- Introdução
A neonatologia é, sem dúvida, uma das especialidades médicas que teve os maiores avanços nas últimas décadas. O advento do surfactante, do óxido nítrico e da ventilação protetora foi capaz de promover importante redução da mortalidade neonatal. Entretanto, muitas vezes, esse acontecimento não foi acompanhado da diminuição de lesões neurológicas.
Um dos maiores desafios atuais da neonatologia, diante desse fato, reside em associar a redução da mortalidade à qualidade de vida livre de sequelas neurológicas. Para isso, é fundamental o uso de tecnologia e de métodos capazes de avaliar a lesão neurológica de forma precoce.
Este artigo irá abordar os princípios básicos do uso de uma metodologia que serve para avaliar a função cerebral do recém-nascido (RNrecém-nascido) à beira do leito e em tempo real, além de servir como ferramenta para avaliação precoce de lesão cerebral.
- Objetivos
Ao final da leitura deste artigo, o leitor será capaz de:
- compreender os princípios básicos de interpretação do eletroencefalograma de amplitude integrada (aEEGeletroencefalograma de amplitude integrada) e de suas aplicabilidades e limitações;
- compreender as informações que o aEEGeletroencefalograma de amplitude integrada é capaz de fornecer;
- analisar os padrões básicos de interpretação do aEEGeletroencefalograma de amplitude integrada;
- identificar uma crise epiléptica no aEEGeletroencefalograma de amplitude integrada;
- valorizar a aplicabilidade do aEEGeletroencefalograma de amplitude integrada na avaliação e monitorização do RNrecém-nascido com asfixia perinatal;
- reconhecer a importância do uso do aEEGeletroencefalograma de amplitude integrada em RNrecém-nascido de alto risco para avaliação e monitorização da lesão cerebral;
- identificar as limitações desse método.
- Esquema conceitual
