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TERAPÊUTICA DIRIGIDA POR METAS NA CRIANÇA GRAVE EM PEDIATRIA

Claudio Flauzino de Oliveira

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  • Introdução

No mundo todo, cerca de 29.000 crianças com menos de 5 anos de idade morrem todos os dias. Mais de 70% dessas mortes são atribuídas a seis grandes causas:

 

  • diarreia;
  • malária grave;
  • infecção neonatal;
  • pneumonia;
  • nascimento prematuro;
  • asfixia neonatal.

As causas infecciosas representam a maioria dos casos de morte em crianças e culminam com sepse grave ou choque séptico (CSchoque séptico). Sepse é, portanto, a causa mais comum de morte de crianças no mundo.1,2

Em pacientes adultos, a paralisia vasomotora representa a causa predominante de mortalidade; a disfunção miocárdica manifesta-se com redução da fração de ejeção (FE), e o débito cardíaco (DCdébito cardíaco) normalmente é mantido ou aumentado por taquicardia e dilatação ventricular. Por sua vez, o paciente pediátrico com CSchoque séptico tipicamente apresenta-se com:

 

  • deteriorações simultâneas da função cardíaca;
  • volume intravascular;
  • função respiratória;
  • regulação imune/inflamatória;
  • função renal;
  • coagulação;
  • função hepática e/ou função metabólica.

O grau de manifestação de cada uma dessas alterações em um determinado paciente é altamente variável e influenciado por múltiplos fatores, que incluem:1

 

  • idade;
  • presença ou ausência de comorbidades;
  • agente causador da infecção;
  • estado imune/inflamatório;
  • herança genética;
  • variações no tratamento.

O tratamento da sepse grave e do CSchoque séptico pediátrico, quando realizado de forma rápida e adequada, pode reduzir a morbidade e mortalidade. A utilização de metas terapêuticas como guia contribui para que esse resultado seja atingido.1

  • Objetivos

Ao final do artigo, o leitor poderá:

 

  • reconhecer a importância epidemiológica da sepse grave em crianças;
  • identificar as diferenças entre pacientes adultos e pediátricos com CSchoque séptico;
  • reconhecer as principais alterações que ocorrem em uma criança com sepse grave ou CSchoque séptico;
  • sistematizar o tratamento da sepse grave e CSchoque séptico pediátricos;
  • compreender as principais ferramentas de monitoração e metas terapêuticas;
  • compreender as intervenções terapêuticas indicadas a partir da utilização de metas.
  • Esquema conceitual
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