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Informações do DOI

ALERGIA EM ANESTESIA

In: PROANESTESIA C6V4

Autores deste artigo

  • LIGIA ANDRADE DA SILVA TELLES MATHIAS
  • RICARDO CAIO GRACCO DE BERNARDIS
  • ALBERTO VASCONCELOS
  • RICARDO VIEIRA CARLOS
  • PEDRO FERRETTI PINHEIRO

Resumo

As reações anafiláticas e as reações anafilactoides (RAAs) durante o período perioperatório serão denominadas conjuntamente de RAA. A literatura mostra aumento das publicações sobre relatos de RAA durante o ato anestésico-cirúrgico no decorrer dos anos, com incidência de 1:300 a 1:18.600, sendo em gestantes 1,6 a 3,4:100.000 e em crianças 2,7:100.000. A mortalidade por RAA ocorre em 1,4 a 10% dos pacientes que apresentam choque anafilático. O quadro clínico das RAA pode variar, verificando-se com maior frequência em anestesia manifestações cutâneas, cardiovasculares e respiratórias, em razão de mecanismos imunológicos e não imunológicos. Esses mecanismos resultam em degranulação do interior dos mastócitos e basófilos e liberação na corrente sanguínea de mediadores armazenados e mediadores sintetizados que promovem dilatação das arteríolas terminais, vasodilatação, broncoconstrição, aumento da permeabilidade capilar e vasoconstrição pulmonar e coronariana). A incidência dos agentes causais mais frequentemente relacionados às RAA é: antibióticos (46%); bloqueadores neuromusculares(BNM) (33%); clorhexidina (9%) e azul patente (4,5%). Entre os agentes anestésicos, os BNM (50%) são os principais responsáveis por RAAs. O único fator de risco de RAA comprovado é história de RAA anterior em anestesia. Ainda não existem testes para definir com segurança absoluta se um paciente vai ou não ter uma RAA durante o ato anestésico, ou para definir concretamente quais são as chances desse fato ocorrer. Os testes in vivo têm sensibilidade elevada, mas trazem o risco de RAA. Os testes in vitro não levam risco ao paciente, no entanto, têm sensibilidade reduzida e custo elevado. A única prevenção efetiva de uma RAA grave no perioperatório consiste na identificação do(s) alérgeno(s) responsável(is) utilizados na RAA pregressa e sua exclusão numa próxima anestesia. A sequência do tratamento do choque anafilático deve ser sempre: suspender a administração de qualquer fármaco (anestésico ou não); interromper a anestesia; garantir a patência das vias aéreas e manter a SpO2 acima de 92%; realizar expansão volêmica com soluções cristaloides e administrar epinefrina, de preferência por via venosa.

Palavras-chave

Anafilaxia; Alergia; Anestesia

Detalhes

Título
ALERGIA EM ANESTESIA

Autores
LIGIA ANDRADE DA SILVA TELLES MATHIAS; RICARDO CAIO GRACCO DE BERNARDIS; ALBERTO VASCONCELOS; RICARDO VIEIRA CARLOS; PEDRO FERRETTI PINHEIRO

Assunto / Palavras-chave
Anafilaxia; Alergia; Anestesia

Editora
Artmed Panamericana

Ano de publicação
2024

DOI
10.5935/978-85-514-1273-2.C0001

Ciclo
6

Volume
4

Páginas
27 - 74

Idioma
pt (padrão do ISO 639)

Copyright
@2024 Artmed Panamericana