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TERAPIA DO ESQUEMA PARA TRANSTORNOS ALIMENTARES NA ADOLESCÊNCIA: TEORIA E APLICAÇÕES

Autores: Ederaldo José Lopes, Renata Ferrarez Fernandes Lopes
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Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

  • descrever aspectos gerais da terapia do esquema (TE);
  • listar as aplicações da TE na compreensão dos aspectos da personalidade envolvidos nos transtornos alimentares (TAs) em crianças e adolescentes;
  • reproduzir as condutas terapêuticas baseadas no modelo alemão de TE.

Esquema conceitual

Introdução

De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais — 5ª edição (DSM-5), “os transtornos alimentares (TAs) são caracterizados por uma perturbação persistente na alimentação ou no comportamento relacionado à alimentação que resulta no consumo ou na absorção alterada de alimentos e que compromete significativamente a saúde física ou o funcionamento psicossocial.”1

Por sua taxa de prevalência maior, os transtornos classificados como anorexia nervosa (AN), bulimia nervosa e transtorno de compulsão alimentar constituem o foco de discussão neste capítulo, embora não se possa menosprezar a importância de outros TAs. Também é importante destacar que os TAs aparecem em comorbidade com outros transtornos mentais, como depressão, transtorno obsessivo-compulsivo e transtorno bipolar. Por sua complexidade, uma abordagem multidisciplinar se faz necessária na condução do tratamento dos TAs.

Nesse sentido, a TE, uma terapia para transtornos da personalidade e quadros psicológicos desafiadores e cronificados, permite um quadro compreensivo mais amplo da gênese dos transtornos, que envolve não só os aspectos individuais, mas os interpessoais dos pacientes em relação aos seus familiares/cuidadores desde a infância. Por meio de conceitos como esquemas iniciais desadaptativos e modos de esquemas, a TE fornece um arcabouço teórico-prático aplicável às diferentes faixas etárias, para os diferentes tipos de transtornos mentais.

De modo mais específico, a TE da escola alemã, que será detalhada mais adiante no capítulo, por tratar de modo mais aprofundado as questões da infância e da adolescência, apresenta-se como um modelo promissor de tratamento dos transtornos mentais nessas faixas etárias, porque envolve o uso de técnicas comportamentais, técnicas de terapia do esquema, psicoeducação e orientação de pais na condução de todo o processo psicoterapêutico.

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