriovenosa, HAS não controlada (> 180/110mmHg), lactação.

Posologia.

  • Angioplastia: Bolo: 10 μg/kg, IVintravenosa, durante 35 min. Multiplicar o peso do paciente por 0,2 e infundir esse volume imediatamente antes de iniciar a angioplastia. Infusão de manutenção: 0,1 μg/kg/min, IVintravenosa. Multiplicar o peso do paciente por 0,18 e proceder à infusão dessa quantidade em mL/h durante 36 h por meio de bomba de infusão.
  • Angina instável: Bolo: 0,4 μg/kg/min, IVintravenosa, por 30min. Multiplicar o peso do paciente por 0,48; o número calculado em mL/h deve ser administrado nessa velocidade em 30min. Infusão de manutenção: 0,1 μg/kg/min, IVintravenosa. Multiplicar o peso do paciente por 0,12 e proceder à infusão dessa quantidade em mL/h por meio de bomba de infusão.

Modo de administração.

  • Via intravenosa: Bolo: em 3-5 minutos. IVintravenosa/intermitente: diluir a dose em 250mL de SF 0,9% ou SG 5%. Verificar tempo de infusão na posologia.
  • Via intramuscular/subcutânea: não.

Interações medicamentosas.

  • Ácido salicílico, alteplase, citalopram, dalteparina, desvenlafaxina, drotrecogina, duloxetoína, enoxaparina, escitalopram, estreptoquinase, femprocumona, fluoxetina, heparina, nadroparina, paroxetina, sertralina, varfarina: pode ocorrer sangramento.

Lactação. Contraindicado.

 

Tramadol

Grupo farmacológico. Analgésico opioide; possui mecanismo de ação mais complexo que os opioides clássicos, modulando as vias monoaminérgicas.

Apresentações. Cápsulas de 50 e 100mg; cápsulas retardada de 100mg; ampola com 50mg/mL em 1 ou 2mL; solução oral (gotas) com 50mg/mL ou 100mg/mL em 10mL.

Uso. Dor de intensidade moderada a severa, aguda ou crônica.

Contraindicações. Intoxicação aguda com álcool, hipnóticos, analgésicos que atuam no SNC, opioides ou psicotrópicos; antecedente de dependência a opioides; uso concomitante de IMAO ou em menos de 14 dias após a interrupção.

Posologia.

  • Adultos: Comprimido de liberação imediata: 50-100mg, 4-6x/dia. Comprimido de liberação prolongada: 100mg, 2x/dia. Dose máxima de 400mg/dia. EV/SC/I M: 50-100mg, de 6/6 h.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar o medicamento com ou sem a presença de alimentos, com líquidos. As cápsulas retard devem ser deglutidas inteiras com líquido; não podem ser abertas e dissolvidas. A solução oral em gotas pode ser misturada em água pura ou água açucarada.
  • Via sonda: para a administração via sonda, preferencialmente administrar a solução oral (gotas) ou a suspensão oral preparada a partir dos comprimidos. Os comprimidos podem ser triturados e misturados em 5-10mL de água destilada (uso imediato). Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via endovenosa: Em bolo: pode ser administrado direto ou diluído em SF 0,9%, administrar lentamente (2-3 minutos).
  • Via intramuscular: sim.
  • Via subcutânea: sim.
  • Via retal: administrar o supositório via retal.

Interações medicamentosas.

  • Amitriptilina, eritromicina: poderá ocorrer aumento nas concentrações plasmáticas do tramadol; monitorar dose.
  • Carbamazepina, rifampicina: o uso concomitante poderá resultar na diminuição dos efeitos da tramadol.
  • Clorpromazina, clomipramina, clozapina, desipramina, haloperidol, imipramina, nortriptilina, pimozida, risperidona, tioridazida: poderá aumentar os riscos de convulsões em pacientes predispostos ou pela diminuição nos efeitos desses medicamentos.
  • Citalopram, desvenlafaxina, duloxetina, escitalopram, fluoxetina, linezolida, olanzapina, paroxetina, sertralina, venlafaxina: poderá desencadear síndrome serotoninérgica (hipertensão, hipertermia, mioclônus, confusão mental).
  • Clorgilina, digoxina, moclobemida, rasagilina, selegilina: poderá ocorrer aumento nos efeitos desses medicamentos; monitorar sinais de toxicidade.
  • Varfarina, femprocumona: poderá aumentar risco de sangramento.

Lactação. Não recomendado.

 

Triancinolona

Grupo farmacológico. Corticoide sistêmico.

Apresentação. Frasco-ampola com 20mg/mL em 2 ou 5mL; creme com 1mg/g em 10g; spray com 0,05mg/mL em 16,5mL; spray nasal com 0,5mg/mL em 15mL (120 doses).

