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TRAUMA MAXILOFACIAL

Autores: Bruno Dezen Vieira, Isabela Polesi Bergamaschi, Fernando Belluomini, Andréa de Melo Alexandre Fraga, Alexander Tadeu Sverzut
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Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

 

  • reconhecer a importância da avaliação inicial do paciente pediátrico vítima de traumatismo facial, assim como a relevância do diagnóstico das fraturas faciais;
  • identificar as fraturas mais comuns em pacientes pediátricos;
  • descrever as condutas mais comuns frente aos traumas;
  • discutir o tratamento das fraturas que ocorrem comumente em pacientes pediátricos.

Esquema conceitual

Introdução

O trauma maxilofacial é raro em crianças, representando aproximadamente 5% de todas as fraturas faciais. A compreensão do desenvolvimento craniofacial auxilia na apreciação dos dados epidemiológicos e conduz o tratamento dessas lesões na população pediátrica.

As causas mais comuns dos traumas maxilofaciais em crianças e adolescentes são quedas e acidentes automobilísticos.1 Os adolescentes do sexo masculino moradores da área urbana são os mais afetados por trauma craniofacial.2

Durante a infância, há aumento significativo da circunferência do crânio para acomodar o crescimento do cérebro; ao final do sexto ano de vida, 90% do crescimento craniano já ocorreu. Com o desenvolvimento mais tardio, os dois terços inferiores da face, no entanto, exibem crescimento em direção inferior e anterior, o que passa a expor os ossos da face à lesão mais tardiamente.

A erupção dos dentes decíduos ocorre no primeiro e segundo anos de vida, e a erupção da dentição permanente está finalizada por volta dos 12 aos 13 anos de idade. A erupção dos dentes permanentes contribui muito para o crescimento vertical dos dois terços inferiores da face.3

O tratamento das fraturas maxilofaciais pediátricas representa um desafio, visto que os ossos da face estão em crescimento e desenvolvimento contínuo; a presença de germes dentários intraósseos cria regiões de fragilidade óssea, em que o tecido ósseo apresenta cortical mais fina, maior espessura de osso medular e os seios paranasais apresentam-se subdesenvolvidos. A osteossíntese é limitada pela presença de germes dentários no esqueleto facial, e a fixação maxilomandibular (FMM) é dificultada pela exfoliação de dentes decíduos, por dentição mista e/ou pela erupção de dentes permanentes.1,4

Os pacientes pediátricos estão vivenciando crescimento facial ativo e desenvolvimento dentário, portanto considerações especiais devem ser feitas e requerem planejamento apropriado, uma vez que, geralmente, essas particularidades conduzem a um tratamento fechado ou conservador.

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