- Introdução
O amplo panorama das doenças infecciosas e de seus agentes causais — acrescido da desinformação de pacientes e profissionais da saúde e das pressões comerciais — apresenta desafios que dificultam o uso racional dos antimicrobianos. Para vencer esses desafios, é preciso conhecer adequadamente os princípios fundamentais referentes à seleção, à administração e à monitorização de resultados desses medicamentos, sobretudo evitando uso abusivo e desnecessário de antimicrobianos, predomínio da terapia empírica, desconsideração dos riscos de resistência microbiana, utilização profilática inconsistente e excesso de associações antibacterianas.
Este artigo descreve os princípios gerais que regem o uso racional de antimicrobianos, abordando evidências importantes para a orientação farmacêutica de pacientes individuais e para o estabelecimento de normas técnicas em serviços farmacêuticos públicos e privados.
- Objetivos
Ao final da leitura deste artigo, o leitor será capaz de
- reconhecer os principais desafios ao uso racional de antimicrobianos;
- identificar condutas que contribuam para o uso racional de antimicrobianos;
- listar as etapas para a realização da antibioticoterapia racional;
- orientar pacientes e serviços de saúde com relação à antibioticoterapia.
- Esquema conceitual