- Introdução
Nos últimos anos, houve a estruturação de redes de urgência e emergência no Brasil.1 Com isso, também ocorreu um aumento da demanda por transferências de pacientes de unidades de saúde com recursos diagnósticos e terapêuticos limitados para hospitais de referência e/ou serviços especializados. Assim, o transporte inter-hospitalar de pacientes críticos cresceu substancialmente no Brasil.
O papel do médico emergencista é fundamental para que esse tipo de transporte ocorra de maneira plena e segura. Neste capítulo, será dada maior ênfase ao transporte terrestre inter-hospitalar de adultos em estado grave. Frequentemente, esse tipo de transporte ocorre entre municípios e entre unidades de saúde dentro de grandes cidades.
Compreender todos os passos para um transporte inter-hospitalar seguro é fundamental para que não ocorram eventos adversos (EAevento adversos) durante a transferência, o que pode impactar no desfecho clínico do paciente durante o trajeto e/ou após sua chegada na unidade de destino.
- Objetivos
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de:
- reconhecer as indicações do transporte inter-hospitalar do paciente crítico;
- listar equipamentos, materiais e medicamentos mínimos necessários em uma ambulância para o transporte inter-hospitalar do paciente crítico;
- reconhecer a importância da preparação para a realização adequada do transporte inter-hospitalar do paciente crítico;
- identificar os principais EAevento adversos associados aos transportes de pacientes graves para prevenir esses eventos e intervir, caso necessário;
- reconhecer a importância da passagem estruturada do caso (clinical handover) ao chegar à unidade de destino;
- avaliar os riscos e benefícios do transporte de paciente instável que se encontra em unidade de saúde com limitações.
- Esquema conceitual