Abordagem A pessoas com risco cardiovascular na Atenção Primária à Saúde

Autores deste artigo

• LIVIA ROCHA DE MIRANDA PINTO

• LOURRANY BORGES COSTA

• MORGANA PORDEUS DO NASCIMENTO FORTE

Resumo

As doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs) formam o grupo das principais causas de morte no mundo. Entre as DCNTs, as doenças cardiovasculares (DCVs), principalmente a doença isquêmica do coração e o acidente vascular cerebral, são a principal causa de morte e de anos de vida perdidos por incapacidade. A prevalência mundial de DCVs chegou a cerca de 523 milhões de casos em 2019. A atenção primária à saúde (APS) exerce um papel fundamental na redução da morbidade e mortalidade das DCVs, por sua atuação na prevenção de fatores de risco cardiovascular (RCV), no tratamento adequado de comorbidades, como hipertensão arterial sistêmica, obesidade, diabetes melito e tabagismo, além da promoção de hábitos de vida saudáveis. Embora a avaliação geral do RCV individual possa ser realizada com base na presença de fatores de risco, uma estimativa mais precisa é desejável para guiar as recomendações de prevenção e tratamento das DCVs. Nesse sentido, foram desenvolvidas várias formas de calcular o RVC, as quais serão apresentadas neste artigo, como proposta de utilização na prática do médico e da médica de família e comunidade. É fundamental para esse profissional dominar a estratificação de RCV e, assim, definir um plano terapêutico singular adequado, centrado na pessoa, para prevenção e manejo de DCVs ao nível da APS.

Palavras-chave

Risco cardiovascular. Atenção à saúde baseada em evidências; Prática integral de cuidados de saúde; Rastreamento; Atenção primária à saúde