DOENÇA ATEROSCLERÓTICA DA ARTÉRIA CARÓTIDA EXTRACRANIANA

Autores deste artigo

• CÉLIO TEIXEIRA MENDONÇA

• GUILHERME RISKALLA MENDONÇA

Resumo

Os acidentes vasculares cerebrais (AVCs) ou “derrames” são a segunda principal causa de morte e a principal causa de invalidez nos Estados Unidos da América (EUA) e no Brasil. Nos EUA ocorrem cerca de 700 mil AVCs por ano, com quase 175 mil mortes (25%) ocorrendo no intervalo de 1 ano após o derrame. Aproximadamente 85% dos AVCs têm causa isquêmica e são denominados acidentes vasculares cerebrais isquêmicos (AVCIs), e 15% deles são causados por hemorragia primária, como sangramento intraparenquimatoso causado por hipertensão arterial sistêmica. Além das mortes, a incapacidade que acomete muitos pacientes após um AVCI tem grande impacto socioeconômico: nos EUA, calcula-se que o impacto financeiro dos AVCIs tenha sido de 45,3 bilhões de dólares em custos diretos e indiretos na última década. Estima-se que até 52% de todos os infartos cerebrais isquêmicos sejam causados por doença aterosclerótica na bifurcação carotídea, ou seja, por estenoses causadas por placas de colesterol associadas a trombos que embolizam para o cérebro. A incidência e a frequência dos eventos neurológicos aumentam com o avançar da estenose. Portanto, muitos AVCIs podem ser evitados com intervenção carotídea. Neste capítulo são revisados os fatores de risco, a fisiopatologia, a apresentação clínica, o diagnóstico e os tratamentos clínico e cirúrgico (intervencionista) dessa temida afecção.

Palavras-chave

Estenose das carótidas; Infarto cerebral; Endarterectomia das carótidas; Stents metálicos autoexpansíveis.