Objetivos
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de
- classificar a tosse em seus subtipos;
- considerar a fisiopatologia da tosse;
- reconhecer as principais etiologias da tosse crônica e seus respectivos tratamentos;
- estabelecer um fluxograma para o diagnóstico da tosse crônica.
Esquema conceitual
Introdução
A tosse é um reflexo de defesa fisiológico do organismo desenvolvido para proteger as vias aéreas de corpos estranhos, muco, gases nocivos e outras substâncias irritativas.1 Constitui-se em um dos principais sintomas que motivam a busca por consulta médica na atenção primária.2
A classificação da tosse baseia-se na duração aguda, subaguda e crônica. A tosse aguda é aquela que dura até três semanas; a subaguda, de 3 a 8 semanas, e a crônica é definida pela duração superior a oito semanas.2
A tosse crônica é uma condição comum, encontrada em cerca de 10% da população geral, sendo mais predominante no sexo feminino.3 A prevalência em idosos não é conhecida, mas se estima que seja superior à encontrada em adultos jovens.3
Pacientes portadores de tosse crônica apresentam alta probabilidade de desenvolver ansiedade, depressão, desconforto físico persistente, incontinência urinária, entre outros, o que leva a um comprometimento na qualidade de vida.1