Introdução
As úlceras genitais consistem em uma síndrome clínica que se manifesta como lesões ulcerativas erosivas, precedidas ou não por pústulas e/ou vesículas, acompanhadas ou não de dor, ardor, prurido, drenagem de material mucopurulento, sangramento e linfadenopatia regional, localizadas na vagina, na vulva, no períneo, no pênis, no saco escrotal e na área anorretal ou perianal.1–3
Essas úlceras podem ser causadas por infecções sexualmente transmissíveis (ISTs); no entanto, existem outras causas, como infecções por fungos, vírus ou bactérias, dermatoses bolhosas, lesões traumáticas, efeito de drogas ou lesões malignas.1,2
A uretrite é caracterizada por inflamação uretral e corrimento uretral e pode ser causada por condições infecciosas e não infecciosas. Os sintomas, quando presentes, incluem disúria, prurido uretral e secreção mucoide, mucopurulenta ou purulenta. Embora a Neisseria gonorrhoeae e a Chlamydia trachomatis sejam as principais causas infecciosas, o Mycoplasma genitalium também está associado à uretrite e, menos comumente, à prostatite.4
Objetivos
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de
- reconhecer as diversas etiologias das úlceras genitais;
- identificar as etiologias das uretrites;
- reconhecer os métodos diagnósticos disponíveis para essas ISTs;
- orientar o tratamento sindrômico das úlceras genitais e das uretrites;
- orientar o tratamento das parcerias de pessoas com úlcera genital ou uretrite;
- identificar as indicações de rastreamento das ISTs.