Anticoagulantes na anestesia

Autores deste artigo

• NEUBER MARTINS FONSECA

• RODRIGO RODRIGUES ALVES

• JOÃO PAULO JORDÃO PONTES

Resumo

O processo fisiológico de hemostasia engloba uma série de reações e contrarreações que asseguram que o sangue permaneça em estado líquido enquanto circula por todo corpo, mas que, em caso de lesão vascular, transforma-se rapidamente para o estado sólido através da formação do coágulo. Esse processo requer a formação de um tampão de plaquetas e fibrina no local da lesão vascular. Recentemente, houve a atualização do conhecimento da hemostasia em que o modelo modelo “clássico” baseado em vias intrínseca e extrínseca fosse substituído por outros mecanismos que demonstram melhor o entendimento de como a hemostasia funciona in vivo. Esclarecendo, assim, o mecanismo fisiopatológico de certos distúrbios da coagulação até então sem explicação. Atualmente, observa-se que o número de pacientes em uso de medicações que alteram o processo normal de coagulação vem crescendo. Esse fato está associado ao envelhecimento da população, com maior expectativa de vida e consequentemente ao aumento da prevalência de doenças cardiovasculares. Por esse motivo, é imperativo conhecer a ação dos mais variados fármacos utilizados na terapêutica e profilaxia dos eventos tromboembólicos: os antiplaquetários e anticoagulantes. O presente artigo visa fornecer embasamento técnico-científico para o anestesiologista durante o período perioperatório no manejo de pacientes em uso dessas medicações e aumentar a segurança, por meio de recomendações baseadas em evidências, nesse cenário em constante inovação.

Palavras-chave

Anestesia; Anestesia regional; Coagulação sanguínea; Antitrombóticos; Antiplaquetários