DISFUNÇÃO DIAFRAGMÁTICA: IMPACTOS NO DESMAME DA VENTILAÇÃO MECÂNICA

Autores deste artigo

• EDUARDO ERIKO TENÓRIO DE FRANÇA

• EWERTON GRAZIANE GOMES DOS SANTOS

• IARA TAINÁ CORDEIRO DE SOUZA

• JOSÉ HERISTON DE MORAIS LIMA

• POLLYANA SOARES DE ABREU MORAIS

Resumo

Vários estudos postulam que a disfunção diafragmática induzida pelo ventilador (DDIV) mecânico não ocorre em razão de anestesia, infecção ou distúrbios do potencial hidrogeniônico, e sim por causa de mudanças intrínsecas dentro das fibras musculares devido à hipotrofia por desuso decorrente da ventilação mecânica (VM) controlada. Teoricamente, esse déficit de força pode estar ligado a um ou a diversos mecanismos diferentes. Uma redução da síntese proteica, acarretando diminuição na concentração de proteínas da miofibrila, aumento das espécies reativas de oxigênio e aumento da proteólise, pode, individual ou coletivamente, colaborar para a DDIV. Já se sabe que reduzir o tempo de VM controlada e associar algum modo de ventilação assistida pode contribuir para atenuar as lesões musculares advindas da ventilação controlada e acelerar o processo de desmame. Assim, é possível indicar o treinamento muscular respiratório, pois, com os músculos respiratórios enfraquecidos e, em particular, o desequilíbrio entre a força muscular e a carga imposta ao sistema respiratório, tem-se uma das maiores causas de falha no desmame da VM.

Palavras-chave

Músculos respiratórios; Desmame do respirador; Ventilação mecânica; Exercícios respiratórios