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Tratamento fisioterapêutico na Instabilidade Pós-traumática do Cotovelo

Autor: Raquel Metzker Mendes Sugano
epub-PROFISIO-TRAU-C7V1_Artigo

Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

  • descrever as características da instabilidade pós-traumática do cotovelo;
  • enumerar os principais tipos de manejo ortopédico de luxações e instabilidades pós-traumáticas do cotovelo;
  • avaliar o paciente com instabilidade pós-traumática do cotovelo de maneira eficaz, estabelecendo um diagnóstico cinético-funcional;
  • construir o raciocínio clínico e elaborar tratamento fisioterapêutico do cotovelo baseado em evidência, levando em consideração a natureza do trauma, o manejo ortopédico escolhido e a fase da cicatrização tecidual.

Esquema conceitual

Introdução

O cotovelo é a segunda articulação mais luxada no corpo humano, ficando atrás somente da articulação glenoumeral.1 Segundo Luchetti e colaboradores,2 citando outros autores, um quarto das luxações do cotovelo envolve uma fratura. A maior parte das luxações do cotovelo ocorre por queda sobre a mão espalmada, transmitindo forças em valgo, em supinação e axiais ao cotovelo.3

As luxações do cotovelo podem ser classificadas como simples, quando há apenas lesões dos tecidos moles, ou complexas, que ocorrem concomitantemente a fraturas e lesões ligamentares, sendo, também, denominadas fraturas-luxação. As luxações simples do cotovelo são mais frequentes que as luxações complexas.1,3

Luxações simples, em geral, acometem indivíduos mais jovens, muitas vezes em atividades esportivas; são classificadas de acordo com sua direção, posterior (medial ou lateral), anterior e divergente, sendo as posteriores as mais frequentes.4

Já luxações complexas do cotovelo estão frequentemente associadas às fraturas do processo coronoide da ulna, à fratura denominada “tríade terrível” (fratura do processo coronoide, da cabeça do rádio e luxação posterior do cotovelo) e às fraturas do tipo Monteggia (fratura da ulna com luxação da cabeça do rádio).1

Fraturas-luxação normalmente estão também associadas a traumas de alta energia, e o mecanismo de lesão (determinado pela posição do antebraço e por forças atuantes no cotovelo durante o trauma) será determinante no padrão de instabilidade desenvolvido pelo indivíduo. Luxações posteriores e posterolaterais somam mais de 80% das luxações que acometem o cotovelo.5

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