ELETROESTIMULAÇÃO DO PACIENTE COM COVID-19: DA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA À ALTA HOSPITALAR

Autores deste artigo

• FRANCIMAR FERRARI RAMOS

• MARCELO REIS CAMINHA

• INDIANARA ARAÚJO NASCIMENTO

Resumo

A COVID-19 é uma doença infecciosa, complexa, multissistêmica, causada pelo vírus da síndrome respiratória aguda grave por coronavírus 2 (SARS-CoV-2), e evolui em fases cujos sintomas e prognóstico dependem da magnitude da resposta inflamatória desencadeada pelo vírus. A maioria das pessoas se recupera da doença sem precisar de tratamento hospitalar, entretanto uma em cada seis pessoas infectadas fica gravemente doente e desenvolve insuficiência respiratória aguda (IRpA) com necessidade de ventilação mecânica (VM) e unidade de terapia intensiva (UTI). Embora a característica clínica fundamental da doença seja respiratória, importantes complicações neuromusculares são observadas nesses pacientes, sendo a fraqueza muscular adquirida na unidade de terapia intensiva (FMA-UTI) a complicação mais frequente, com importante impacto na taxa de mortalidade, na funcionalidade e na qualidade de vida pós-alta hospitalar. Nesse contexto, a eletroestimulação neuromuscular (NMES), aplicada de forma precoce, apresenta-se como estratégia de grande potencial para prevenir ou, pelo menos, atenuar a ocorrência da FMA-UTI, além de complicações neuromusculares relacionadas ao SARS-CoV-2 e à imobilidade no leito. A NMES também pode ser utilizada como um recurso para acelerar a recuperação funcional dos pacientes sobreviventes da terapia intensiva.

Palavras-chave

COVID-19; Eletroestimulação; Terapia intensiva; Fraqueza muscular adquirida na unidade de terapia intensiva; Corrente pulsada; Suporte neuromuscular.