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TRATAMENTOS TRANSDIAGNÓSTICOS EFICAZES EM TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL

Ricardo Franzin

Kátia Alessandra de Souza Caetano

Wilson Vieira Melo

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Introdução

Recentemente, tem se observado um aumento expressivo no número de pesquisas nas áreas da psicopatologia, regulação emocional e neurociências que apontam para fatores comuns em diferentes condições psiquiátricas. A divisão categórica proposta pelo Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais) da Associação Americana de Psiquiatria (do inglês, American Psychiatric Association [APAAmerican Psychological Association]), apesar de reformular sua última edição de modo a incluir uma perspectiva mais dimensional, ainda não contempla as semelhanças entre os vários transtornos.1

A literatura tem apontado que mais do que entidades separadas, alguns transtornos podem ser considerados como variações de uma mesma síndrome, partilhando, portanto, fatores etiológicos, de sensibilidade ao estresse e à ansiedade, e de temperamento comuns.2–6

A elevada incidência de comorbidades entre algumas classes de transtornos psiquiátricos, comumente observada na prática clínica, como os transtornos de ansiedade e de humor, reforça a possível sobreposição entre alguns quadros psiquiátricos. Tais semelhanças têm levado ao desenvolvimento dos chamados tratamentos transdiagnósticos que podem ser úteis na prática clínica, podendo ser aplicados em pacientes que apresentam quadros que compartilham características comuns.

Entre esses diferentes tratamentos, a terapia comportamental dialética (do inglês, dialectical behavior therapy [DBTdialectical behavior therapy]) para problemas de desregulação emocional, a terapia cognitivo-comportamental (TCCterapia cognitivo-comportamental), com tratamento ampliado para transtornos alimentares, e, ainda, o Protocolo Unificado (do inglês, Unified Protocol [UPUnified Protocol]), para problemas de humor, ansiedade e quadros dissociativos, se configuram como recentes intervenções transdiagnósticas que apresentam dados consistentes de eficácia na literatura.

Objetivos

Ao final da leitura deste artigo, o leitor será capaz de

 

  • reconhecer a importância de fazer uso de tratamentos transdiagnósticos, principalmente quando há vários sintomas e comorbidades;
  • identificar os diferentes modelos de tratamentos transdiagnósticos e as suas características principais;
  • identificar quando e em quais quadros os diferentes tratamentos transdiagnósticos são geralmente indicados;
  • descrever os dados referentes à eficácia clínica, resultantes de estudos e pesquisas de efetividade das abordagens transdiagnósticas.

Esquema conceitual

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