Usos. Tratamento anti-inflamatório ou imunossupressor em uma variedade de condições, incluindo as hematológicas, alérgicas, inflamatórias, neoplásicas, autoimunes.

Contraindicação. Infecção fúngica sistêmica.

Posologia.

  • Adultos: dose usual de 2-20mg, a cada 3-4 semanas.

Modo de administração.

  • Via endovenosa: não.
  • Via intra-articular (acetato e hexacetonida): sim, o medicamento deve ser diluído em volume e diluente adequado para a aplicação.
  • Via intramuscular (acetato): sim, em músculos grandes (glúteo). Evitar o músculo deltoide.
  • Via subcutânea: não.
  • Via tópica: o local de aplicação deverá estar limpo para a aplicação de fina camada da pomada. Evitar uso em feridas abertas ou em região próxima aos olhos. Triancinolona orabase é para uso oral local.

Interações medicamentosas.

  • Ciprofloxacino, levofloxacino, norfloxacino: o uso concomitante poderá potencializar efeito de ruptura de tendão.
  • Dicumarol, femprocumona, varfarina: poderá ocorrer sangramento.
  • Vacinas: poderá ocorrer variação na resposta do imunobiológico.
  • Hidroclorotiazida: poderá ocorrer hipocalemia.
  • Itraconazol: poderá ocorrer aumento nos níveis séricos da triancinolona; monitorar efeitos adversos.
  • Pancurônio, atracúrio, quetiapina, rocurônio, tretinoína: poderá ocorrer diminuição nos efeitos desses medicamentos.
  • Fenobarbital, fenitoína, primidona, rifampicina: poderá ocorrer diminuição nos efeitos da triancinolona.

Lactação. Usar com precaução.

 

Verapamil

Grupo farmacológico. Anti-hipertensivo; antagonista dos canais de cálcio; não diidropiridínico.

Apresentações. Comprimidos com 80, 120 e 240mg. Ampola de 2,5mg/mL em 2mL.

Usos. HAS leve a moderada; angina de peito; miocardiopatia hipertrófica; arritmias (reentrada sinoatrial, taquicardia sinusal inapropriada, reentrada nodal AV, reentrada AV; diminui a resposta ventricular em pacientes com fibrilação e flutter atrial). A adenosina com o verapamil IVintravenosa é a terapia de escolha para taquicardia atrial paroxística.

Contraindicações. Doença do nó sinusal, bloqueio AV de 2º ou 3º graus, choque cardiogênico, hipotensão arterial, ICC descompensada, flutter e fibrilação atrial em pacientes com síndrome de Wolff-Parkinson-White.

Posologia.

  • Adultos: Angina: iniciar com 80-120mg, 3x/dia (dose usual: 240-480mg/dia). Arritmia: ataque: 5-10mg, EV; manutenção: 160-480mg/dia, VO, a cada 12 h. HAS (verapamil de liberação prolongada): 120-240mg, VO, a cada 12 ou 24 h.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar o medicamento com ou sem a presença de alimentos, com um copo de água. Se houver sintomas gastrintestinais, administrar com alimentos.
  • Via sonda: para a administração via sonda, diluir o medicamento em volume adequado de água ou fazer uso da suspensão oral a partir dos comprimidos de liberação imediata. Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via endovenosa: Em bolo: administrar em 2-3 minutos. IVintravenosa/contínuo: diluir a dose na concentração máxima de 2,5mg/mL, em SF 0,9% ou SG 5%. Não usar bolsas de PVC.
  • Via intramuscular: não.
  • Via subcutânea: não.

Interações medicamentosas.

  • Adenosina, amiodarona, atenolol, carvedilol, esmolol, metoprolol, nadolol, prazosina, propanolol, sotalol: o uso concomitante poderá aumentar o risco de fibrilação ventricular, bradicardia e hipotensão.
  • Dantroleno: poderá ocorrer depressão cardíaca ou hipercalemia.
  • Amprenavir, cimetidina, claritromicina, fosamprenavir, itraconazol, lovastatina: poderá aumentar os níveis plasmáticos do verapamil.
  • Buspirona, carbamazepina, colchicina, ciclosporina, digoxina, fentanil, imipramina, carbonato de lítio, midazolam, nifedipino, fenobarbital, fenitoína, sirolimus, tacrolimus: poderá ocorrer aumento nos níveis plasmáticos desses medicamentos.
  • Oxcarbazepina: poderá ocorrer perda de eficácia da oxcarbazepina.
  • Dipirona, diclofenaco, ibuprofeno, indometacina, naproxeno, tenoxicam: poderá ocorrer irritação gastrintestinal.
  • Atazanavir, eritromicina: o uso concomitante poderá potencializar efeitos de cardiotoxicidade.
  • Atorvastatina, sinvastatina, lovastatina: poderá aumentar risco de miopatia ou rabdomiólise.

Lactação. Não recomendado.

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