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TOXOPLASMOSE OCULAR

Autores: Camila Munayer Lara, Daniel Vasconcelos Santos, Angel Alessio Rojas Lagos
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  • Introdução

A toxoplasmose é uma doença causada por um parasito intracelular obrigatório, o Toxoplasma gondii. Estima-se que a toxoplasmose afete cerca de um terço da população mundial, sendo considerada a principal causa de uveíte posterior infecciosa no mundo.1,2 Em levantamentos recentes em serviços de referência no Brasil, a toxoplasmose foi apontada como responsável por 24 a 54% de todos os casos de uveíte.3,4 Ela figura também entre as principais causas de baixa visão em serviços de referência.

Em imunocompetentes, a toxoplasmose é frequentemente assintomática. Quando presentes, os sintomas são inespecíficos, incluindo febre, rash cutâneo, mialgia e linfadenomegalia. Mais raramente, quadros graves de pneumonite, miocardite, hepatite e mesmo encefalite podem se desenvolver, principalmente em imunodeprimidos.1,2 O acometimento ocular ocorre tanto na toxoplasmose congênita quanto na adquirida, sendo mais frequente e grave na primeira.5

Embora em indivíduos imunocompetentes a retinocoroidite toxoplásmica tenha um curso autolimitado, o processo inflamatório intraocular pode complicar o quadro, com perda visual irreversível, particularmente quando a mácula e o nervo óptico são envolvidos.

A toxoplasmose ocular é tipicamente recorrente, de modo que o indivíduo infectado pode apresentar reativação da retinocoroidite em qualquer momento da vida.2,6

  • Objetivos

Ao final da leitura deste artigo, o leitor será capaz de

 

  • reconhecer a toxoplasmose ocular como uma importante causa de uveíte posterior infecciosa no Brasil e no mundo;
  • compreender o ciclo do parasito Toxoplasma gondii e suas formas de transmissão;
  • resumir o quadro clínico da toxoplasmose ocular, incluindo as formas atípicas de apresentação;
  • listar os principais diagnósticos diferenciais da toxoplasmose ocular;
  • descrever os princípios do tratamento da toxoplasmose ocular e os principais esquemas indicados para cada situação clínica;
  • identificar as medidas preventivas e os esquemas de profilaxia primária e secundária para a toxoplamose ocular.
  • Esquema conceitual
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