- Introdução
A doença de Peyronie (DPdoença de Peyronie) é uma desordem sintomática caracterizada por uma constelação de sinais e sintomas penianos — como dor, curvatura, encurtamento, placa palpável, entre outros — associados ou não a disfunção erétil (DEdisfunção erétil).
Acredita-se que a DPdoença de Peyronie esteja relacionada a uma cicatrização peniana aberrante em indivíduos geneticamente susceptíveis, com a formação de uma placa fibrosa inelástica (colágeno II e III) entre as camadas da túnica albugínea (TAtúnica albugínea).1 Clinicamente, esse processo de cicatrização aberrante se traduz na formação de placa albugínea, o que pode acarretar dor e deformidade peniana.
Em termos de tratamento minimamente invasivo, o padrão é a injeção intralesional. Interferon-alpha2b (IFN-α2binterferon-alpha2b), verapamil e collagenase clostridium histolyticum (CCHcollagenase clostridium histolyticum) são as substâncias que contam com evidências consistentes de melhora efetiva dos sinais e sintomas.
Os tratamentos orais têm pouco resultado. Deformidades penianas que dificultam a atividade sexual associadas ou não à DEdisfunção erétil demandam tratamento cirúrgico após estabilização do quadro clínico. A cirurgia pode envolver a correção da deformidade com ou sem o uso de enxerto e/ou implante de prótese peniana. Neste capítulo, serão abordados com maior ênfase os tipos de tratamento para DPdoença de Peyronie.
- Objetivos
Após a leitura deste capítulo, o leitor será capaz de
- reconhecer a relevância clínica, o diagnóstico e os desafios do manejo da DPdoença de Peyronie;
- identificar os casos de DPdoença de Peyronie candidatos a tratamento ativo, o momento de implementar esse tratamento e o desfecho esperado;
- indicar os efeitos adversos e as complicações do tratamento da DPdoença de Peyronie.
- Esquema conceitual