Atenção à Saúde da População Indígena

Autores deste artigo

• CECÍLIA MALVEZZI

• EDINALDO DOS SANTOS RODRIGUES

• LUIZ OTÁVIO BASTOS

• SARAH BARBOSA SEGALLA

Resumo

Povos indígenas são povos originários de um território, que compartilham cultura e identidade entre si. Em 2002, foi criada no Brasil a Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas (PNASPI), que instituiu os Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI) como responsáveis pelas ações de atenção primária à saúde nos territórios indígenas — fruto da reivindicação do movimento indígena por uma atenção diferenciada à saúde que respeite suas culturas e a eficácia de sua medicina tradicional. Apesar dos avanços promovidos por essa política, os indicadores de saúde da população indígena no Brasil ainda são piores quando comparados com os dos não indígenas, com elevada taxa de mortalidade e desnutrição infantis, suicídio e mortalidade por doenças respiratórias agudas, infecciosas e parasitárias. A discussão de saúde mental, em populações indígenas, exige a superação da dissociação corpo-mente-espírito e tem em vista o ideal ameríndio do bem viver. Por fim, a medicina tradicional indígena deve ser levada a sério para o efetivo cuidado compartilhado, como reivindicado pela articulação de saberes tradicionais com a biomedicina.

Palavras-chave

Saúde indígena; Atenção diferenciada; Competência cultural; Interculturalidade