EXTUBAÇÃO DO RECÉM-NASCIDO PRÉ-TERMO: QUANDO E COMO FAZÊ-LO COM SEGURANÇA

Autores deste artigo

• BRUNA AUTO

• CAMILA MOURA

• WISSAM SHALISH

• GUILHERME SANT’ANNA

Resumo

A extubação é um processo complexo, que envolve o desmame ativo dos parâmetros ventilatórios, a avaliação da prontidão para extubação e a provisão de suporte não invasivo adequado após a retirada do respirador. Infelizmente, a capacidade de prever a prontidão para extubação com acuidade é pequena em recém-nascidos pré-termo (RNPTs) extremos. Na prática, o desmame dos parâmetros ventilatórios e a extubação são fundamentados na avaliação clínica, resultados de gasometria, necessidades de oxigênio e nível de suporte ventilatório necessário. É um processo que requer a colaboração de todos os membros da equipe, deve ser feito em um ambiente controlado na presença de pessoal especializado em estabilização respiratória e intubação. Para reduzir o risco de falha da extubação, é recomendado o uso de pressão positiva de distensão das vias aéreas, podendo ser fornecida em forma de ventilação não invasiva ou pressão positiva contínua nas vias aéreas, imediatamente após a remoção do tubo endotraqueal. Determinar quando e como os RNPTs extremos podem ser extubados é um desafio na prática clínica. O desenvolvimento de protocolos, bem como o manejo pós-extubação e terapias adjuvantes são estratégias que podem ajudar positivamente em todo esse processo.

Palavras-chave

Recém-nascidos pré-termo extremos; Ventilação mecânica; Extubação; Teste de respiração espontânea; Pressão positiva contínua nas vias aéreas