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TOMOGRAFIA DE CRÂNIO NA EMERGÊNCIA

Autores: Ana Carolina Rodrigues Aguilar, Carlos Roberto Massella Jr.
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  • Introdução

A evolução da tomografia computadorizada (TC) tem tornado esse exame uma ferramenta indispensável para o diagnóstico na emergência, corroborando para agilizar e facilitar o diagnóstico o mais precocemente possível.1 Estima-se que mais de 1,3 milhões de pessoas sejam tratadas por traumatismo craniencefálico (TCEtraumatismo craniencefálico) leve em departamentos de emergência nos Estados Unidos a cada ano.2 A TC é um exame relativamente simples, não invasivo, rápido e que oferece uma alta sensibilidade para inúmeras doenças neurológicas, facilitando, portanto, o diagnóstico precoce e, consequentemente, uma rápida intervenção terapêutica.3,4

As doenças neurológicas têm considerável importância epidemiológica e magnitude social na população brasileira, considerando-se o quadro de morbidade, composto por elevada prevalência de pessoas com sequelas neurológicas e elevada taxa de mortalidade. Por isso, é de grande importância o médico saber identificar as principais doenças neurológicas na emergência, favorecendo o melhor desfecho clínico para cada situação.3,4

As principais doenças que podem ser encontradas no contexto da emergência, em que a TC é de grande valia, são as isquêmicas, uma vez que 85% dos acidentes vasculares cerebrais são isquêmicos, além das hemorragias cerebrais (hematoma extradural, hematoma subdural, hemorragia subaracnoide e hemorragia intraparenquimatosa), hidrocefalia, massas e abscessos, herniações e outros sinais que corroboram o diagnóstico de síndrome da hipertensão intracraniana, lesão hipóxica-isquêmica global, fraturas de crânio, entre outras doenças.1

Na unidade de emergência, habitualmente, solicita-se primeiro a TC sem contraste, a fim de excluir hemorragias cerebrais, sendo, portanto, de extrema importância para diferenciar acidente vascular encefálico isquêmico (AVCiacidente vascular cerebral isquêmico) de hemorrágico (AVChacidente vascular cerebral hemorrágico), e assim tomar a conduta ideal para cada caso.5,6

 

Posteriormente, excluída a doença hemorrágica, deve-se pensar em fazer o estudo contrastado. Este é de grande importância para analisar realce de abscessos, tumores e malformações vasculares. Da mesma forma, a janela óssea nem sempre é útil, sendo mais bem indicada nos casos de trauma para excluir fratura de crânio.1,2

 

No decorrer deste capítulo, identificaremos cada uma das principais doenças neurológicas na emergência; porém, não serão estudados os tumores, abscessos e infecções cerebrais.

  • Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de:

 

  • entender quando é necessário solicitar uma tomografia de crânio na emergência;
  • saber quando usar a fase com contraste ou sem contraste da tomografia;
  • avaliar quando usar a janela de partes moles e janela óssea;
  • reconhecer as principais características tomográficas das doenças estudadas;
  • sistematizar de forma simples e prática a análise da tomografia na hora da prática clínica.

 

  • Esquema conceitual
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