CONDUTA NO ADENOCARCINOMA PANCREÁTICO BORDERLINE RESSECÁVEL

Autores deste artigo

• RAPHAEL DE OLIVEIRA E SILVA

• LÍDIO CARVALHO DA SILVA LIMA

• RAPHAEL LEONARDO CUNHA DE ARAÚJO

Resumo

O adenocarcinoma ductal de pâncreas é uma das neoplasias mais desafiadoras e preocupantes da medicina. No momento do diagnóstico, cerca de 60% já são metastáticos ou possuem doença localmente avançada. Outros 20 a 30% possuem tumores classificados como borderline ressecáveis, sobretudo por envolvimento vascular arterial, e, portanto, não são candidatos a cirurgia de princípio, sendo encaminhados para tratamento paliativo ou neoadjuvante. O tratamento dessa neoplasia constitui um grande desafio, pois os melhores métodos diagnósticos podem superestimar ou subestimar o estadiamento em até 20% dos casos, sujeitando o paciente a alguma terapêutica fútil. Dos casos submetidos a cirurgia com intenção de cura, cerca de um terço possui doença residual na análise anatomopatológica, comprometendo sobremaneira o prognóstico da enfermidade. Nesse cenário, o tratamento neoadjuvante trouxe importante avanço na conduta dos tumores borderline e localmente avançados, permitindo melhor controle local e sistêmico sem comprometimento dos desfechos cirúrgicos, com sobrevida semelhante aos casos em estágio inicial, ressecáveis, submetidos a cirurgia de princípio.  

Palavras-chave

Câncer do pâncreas; Carcinoma ductal pancreático; Adenocarcinoma ductal do pâncreas; Pancreatectomia; Terapia neoadjuvante.