DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL PARA PACIENTES COM DOR NO OMBRO: UM GUIA PARA FISIOTERAPEUTAS ATUANDO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE

Autores deste artigo

• DANIEL CURY RIBEIRO

Resumo

Disfunções musculoesqueléticas são a primeira causa mais comum para anos vividos com deficiência. As disfunções de ombro são a terceira causa mais comum para indivíduos procurarem tratamento com profissionais da saúde. Das disfunções do ombro, a tendinopatia do manguito rotador é a mais comum. Outras disfunções comuns incluem instabilidade do ombro, disfunções da articulação acromioclavicular (AAC), disfunções da articulação glenoumeral ([AGU] como osteoartrite e capsulite adesiva). A correlação entre alterações anatômicas estruturais e intensidade dos sintomas é muito baixa. Em geral, estudantes e fisioterapeutas sentem-se inseguros ou ficam incertos ao avaliarem um paciente com disfunção do ombro. Essa insegurança pode estar relacionada a impossibilidade de estabelecer o diagnóstico definitivo, pela baixa precisão de diagnóstico dos testes clínicos para confirmar um diagnóstico estrutural, assim como os possíveis diagnósticos diferenciais que devem ser considerados (descartados ou confirmados) durante a avaliação. Neste artigo, é apresentado um processo de avaliação para diagnóstico diferencial em pacientes com dor no ombro atendidos nos serviços de Atenção Primária à Saúde (APS). Foram enfatizados o processo de avaliação e os critérios clínicos para excluir ou confirmar a presença de algumas disfunções do ombro. Assim, com a leitura deste texto, o leitor será capaz de definir as principais disfunções do ombro e os critérios clínicos para excluir ou confirmar a presença de disfunções mais comuns de ombro, e estruturar um processo de raciocínio clínico para avaliar pacientes com dor no ombro.

Palavras-chave

Ombro, manguito rotador, reabilitação.