DIAGNÓSTICO E MANEJO DA XEROSTOMIA

Autores deste artigo

• ANA CRISTINA KFOURI CAMARGO

Resumo

A xerostomia corresponde à sensação de boca seca, porém nem sempre cursa com hipossalivação de fato, xerostomia subjetiva. Causa de grande incômodo ao paciente, pode ser originada por inúmeros fatores, desde medicamentos até doenças sistêmicas e radioterapia de cabeça e pescoço. Quando associada à diminuição da produção de saliva de fato, xerostomia objetiva, são achados frequentes nos pacientes: cáries, dificuldade na formação de bolo alimentar e da fase inicial da digestão dos alimentos, halitose, ardor bucal, dificuldade para uso de prótese dentária e de fala, além do desconforto do dia a dia, devido à secura oral presente. A elucidação do fator desencadeante de tal queixa é fundamental para a determinação terapêutica. Além de uma boa anamnese, inúmeros exames complementares podem ser feitos, incluindo a investigação funcional, qualitativa, quantitativa e morfológica das glândulas salivares. Os tratamentos podem variar desde uma simples orientação para maior hidratação e uso de substâncias sialogogas até o uso de substitutos da saliva ou medicações parassimpatomiméticas, estimulantes da produção desse fluido. Outras técnicas complementares não farmacológicas, como laserterapia, acupuntura e eletroestimulação, por exemplo, também podem ser usadas. Estudos mais recentes vêm avaliando, inclusive, a terapia genética e o uso de células-tronco para tratamento de pacientes com xerostomia, mas encontram-se, ainda, em fase bastante inicial.

Palavras-chave

Xerostomia; Hiposalivação; Diagnóstico; Tratamento sintomático; Síndrome de Sjögren; Glândulas salivares; Efeitos da radiação