Criptococose em gatos

Autores deste artigo

• RODRIGO FILIPPI PRAZERES

• DANDARA DE CARVALHO

Resumo

A criptococose felina é uma doença ocasionada pelo fungo cosmopolita oportunista Cryptococcus spp., principalmente as espécies C. neoformans e C. gattii, que são encontradas no solo, em excretas de aves, troncos de madeira e matéria orgânica em decomposição, responsável por ser o principal agente etiológico das rinites micóticas no paciente felino. A enfermidade pode acometer gatos de todas as idades, mas animais adultos jovens parecem ser mais predispostos, assim como há mais relatos em machos e possível predisposição racial em Siamês, Ragdoll, Birmanês, Himalaia e Abissínio. Os sinais clínicos da doença dependem da localização da infecção, que, em geral, envolve principalmente a cavidade nasal, assim como a pele, o subcutâneo, os linfonodos regionais e o sistema nervoso central, além da doença disseminada. O diagnóstico padrão-ouro é a cultura do agente etiológico de tecido e secreções do hospedeiro. Diversos agentes antifúngicos sistêmicos podem ser empregados no tratamento da enfermidade do paciente, tais como anfotericina B, cetoconazol, fluconazol e itraconazol. O prognóstico é variável e considerado favorável na maioria dos casos, exceto quando a doença sistêmica acomete o sistema nervoso central.

Palavras-chave

Criptococose felina; Cryptococcus spp; Doença infecciosa; Cultura fúngica; Agentes antifúngicos sistêmicos