ALTERAÇÕES HEPÁTICAS EM EXPOSIÇÕES OCUPACIONAIS: RASTREAMENTO E CONTROLE

Autores deste artigo

• DVORA JOVELEVITHS

• SHEILA DE CASTRO CARDOSO TONIASSO

• MARIA CARLOTA BORBA BRUM

Resumo

O termo ?hepatotoxicidade? é definido como lesão no fígado desencadeada pelo uso de um amplo espectro de substâncias que vão desde fármacos, suplementos dietéticos até produtos químicos que promovem o dano ambiental, incluindo os agrotóxicos. A doença hepática ocupacional e ambiental (DHOA) é um conceito que envolve a lesão hepática relacionada à exposição ocupacional e ambiental. Contudo, não há características clínicas patológicas que sejam patognomônicas desse tipo de lesão. O diagnóstico depende da suspeita clínica. Para o estabelecimento da causalidade, são necessárias, além da avaliação da exposição ocupacional a produtos químicos hepatotóxicos presentes nos processos de trabalho, a análise das características da doença do paciente, a exclusão de outras causas e a coleta de uma história ocupacional completa com anamnese detalhada. Não há terapia específica para DHOA. A principal medida é o afastamento da exposição. Os pacientes com insuficiência hepática aguda (IHA) ou insuficiência hepática crônica graves devem receber tratamento especializado, cujo manejo é de suporte e dirigido às complicações. Nos casos de IHA, o transplante hepático deve ser considerado como opção terapêutica.

Palavras-chave

Hepatotoxicidade; Lesão hepática; Doença hepática ocupacional e ambiental; História ocupacional; Insuficiência hepática aguda; Transplante hepático.