ANESTESIA PARA O PACIENTE POLITRAUMATIZADO

Autores deste artigo

• PRISCILA FERREIRA DE LIMA E SOUZA

Resumo

O trauma atinge pacientes de todas as idades e classes, desde jovens sem comorbidades até idosos frágeis. Em razão de sua alta prevalência, os anestesiologistas irão se deparar com pacientes traumatizados ao longo de suas carreiras. De acordo com os últimos dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), ocorre aproximadamente 1,3 milhão de mortes evitáveis e cerca de 50 milhões de pessoas lesionadas a cada ano em decorrência de acidentes automobilísticos, tornando-se a principal causa de morte de crianças e jovens em todo mundo. No inverno de 1976, o ortopedista James Styner pilotava um avião bimotor quando, ao atravessar um agrupamento de nuvens, perdeu o senso de direção da aeronave, tentou diminuir a altitude e acabou colidindo contra o solo. Estavam a bordo sua esposa e seus quadro filhos. Ela morreu no local ao ser projetada da aeronave, três de seus filhos estavam inconscientes, porém apresentavam pulso central, e o outro teve apenas ferimentos leves. Ao chegar no hospital mais próximo, Styner ficou angustiado pela desorganização do atendimento e pela falta de competência da equipe local. Essa experiência aterrorizante fez com que o ortopedista tomasse uma atitude. Ele resolveu mudar a maneira de como era feito o atendimento ao trauma. Em parceria com outros médicos da Lincoln Medical Education Foundation e da Universidade de Nebraska, analisou os métodos de padronização de atendimento de emergência. Um grupo de médicos dos Estados Unidos criou o curso denominado Suporte Avançado de Vida no Trauma (Advanced Trauma Life Support® [ATLS]), o qual ensina que as condições mais ameaçadoras à vida são tratadas primeiro. Em 1980, esse curso foi adotado pelo American College of Surgeons e passou a ser ensinado a milhões de médicos ao redor do mundo, ajudando a salvar milhões de vidas e evitar sequelas.

Palavras-chave

Anestesia; Choque; Trauma